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A EVOLUÇÃO DO MODELO

SOCIAL DA DEFICIÊNCIA
NA LINHA DO TEMPO
HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO
• Na década de 70, o modelo adotado para avaliação da deficiência era

o Modelo Social, o qual afirmava que a deficiência era um produto das

barreiras físicas, organizacionais e atitudinais presentes na sociedade,

e não culpa individual da pessoa que tem deficiência, ou mesmo uma

consequência inevitável de suas limitações.

Nesse sentido, o Modelo social aponta para a sociedade as falhas

atitudinais, estruturais e culturais que criam barreiras que não permitem

às PcD desenvolverem suas capacidades.


Ideia de corpos produtivos funcionais ...
inabilidade do corpo com impedimentos para o trabalho produtivo...

• Já no século XX surgiu o Modelobiomédico defendendo que a


deficiência era um atributo ou característica do
indivíduo, causada diretamente por doença, trauma ou outra
condição de saúde, que requer algum tipo de intervenção de
profissionais para “corrigir” ou “compensar” o problema.

• O modelo limita o discurso a lesão e a patologia do indivíduo,


indicando a falta de capacidade da pessoa com deficiência de
desenvolver seu potencial por causa do infortuno corpo
lesionado. Apresentava, assim, uma concepção de tutela e
assistencialismo, no qual a pessoa com deficiência deveria
receber assistência do Estado para conseguir se desenvolver.
O modelo biopsicossocial, por sua vez,  surgiu com a Convenção
Internacional da Pessoa com Deficiência a qual preceitua que a
deficiência parte de uma condição de saúde que gera deficiência dentro
de fatores contextuais. é uma integração dos modelos médico e social.
na medida em que passa a ser a resultante da interação entre as limitações
da pessoa e as barreiras sociais que obstruem a sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais. Diante
desta logística, a sociedade é convocada para eliminar barreiras com o
objetivo de promover a efetiva inclusão social da pessoa com deficiência”

Assim, a adoção – nacional e internacional – do modelo social de deficiência


enseja a superação do modelo médico de abordagem da deficiência.

Para essa visão estritamente médica, a pessoa com deficiência é que deve se
“normalizar” o tanto quanto possível para a vida em sociedade, na medida
em que será reabilitada para se assemelhar às demais pessoas válidas e
capazes.

“Então, a sociedade passa a ser protagonista na inclusão das pessoas com


deficiência, já que é ela que não consegue se adaptar e permitir que todos
exerçam os seus direitos e deveres com o maior grau de autonomia possível
e em condições de igualdade com os demais”
OMS E O MODELO SOCIAL
O que se espera com a superação do modelo médico?
Maior autonomia e empoderamento da pessoa com deficiência e seus
familiares, amigos e relacionamentos.
Acessibilidade como um direito fundamental para o exercício da cidadania em
condições de igualdade de direitos, levando ao desenvolvimento de Políticas
Públicas que contemplem as especificidades das Pessoas com deficiência.

Instrumentos de Avaliação
Os instrumentos de avaliação abrangem a deficiência e a funcionalidade e
seus itens discorrem sobre estruturas e funções do corpo, fatores ambientais,
domínios da vida, atividades e participação e restrição de participação social.
Tais instrumentos ainda estão em fase de validação pelo governo.
Instrumento 1 – Identificação do Avaliado: esse instrumento é composto de itens
como Dados Pessoais, Sexo, Idade, Raça/Cor e Estado Civil.
 
Instrumento 2 – Dimensão Socioeconômica: composto de itens como profissão, renda
familiar, localização do domicílio e tipos de benefícios que recebe.
 
Instrumento 3 – Estruturas e Funções do Corpo: abrange as funções mentais,
sensoriais e de dor, voz e da fala, dentre outras características
“mais do que mudar as convenções sociais, a sociedade é
que precisa se adaptar à realidade”

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