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Introdução: Destaca a discriminação histórica sofrida pelas pessoas com

deficiência e a necessidade de políticas públicas para inclusão e igualdade de


direitos.
Evolução Histórica: Aborda como a deficiência foi percebida ao longo da história,
contrastando o "modelo médico", que via a deficiência como inata e limitante, com o
"modelo social", que focaliza os determinantes sociais e a remoção de barreiras à
inclusão. Modelo medico: ele vê o individuo apenas pela sua deficiência (é ate
incluído a deficiência ou transtorno como sobrenome) Modelo social: não é a
condição biológica que determina a pessoa como invalida produtiva ou não, ele se
da a partir de movimentos de exclusão não é a condição de incapacidade e sim o
olhar opressivo. A deficiência e algo concebido como desvio a partir de um olhar
social.
Estigma e Deficiência: Explora a origem do termo "estigma" e como as pessoas com
deficiência historicamente foram estigmatizadas, sendo vistas como inferiores e
limitadas socialmente.
Mudança de Paradigmas: Discute a transição dos paradigmas de exclusão, segregação
e integração para o de inclusão social, onde a sociedade deve adaptar-se para eliminar
barreiras de acessibilidade.
Da Exclusão à Inclusão Social: Examina críticas às barreiras ambientais e atitudinais
que persistem, apesar da proposta de inclusão, e destaca a importância de adaptar o
ambiente para acessibilidade.
Políticas Públicas Educacionais: Analisa o desenvolvimento das políticas
educacionais para inclusão, desde a Declaração de Salamanca até as atuais práticas de
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Inclusão no Mercado de Trabalho: Discute o direito ao trabalho para pessoas com
deficiência e políticas como o Benefício de Prestação Continuada e a Lei de Cotas para
promover a empregabilidade.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência define as barreiras que limitam a participação


plena e efetiva das pessoas com deficiência na sociedade como:
Barreiras Urbanísticas: Dificuldades encontradas nas vias e espaços públicos ou
privados de uso coletivo.
Barreiras Arquitetônicas: Impedimentos presentes nos edifícios públicos e privados.
Barreiras nos Transportes: Obstáculos nos sistemas e meios de transportes.
Barreiras nas Comunicações e na Informação: Problemas na expressão ou recepção
de mensagens e informações através dos sistemas de comunicação e tecnologia da
informação.
Barreiras Atitudinais: Atitudes ou comportamentos que prejudicam a participação
social da pessoa com deficiência em igualdade de condições.
Barreiras Tecnológicas: Dificuldades de acesso da pessoa com deficiência às
tecnologias.

A evolução histórica do conceito de deficiência: Historicamente, a deficiência foi


percebida de formas variadas, refletindo os valores e atitudes sociais. Inicialmente, a
visão era inatista, entendendo a deficiência como uma condição orgânica e estática. O
modelo médico associado a essa visão categorizava as pessoas com deficiência como
não saudáveis e improdutivas, vistas como incapazes de contribuir para a sociedade
capitalista, que valoriza a produtividade. Esse paradigma começa a mudar com o
modelo social, que reconhece o papel dos fatores sociais na definição de deficiência e
enfoca na eliminação de barreiras para inclusão social.
Estigma e deficiência: O termo estigma tem suas origens na Grécia Antiga e está
associado a marcas físicas que indicavam inferioridade moral. Transferido para o
contexto da deficiência, estigma passou a significar um atributo que desacredita e relega
pessoas com deficiência a um status inferior. Historicamente, a deficiência foi
frequentemente vista como uma desvantagem, e pessoas com deficiência foram
estigmatizadas como frágeis e limitadas, o que prejudica sua aceitação social plena.

Gestalt de Incapacidade: Erving Goffman descreve a "gestalt de incapacidade" como a


tendência de as pessoas verem indivíduos com deficiência apenas por sua limitação,
ignorando outras dimensões de suas vidas. Isso leva a uma visão reducionista, onde as
qualidades e potenciais dessas pessoas são ofuscados pela percepção de suas
deficiências.
Entender esses conceitos e a evolução histórica é fundamental para perceber como as
percepções sociais e a estigmatização afetam as vidas das pessoas com deficiência, e
como isso moldou as políticas públicas de inclusão. Estudar a forma como o estigma é
construído e mantido na sociedade pode ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes
para a inclusão e o respeito às pessoas com deficiência.

Mudança de Paradigmas sobre a Diversidade Humana: A história mostra uma


evolução dos paradigmas em relação às pessoas com deficiência, passando pela
exclusão total, segregação, integração e finalmente, a inclusão social. Essa evolução
reflete a passagem do entendimento da deficiência como doença para uma visão mais
holística, onde a sociedade procura adaptar-se para acomodar as diferenças individuais e
eliminar barreiras para a participação plena.

Da Exclusão à Inclusão Social: Este ponto analisa as barreiras físicas e sociais que as
pessoas com deficiência ainda enfrentam. Enquanto a inclusão propõe a adaptação do
meio para remover barreiras, a análise critica a eficácia dessas mudanças, apontando
que as barreiras atitudinais e ambientais persistem e necessitam de maior atenção para
uma inclusão efetiva.

Políticas Públicas Educacionais: Trata das medidas adotadas para incluir crianças e
jovens com deficiência no sistema educacional. Desde a Declaração de Salamanca até
políticas mais recentes, busca-se a integração desses alunos no ensino regular. A
Educação Especial, na forma de Atendimento Educacional Especializado, apoia a
inclusão educacional, respeitando as necessidades individuais de cada aluno.

Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho: Aborda o direito ao


trabalho e a inclusão no mercado de trabalho como um direito fundamental. Discute
políticas como a Lei de Cotas e o Benefício de Prestação Continuada, e a importância
do Estado em criar condições para a efetivação da participação das pessoas com
deficiência no ambiente de trabalho.

Além disso, o texto ressalta que as barreiras atitudinais frequentemente


fundamentam as demais barreiras e podem se manifestar como discriminação e
preconceito, muitas vezes de forma sutil e não intencional. São expressas em ações
e posturas que dificultam a inclusão da pessoa com deficiência em diferentes
contextos, como a escola ou o local de trabalho.
Reconhecer e enfrentar estas barreiras é essencial para avançar na inclusão efetiva de
pessoas com deficiência na sociedade.

Exclusão
No contexto da exclusão, indivíduos ou grupos são efetivamente impedidos de
participar de diversos aspectos da vida social, econômica ou política. Isso pode ser
devido a preconceitos, discriminação, barreiras físicas ou sociais, ou políticas que
limitam sua participação. A exclusão é frequentemente a manifestação mais severa de
desigualdade, onde as pessoas são marginalizadas e privadas de oportunidades
essenciais.
Segregação
A segregação implica em separar pessoas com base em certas características, como raça,
gênero, deficiência, entre outras, tanto fisicamente quanto em termos de oportunidades e
recursos. Embora possa ser justificada sob o pretexto de "cuidado" ou administração de
necessidades específicas, muitas vezes perpetua desigualdades e estabelece barreiras ao
acesso equitativo aos recursos e à participação social.
Integração
A integração refere-se à inclusão de indivíduos ou grupos em diferentes esferas da
sociedade, mas de uma maneira que os mantém distintos ou separados dentro do sistema
maior. Eles podem estar presentes e ter acesso a recursos e oportunidades, mas não
necessariamente participam ou são aceitos como iguais pelos outros membros do grupo
ou da comunidade. A integração pode ser vista como um passo à frente da segregação,
mas ainda carece da plena aceitação e participação.
Inclusão
A inclusão é a meta de criar uma sociedade em que todos, independentemente de suas
características ou desafios individuais, são plenamente aceitos, valorizados e têm igual
acesso a todas as oportunidades. Implica em mudanças profundas nas estruturas sociais,
culturais e institucionais para remover barreiras e promover a equidade. A inclusão é
fundamentada no reconhecimento da diversidade como um valor e na igualdade de
oportunidades para todos. Requer um esforço coletivo e uma vontade de mudar atitudes
e práticas em todos os níveis da sociedade.

Modelo Médico de Deficiência


No modelo médico, a deficiência é vista principalmente como um problema do
indivíduo, causado por uma doença, trauma ou outra condição de saúde que requer
tratamento médico. A ênfase é colocada na "cura" ou na "reabilitação" do indivíduo
para se adequar aos padrões da sociedade. Sob esse modelo, as características pessoais
são frequentemente vistas através da lente da deficiência, a ponto de essa característica
ser considerada uma definição dominante da identidade do indivíduo.
Implicações: Este modelo pode levar à marginalização e exclusão, pois coloca a
responsabilidade da "diferença" no indivíduo e muitas vezes ignora as barreiras sociais,
culturais e físicas que impedem a participação plena na sociedade.
Modelo Social de Deficiência
O modelo social, por outro lado, argumenta que são as barreiras sociais, e não a
deficiência em si, que limitam as pessoas de participarem plenamente na sociedade. De
acordo com este modelo, a deficiência é uma construção social, surgindo da interação
entre pessoas com várias limitações e uma sociedade que não acomoda essas diferenças.
Portanto, a solução não está em tratar ou mudar o indivíduo, mas em modificar a
sociedade para ser mais inclusiva e acessível.
Implicações: Este modelo impulsiona mudanças na infraestrutura, políticas, práticas e
atitudes, visando remover barreiras físicas e sociais. Promove a inclusão e a igualdade
de oportunidades, enfatizando que todos na sociedade devem ter acesso a recursos,
participação e direitos iguais, independentemente de suas habilidades ou incapacidades.

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