Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGRE/RS.

SIDNEI COELHO DA SILVA, brasileiro, casado, servidor público celetista,


inscrito no CPF sob o nº 278.159.439-04, portador do RG nº 66011195523, residente e
domiciliado à Rua Lagoa do Palacio, nº 80, bairro Santo Onofre, Viamão/RS, CEP-94.445-735,
vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., através de seus advogados abaixo assinados,
inscritos na OAB/RS sob o nº 59.193 e 111.789, ambos com endereço profissional à Av.
Presidente Franklin Roosevelt, nº 1211, sala 01, bairro São Geraldo, Porto Alegre/RS, CEP-
90.230-002, fone/fax (51) 3015993, com endereços de e-mail itacir@schilling.com.br e
gabriela@schilling.com.br, respectivamente, propor, como proposta tem a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINÁRIO

em face do DAER – DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGENS, autarquia


estadual, com endereço à Avenida Borges de Medeiros, nº 1555, bairro Centro, Porto Alegre/RS,
CEP-90.110-901, com suporte nos fundamentos de fato e de direitos a seguir expostos,
pugnando ao final:

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA


Ao reclamante deve ser concedida a assistência judiciária gratuita, nos
termos dos artigos 98 e seguintes do CPC, bem como com base no artigo 790, parágrafo 4º, da
CLT, uma vez que não tem condições de arcar com as despesas e custas processuais, conforme
se observa da declaração de hipossuficiência anexa.
Ademais, a Constituição Federal prevê, no artigo 5º, inciso LXXIV, que “o
Estado prestará assistência aos que comprovarem insuficiência de recursos”, o que é o caso do
reclamante.

DOS FATOS E DO DIREITO


O reclamante é servidor público estadual celetista do órgão reclamado.
Desde outubro/2014 até novembro/2017 recebeu a menor ou até mesmo não recebeu a
parcela relativa à integração da média de diárias de viagens ao salário mensal, ao 13º salário,
inclusive, levando-se em conta, ainda, a necessidade de modificação da base de cálculo das
parcelas atinentes aos repousos semanais remunerados, feriados, férias com acréscimo de 1/3 e
depósito do FGTS, pois o cálculo foi realizado a menor, em desfavor do obreiro.
Muito embora não tenha requerido administrativamente a integração da
média de diárias de viagens ao salário e a gratificação natalina, é dever do poder público
contratante integrar ao salário do obreiro referidas verbas, até porque não foi implementado o
pagamento de maneira adequada pelo DAER, como durante a instrução restará provado.
O reclamante, então, pugna pela solução favorável do pleito, tendo em
vista que não se trata de fato isolado, mas, ao contrário, é conduta recorrente do ente público
não cumprir com a sua obrigação de implementar a integração da média das diárias de viagens
ao salário dos servidores, como é de conhecimento dessa justiça especializada.
Nesse sentido, diante da estagnação, prostração no cumprimento da
obrigação em integrar ao salário a média das diárias que ultrapassaram a 50% da remuneração,
no sentido de realizar o cálculo e efetuar o pagamento a que faz jus, não resta outra alternativa
ao reclamante senão buscar junto ao Poder Judiciário uma forma de solucionar o pleito.
Como antes mencionado, o reclamante é servidor celetista e não recebeu
administrativamente a integração das médias de viagens ao salário e 13º salário, tendo como
suporte jurídico o disposto no artigo 457, da CLT, que, em novembro/2017, foi modificado,
retirando esse direito dos trabalhadores.
De qualquer modo, não pode o servidor ficar à mercê da inércia do poder
público, sendo necessário o pagamento dos valores devidos ao reclamante. Em outros termos, o
reclamante não pode ficar “aguardando” e não obter o que lhe é de direito por simples arbítrio
do ente público.
Nesse sentido, então, revela-se necessário o acolhimento pelo juízo do
pedido de integração da média de diárias de viagens ao salário mensal do servidor, superiores a
50% do seu salário, relativamente aos anos de 2016 e 2017 (janeiro/2016 a novembro/2017),
bem como com relação ao 13º salário de tais períodos, com reflexos em repousos semanais
remunerados, feriados, férias com acréscimo de 1/3 e depósitos do FGTS do período, pelo que
requer-se seja o reclamado condenado ao pagamento de tais itens, em valor a ser apurado em
sede de liquidação de sentença, cujo valor, para fins de atendimento à validação do
procedimento, indica-se em R$10.000,00 (dez mil reais).
No período anterior, isto é, de outubro/2014 a dezembro/2015, muito
embora o reclamante tenha recebido a integração da média de viagens ao salário mensal,
superiores a 50% do seu salário, temos que a base de cálculo das referidas parcelas não
correspondeu ao valor correto, razão pela qual revela-se necessária a modificação da base de
cálculo, apurando-se as diferenças existentes em prol do trabalhador, levando-se em conta,
ainda, os reflexos nos repousos semanais remunerados, feriados, férias com acréscimo de 1/3 e
FGTS, relativas ao período indicado, em quantia a ser apurada em liquidação de sentença, mas
cujo valor, para fins de atendimento à validação do procedimento, indica-se em
R$7.000,00 (sete mil reais).

DO PEDIDO
Ante o exposto, requer-se:
• Seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita ao reclamante, isentando-o do
pagamento de custas e honorários de sucumbência;
• A notificação do reclamado, no endereço antes indicado, para, querendo, oferecer
resposta a presente reclamação trabalhista, sob pena de revelia e confissão da matéria
de fato;
• A condenação do reclamado no pagamento ao autor da integração da média de diárias
de viagens ao salário mensal do servidor, superiores a 50% do seu salário, relativamente
aos anos de 2016 e 2017 (janeiro/2016 a novembro/2017), bem como com relação ao
13º salário de tais períodos, com reflexos em repousos semanais remunerados, feriados,
férias com acréscimo de 1/3 e depósitos do FGTS do período, em valor a ser apurado em
sede de liquidação de sentença, cujo quantia, para fins de atendimento à validação do
procedimento, indica-se, provisoriamente, em R$10.000,00 (dez mil reais);
• A condenação do reclamado no pagamento ao autor, no período de outubro/2014 a
dezembro/2015, de diferenças de valores atinentes a integração da média de viagens ao
salário mensal, superiores a 50% do seu salário, com a modificação da base de cálculo
das referidas parcelas, com reflexos nos repousos semanais remunerados, feriados,
férias com acréscimo de 1/3 e FGTS, em quantia a ser apurada em liquidação de
sentença, mas cujo valor, para fins de atendimento à validação do procedimento, indica-
se em R$7.000,00 (sete mil reais).
• A condenação do reclamado no pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre o
valor da condenação, cujo valor indica-se em R$2.550,00.

REQUERIMENTOS FINAIS
Ante o todo exposto, o reclamante espera o regular processamento da
presente reclamação trabalhista, com a notificação do reclamado no endereço antes indicado,
para que compareça em Juízo, em audiência designada por Vossa Excelência, e apresente,
querendo, sua defesa em audiência sob pena de incorrer nos efeitos da revelia e confissão
quanto à matéria de fato.
Requer que os valores devidos e acolhidos pelo juízo sejam apurados em
sede de liquidação de sentença, devidamente corrigidos com juros e correção monetária, desde
o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais moratórios, incidentes até a data do efetivo
pagamento.
Requer, ao final, seja a presente reclamatória julgada totalmente
procedente, condenando-se o reclamado ao pagamento de todas as verbas pleiteadas, com a
devida atualização monetária, juros, honorários advocatícios, custas processuais e demais
cominações legais.
Protesta o reclamante por todos os meios de prova em direito admitidos,
especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do reclamado, sob pena de
confissão quanto à matéria de fato, juntada de documentos, inquirição de testemunhas, perícias
e tantas outras quantas forem necessárias para provar tudo o quanto aqui foi afirmado.
Declara, desde já, o patrono do reclamante, sob sua responsabilidade
pessoal, a fidelidade das cópias dos documentos oferecidos como prova aos documentos
originais, na forma do que dispõe a CLT.
Atribui-se a causa o valor provisório de R$19.550,00 (dezenove mil
quinhentos e cinquenta reais).
Termos em que, com a documentação anexa,
Pede deferimento.
Porto Alegre/RS, 08 de outubro de 2019.

ITACIR DOS SANTOS SCHILLING GABRIELA GARIBALDI SCHILLING


OAB/RS 59.193 OAB/RS 111.789

Você também pode gostar