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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
NÚCLEO DE AGROMETEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
GNE109 – Agrometeorologia
1. Introdução
2. Padrão de Leitura
A ECP de Lavras está instalada nas coordenadas de 21 o 14’ de latitude Sul, 45o
00’ de longitude oeste e 918,841 m de altitude, com composição segundo o esquema a
seguir.
A ECP, em dimensões de 12 x 18 metros, deve estar localizada em terreno
gramado, incluindo uma faixa de grama fora dos limites da própria estação.
O terreno deve ser plano, em local elevado, e que permita uma visão ampla do
horizonte, principalmente na direção leste-oeste. A superfície do solo é coberta com uma
vegetação densa e rasteira, sendo a “grama Batatais” a mais utilizada.
O maior lado deverá estar alinhado na direção N-S verdadeira, sendo a disposição
dos instrumentos padronizados de forma a evitar o sombreamento de um instrumento por
outro. A padronização a nível mundial é importante para que se possa comparar dados e
resultados de pesquisas obtidos nos diferentes locais do planeta.
A estação deve estar cercada com tela de arame galvanizado de malha larga e
altura de 1,5 m, tendo o portão de acesso voltado para o polo do hemisfério no qual está
instalada a mesma (Sul no caso de Lavras). Toda a parte estrutural da estação é pintada
com tinta branca.
Observações meteorológicas de superfície 3
6
7 5
4
8
N
2
S
1
10
11
Abrigo meteorológico
3.1.3. Psicrômetro
É um conjunto de dois termômetros de mercúrio, simples (sem estrangulamento)
instalados no abrigo (1), na posição vertical, sendo que um dos termômetros tem o seu
bulbo envolto por uma “gase” ou cardaço de algodão, cuja outra extremidade se encontra
em um recipiente contendo água, de tal forma que devido à ascensão capilar da água, o
bulbo é mantido sempre úmido. Este termômetro é denominado termômetro de bulbo
úmido e o outro termômetro de bulbo seco.
Estando o ar não saturado, ocorrerá evaporação de água a partir do bulbo úmido.
Como a evaporação é um processo que consome energia ( 580 cal g-1 ou 2450 J g-1),
esta energia será retirada do sistema onde está o bulbo, fazendo com que o termômetro
apresente temperatura menor que o termômetro de bulbo seco. Esta diferença
psicrométrica será tanto maior quanto menor for a umidade relativa do ar. Assim, a leitura
do psicrômetro nos dá condições para quantificarmos o vapor d’água presente na
atmosfera. As leituras são realizadas nos três horários diários.
Psicrômetro
Evaporímetro de Pichê
1 litro
1 mm
1m
1m
3.1.6. Pluviômetro
Observações meteorológicas de superfície 8
V(litro)
V A x h h (mm)
A( m 2 )
A medição pode ser feita com a utilização de uma proveta graduada de acordo com
a área de coleta ou fazendo-se a devida transformação para que o resultado seja
expresso em mm ou L m-2. A precipitação pluvial do dia advém do total acumulado pelas
três leituras efetuadas durante o dia.
Pluviômetro
Bateria de geotermômetros
Bateria de evapotranspirômetros
Pino n.o 1 2 3 4 5 6 7 8
Velocidade (m s-1) 0 2 4 6 8 11 14 20
Força do vento 0 2 3 4 5 6 7 9
(escala de
Beaufort)
Observações meteorológicas de superfície 10
Catavento de Wild
Barômetro de mercúrio
3.2.1. Termohigrógrafo
Destinado a registrar continuamente a temperatura e umidade relativa do ar,
estando localizado no abrigo (1). O sensor de temperatura é formado por uma “placa
bimetálica” cuja contração ou dilatação devida à variação da temperatura é transferida
para uma pena por meio de um sistema de alavancas. O sensor de umidade relativa é
um feixe de fios de cabelo humano. Estes fios de cabelo em equilíbrio com a umidade do
ar, contraem quando o ar está relativamente seco e expande quando úmido e, assim esta
movimentação (expansão/contração) é transferida para uma pena por um sistema de
alavancas. As penas, as quais contêm tinta em sua extremidade, registram sobre o
termohigrograma as variações correspondentes de temperatura e umidade relativa. O
Observações meteorológicas de superfície 11
Termohigrógrafo
3.2.2. Pluviógrafo
É localizado na posição (5) da ECP. A água da chuva é coletada e transferida
para um recipiente que, ficando mais “pesado”, movimentará a pena, registrando, além
da quantidade, a intensidade e duração (início e término) da chuva. Quando o recipiente
enche, será esgotado automaticamente por uma mecanismo de sifão. No caso, o papel
gráfico (pluviograma), desde que haja ocorrência de chuvas, é substituído diariamente às
9:00h.
Pluviógrafo
3.2.3. Heliógrafo
Localizado na posição 7, não usa tambor de relojoaria, tendo por finalidade o
registro da insolação (brilho solar ou número de horas de sol sem nuvens durante o dia).
Possui uma lente esférica que concentra os raios solares em um ponto diametralmente
oposto, queimando uma fita caso não existam nuvens à frente do sol. É instalado a cerca
de 1,80 m da superfície e de tal forma que seu eixo fique paralelo ao eixo terrestre. Para
tanto, basta alinhar o eixo do aparelho com a direção N-S verdadeira e colocá-lo inclinado
para o hemisfério oposto ao do local (Norte para Lavras) com a abertura angular ao plano
do horizonte voltada para o Sul igual à latitude do local (21 o 14’ para o caso de Lavras)
Observações meteorológicas de superfície 12
Heliógrafo
Eixo do heliógrafo
P.H.
Anemógrafo Universal
Barógrafo aneróide
1- Visibilidade;
2- Nebulosidade;
3- Ocorrências diversas, como granizo, saraiva, geadas, entre outras;
4- Tipos de nuvens.
Deve-se notar que vários outros aparelhos podem ser instalados em uma ECP,
como por exemplo, aparelhos para medida da radiação solar.
4. Referências bibliográficas