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SUMÁRIO

A génese dos Fenómenos Meteorológicos


 Conceito de Fenómenos Meteorológicos
 Tipos de Fenómenos Meteorológicos
 Observação Meteorológica
 Operação de Serviço Nacional de Meteorologia

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DOS


ELEMENTOS METEOROLÓGICOS
Derivado do termo meteoro (qualquer fenómeno atmosférico) da
etimologia grega, é um fenómeno, não sendo nuvem, que ocorre e é
observado na atmosfera ou à superfície da terra. Este fenómeno pode
consistir em precipitações, em suspensão ou depósito de partículas líquidas
ou sólidas, aquosas ou não; pode igualmente consistir numa manifestação
de natureza óptica ou eléctrica. Estes fenómenos, na sua maioria, estão
relacionados com a observação do "estado do tempo" ou "o tempo"
realizada em estações climatológicas ou sinópticas.
 Os hidrometeoros
Muitos fenómenos meteorolólogicos resultam de modificações
que intervêm no estado de vapor de água na atmosfera. Estes
são conhecidos por hidrometeoros e podem ocorrer sob as
formas de:
 Precipitação (ex: Chuva, Chuvisco, neve, saraiva)
 Virga
 Partículas mais ou menos em suspensão na atmosfera
(nevoeiro, neblina)
 Depósitos (Orvalho, geada, gelo poroso e gelo vítreo).
.
Os Litometeoros: Fenómenos meteorológicos, constituidos na sua maior
parte, por partículas sólidas e não aquosas, chamam-se litometeoros e
podem ocorrer sob as formas seguintes:
 Partículas mais ou menos em suspensão no ar (Bruma seca, bruma de
areia ou poeira, fumo)
 Partículas levantadas do solo pelo vento (ex: nuvem de poeira ou de
areia, tempestades de poeira ou de areia, turbilhao de poeira ou de
areia).
. Os Fotometeoros: Fenómenos luminosos produzidos pela reflexão,
refracção, difracção ou interferência, da luz proveniente do sol ou lua.
Podem observar-se fotometeoros nas seguintes condições:
 Em ar mais ou menos limpo (miragem, tremulina, cintilação, raio
verde, cores crepusculares)
 À superfície das nuvens, ou no seu interior (fenómenos de halo,
corôa, irrisação, glória)
 À superfície dos hidrometeoros ou dos litometeoros, ou no seu
interior (glória, arco-íris, arco-íris branco, raios crepusculares)
Electrometeoros: Manifestação visível ou audível da
electricidade atmosférica. Podem ocorrer sob a forma
de:
 Descargas eléctricas descontínuas (relâmpago e
trovão- trovoada);
 Fenómenos mais ou menos contínuos (fogo de S.
Telmo, aurora polar).
Natureza das observações meteorológicas
 Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em
primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas
das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os
órgão dos sentidos, especialmente os da vista. Por exemplo, pode-se
observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas
observações chamam-se observações sensoriais.

 Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a


instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo,
podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar .
As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais.

A observação de diversos fenómenos/elementos


meteorológicos são executadas nas estações de observação
meteorológica.
As estações meteorológicas podem ser
classificadas do seguinte modo:
 Estações sinópticas (em terra e mar);
 Estações climatológicas;
 Estações de meteorologia aeronáutica;
 Estações de meteorologia agrícola;
 Estações especiais.

A rede de estações
Existem redes de estações meteorológicas e sinópticas em todo o globo. A
Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomendou que a distância
entre estações terrestres da rede fundamental destinadas a fins sinópticas
não exceda 150km. No caso das estações de altitude considera-se que a
distância entre elas não deve exceder 300 km.
• Observações sinópticas
Em todas as estações de rede sinóptica executam-se observações dos seguintes elementos:
 Tempo presente e tempo passado;
 Direcção e velocidade do vento;
 Quantidade, tipo e altura das bases das nuvens;
 Visibilidade;
 Temperatura do ar;
 Humidade;
 Pressão atmosférica.

Além disso, podem ser observados nas estações sinópticas terrestre os seguintes elementos:
 Características e tendência da pressão atmosférica;
 Temperaturas extremas;
 Quantidade de Precipitação;
 Estado do solo;
 Direcção do movimento das nuvens e
 Fenómenos especiais.

Horas de Observações
Como regra geral, é preciso proceder tão rapidamente quanto possível à estimativa dos elementos que constituem
uma observação sinóptica de superfície.
 A hora da observação é, por acordo internacional, a hora indicada nas resoluções da OMM (Organização
Meteorológica Mundial).
As observações feitas nas estações
meteorológicas oceânicas incluem ainda os
seguintes elementos:
 Velocidade e rota do navio;

 Temperatura da água do mar;

 Direcção do movimento, período e altura das

ondas e das vagas;


 Gelo do mar e fenómenos especiais.
Nas estacões climatológicas principais são
executadas observações de todos ou da maior
parte dos seguintes elementos:
 Estado do tempo;
 Vento;
 Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das nuvens;
 Visibilidade;
 Temperatura do ar (incluindo as temperaturas extremas);
 Humidade;
 Pressão atmosférica;
 Precipitação;
 Neve do solo;
 Insolação e
As observações executadas nos aeródromos
satisfazem as necessidades especiais de
aviação, as quais serão tratados na parte
dedicada a Meteorologia Aeronáutica. As
observações sinópticas e climatológicas
também podem ser executadas nos
aeródromos.
O programa de observação numa estacão meteorológica
agrícola incluem observações de meio físico, tais como:
 Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis;
 Temperatura do solo;
 Conteúdo de humidade do solo a diversas profundidades;
 Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas;
 Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio de humidade;
 Insolação e radiação.

Alem disso, são executadas observações de natureza biológica. Estas


incluem observações de crescimento e do rendimento das plantas e
dos animais. Finalmente, são registados os danos causados
directamente pelas condições de tempo e os que são devidos a
doenças e pragas.
A natureza dos elementos meteorológicos
observados em estações especiais depende do
fim para que foi criada a estação.
Num grupo seleccionado de estações
sinópticas e climatológicas, o programa de
observações também inclui:
 Registo, com equipamento simples, da duração
da insolação;
 Medições da evaporação e;
 Registo contínuo da radiação solar global e
cósmica numa superfície horizontal.
 Como regra geral, é preciso proceder tão
rapidamente quanto possível à estimativa dos
elementos que constituem uma observação
sinóptica de superfície.

 A hora da observação é, por acordo internacional,


a hora indicada nas resoluções da OMM
(Organização Meteorológica Mundial).

 A hora oficial de Observação é a hora oficial


determinada pelo serviço meteorológico
competente. É conveniente que esta hora seja o
mais próxima possível da hora da observação.
 Em Meteorologia é conveniente utilizar o relógio
de 24 horas. A meia-noite é 0000 ou o começo de
um novo dia. Portanto, 0600 serão 6 horas da
manhã e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que,
para designar a meia-noite, não se usa 2400.
 As observações sinópticas devem ser executadas
em todo o mundo de acordo com uma hora
universal.
 Recorde-se que esta é, de acordo com o § 14.6 do Volume das “
Ciências da Terra”, o tempo médio local ao longo do Meridiano de
Greenwich (isto é, à longitude de 0°) e é também conhecido por
Tempo Médio de Greenwich (TMG). Os padrões fixos de
observações são, portanto, TU e não tempo local ou de zona.
 As observações dependendo do tipo das estações
executam-se nas seguintes horas:
Observações sinópticas
 Às 0000, 0300, 0600, 0900, 1200, 1500, 1800, 2100
TU.
Observações climatológicas
 Às 0900, 1500 e 2100 horas locais
 Às 0900 horas locais e ao pôr do sol nos postos climatológicos e

Às 0900 horas locais nos postos hudométricos.
Observações agrometeorológicas
 Às 0900, 1500 horas locais e ao pôr-do-solEstudo de caso.

Observações especiais
 Às 0900 horas local lê-se a evaporação
 Depois do pôr-do-sol, substitui-se o cartão do heliógrafo
 Depois de 30 dias, retira-se o rolo para o cálculo da radiação
difusa, directa e global
 Manter os instrumentos em bom estado;
 Mudar os gráficos dos instrumentos registadores;
 Executar as observações sinópticas e climatológicas com devido rigor;
 Codificar e transmitir os resultados das observações e;
 Elaborar os registos semanais e/ou mensais dos dados climatológicos.
 Os Serviços Meteorológicos Nacionais tem sido há muito
considerados como uma componente essencial da infra-
estrutura básica nacional de todos os países com a dupla
responsabilidade de recolha e conservação dos registos
climáticos nacionais e de fornecer uma vasta gama de serviços
meteorológicos em apoio da segurança geral e bem estar da
comunidade nas necessidades variadas e específicas de
principais grupos de utilizadores como agricultura, navegação
marítima e aérea, etc..
Maior parte dos SNM leva a cabo essencialmente uma missão confinada
em 4 aspectos envolvendo uma abordagem integrada de:
 Observação e monitoria do estado da atmosfera;
 Pesquisa que visa a compreensão, modelação e previsão do
comportamento da atmosfera e de processos e fenómenos atmosféricos
relacionados.
 Provisão de informação, previsão, serviços de alerta e avisos à comunidade
em geral e a grupos de utilizadores específicos;
 Cumprimento das obrigações dos seus países para a cooperação
internacional na troca de dados e provisão de serviço sob a convenção da
Organização Meteorológica Mundial.
O papel dos SNM é normalmente desenvolvido em torno das boas
responsabilidades públicas de fornecer informação essencial de tempo,
clima e outra relacionada à comunidade em geral e normalmente envolve
separadamente:
 Serviço público de tempo (incluindo serviços de alerta de tempo extremo
ao público em geral normalmente via comunicação social);
 Serviços de tempo marítimo (integrando alerta de condições de tempo,
vento, onda e gelo que podem ameaçar a segurança de vida no mar);
 Serviço de tempo aeronáutico (incluindo alerta/aviso de tempo severo,
turbulência, congelação, e outras condições que podem ameaçar a
segurança da aviação);
 Serviços agrometerológicos (incluindo alerta de geada, granizo, chuva
intensa, ventos fortes e outras condições danificantes à agricultura);
 Serviços do clima (incluindo alerta de eminentes prolongados períodos de
de seca ou cheia);
 Serviços ambientais (incluindo alertas e avisos de poluição do ar e
semelhantes).
Operação de um Serviço Nacional de
Meteorologia
A Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia: Observações e
recolha de dados (topo), processamento de dados e preparação de
previsões, alertas e avisos climatológicos (Centro), disseminação de
previsões e outra informação especializada através da comunicação social
para os utilizadores (em baixo)

Figura 1 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia


Figura 2 : Operação de um Serviço Nacional de Meteorologia
Serviço público de tempo
 Anemómetro – instrumento usado para medir a
velocidade do vento em m/s ou em Nós e em alguns
tipos de anemómetro também medem a direcção em
(graus).
 Anemógrafo – Instrumento que regista continuamente
a pressão atmosférica a direcção (graus) e ao mesmo
tempo a velocidade em m/s.
 Barómetro de Mercúrio – Utilizado para medir a
pressão atmosférica, pode ser medido em mm de Hg,
mb ou hpa.
 Barógrafo – Esse instrumento é utilizado para
registar continuamente a pressão atmosférica em mm
de Hg, mb ou hpa.
 Heliógrafo – usado apenas para registar a Insolação
ou a duração do brilho solar (em horas ou décimos).
 Psicrómetro – Usa-se este instrumento para medir a
Humidade Relativa do ar, medidos em valores
relativos (%).
 Higrógrafo – Utilizado para registrar a Humidade
relativa do ar em valores relatives (%).
 Microbarógrafo – Regista semultaneamente a pressão
atmosférica (mm de Hg, hpa ou mb), registando
variações menores de pressão.
 Piranógrafo – Usado para registar as variações da
intensidade da radiação solar global (Cal.cm2/min).
 Piranómetro – Mede a radiação solar global. Ela pode ser
medida em Cal.cm2/min.

 Pluviométro – mede a quantidade de precipitação fluvial


(Chuva), medida em mm.

 Pluviógrafo – regista a quantidade de precipitação fluvial


(Chuva), medida em mm.

 Udómetro – usado para a medição da quantidade de


precipitação(mm) que cai numa determinada região.
 Udógrafo – Usado para registar a quantidade de
precipitação(mm) que cai numa determinada região.
 Termómetro de Máxima e de Mínima – Serve para medir a
máxima e a minima Temperatura do ar (em 0C).

 Termógrafo – Utilizado para registar a temperatura do ar em


0
C.

 Evaporímetro de Piché – serve para medir a água evaporada


em mm.
 Termohigrógrafo – Regista semultaneamente a Temperatura
do ar em 0C e a Humidade Relativa do ar (%).

 Pirheliómetro – usado para a medição directa da radiação solar


em Cal.cm2/min
Parque de instrumentos
Termómetro de máxima e de
mínima;
- Psicrómetro;
- Termohigrógrafo;
- Barógrafo;
- Evaporímetro de Piche

Termómetro de Máxima e de
Mínima
Psicrómetro

Barógrafo
Termohigrógrafo
Evaporímetro de Piche Termómetro de Relva
Udómetros Udógrafos
Anemómetro
Heliógrafo
ESQUEMA DO SISTEMA CLIMÁTICO

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