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A participação da PCD na escola e na sociedade ao longo da história sofreu muitas mudanças:

foi influenciada pelos meios de produção, pela cultura, pelo contexto histórico, podendo ser
vista como exclusiva, segregada, integrada e finalmente inclusiva.

A política de inclusão legalmente consolidada em 2008 não contemplou todas as pessoas e


seguimentos da sociedade, e até os dias de hoje sofre pressão entidades que querem manter o
funcionamento das instituições especializadas e de outros grupos que querem ser inseridos no
Público Alvo da Educação Especial. Fica claro que não basta a criação de leis e políticas, e
necessário trabalhar as concepções das representações sociais em busca da inclusão.

O material de estudo abordado se tornou mais significativo depois da emocionante palestra do


professor Douglas. Na sua fala o professor enfatizou que apesar das leis e dos movimentos
políticos surgidos ainda existe pouca representação das pessoas com deficiência na sociedade,
e as que exercem cargos de destaque são questionadas e constantemente alvo de capacitismo.
Segundo o professor Douglas há um alto preço a se pagar por exercer o protagonismo.

Todo tipo de preconceito deve ser combatido, sobretudo o capacitismo. Fruto do capitalismo e
das relações de trabalho, o capacitismo é estrutural e estruturante. Por vezes temos atitudes
capacitista para com as pessoas com deficiência, mesmo involuntariamente. Na escola
costumamos pedir laudo ou mesmo tratarmos as pessoas com deficiência como incapazes ou
até mesmo coitados. Devemos nos lembrar que o capacitismo mata por dentro
vagarosamente.

Sob a luz da interseccionalidade, a deficiência é uma condição humana, que deve ser relacional
com a sociedade. Deve-se abolir o termo limitação, e usar impedido. Pessoas deficientes são
impedidas de realizar determinadas atividades, não limitadas. Devemos nos referir as pessoas
com deficiência apenas como pessoas.

Na luta contra o capacitismo devemos primeiro achar o nosso lugar, e adotar um pensamento
anticapacitista. Trabalhar o conceito da deficiência como parte do ciclo da vida, reconhecer o
privilégio de não ter deficiência, abolir as expressões capacitistas, ver o deficiente dentro do
modelo social e lutar pela acessibilidade sem ver as barreiras.

Enfim, devemos lutar para uma educação baseada no DUA, onde não haja barreiras para todas
as pessoas, com suas diferenças e subjetividades.

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