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Observações Meteorológicas
1. Previsão do tempo
2. Observações de superfície
3. Rede de observações existente
4. Informações Agrometeorológicas
Aula 2
Observações Meteorológicas
1. Previsão do tempo
2. Observações de superfície
3. Rede de observações existente
4. Informações Agrometeorológicas
1. Previsão do tempo
⮚ Previsão moderna: curto prazo (alguns dias de antecedência), alia os
prognósticos sinópticos (cartas isobáricas de superfície: nível de 1000 mb =
0,98 atm; imagens de satélite; previsões de ciclones e anticiclones; grande
escala), com indicação de frentes de massas de ar, cartas de vento (na
superfície e em altitude), de temperatura, de divergência de umidade,
diagramas adiabáticos da atmosfera e outras, com a previsão numérica.
⮚ Vantagens de ambos: o numérico permite maior antecedência na previsão e
é menos subjetivo do que o sinóptico, enquanto este último permite corrigir,
pela sensibilidade do previsor, os diagnósticos do modelo numérico em pontos
onde as estimativas são menos precisas, por imperfeições do próprio método
ou por erros ou insuficiência de observações
⮚ Previsões em centros mundiais e nacionais de meteorologia são
colocadas à disposição, como prognósticos para até 10 dias para o hemisfério
norte e 5 dias para o hemisfério sul, com maior ou menor grau de
detalhamento espacial e de quantidade de informações, que interferem em
sua exatidão.
1. Previsão do tempo
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) desenvolve um
programa mundial voltado para o intercâmbio de informações meteorológicas
entre os países e a previsão do tempo, a qual é composta por três sistemas:
Sistema Mundial de Observações:
▪ Estações de superfície;
▪ Navios mercantes;
▪ Aviões comerciais;
▪ Plataformas automáticas;
▪ Satélites e radares.
Sistema Mundial de Preparação de dados:
Centros mundiais (Washington, Moscou e Melbourne), nacionais e regionais;
para o tratamento de dados e elaboração de previsões.
Sistema Mundial de Telecomunicações:
Centros nacionais e regionais.
1. Previsão do tempo
O Brasil participa do programa de intercâmbio da OMM, tendo
como executores:
⮚ Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), com sede em
Brasília, onde se encontra o Centro Regional para a América do Sul
do Sistema Mundial de Telecomunicações;
⮚ Centro de Previsão de Tempo e Pesquisas Meteorológicas –
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE);
⮚ Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet-UNESP);
⮚ Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR);
⮚ Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de
Santa Catarina (CLIMERH).
Aula 2
Observações Meteorológicas
1. Previsão do tempo
2. Observações de superfície
3. Rede de observações existente
4. Informações Agrometeorológicas
2. Observações de superfície
São indispensáveis nos diferentes ramos da Meteorologia, as
quais são favorecidas com a evolução técnica dos sensores e pela
automação da coleta de dados.
Automática Estas consistem da coleta rotineira de dados referentes aos
diversos elementos meteorológicos, que caracterizam o
estado da atmosfera, ou seja, o TEMPO.
Convencional
2. Observações de superfície
2.1. Classificação das Estações Meteorológicas de Superfície
⮚ QUANTO A FINALIDADE:
▪ Estações Sinópticas: ligadas ao sistema nacional e
mundial de previsão de tempo, com observações em
horários de leitura convencionados (0:00, 6:00,
12:00, 18:00h - GMT), com envio rápido dos dados
para os órgãos responsáveis pela previsão.
▪ Estações Climatológicas: caracterizam o clima de
uma região. A estação sinóptica também é
uma estação climatológica.
▪ Estações Aeronáuticas: coleta de
informações necessárias à segurança do Carta
transporte Sinótica
Radar meteorológico da FAB
aeronáutico.
Classificação
Normalmente
climática
instaladas em
aeroportos.
2. Observações de superfície
2.1. Classificação das Estações Meteorológicas de Superfície
⮚QUANTO A FINALIDADE: Estação Agrometeorológica
Rede Hidrometeorológica
Nacional da ANA,
totalizando 153 estações
pluviométricas
distribuídas pelo
Estado de Goiás e o
entorno
2. Observações de superfície
2.1. Classificação das Estações Meteorológicas de Superfície
⮚ QUANTO AO SISTEMA DE COLETA DE DADOS
▪ Estações Meteorológicas Convencionais (EMC): exige a presença diária
do observador para coleta dos dados. Os equipamentos são normalmente
de leitura direta, como os termômetros, ou com sistema mecânico de
registro, como o termohigrógrafo, o pluviógrafo, o anemógrafo e o
actinógrafo.
▪ Estação Meteorológica Automática (EMA): coleta de dados totalmente
automatizada. Os sensores operam com princípios que permitem a emissão
de sinais elétricos, que são captados por um sistema de aquisição de dados
(datalogger), possibilitando o armazenamento e o processamento
informatizado dos dados. A principal vantagem é o registro contínuo dos
elementos, com aquisição e saída dos dados em intervalos que o usuário
pode programar (por exemplo, aquisição a cada segundo e armazenamento
das médias a cada 10 min.).
2. Observações de superfície
Estação Convencional
Estação Automática
2. Observações de superfície
2.1. Classificação das Estações Meteorológicas de
Superfície
⮚ QUANTO AO NÚMERO DE ELEMENTOS OBSERVADOS:
a) Primeira classe: caracterização detalhada das condições
meteorológicas locais;
b) Segunda classe: não se mede a pressão atmosférica
(barômetro ou barógrafo), a velocidade e a direção do
vento (anemômetro ou anemógrafo), caracterização dos
principais elementos agrometeorológicos;
c) Terceira classe: estação termo-pluviométrica, pois medem
apenas as temperaturas (oC) máxima e mínima e chuva;
2. Observações de superfície
1ª Classe 2ª Classe
3ª Classe
2. Observações de superfície
2.2. Localização e instalação de estações meteorológicas
⮚ Representativo da área;
⮚ Evitar condições extremas de relevo;
⮚ Área bem exposta, especialmente no sentido leste-oeste;
⮚ Evitar proximidade com maciços florestais, árvores isoladas,
construções, devido a sombra, proximidade com estradas de alto fluxo
(≈ 200 m → WMO, 2018).
⮚ Área plana e de fácil acesso;
⮚ Em estações meteorológicas convencionais, deve ter uma área ampla,
e cuidado na localização dos equipamentos, na hora da instalação,
pois equipamentos de maior tamanho podem gerar sombra.
⮚ WMO (2018): quanto ao raio de ação de uma estação, tem-se para
observações sinóticas, sua representatividade está em uma área de
100 km ao seu redor, ou para avaliações locais, de 10 km. Área
mínima de 70 m2.
2. Observações de superfície
2.3. Instrumental meteorológico
Anemógrafo Universal
Fonte: Varejão-Silva (2006)
Anemógrafo Universal
Fonte: UFPel
2. Observações de superfície
Anemômetro - Mede a velocidade do vento (m s-1) e, em alguns tipos,
também a direção (em graus).
Anemômetro totalizador de
canecas (analógico) Anemômetro digital
Anemômetro digital Fonte: Varejão-Silva (2006) de canecas, com
de canecas sensor de direção
Fonte: UFPel Fonte: VikaControl
2. Observações de superfície
Barógrafo – Registra continuamente a pressão atmosférica em milímetros
de mercúrio (mm Hg) o em milibares (mb). No Sistema Internacional de
Unidades, a unidade de pressão é o hectopascal (hPa) → 1 hPa = 1 mb.
Barômetro
Fonte: Pinzas
2. Observações de superfície
Heliógrafo – Instrumento que registra a duração da insolação real ou
brilho solar, em horas e décimos.
Fita Heliográfica
Heliógrafo
Heliógrafo
Fonte: Metrópole
Fonte: Hugo Grossi Gallegos (2002)
2. Observações de superfície
Piranômetro - Mede a radiação solar global ou difusa (cal cm-2 min-1).
Termopares (termopilhas), as diferentes junções brancas (fria) e preta (quente)
geram aquecimentos diferenciados proporcional a irradiação incidente.
Fonte: Wikpédia
Fonte: SONDA
2. Observações de superfície
Actinógrafo - Mede a irradiação solar global direta ou difusa (cal cm-2 min-1).
Aquecimento de placas bimetálicas (branca e preta)
1 cal = 4,18 J
1 cal cm-2 min-1 = 696,67 W m-2
rQg + Qsup
Qg + Qatm Modelo de Saldo-
Qsup
radiômetro sem
cúpula rQg
Modelo de Saldo-radiômetro
com medidas dos componentes
do BOC e BOL separadamente
rQg + Qsup
2. Observações de superfície
Fonte: Varejão-
Silva (2006)
Fonte: Wikpédia
Fonte: Raig
2. Observações de superfície
Pluviômetro - Registra a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em
milímetros (mm).
Fonte: Varejão-
Silva (2006)
Fonte: Varejão-
Silva (2006)
Fonte: UEPB
2. Observações de superfície
Termômetros de solo – Indicam a temperatura do solo em diferentes
profundidades: 2, 5, 10, 20, 30, 40 e 50 cm (também chamados de
Geotermômetros). Alguns tipos podem coletar medidas de até 100 cm,
inseridos em tubos de acesso apropriados.
Geotermômetro Termômetro
para 100 cm de solo
Fonte: Varejão-
Silva (2006)
2. Observações de superfície
Abrigo meteorológico – abriga equipamentos com medidas sensíveis a
radiação solar direta. Medidas: evaporação, umidade relativa do ar,
temperaturas do ar máxima e mínima e média.
Fonte: Didática SP
Fonte: Estação Viçosa
2. Observações de superfície
Instrumental meteorológico: interno ao abrigo
Fonte: Termohigrógrafos
2. Observações de superfície
Instrumental meteorológico: interno ao abrigo
Psicrômetro – Permite o cálculo da umidade relativa do ar (%) a partir das
medidas das temperaturas de bulbo seco e úmido (cadarço de algodão).
Não ventilado
Psicrômetro com
ventilação, tipo
Assmann.
Fonte: Varejão-Silva
(2006)
Fonte: UFPel
Fonte: Psicrômetro
2. Observações de superfície
Instrumental meteorológico: interno ao abrigo
Termômetro de máxima
Termômetro
de mínima
Termômetro de mínima,
contendo um índice de Termômetros de máxima e
verificação (altere). Fonte: mínima. Fonte: UFPel
Varejão-Silva (2006)
Aula 2
Observações Meteorológicas
1. Previsão do tempo
2. Observações de superfície
3. Rede de observações existente
4. Informações Agrometeorológicas
3. Rede de observações existente
Observações Meteorológicas
1. Previsão do tempo
2. Observações de superfície
3. Rede de observações existente
4. Informações Agrometeorológicas
4. Informações agrometeorológicas
Um Sistema de
Informações Agrometeorológicas
(SIA) consiste da
operacionalização de técnicas
desenvolvidas pela pesquisa em
Agrometeorologia, visando gerar
informações que auxiliem no
atividades agrícolas
planejamento das e, principalmente, na tomada de decisões com
relação às práticas essenciais, tais como: semeadura/plantio,
manejo do solo, irrigação, colheita, aplicação de defensivos,
etc.
4. Informações agrometeorológicas
Um SIA deve ser fundamentado em informação:
Relações das
Culturas, Pragas e Sistema de Informações Calendário Agrícola
Doenças Agrometeorológicas
Extensionistas Informações
Agrometeorológicas Pesquisa
Empresas Crédito/Seguro
Agrícolas
Agricultores
derblai@ufg.br