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INCLUSÃO E EXCLUSÃO

NO ÂMBITO ESCOLAR

Discentes: Bruno Holmo


Camila Rebouças
Julia Imparato
Natalia Mazzilli
Thaís Dias

Fonte: https://scontent.fplu1-1.fna.fbcdn.net/v/t34.0-
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordaremos o tema inclusão e exclusão social na escola,
considerando as contribuições de Jean Piaget, um eixo de extrema importância e
necessário para a formação do profissional no âmbito escolar e também para a formação
social do individuo.

Igualdade não é de forma alguma tornar igual [...] Incluir não é


nivelar e nem uniformizar o discurso e a prática, mas exatamente o contrário: as
diferenças, invés de inibidas, são valorizadas. Portanto “aluno-padrão” não existe. Cada
integrante deste cenário deve ser valorizado como é. (SANTOS, PAULINO. 2006. p. 12)
O QUE É A EXCLUSÃO?
São dificuldades ou problemas
sociais que levam ao isolamento e até à
discriminação de um determinado
grupo. É considerado o ponto máximo
atingível no decurso da marginalização,
um processo no qual o indivíduo vai se
afastando da sociedade através de
rupturas consecutivas com a mesma.
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CAUSAS QUE LEVAM À
EXCLUSÃO:
• A má distribuição de bens, tal como o acesso à cultura, lazer,
educação, habitação, etc;

• A competitividade da cultura meritocrática, que menospreza os


menos aptos;

• A cultura que leva a pensar que as diferenças são perigosas.


COMO COMBATER A EXCLUSÃO NA
ESCOLA?
Para que todos tivessem as mesmas oportunidades e
direitos no âmbito escolar, criou-se o conceito de integração, o
qual defende que o indivíduo deve se inserir no ambiente, já
estruturado, e adaptar-se a ele. Entretanto, tal conceito foi
aprimorado e passou-se a defender a ideia de inclusão: agora,
o ambiente escolar deve se adaptar a todos os indivíduos e
suas particularidades, disponibilizando diversos recursos para a
sua aprendizagem.
Fonte:http://desafiosnaedinclusiva.blogspot.com.br/2014/07/inclusao-
estreitando-distancia-entre.html
Quando se fala em inclusão, há dois
tipos complementares:

•Inclusão essencial: Essa assegura a todos os cidadãos de uma dada


sociedade a participação e o acesso a todos os seus níveis e serviços. Está
é uma questão que se prende com os direitos humanos e com a acepção
básica de justiça social.

•Inclusão eletiva: Essa dimensão assegura que, independentemente de


qualquer condição, um indivíduo tem direito de se relacionar e interagir com
os grupos sociais que bem entender, de acordo com o seu interesse e a
partir de seus gostos.
Assim, às pessoas com doenças crônicas, com
deficiência e outras características de “risco”, não basta que
lhes seja dado um lugar de possível acesso na sociedade. É
necessário que a perspectiva inclusiva se alargue até estar
assegurada a possibilidade de escolha e opção. Essa
possibilidade de opção poderá até chegar à recusa de aceitar
o lugar que a sociedade “preparou” e previu para a sua
“colocação”.

(RODRIGUES, 2006, p. 12.)


O DIREITO À EDUCAÇÃO DE ACORDO
COM A CONSTITUIÇÃO
• São fundamentos da República a cidadania e a dignidade
do individuo (artigo 1°, incisos II e III).
• Objetivos fundamentais: a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, cor, raça, idade e quaisquer outras
formas de discriminação (artigo 3°, inciso IV).
• Direito a igualdade (artigo 5°).
• Direito de todos à educação (artigo 205°).
A ESCOLA E AS DIFICULDADES
DA INCLUSÃO
A necessidade de inclusão escolar, já reconhecida e
defendida por lei, também gera uma necessidade de
organização da escola para receber e direcionar a
aprendizagem de todos os tipos de alunos. Essa organização
depende de ações políticas, pedagógicas, culturais e sociais,
que facilitem e proporcionem a interação entre crianças com e
sem necessidades especiais.
O Censo Escolar divulgado
pelo INEP anualmente indicou no ano
de 2005 um total de 640.317 alunos
com deficiência matriculados em
escolas especiais e/ou classes
especiais e escolas regulares e/ou
classes comuns do sistema de ensino
brasileiro. Entre esses alunos, 278.167
possuem deficiência mental, 67.191
possuem deficiência múltipla, 66.314
possuem deficiência auditiva (surdez e
deficiência auditiva) e 63.631 possuem
deficiência visual.
Observa-se que o
percentual de crianças de 7 a 14
anos sem acesso à escola, que
era de 5,5% (2000) em todo o
Brasil, sobe para 11,4% se forem
consideradas somente as crianças
que possuem alguma deficiência.
Esse quadro é ainda mais
preocupante (39%) se forem
consideradas só as crianças com
paralisia ou falta de algum
membro. De acordo com os dados
apresentados pelo Censo do
IBGE em 2000, pelo menos 179
mil crianças brasileiras que
possuíam alguma deficiência,
não estavam nas escolas e se
encontravam privadas de seu
direito ao ensino fundamental
(UNICEF, 2005).
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO
DE INCLUSÃO?
Na escola, para que seja possível reduzir os obstáculos que impedem o
individuo de desempenhar atividades e participar plenamente da sociedade, é
necessário muita criatividade e bom senso dos professores no cotidiano escolar,
onde estes são fundamentais para o ensino e aprendizagem das crianças
especiais. Muitas vezes a demanda da educação especial chega às escolas antes
da capacitação profissional dos professores, dificultando o papel que deve ser
desempenhado por eles.

O professor [...] deve ser assessorado na construção dos saberes que


envolvem a educação portadores de necessidades especiais, a fim de que a
educação inclusiva de fato promova a aprendizagem de seus alunos e
desenvolvimento de suas possibilidades.

(SERRA. 2006. p.31)


Fonte:
http://novaescola.org.br/inclusao/
A CONTRIBUIÇÃO DE PIAGET
A educação construtivista engloba essas questões, quando
considera a interação pessoa/meio e a valorização dos papéis sociais,
como elementos básicos do aproveitamento acadêmico do aprendiz. Por
preconizar uma ensino escolar que se adapta as exigências curriculares às
características e peculiaridades do processo educativos do aprendiz,
constitui uma opção educacional que se ajusta aos requisitos de uma
escolarização inclusiva, respeitando a idade cronológica do aluno deficiente,
na formação das turmas escolares e ajustando-se às peculiaridades de seu
desenvolvimento intelectual.

(MANTOAN)
• De acordo com a Teoria Construtivista, a aprendizagem depende diretamente da disposição
do aluno para aprender e também sua individualidade. Isto entra em harmonia com a ideia de
inclusão social, uma vez que os alunos a serem incluídos nas escolas tenham suas
particularidades respeitadas, sintam-se motivados e possam progredir em sua aprendizagem.
Além disso, de acordo com a proposta piagetiana, é ideal que haja interação entre os pares.
Ou seja, que as crianças convivam e aprendam conjuntamente, ensinando-se mutuamente,
de maneira que todos possam ser incluídos naturalmente, pelos próprios colegas.

Fonte: https://scontent.fplu1-1.fna.fbcdn.net/v/t34.0-
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Fonte: www.sosprofessor.com.br ?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
40602008000100014
• http://www.pedagogia.com.br/artigos/asdificuldadesdainclusao/
• SANTOS, Mônica Pereira Dos. PAULINO, Marcos Moreira. Inclusão em
educação. Editora Cortez: São Paulo. 2006.
• RODRIGUES, David. Inclusão e Educação: Doze Olhares Sobre a Educação
Inclusiva. Editora Summus: São Paulo. 2006.
• MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Contribuição Piagetiana para a Pesquisa e
a Reflexão Pedagógica. Ciclo de Debates. 1996.

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