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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

CAROLINA AMARAL DE MAGALHÃES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

SAÚDE COLETIVA II

Cuiabá
Cuiabá- MT
- MT
2023
2023
CAROLINA AMARAL DE MAGALHÃES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

SAÚDE COLETIVA II

Relatório de Estágio em Enfermagem apresentado como


requisito parcial para a integralização curricular.

Orientador: Prof. Alessandra Natalia de Souza Barbosa


Pereira
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................3

2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA..............................................4

2.1 Caracterização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)...............................................4

Sumário
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................3

2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA..............................................4

2.1 Caracterização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e FLUXOGRAMA................4


3. APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES ASSISTENCIAIS DO
ENFERMEIRO NA UPA.......................................................................................................................8

3.1 Classificação de risco pelo Enfermeiro – Protocolo de Manchester..................................8


3.2 Sala de Medicação.....................................................................................................................9
3.3 Sala de Curativos ou Sutura.....................................................................................................9
3.4 BOX de EMERGÊNCIA ou Sala Vermelha............................................................................9
3.5 Realização de ECG..................................................................................................................11
4.0 EXPERIENCIAS PESSOAIS................................................................................................12

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................13

REFERÊNCIAS....................................................................................................................................14

ANÊXOS...............................................................................................................................................15

ANEXO A – Termo de validação do Relatório de Estágio......................................................17


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INTRODUÇÃO

Este portifólio procede na prática curricular vivenciada no 9º Semestre do Curso de


Bacharelado em Enfermagem na Faculdade Anhanguera Educacional – UNIDERP, durante
o estágio curricular em Saúde Coletiva II, desenvolvida na Unidade de Pronto Atendimento
(UPA- Região Norte), localizada no Município de Cuiabá – MT.

As unidades de pronto atendimento (UPA) são estruturas classificadas como de


complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde e a unidade hospitalar,
funcionando 24 horas, sete dias da semana. Fazem parte da Rede de Urgência e
Emergência (BRASIL, 2013) e tem por objetivo prestar atendimento de saúde de
complexidade intermediária, atuando em conjunto com a Atenção Básica (AB), atenção
hospitalar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e de acordo com a
Portaria nº 1.601, de 07 de julho de 2011 (BRASIL, 2011) como diz anteriormente é uma
unidade de média complexidade que compõe a RUE (Rede de Urgência e Emergência), é
também uma das alternativas do Ministério da Saúde para tentar reduzir a superlotação de
hospitais e emergências.

O estágio ocorreu no período de 05/09/2023 à 12/12/2023, perfazendo-se uma carga


horaria total de 400 horas. As atividades foram desenvolvidas de segunda à sexta-feira, das
12h00 às 18h00, exceto feriados.

O estágio tratou-se do desenvolvimento de atividades pertinentes ao enfermeiro,


validando o que foi aprendido na prática durante oito semestres, o que contribui para a
nossa formação acadêmica, oportunizando o aprendizado técnico - cientifico assistencial e
gerencial.

O objetivo deste relatório é descrever o campo de estágio, desde a área física da


UPA até as atividades desenvolvidas e experiência vivenciadas pelo grupo, e descrever
atividades realizadas durante o período de estagio relacionadas às funções pertinentes do
enfermeiro, tanto como assistenciais e administrativas, além de apresentar problemas
captados pela equipe e desenvolvidos no Planejamento e programação local de saúde e
suas possíveis soluções, o funcionamento da sala de classificação de risco, da sala de
medicação, BOX de Emergência (Sala Vermelha) e como a superlotação produz
repercussões no cuidado.
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2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA

2.1 Caracterização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e FLUXOGRAMA

A unidade estudada possui Porte III, sua estrutura física é de edificação com modelo
horizontalizado, organizada com a orientação de setorização e fluxos interno de forma a
atender um contingente populacional de 150.000 a 250.000 habitantes, para uma média de
número de 450 atendimentos médicos em 24 horas.

Possui equipe de saúde composta por 2 pediatras, 3 clínicos por plantão e um


médico para o setor de emergência. Dispõe de 18 leitos de observação, realiza
atendimentos de assistência direta às urgências/emergências com leitos de emergência, e
atendimentos clínicos, pediátricos, odontológicos, serviço radiológico, laboratorial e ainda de
orientação e regulação para especialidades pelo serviço social.

Esta unidade possui natureza de organização direta da saúde MS/SES/SMS com


gestão municipal com prestação de atendimento de urgência, ambulatorial e de serviço de
apoio diagnóstico e tratamento (SADT) com a estrutura mínima estabelecida pela legislação
em saúde.

O serviço realiza atendimento com acolhimento e classificação de risco conforme o


protocolo de ACCR da secretaria municipal de Cuiabá, Protocolo de Manchester, sendo este
atendimento respaldado por profissionais da enfermagem e pela equipe médica, e
posteriormente, equipe multiprofissional de assistência da unidade que é composta pela
equipe médica, de enfermagem, serviço social e da odontologia.

Desta maneira, o fluxo interno de atendimento da unidade inicialmente surge por


demanda espontânea buscado pela população, que ressalta-se que não é a somente da
população do loco regional norte, e também pela regulação do serviço de atendimento
móvel de urgência e pelos atendimentos referenciados pelas Unidades de Saúde da Família
(USF).

O atendimento na unidade é realizado a partir do registro da ficha de atendimento


que são formulários padronizados pela secretaria municipal de saúde municipal de Cuiabá,
por meio deste registro o paciente é acolhido e atendido pela equipe de classificação de
risco sendo orientado quanto sua classificação e ordenação do serviço. O atendimento
inicia-se pelos seguintes fluxos, sendo eles, a de entrada pela sala de urgência que são as
emergências reguladas pelo SAMU, por ocorrências de emergências trazidas por populares
e o outro pela recepção com a ordenação da classificação de risco.
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A classificação de risco para o atendimento é a partir do Protocolo de Acolhimento


com Classificação de Risco (ACCR), realizado por profissionais de enfermagem em salas
reservadas, com mobiliários e equipamentos básicos para o atendimento em saúde e
avaliação para a classificação de grau de risco.

Após a avaliação do profissional classificador o usuário recebe orientação quanto


sua classificação e da ordem de atendimento no serviço, de acordo com a classificação do
usuário este será conduzido ao atendimento clínico, pediátrico, odontológico e alguns casos
ao serviço social.

Também são realizados registros no mesmo formulário padrão os atendimentos de


administração medicamentosa, de imunobiológicos, realização de aerossóis e nebulizações,
curativos, eletrocardiograma (ECG) e atendimentos radiológicos e laboratoriais.

Seguindo os fluxos internos, o atendimento quando é iniciado com entrada pela porta
da sala de urgência, o paciente é avaliado pela equipe profissional médica e de
enfermagem, onde é realizado o atendimento de urgência/emergência, sendo que o
paciente avaliado como fora de risco eminente de morte em condições clínicas estáveis o
mesmo é conduzido para a sala de observação, mantendo a continuidade dos cuidados
clínicos e da medicalização até nova avaliação médica para conduta clínica de permanência
ou transferência para unidades de referência na rede de serviços.

Em caso de piora clínica do paciente, o mesmo é reavaliado na unidade e se


necessário retorna para a sala de urgência que dispõe de materiais e equipamentos para
atendimento avançado em urgência/emergência. A conduta e a avaliação de transferência
do paciente são realizadas pelo profissional médico plantonista no setor que aguarda a
regulação de leito pela central de regulação municipal, caso seja necessária a transferência
para outra unidade de atendimento hospitalar.

Em ocorrências de emergências com evolução para óbitos, são tomadas as condutas


conjuntas de comunicação do óbito aos familiares e a expedição da declaração 32 de óbito
e o encaminhamento do corpo do paciente para ao necrotério da unidade, sendo este
retirado pela funerária autorizada pelo responsável ou parente do falecido.

Já o fluxo de atendimento realizado a partir da recepção é ordenado a partir do


atendimento com classificação de risco para o atendimento médico ou odontológico. Após
avaliação médica o paciente poderá ser conduzido à conduta medicamentosa, sendo então
encaminhado à sala de medicação, e quando solicitado a realização de curativos, aerossóis,
exames laboratoriais e radiológicos os mesmos são orientado a realizar tais procedimentos
nos setores da unidade.
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Quando após avaliação médica se indica a internação do paciente, o mesmo sai do


consultório médico com as orientações e prescrições médicas para permanecer em
internação na sala de observação.

Como é orientado por legislação, internação se compreende período de permanência


maior do que 24hs constata-se que muitos pacientes permanecem nesta unidade de pronto
atendimento por tempo maior do que as 24hs destinadas à observação, como são
considerados os leitos de unidade de pronto atendimento.

Ao ser liberado após avaliação médica e da internação, ou em caso de transferência


para unidade hospitalar, todo registro do paciente na unidade é recolhido pelo pessoal
administrativo nas trocas de plantões e armazenado no arquivo da unidade, onde os dados
de interesse para unidade são posteriormente digitalizados pelo setor do faturamento.

Quando o atendimento é odontológico não há avaliação médica, os pacientes são


destinados diretamente ao atendimento odontológico, há casos excepcionais como por
exemplos em casos de traumas de face, onde se avalia o paciente primeiramente e
posteriormente é encaminhado á odontologia. Existe ainda o fluxo de atendimento para
administração medicamentosa prescrita pela odontologia que é finalizada na sala de
medicação.

Existe ainda o fluxo de atendimento para administração medicamentosa prescrita


pela odontologia que é finalizada na sala de medicação.

Os fluxos dos serviços laboratoriais e radiológicos iniciam a partir das solicitações


médicas após as consultas, e também quando são encaminhadas as solicitações de
exames das USF, quando indicado certa prioridade ou urgência, ou mesmo quando as
unidades básicas não possuem o serviço.

O serviço radiológico possui estrutura inovada e que corresponde as normas de


biossegurança de acordo com a legislação, os exames são realizados em tempo imediato
33 conforme são solicitados, o setor dispõe de atendimento 24hs com recurso de memória
computadorizada, com liberação da imagem após o exame na sala radiológica.

O apoio laboratorial dispõe de uma sala de coleta de materiais com condições


mínimas para realização de coleta venosa, os materiais coletados como sangue venoso,
arterial e diurese são encaminhados por um motoboy ao laboratório terceirizado contratado.

Os registros dos materiais são realizados a partir cadastros de códigos de barras,


que geram um login e senha para visualização online dos resultados quando liberados pelo
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laboratório de análise num período de duas a quatro horas, a depender do tipo de exame e
urgência dos resultados.

A senha e o login são anexados no prontuário do paciente quando internado e


quando o paciente não está em internação o registro de senha e login é liberado ao paciente
ou responsável/acompanhante para que acompanhe a liberação ou mesmo retorne a
unidade para imprimir os resultados e se necessário passar em avaliação médica
novamente.

Exames de coleta de material de escarro para baciloscopia são encaminhados em


frasco protegidos, em três amostras, com as solicitações de análise de (baciloscopia para
Kocci) Bk, após notificação compulsória para investigação para Tuberculose Pulmonar.

Conforme se orienta para estrutura mínima das unidades de pronto atendimento de


acordo com nível ou porte do serviço, se estabelece os seguintes setores:

 Acesso Usuário / Recepção;


 Classificação de risco pelo Enfermeiro;
 Consulta Médica / ou Odontológica;
 Sala de Medicação / Curativos / Laboratório/ Nebulização;
 Alta médica.
Em outros casos:
 Box de Emergência / (Sala vermelha);
 Observação / internados/ transferência de unidade hospitalar;
 Alta médica
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3. APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES ASSISTENCIAIS DO


ENFERMEIRO NA UPA

3.1 Classificação de risco pelo Enfermeiro – Protocolo de Manchester

Ao longo do estágio foi realizado o acolhimento pelos estagiários de Enfermagem e a


classificação de risco sob o Sistema de Triagem de Manchester (STM), que é um dos
métodos mais utilizados no mundo todo para realização da triagem dos pacientes após sua
chegada na unidade, que permite a identificação de prioridade e a definição do tempo alvo
recomendado até a avaliação médica caso a caso. É sabido que, os primeiros momentos do
paciente em hospitais e unidades de saúde são imprescindíveis para a garantia de um
atendimento eficiente e com menos riscos de transtornos e erros médicos, e esse primeiro
contato com o paciente é feito pelo profissional Enfermeiro.

Muitos hospitais aplicam o Protocolo de Manchester, e a partir da identificação da


queixa principal do usuário pelo enfermeiro, um fluxograma orientado por discriminadores
classifica o risco do paciente utilizando um sistema de cores: emergência (vermelho), muito
urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul) (PINTO et
al 2012, FREITAS 2002).

A classificação de risco realizada pela equipe de profissionais de saúde, composta


por enfermeiros e em alguns casos por médicos, utiliza o protocolo de acolhimento com
classificação de risco (ACCR) também conhecido como Manchester, este é o protocolo para
atendimento e assistência padronizado para urgência/emergência no município e também é
uma orientação do ministério da saúde.
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3.2 Sala de Medicação

A sala de medicação é um espaço na UPA destinado à realização de medicação por


via oral, inalatória, subcutânea, intramuscular e endovenosa para os pacientes que
passaram pela consulta com um médico. Após consulta, o usuário é encaminhado até a sala
de medicação e é atendido por um técnico de enfermagem.

O paciente então, esperava até que sua prescrição estivesse disponível na farmácia,
e assim os técnicos que ficavam responsáveis por esta sala administram a medicação. A
maioria dos medicamentos administrados na UPA são por via endovenosa pela sua rápida
absorção no organismo, então é preciso preparar o material para fazer punção venosa.

Os estagiários também tiveram a oportunidade de desempenhar tais funções na sala


de medicação e quebrar algumas barreiras, como por exemplo, os sentimentos de medo e
ansiedade. O estágio de enfermagem no ambiente hospitalar, principalmente em sala de
medicação, pode ser considerado delicado, pois é um ambiente que gera insegurança nas
abordagens iniciais, mas que foram configurando ao longo do tempo um processo de
ensino-aprendizagem onde houve sucesso nas abordagens e atividades desenvolvidas
pelos estagiários.

3.3 Sala de Curativos ou Sutura

O atendimento na sala de curativo da UBS Jardim Campinas funciona por escala, ou


seja, um auxiliar de enfermagem é escalado diariamente para ficar responsável
pelo setor. Geralmente este funcionário também é responsável pela sala de medicação e
quando julgam necessário é chamado o enfermeiro do acolhimento para avaliação da ferida.
O atendimento é realizado por ordem de chegada, não há agendamento
prévio, nem mesmo para os pacientes crônicos que necessitam de curativo
diariamente, consequentemente não há previsão de materiais para estes pacientes.
Os usuários da sala de curativo, na sua maioria, possuem ulceras venosas crônicas.
Estes pacientes são encaminhados para o médico vascular para dar início ao tratamento da
ulcera que se não for arterial será tratada com bota de unna.
A bota de unna e aplicada somente pelo enfermeiro habilitado.

3.4 BOX de EMERGÊNCIA ou Sala Vermelha


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SALA VERMELHA A UPA possui um ambiente destinado a Área Vermelha,


reservado a pacientes com o estado de saúde mais debilitados e comprometidos, e que
necessitam de cuidados e vigilância intensivos. Em geral, pessoas que aguardam a
definição de um diagnóstico, uma cirurgia de emergência ou transferência para a Unidade
de Terapia Intensiva. A Sala Vermelha ou Sala de Estabilização (SE) é um espaço de
atendimento temporário com caráter semi-intensivista, regulamentada através da Portaria Nº
2.338, de outubro de 2011. A SE é direcionada a pacientes críticos, definindo-os pela
Portaria nº 2.338 (2011) como:

§ 1º Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco iminente de


perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como aquele em
frágil condição clínica decorrente de trauma ou outras condições relacionadas a
processos que requeiram cuidado imediato clínico, cirúrgico, gineco-obstétrico ou em
saúde mental.

Na sala vermelha, existia a tentativa de deixar sempre uma maca disponível aos
pacientes que eram trazidos pelo SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. A
UPA não admitia pacientes vítimas de trauma, uma vez que não disponibilizava de
equipamentos e profissionais que pudessem avaliar e prestar a assistência necessária ao
usuário acometido.

Durante os plantões, puderam ser observados os atendimentos de Enfermagem


onde os profissionais atuaram e os estagiários puderam acompanhá-los em suas
atribuições. Os autores Ouchi et al, 2018, discorrem sobre a atuação do enfermeiro
direcionada ao paciente crítico, onde o enfermeiro deve ser dotado de conhecimento técnico
científico e fazer valer as práticas éticas e bioéticas respeitando o doente com seus valores,
crenças, princípios éticos e morais e a autonomia. Também foram evidenciadas ações de
cuidado e conforto que promoveram o bem-estar dos pacientes. O fluxo era intenso na sala
vermelha, bem como na unidade como um todo, o que pode ser decorrente da alta demanda
de fácil acesso por se tratar da única Unidade de Pronto Atendimento da cidade.

Pude presenciar inúmeros casos de parada cardiorrespiratória (PCR), evento este


que é considerado uma das mais importantes emergências no setor médico, já que a
sobrevida está ligada ao tempo e à qualidade do atendimento realizado. Isso exige atuação
rápida, eficaz e objetiva por parte de toda a equipe, mas a enfermagem geralmente é a
primeira a prestar socorro, pois está na linha de frente do atendimento. Além de estar apto a
fazer a reanimação até a intervenção dos médicos, é papel do enfermeiro conhecer as
patologias, buscar aperfeiçoamento técnico e o fortalecimento do trabalho em equipe,
momento este que os estagiários puderam participar e atuar na reanimação cardio-pulmonar
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(RCP), no preparo e administração de medicamentos, no desfecho da entubação e até na


transferência para a rede terciária.

3.5 Realização de ECG

O ECG é um exame muito comum na rotina médica, e pode ser realizado na UPA
com frequência de acordo com a solicitação médica ou através da identificação da
probabilidade de infarto ainda no acolhimento pela equipe de Enfermagem. O
eletrocardiograma (ECG) é de extrema importância nas avaliações cardiológicas do
paciente, e mesmo que seja considerado um exame tecnicamente simples, para que o
médico possa realizar um diagnóstico assertivo, o ECG precisa ser muito bem executado. O
profissional de enfermagem utiliza um eletrocardiógrafo para fazer o eletrocardiograma.
Para conectar o aparelho ao paciente são utilizados os eletrodos – pequenos dispositivos
que ficam em contato com a pele limpa e fixados com gel condutor em suas ventosas, onde
o gel facilita a captação dos estímulos. Ao todo são utilizados dez dispositivos divididos em
cores que seguem critérios que orientam a localização exata de como colocar eletrodos no
paciente. O paciente deve estar deitado e os eletrodos são posicionados no peito, nos
punhos e nos tornozelos. Os equipamentos colocados no peito devem estar nas posições de
V1 a V6, formando o plano horizontal para o registro da atividade elétrica do coração
(FRANCISCO, 2022), e a realização do exame dura de 5 a 15 minutos para ser concluído.

Com o exame é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por


minuto e algumas alterações. Trata-se de um exame específico para a área de arritmias e
tem a finalidade de detectar os pacientes que têm potencial para desenvolver patologias
relacionadas, capazes de gerar arritmias cardíacas de maior gravidade. Através do ECG, é
possível detectar se o paciente tem alta probabilidade de apresentar arritmias ventriculares
de alto risco. Os portadores desses potenciais tardios deverão tomar medidas preventivas
para não serem surpreendidos por arritmias malignas.

Após a realização do exame, o resultado então era impresso pelo estagiário e


anexado ao prontuário, assim como qualquer procedimento que fosse realizado. Vale
ressaltar que o exame de eletrocardiograma pode ser realizado por profissionais de
enfermagem, mas apenas médicos cardiologistas podem interpretar os dados e fazer o
laudo.
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4.0 EXPERIENCIAS PESSOAIS

 No dia 05 de setembro de 2023, na UPA Morada do Ouro, região Norte do


município de Cuiabá- MT. Estive acompanhando o Paciente Senhor E.M.M, idoso, 70 anos
de idade – paciente oncológico (C.A de pâncreas e faringe).

PA: 130x90, SPO2: 92, FC: 73, FR 18, TAX: 35.10ºC, Dextro: 105

Internado há 30 dias vindo do Box de emergência, paciente acamado, lucido,


orientado, porém, sonolento devido as medicações, normocorado, em uso de SNE
(realizado a troca na data de hoje devido a obstrução), bem nutrido, em uso de SVD, diurese
presente de coloração clara. Acompanhante relata que o mesmo está sem evacuar a 3
semanas +/-, período em que deu entrada no setor de OBSERVAÇÃO, pele sem LPP, com
AVP em MSD.

Paciente aguardando disponibilidade de vaga para uma possível transferência para o


Hospital de Câncer.

 Paciente Senhor A.M, 60 anos. Internado à 4 dias, vindo do Box de


emergência e transferido para o setor da Observação. Orientado, lucido, comunicativo,
higienizado, normocorado, tem boa aceitação na dieta ofertada, deambulando,
necessidades fisiológicas presentes. HD: IAM em uso de Marca passo e stend.

PA: 150x100, SPO2: 96, FC: 62, FR: 20, TAX: 36.10ªC, Dextro: 232.

Paciente hiperdia e renal crônico, realizando dialise 3 vezes na semana à 3 meses.


Segue com cateter central, realizado curativo do AC.

 SALA DE MEDICAÇÃO E REALIZAÇÃO DE ECG


 PESQUISAS DAS PATOLOGIAS de HD
 Aneurisma: Diagnostico, Intervenção e Resultados de
enfermagem.
 Síndrome de Guillain-Barré: Causas, sintomas e tratamentos.
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 Trombose - TVE e TVP: Causas, sintomas, fatores de riscos,


tratamentos e recomendações de enfermagem.
 Alzheimer: Sintomas, níveis de estágios, diagnostico, tratamento e
recomendações familiares.
 Escala de GLASGOW.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A carga horária da prática foi desenvolvida por meio do estágio curricular, e permitiu
aos discentes vivenciar a realidade dos serviços de saúde, compartilhar saberes, trabalhar
em equipe e refletir acerca da profissão. Quando o acadêmico vivencia uma oportunidade
de estágio extra-curricular como esta, ainda na graduação, ele experimenta a prática
propriamente dita como um outro olhar, visto que o acadêmico terá em seu currículo uma
bagagem curricular que irá proporcionar que ele desenvolva a estruturação do senso crítico,
e estimula a prática do raciocínio sistemático, mecanismo primordial no presente setor, pois
os cuidados devem ser imediatos.

O período referente ao estágio pode ser caracterizado como um momento em que


os alunos estagiários precisavam contar com a compreensão e o conhecimento dos
enfermeiros de plantão para que agregassem ao conhecimento obtido, valores do auto
confiança e que pudessem visualizar claramente que, após o término do estágio estivessem
mais preparados e confortáveis para lidar com as práticas relacionadas ao processo de
formação. É importante ressaltar que todas as atividades desenvolvidas pelos estagiários
eram acompanhadas pelo enfermeiro plantonista do setor.

Ao findar esta experiência foi possível constatar e refletir sobre a importância do


profissional de Enfermagem como membro da equipe, que pode e deve fazer a diferença na
organização e otimização do tempo e melhorar o fluxo do trabalho em sua área. Assim, as
atividades práticas de urgência e emergência vivenciadas na UPA, situada no bairro Morada
do Ouro, na cidade de Cuiabá - MT, foram primordiais para o aperfeiçoamento das práticas
e condutas estudadas na Graduação.
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REFERÊNCIAS

SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Edição. Cidade: Editora, Ano de Publicação.

AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996.

ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estado-município na política


de alfabetização. 1990. 283 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Campinas,
Campinas, 1990. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/>. Acesso em: 28 set.
2001.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Texto do Decreto-Lei n.º 5.452, de 1 de maio de 1943,
atualizado até a Lei n.º 9.756, de 17 de dezembro de 1998. 25 ed. atual. e aum. São Paulo: Saraiva,
1999.

CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (Org.). Construindo o saber: metodologia cientifica,


fundamentos e técnicas. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1995. 175 p.

CURITIBA. Secretaria da Justiça. Relatório de atividades. Curitiba, 2004.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 1999.

______. Pesquisa: princípio científico e educativo. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

MAINGUENEAU, Dominique. Elementos de lingüística para o texto literário. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação.
São Paulo: Stiliano, 1998.

REIS, José Luís. O marketing personalizado e as tecnologias de Informação. Lisboa: Centro


Atlântico, 2000.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de


trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
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ANÊXOS
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ANEXO A – Termo de validação do Relatório de Estágio

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