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OS PARADIGMAS EM

RELAÇÃO AS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
Conversa inicial...
Questionamento

Ao olhar para a realidade, quais as


práticas inclusivas em relação as
pessoas com deficiência, consigo
identificar?
Reflexão

Eu, enquanto futuro profissional em


Psicologia, acredito ser capaz de
contribuir para a consolidação de uma
sociedade inclusiva?
Paradigmas em relação as pessoas com
deficiência

 Exclusão – Antiguidade e Idade Média


pessoas com deficiência, excluídas do
convívio social.
 Institucionalização – Séc. XVI –
Confinamento dos deficientes.
 Serviços – tem como ideia principal, a
integração.
 Suporte – Inclusão social: da relação
da sociedade com o deficiente.
INTEGRAÇÃO SOCIAL ≠ INCLUSÃO SOCIAL

Adaptarmos as pessoas com deficiência aos


sistemas sociais comuns.

Paradigma que mantém a sociedade praticamente


igual em suas estruturas e serviços oferecidos.
INCLUSÃO SOCIAL

Tornarmos a sociedade um lugar viável


para a convivência entre pessoas de
todos os tipos e condições.

Realização de seus direitos, necessidades


e potencialidades.
Inclusão social implica em
mudar:

a sociedade
a estrutura dos seus sistemas
sociais comuns
as atitudes das pessoas
os produtos e bens ofertados
as tecnologias, etc.
Mudar socialmente, em todos os
aspectos:

Educação,
Trabalho,
Saúde,
Lazer,
Mídia,
Cultura,
Esporte
Transporte.
Inclusão Social

Não se refere exclusivamente às pessoas com


deficiência, e sim, todas as pessoas até então
excluídas dos sistemas sociais comuns.

Adaptação da sociedade às
necessidades e peculiaridades
específicas de todas as pessoas
Princípios da Inclusão Social

1)- Celebração das diferenças – as


diferenças são bem-vindas, são atributos,
implicam em maneiras diferentes de se
fazer as coisas, muitas vezes, necessitam
tecnologias específicas e apoios especiais.
Princípios da Inclusão Social

2)- Direito de pertencer – significa que


ninguém pode ser obrigado a comprovar
sua capacidade para fazer parte da
sociedade.
3)- Valorização da Diversidade Humana –
significa que a sociedade se beneficia com o fato de
ser composta por uma tão variada forma de grupos
humanos.

A sociedade precisa da contribuição única que


pessoas e grupos de pessoas podem dar para o
enriquecimento da qualidade de vida de todos.
Documentos internacionais da
década de 1990:

Declarações de Jomtien, 1990, e de


Salamanca, 1994) que reivindicavam
a garantia de igualdade de
oportunidades e direitos a todos,
sem distinção, como afirma a
Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948).
Leis e políticas educacionais nacionais que amparam,
subsidiam e direcionam ações sobre a inclusão
educacional

Constituição Federal (1988) - Inciso III do Artigo 208,


trata sobre a garantia de “atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino”, como um
dever do Estado ;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96;

Estatuto da Criança e do Adolescente (1990 , atualizado


em 2016);

Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações


Curriculares de 1999;
Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica
de 2001;

Política Nacional de Educação Especial


na perspectiva da Educação Inclusiva
(2008). Apresenta uma nova proposta: a
educação deve ser para todos, na
educação regular, sem distinções.
Em 2003 – Foram implementadas estratégias
para a disseminação dos referenciais da
educação inclusiva no país – Programa
Educação Inclusiva – Direito à Diversidade –
responsável pelo amplo processo de formação
de gestores e de educadores por meio de
parceria entre o MEC, estados, municípios e o
Distrito Federal.
Em 2016 – CDPD- Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência –
(ONU).

Sistematiza estudos e debates mundiais


realizados ao longo da última década do Séc.
XX e nos primeiros anos do Séc. XXI – cria-se
uma conjuntura favorável à definição de
políticas públicas fundamentadas no
paradigma da inclusão social.

Documento: Consolidação da inclusão


escolar no Brasil 2003-2016 – MEC, 2016.
Em 2016 - 4ª Conferência Nacional dos
Direitos das Pessoas com Deficiência, tem
como tema:” Os desafios na implementação da
política da pessoa com deficiência: a
transversalidade como radicalidade dos Direitos
Humanos”.
Inclusão Educacional

A forma pela qual todas as pessoas devem


ser incluídas no sistema de ensino sem
que haja preconceitos, discriminações e
desrespeito às diferenças.
Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva (2008)

O grande argumento que sustenta a proposta da inclusão


fomentada pela nova política é a normalidade na diferença,
ou seja, ser diferente é ser normal.

Mas, afinal, se somos todos diferentes, porque algumas


diferenças incomodam tanto?

Estamos, de fato, preparados para conviver com as


diferenças?  (Pan, 2008)
O que significa educação para todos?

O que implicaria a igualdade e


oportunidade?

Quais as demandas que emergem no


processo ensino-aprendizagem?

Como a escola tem se organizado para


responder essa demanda?
Como se dá na prática pedagógica à
diversidade em que pais, alunos,
comunidade estão participando do
projeto político-pedagógico da escola?

Enfim, a escola está caminhando para a


inclusão social, ou está maquiando uma
realidade apenas com objetivo de fugir
do fenômeno da exclusão social?
(Mantoan, 2003)
A inclusão Educacional

É produto de uma educação plural,


democrática e transgressora.

Provoca uma crise escolar, ou melhor, uma


crise de identidade institucional, que abala a
identidade dos professores e faz com que
seja ressignificada a identidade do aluno.
O aluno da escola inclusiva é outro
sujeito, que não tem uma identidade
fixada em modelos ideais,
permanentes, essenciais.
No contexto das pessoas com
deficiência

Verifica-se que a invisibilidade, a


discriminação e a negação de direitos,
são fenômenos identificados em diversas
circunstâncias da vida em sociedade.

É possível verificá-los no mercado de


trabalho, no acesso ao sistema
educacional, na vida domiciliar, entre
outros contextos.
Uma questão multidimensional

A não equiparação de oportunidades


pelas pessoas com deficiência, que
possui seus traços em diversas áreas de
políticas públicas, como tratar esse
tema?
Ruptura de uma representação do
processo de ensino

processo homogêneo e
estandadizado

processo diversificado em seus objetivos, estratégias e


recursos, em função das características dos aprendizes.
Ruptura de uma representação também
homogeneizada e estandadizada da
deficiência

focalizando-a mais a deficiência do


que o sujeito que possui o defeito

Concepção que salienta a necessidade de focalizar o


sujeito e não a deficiência (Vygotsky, 1989).
“A normalidade causou-me
sempre um grande pavor,
exactamente porque é
destruidora.”

(Miguel Torga, Diário IV, 1948,


p.128).

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