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EMERSON COSTEIRA VIANA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

Tucuruí-PA
2021
EMERSON COSTEIRA VIANA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

Relatório de Estágio em Enfermagem


apresentado como requisito parcial para a
integralização curricular.

Orientador: Lucio Mauro Rocker dos Santos

Tucuruí-PA
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
2. APROXIMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA................................................................6
2.1. ORGANOGRAMA DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM.................................................................................................6
2.2. APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO ENFERMEIRO....................................................................................7
2.3. RECURSOS HUMANOS....................................................................................................................................8
2.4. GESTÃO DE MATERIAIS..................................................................................................................................9
2.5. ATIVIDADES ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO....................................................................................................10
2. 5. 1. Atividades Assistenciais...........................................................................................................10
2.6. EXPERIÊNCIAS PESSOAIS...............................................................................................................................11

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................15
4. REFERÊNCIAS.................................................................................................16
4

1. INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular I tem como objetivo o desenvolvimento das atividades


dos alunos, no campo gerencial e no cuidado, induzindo o aluno a assumir a
responsabilidade dos cuidados prestados, adquirindo uma consciência profissional
mediante a adoção de ações e atitudes corretas de educação na Instituição e fora
desta, foi realizado na Maternidade Municipal de saúde Doutor Augusto Santos de
Almeida.
Na unidade é realizado o atendimento à mulher antes, durante e depois do
parto até sua alta. Foi vivenciado como acadêmico de enfermagem o cuidado
integral a puérperas, recém-nascidos e gestantes de alto de risco na Maternidade.
Os partos na unidade acontecem de duas formas: parto normal e parto Cesário.
Executei diferentes ações como, orientações em relação à amamentação, realização
do teste do pezinho, curativos, coleta de sangue para exames laboratoriais, banhos
em recém-nascidos, admissão e encaminhamentos de pacientes, visita de
enfermagem, passagem de plantão, dentre outros.
O Estágio Curricular Supervisionado, indispensável na formação de docentes
nos cursos de licenciatura é um processo de aprendizagem necessário a um
profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de
uma carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no
qual os estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos entrando
em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição. (CASTRO)
Além disso, o aprendizado é muito mais eficiente quando é obtido através da
experiência; na prática o conhecimento é assimilado com muito mais eficácia, tanto
é que se torna muito mais comum ao estagiário lembrar-se de atividades durante o
percurso do seu estágio do que das atividades que realizou em sal a de aula
enquanto aluno. (CASTRO)
A estrutura é de baixa complexidade. A mesma é dividida por setores: centro
obstétrico, centro cirúrgico e alas de internação A e B, contendo 09 enfermarias,
sendo a ala A onde se realiza internação por infecção puerperal, abortamento,
infecção do trato urinário, puérperas de parto normal e cesariano juntamente com
seus RNs. Na ala B atendem-se cirurgias eletivas, possui sala da direção, posto de
enfermagem, sala de ultrassom, setor de serviço social que é responsável pelo
documento do nascido vivo, sala de higienização do RN, sala de pré-parto, sala de
5

avaliação da gestante, sala de higienização do RN, expurgo, farmácia, repouso do


médico, repouso do enfermeiro e repouso do técnico enfermagem. A equipe
multiprofissional conta com médicos ginecologistas, pediatra, anestesista,
nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, enfermeiro, assistente social e técnico de
enfermagem.
O grupo foi composto por cinco acadêmicos com a supervisão da enfermeira
preceptora. Ao chegar no hospital fizemos a visita as alas para conhecer o espaço,
em seguida a preceptora explicou as tarefas realizadas por cada funcionário, e
explicou como funciona o atendimento quando o paciente chega até sua alta. Diante
disso tudo, pude compreender que o trabalho do enfermeiro dentro da instituição é
de suma importância, pois em todos as alas cada enfermeiro tem uma função que
faz com que a instituição funcione de forma organizada e eficiente, além disso pude
perceber que é essencial que esse profissional esteja altamente capacitado com o
conhecimento apto ao seu trabalho.
O período de estágio supervisionado proporciona, aos discentes, a
experiência de colocar em prática o conhecimento teórico adquirido durante a
trajetória acadêmica, além disso, analisamos os pontos que precisam ser
aperfeiçoados dentro da unidade, de acordo com as potencialidades e fragilidades
da comunidade, traçando metas para solucionar alguns problemas encontrados.
(CASTRO)

O Estágio Curricular
Supervisionado, i ndispensável
na formação de docentes
nos cursos de licenciatura
é um processo de
6

aprendizagem necessário a
um
profissional que deseja
realmente estar preparado
para enfrentar o s desafios
de
uma carreira e deve
acontecer durante todo o
curso de formação
acadêmica, no
qual os estudantes são
incentivados a conhecerem
espa ços educativos
entrando
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em contato com a
realidade sociocultural da
população e da instituição
(SCALABRIN, 2013).
O Estágio Curricular
Supervisionado, i ndispensável
na formação de docentes
nos cursos de licenciatura
é um processo de
aprendizagem necessário a
um
profissional que deseja
realmente estar preparado
para enfrentar o s desafios
de
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uma carreira e deve


acontecer durante todo o
curso de formação
acadêmica, no
qual os estudantes são
incentivados a conhecerem
espa ços educativos
entrando
em contato com a
realidade sociocultural da
população e da instituição
(SCALABRIN, 2013).
O Estágio Curricular
Supervisionado, i ndispensável
na formação de docentes
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nos cursos de licenciatura


é um processo de
aprendizagem necessário a
um
profissional que deseja
realmente estar preparado
para enfrentar o s desafios
de
uma carreira e deve
acontecer durante todo o
curso de formação
acadêmica, no
qual os estudantes são
incentivados a conhecerem
espa ços educativos
entrando
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em contato com a
realidade sociocultural da
população e da instituição
(SCALABRIN, 2013).
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2. APROXIMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA

2.1. Organograma do Serviço de Enfermagem


A área da maternidade possui recepção, sala de admissão, acolhimento,
consulta de enfermagem, consultórios médicos, sala de pré-parto, de parto e centro
cirúrgico e alas da enfermaria para acompanhamento e cuidados de enfermagem,
copa e banheiros para o público e de servidores, também se encontram o arquivo, e
almoxarifado.
12

2.2. Apresentação das Ações Gerenciais do Enfermeiro


O papel do enfermeiro na unidade de emergência consiste em obter a história
do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a
manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do
tratamento e medidas vitais. (MK, 1980)
A gerencia de enfermagem engloba tanto a do cuidado direto ao cliente
internado e as ações/atividades inerentes a assistência indireta. A heterogeneidade
da prática de enfermagem, qual seja, a imprecisão do objeto de trabalho dos
enfermeiros, particularmente às múltiplas faces de sua dimensão gerencial.
(PEDUZZI e HAUSMANN, 2004)
Na maternidade, o enfermeiro gerencia o cuidado de modo a facilitar a
assistência de enfermagem oferecida à parturiente, ao bebê e aos familiares. Tanto
nesse contexto como nas demais unidades de cuidado, utiliza-se ferramentas
gerenciais que são capazes de auxiliar na organização, planejamento, coordenação,
delegação ou prestação dos cuidados, supervisão, previsão e provisão de recursos,
capacitação da equipe, desenvolvimento de medidas educativas com a família,
interação com outros profissionais, além de ocupar espaços de articulação e
negociação, permitindo a implementação de melhorias do cuidado. (COPELLI, , et
al., 2017)
Na clínica médica é responsável pelos cuidados que exigem maiores níveis
de conhecimento científico e técnico; prescreve medicamentos estabelecidos na
unidade de saúde; prepara os pacientes para o atendimento médico; cuida
pessoalmente de pacientes que estejam em nível crítico de saúde, como os
internados em Unidades Intensivas de Tratamento (UTI); realiza procedimentos nos
pacientes (sondagem vesical, inserção de cateter central de inserção periférica,
sondagem orogástrica); avalia feridas e escolhe o tipo de curativo a ser utilizado;
realizar diagnósticos de enfermagem e prescrições de enfermagem; prestação de
assistência durante o parto. (Conheça a função de cada tipo de profissional de
enfermagem, 2016)
No momento da intervenção cirúrgica, o profissional de enfermagem tem a
função de oferecer ajuda ao cirurgião com os instrumentais utilizados. Ainda, é
sua responsabilidade recolher biópsias que serão posteriormente analisadas e
esterilizar as indumentárias de toda a equipe de cirurgia. (SAÚDE, 2020)
13

As tarefas do enfermeiro permanecem no pós-cirúrgico. Afinal, ele


precisa monitorar as condições de saúde do paciente, observando qualquer sintoma
incomum e realizando o controle dos sinais vitais. Outros cuidados são necessários,
como a ajuda na higiene pessoal e a realização de troca de curativos. (SAÚDE,
2020)

2.3. Recursos Humanos


A gestão de recursos humanos é uma das dimensões do processo de
trabalho do enfermeiro que exige constante atualização de conhecimentos,
habilidades e atitudes especificas para coordenação do cuidado em enfermagem
eficiente, eficaz e de resolutividade. Para tanto, é essencial a atualização do
enfermeiro nas teorias e nos saberes específicos que fundamentam a prática
profissional numa perspectiva crítico-reflexiva e de transformação do processo de
trabalho gerencial. (73043 - Gestão de Recursos Humanos em Enfermagem)
No cotidiano das instituições hospitalares os enfermeiros assumem de forma
compartilhada atividades gerenciais e assistenciais, desempenhando papel central
nos sistemas de saúde e no atendimento de indivíduos e família, participando de
ações relacionadas ao gerenciamento de recursos, atendimento das demandas da
equipe, do paciente e família. Assim, o trabalho do enfermeiro e da enfermagem,
tem sido um facilitador dos processos organizacionais e do desempenho da equipe
de saúde. (MAGALHÃES, RIBOLDI e DALL’AGNOL, 2009)
A atuação do enfermeiro na captação de pessoal para o hospital é
restrita à contratação de profissionais de enfermagem. Enfermeiros assistenciais
informam à Coordenadora de Enfermagem a necessidade de novos profissionais
que, por sua função, os solicita à diretoria, cabendo a esta autorizar ou não. O
setor de Recursos Humanos pré-seleciona candidatos a partir do banco de
currículos, a Coordenadora de Enfermagem realiza entrevistas e define quem será
contratado. Entretanto, os enfermeiros assistenciais, apesar de trabalharem
diretamente com os profissionais no cuidado ao paciente, não participam do
processo e nem da definição do perfil desejado, sua participação se restringe à
identificação das necessidades da enfermagem. (VENTURA, FREIRE e ALVES,
2016)
A captação e contratação das coordenadoras de enfermagem são
feitas pela diretoria, que concentra todo o processo, devido à função estratégica do
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cargo para alcance dos objetivos e metas institucionais. (VENTURA, FREIRE e


ALVES, 2016)
No processo de internalização, o enfermeiro assistencial favorece a
socialização, apresentando o ambiente de trabalho, a equipe, acompanha e
treina o funcionário novato visando criar um ambiente de trabalho favorável que
minimize o absenteísmo, turnover e doenças ocupacionais. (VENTURA, FREIRE e
ALVES, 2016)
O enfermeiro, em seu papel de líder, deve desenvolver competências na
gestão de conflitos e a vivência de desenvolvimento de habilidades para liderar e
gerenciar diversas atividades, abrangendo o gerenciamento da equipe de
enfermagem, a fim de garantir uma qualidade no atendimento assistencial e saúde
organizacional. Para assegurar a qualidade, é imprescindível que o enfermeiro tenha
como habilidade a capacidade de comunicação, observação, escuta, senso crítico e
a empatia para vislumbrar todas as faces de um conflito. (TEIXEIRA, SILVA e
DRAGANOV, 2018)
O mediador de conflito deve ser imparcial, flexível, mantendo a
confidencialidade a fim de ser efetivo nessas situações. O gerenciamento de conflito
feito pelo enfermeiro gestor deve ter aplicação de quatro estratégias: dominação,
acomodação, compromisso e solução interativa dos problemas, de acordo com cada
situação. (TEIXEIRA, SILVA e DRAGANOV, 2018)
A escala de atribuições é a divisão das atividades de enfermagem diária e,
em cada turno, entre os elementos da equipe de enfermagem com a finalidade de
prestar assistência com qualidade. Ela deve ser organizada de modo a evitar
sobrecarga e ou a ociosidade dos membros da equipe.

2.4. Gestão de Materiais


Os enfermeiros ao prestarem a assistência à saúde utilizam recursos
materiais, cabendo a eles a competência e responsabilidade pela administração de
materiais em suas unidades de trabalho através da determinação do material
necessário para a realização da assistência seja no aspecto quantitativo como no
qualitativo, na definição das especificações técnicas, na participação no processo de
compra, na organização, no controle e avaliação desses materiais. (CASTILHO e
LEITE, 1991)
15

Ao considerarmos a complexidade dos materiais utilizados na área da saúde,


é de suma importância que a enfermagem participe do processo de gerenciamento
de recursos materiais, assessorando a área administrativa nos aspectos técnicos.
(CASTILHO e LEITE, 1991)
No trabalho gerencial do enfermeiro, além de gerir a assistência é
indispensável à gerência da unidade, que compreende a administração dos recursos
humanos e materiais a fim de manter o bom funcionamento do serviço, prevendo e
provendo recursos necessários à assistência, sendo particularmente importante a
participação da enfermagem no gerenciamento de recursos materiais em serviços
de maior densidade tecnológica. (CASTILHO e LEITE, 1991)
A administração dos recursos materiais tem por objetivo assegurar que o
material esteja disponível, no momento e no local adequado, para prestação de um
serviço eficiente.

2.5. Atividades Assistenciais do Enfermeiro


As principais atividades assistenciais realizadas pelo enfermeiro incluem:
histórico, prescrição e evolução de enfermagem; assistência de enfermagem direta
aos pacientes mais graves; realização de procedimentos privativos do enfermeiro;
supervisão da assistência de enfermagem prestada pela equipe de enfermeiros;
identificação e tomada de condutas rápidas diante das situações fora da rotina da
unidade; orientação diária dos profissionais de enfermagem na realização de
procedimentos. (LUVISOTTO, VASCONCELOS, et al.)
A realização dessas atividades (assistenciais e administrativas), com
dedicação e competência, refletem diretamente a qualidade da assistência prestada
a toda clientela que procura os serviços de Saúde. (LUVISOTTO, VASCONCELOS,
et al.)
Sob supervisão da enfermeira Marineide Souza (COREN – 376014), tive
oportunidade de acompanhamos todas as tarefas desempenhadas por um
enfermeiro de verdade já que no campo de estágio tivemos apenas atuação
compactada pois focados em determinadas disciplinas, o trabalho como enfermeiro
é feito de forma superficial.
Durantes o estágio realizamos atividades assistenciais, o que possibilitou uma
visão mais aprofundada sobre o real trabalho de uma enfermeira em uma unidade
16

hospitalar e me capacitando para desempenhar tal papel. Descritas abaixo estão


algumas das atividades que desempenhei na Maternidade Municipal.

2. 5. 1. Atividades Assistenciais
 recebimento e passagem de plantão;
 classificação de risco em acolhimento;
 exame físico de gestantes de alto risco internadas em Sala de
Observação;
 exame físico de gestantes internadas por trabalho de parto (avaliação
da dinâmica uterina, dos movimentos fetais, das perdas vaginais, dos
batimentos cardio-fetal);
 punção venosa periférica;
 realização de Teste Rápido HIV;
 sondagem vesical de alívio e sondagem vesical de demora;
 aplicação de métodos não farmacológicos para alívio da dor em
parturientes (hidroterapia, bola suíça, cavalinho, massagem);
 atendimento às mulheres e recém-nascido na sala de parto e sala de
cesariana;
 aspirado e lavado gástrico de RN;
 avaliação de puérperas na sala de recuperação pós-parto;
 transferência de puérperas para Unidade de Internação Obstétrica
(UIO) conjuntamente com o registro de todos procedimentos,
avaliações e descrições de exames físico em prontuário;
 prescrição de Enfermagem;
 delegação de tarefas aos técnicos de enfermagem

2.6. Experiências Pessoais


O estágio supervisionado garante ao discente uma oportunidade de se
autodescobrir como profissional, de conviver com outros colegas de profissão, de
vivenciar habilidades como responsabilidades que lhes são conferidas e liderança de
equipe, tão essenciais para a formação do futuro enfermeiro.
Proporciona uma visão para além da sala de aula, no campo de prática o
mesmo pode aplicar desenvolver métodos que foram aprendidos na teoria, uma
17

nova perspectiva sobre o campo de prática, pois são várias as vivências e


aprendizados.
No estágio realizamos a leitura de prontuários, anamnese, exame físico e
evolução do paciente tudo sob a supervisão da preceptora de estágio. O estágio
essencial já que convivemos com enfermeiros e pacientes no ambiente hospitalar,
onde culturas e valores éticos foram avaliados no contexto da enfermagem.
Realizamos ações como, orientações em relação à amamentação, realização
do teste do pezinho, curativos, coleta de sangue para exames laboratoriais, banhos
em recém-nascidos, admissão e encaminhamentos de pacientes, visita de
enfermagem, passagem de plantão, dentre outros.
A possibilidade de se autodescobrir como profissional, conviver com outros
profissionais, vivenciar responsabilidades que lhes são conferidas e liderança de
equipe, são situações essenciais para a formação de enfermeiros que o estágio
disponibiliza.
A primeira experiência marcante foi o parto cesáreo de um bebê anencefálico
filho de uma jovem moradora da zona rural que não teve acompanhamento de pré-
natal, onde após o corte do cordão umbilical veio a óbito.
Como pode ser observado na maioria das literaturas, a anencefalia é um
defeito congênito, que atinge o embrião por volta da quarta semana de
desenvolvimento, ou seja, numa fase muito precoce. Em função dessa anomalia,
ocorre um erro no fechamento do tubo neural, sem o desenvolvimento do cérebro, a
chance de sobrevida por um período prolongado é "absolutamente inviável".
(Anencefalia: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro?)
Pode haver algum resquício do tronco cerebral funcionando, o que garante
algumas funções vitais do bebê, como respiração e batimentos cardíacos. (YZABEL)
Também podem ocorrem outras malformações associadas, como fenda
palatina (quando há abertura na parte óssea do céu da boca) e anormalidade da
coluna cervical. A anencefalia tem incidência de um a cinco casos a cada 1000
nascidos vivos e é mais frequente em meninas. (YZABEL)
Cinquenta por cento das mortes em casos de anencefalia são provocadas
ainda na vida intrauterina. O bebê costuma ir à óbito nas primeiras horas de vida.
Porém, em alguns casos, essas crianças podem sobreviver alguns dias e não
conseguimos precisar quanto tempo de vida cada criança tem previamente ao
nascimento. (Anencefalia: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro?)
18

Segundo estudos epidemiológicos, a malformação está relacionada a vários


fatores de natureza genética e/ou ambiental, tais como localização geográfica, sexo,
etnia, raça, época do ano, classe social e histórico familiar. (MOORE e PERSAUD,
2004)
Trata-se de uma doença relativamente comum, mas que vem decaindo nas
últimas décadas de cinco para dois a cada 10 mil nascidos vivos. E mais frequente
no sexo feminino, sendo a proporção de duas a quatro vezes. Os fatores causadores
de distúrbios do tubo neural provavelmente são de natureza genética, nutricional
e/ou ambiental, podendo também ser causadas por alterações na morfogênese ou
histogênese do tecido nervoso, resultado de falhas no desenvolvimento de
estruturas associadas como a notocorda, os somitos, o mesênquima e o crânio.
(MOORE e PERSAUD, 2004)
As exposições ao ambiente algumas vezes podem apresentar efeitos
potencialmente teratógenos através de distintos mecanismos, assim como as
alterações na diferenciação e na migração celular, a morte celular excessiva e
comunicações intercelulares e/ou alterações em seu mecanismo. (ELWOOD,
LITTLE e ELWOOD, 1992)
O ácido valpróico, medicação usada para o tratamento de epilepsia, se
utilizado durante a gestação, interfere no metabolismo do ácido fólico e aumenta o
risco de malformações do tubo neural. A administração de 0,4mg de ácido fólico
meses antes e durante as primeiras semanas da gravidez reduz o risco de espinha
bífida e anencefalia, mesmo em mães com história previa de gestação com
alterações do tubo neural15. A deficiência do ácido fólico durante a gestação,
principalmente antes do fechamento do tubo neural, pode ocasionar danos na
formação da medula espinhal e cérebro, levando ao aparecimento da anencefalia.
Uma das causas mais comuns para deficiência de ácido fólico é a má nutrição,
interferindo assim na síntese de DNA, RNA e metabolismo de alguns aminoácidos.
(BECKMAN e BRENT, 1984)
Apesar de o ácido fólico ser um fator já identificado de risco muito importante
para as doenças do tubo neural, o mecanismo exato de como está envolvido na
embriogênese ainda é desconhecido. Com o intuito de reduzir a incidência de
anomalias relacionadas ao desenvolvimento do sistema nervoso, vários países vêm
preconizando a adição de ácido fólico em alimentos consumidos em grande escala
19

pela população, como é o caso dos Estados Unidos, que obteve um declínio de
aproximadamente 19% na incidência de doenças do tubo neural. (PITA, 1998)
É possível prevenir o risco de recorrência da gestação de um feto com
anencefalia, que é de 5% em um único caso, passando a 10% quando tem dois
casos anteriores. A prevenção, hoje, é uma norma do Centro de Controle de
Doenças nos Estados Unidos, que preconiza quatrocentos microgramas de ácido
Fólico pelo menos um mês antes da gravidez e nos dois primeiros meses da
gestação, e nos casos onde houve um antecedente, o uso de quatro miligramas em
igual período. Ou seja, quatro miligramas diários, quatrocentos microgramas para
prevenir a ocorrência e quatro miligramas para prevenir a recorrência em uso diário.
Não existe cura para a anencefalia, não havendo perspectivas de tratamento ou
sobrevida para um feto que chegue a nascer com tal anomalia. (MOORE e
PERSAUD, 2004)
20

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado é uma experiência que nos permite enquanto aluno


e futuro profissional, a possibilidade de conhecer, analisar e refletir sobre seu
ambiente de trabalho. Com isso, ajuda a enfrentar a realidade munido das teorias
que aprendemos ao longo do curso, colocando em prática as habilidades estudadas
durante o curso e de experiências que vivemos enquanto alunos.
No campo de estágio. Tive ainda a oportunidade de correlacionar a teoria com
a prática, onde pude adquirir os conhecimentos necessários para a minha formação
profissional básica, e passei a ter mais confiança e segurança no desenvolvimento
das atividades, que até então só eram vistas na teoria, dentro das salas de aula.
Embora tenham o corrido diversas limitações para a realização do estágio, o
período de atividade foi positivo e enriquecedor para o conhecimento sobre os
serviços oferecidos na atenção básica de saúde. É e vidente que alguns
procedimentos não tiveram a chance de serem praticados, permanecendo
estudados apenas em sala de aula, no entanto, entende -se o cenário pelo qual o
país está passando até o presente momento em decorrência da pandemia por covid-
19.
O período de estágio foi de grande importância para que eu tivesse a chance
de aprender a conviver com os diferentes profissionais de saúde (médicos,
enfermeiros, técnicos, etc.) e pacientes no hospitalar, e onde pude avaliar culturas e
valores éticos no campo da enfermagem.
Desta forma, o estágio contribuiu para a minha formação, ao me ajudar a fixar
os conhecimentos teóricos à prática do dia a dia, permitindo assim uma visão crítica
de cada caso que surgiu no decorrer deste período tão produtivo.
Concluiu-se que os sentimentos apresentados por nós acadêmicos se
relacionam ao impacto inicial da vivência de uma nova realidade. Inicialmente, a falta
de prática desperta um certo temor ao realizar as mais diversas atividades em um
setor onde atende gestantes de alto risco. Ao longo do estágio, ao adquirir
conhecimento técnico-prático, nós estudantes temos que fazer uma reflexão crítica
que leva a autoconfiança, possibilitando assim um amplo desenvolvimento de
habilidades pertinentes as práticas de enfermagem.
21

4. REFERÊNCIAS

73043 - Gestão de Recursos Humanos em Enfermagem. USP Universidade de São


Paulo. Disponível em: <https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterAtividade?
cod_oferecimentoatv=73043>. Acesso em: 21 Setembro 2021.

ANENCEFALIA: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro? Terra. Disponível


em: <https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/anencefalia-quanto-
tempo-e-possivel-sobreviver-sem-
cerebro,a5fa00beca2da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 20
setembro 2021.

BECKMAN, DA; BRENT, RL. Mechanisms of teratogenesis.

CASTILHO, V.; LEITE, M. M. J. A administração de recursos materiais na


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CASTRO, Bruna E. F. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA


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Disponível em: <https://maislaudo.com.br/blog/conheca-a-funcao-de-cada-tipo-de-
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enfermagem em uma maternidade: teoria fundamentada. Rev Bras Enferm
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ELWOOD, JM; LITTLE, J; ELWOOD, JH. Epidemiology and control of neural tube
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LUVISOTTO, Marilia M. et al. Atividades assistenciais e administrativas do


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14.

MAGALHÃES, AMM; RIBOLDI, CO; DALL’AGNOL, CM. Planejamento de recursos


humanos de enfermagem: desafio para as lideranças. Rev Bras Enferm [periódico
na Internet], v. 62, n. 4, 2009.

MK, Fincke. Enfermagem de emergência: a viga mestre do departamento de


emergência. Warner CG. Enfermagem em emergência, São Paulo:
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PEDUZZI, M; HAUSMANN, M. A enfermagem como prática heterogênea que busca


ressignificar as interfaces entre seus diferentes agentes e objetos de trabalho. Livro-
Temas do 56º Congresso Brasileiro de Enfermagem; Enfermagem hoje:
22

coragem de experimentar muitos modos de ser, Brasilia, p. 24-29, Setembro


2004.

PITA, GR. Acido Fólico y Vitamina B12 en la nutrición humana. Revista Cuba
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SAÚDE, VDB. Qual o papel da enfermagem no centro cirúrgico? Volk do Brasil,


2020. Disponível em: <https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/enfermagem-no-centro-
cirurgico/>. Acesso em: 30 Setembro 2021.

TEIXEIRA, Natália L.; SILVA, Milena M.; DRAGANOV, Patricia B. Desafios do


enfermeiro no gerenciamento de conflitos dentro da equipe de enfermagem. Revista
de Administração em Saúde, v. 18, n. 73, Dezembro 2018.

VENTURA, Palloma F. E. V.; FREIRE, Elana M. R.; ALVES, Marília. Participação do


enfermeiro na gestão de recursos hospitalares. Revista Eletrônica Gestão &
Saúde, v. 7, n. 1, p. 126-47, 2016.

YZABEL, Dra. Anencefalia Má Formação Congênita do Cérebro do Feto. Drayzabel.


Disponível em: <https://www.drayzabel.com.br/anencefalia-causas-e-sintomas-da-
ma-formacao-congenita-do-cerebro-do-feto>. Acesso em: 20 Setembro 2021.
23

5. ANEXO

Fotos tiradas no contexto do estágio supervisionado

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