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JOVENS E ADULTOS
ISBN 978-85-9502-052-8
CDU 37.022
Introdução
A escola é um espaço privilegiado, pois pode mudar os valores dos indivíduos
ao mesmo tempo em que trabalha para reduzir preconceitos. Assim, a escola
um espaço de educação formal pode contribuir para a mudança do contexto
social, porque ela não só promove a construção de conhecimentos, mas
também faz repensar valores e atitudes, a valorizar, reconhecer e empoderar
os sujeitos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem.
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a escola passa ter uma função
social, já que é um local que pode possibilitar aos alunos o resgate a
consciência de sua participação na sociedade, como um sujeito ativo
de direito e deveres.
Neste capítulo, você vai estudar o tema da diversidade e inclusão na
sala de aula da EJA, que trata sobre a modificação do contexto social de
exclusão, por meio de respostas pedagógicas na educação.
Portanto, o que temos que compreender é que muitas vezes a inclusão fica
apenas no discurso, na garantia do acesso dos alunos na escola, mas não ocorre
uma reforma nas práticas da escola, a fim de proporcionar a permanência com
qualidade desses alunos em sala de aula, com o objetivo da concretização de
uma formação com qualidade, valorizando a diversidade cultural dos alunos e
garantindo a eles o direito à cidadania, ao reconhecê-los como seres sociais, assim
ainda temos presente o fato da escola ainda produzir a exclusão de muitas pessoas.
Pensar a inclusão social a partir da escola é reconhecer a importância
da diversidade em nossos ambientes educativos, reconhecendo o aluno
como um ser ativo, autônomo e com potencialidades. O que não se pode
é continuar a desconsiderar a diversidade dos alunos, desvincular os con-
teúdos das disciplinas com a realidades em que eles vivem, e também
deixar de reconhecer os limites, os ritmos, as necessidades e as diferenças
de cada um na turma.
professor possa repensar suas aulas e definir estratégias de ensino que motivem
nos alunos a vontade de aprender.
Para saber mais sobre gênero, sexualidade e diversidade na escola, leia o texto Gênero,
sexualidade e diversidade na escola a partir da perspectiva de professores/as (MADUREIRA;
BRANCO, 2015).
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases para a
educação nacional. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 20 fev. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer nº 11, de 10 de maio de 2000. Diretrizes Curricu-
lares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, 2000. Disponível
em: <http://confinteabrasilmais6.mec.gov.br/images/documentos/parecer_CNE_
CEB_11_2000.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2017.
FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991.
FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, P.; SHOR, I. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo:
UNESP, 2000.
FRIEDRICH, M. et. al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de pla-
taformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio: Avalição, Política
Pública e Educação, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867>. Acesso em: 23 fev. 2016.