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1. Introdução .............................................................................................................................. 2
4. Conclusão ............................................................................................................................. 14
Neste contexto, os recursos energéticos solares e eólicos se apresentam como alternativas limpas,
não danosas ao meio ambiente e de carácter renovável. No entanto, a atracção de investimentos e
a realização de acções efectivas ao desenvolvimento tecnológico e científico de novas fontes
energéticas requerem a realização de estimativas da disponibilidade e distribuição dos seus
recursos ao longo de um dado território.
1.1.Objectivos
Objectivo geral
Avaliar o potencial eólico dos principais pais produtores de energia eólica
Objectivo específico
A avaliação do potencial eólico de numa região requer trabalhos sistemáticos de colecta e análise
de dados sobre a velocidade e o regime de ventos para que a energia eólica seja considerada
tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma
altura de 50 m, oque requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.
Aliado a isto, vimos que seria necessário falar da determinação do recurso eólico, uma vez que
estimativa do potencial eólico de um local é actualmente conseguida por recurso a medições locais
das características do vento. Para tal, são instaladas na área em análise estações anemométricas
equipadas com sensores de medição da velocidade e direcção do vento.
Existem duas formas preferenciais para a execução da primeira fase. Por um lado, a consulta de
mapas de recurso eólico de grande escala fornece geralmente boas indicações sobre a área em
estudo. Na figura a baixo encontram-se o mapa de recurso eólico mundial.
Figure 1. Potencial eólico no mundo. Fonte: Google picture
Por outro lado, recorrendo a dados de vento de diversas fontes será sempre possível realizar uma
primeira simulação da distribuição do recurso na área, outras fontes possíveis são instituições de
monitorização e controlo ambiental ou universidade
Detectadas as áreas potencialmente interessantes transita-se para fase de identificação das zonas
de menor dimensão, na ordem de 5 km2, e de maior potencial. Nesta etapa, são já
fundamentalmente as características locais do terreno que ditam quais as zonas onde se deverão
verificar os maiores níveis de potencial eólico.
Ainda neste estádio a informação recolhida através da deslocação ao terreno, observando as suas
características e procurando por sinais de vento, seja a existência de moinhos, de vegetação
inclinada ou dunas, ou contactando com as populações locais, será de grande utilidade.
A última fase do levantamento do potencial eólico e que consiste na determinação dos melhores
locais para a instalação dos aerogeradores que comporão o parque.
Com base na informação das características de vento recolhidas nas estações de medição é possível
caracterizar o regime de ventos do local de um ponto de vista energético. A informação recolhida
é de fundamental importância para um grande número de aspectos relacionados com o projecto.
Da sua qualidade depende a incerteza associada à caracterização do regime de ventos local e à
estimativa da distribuição do recurso na área de interesse.
O local previsto para instalação da torre deverá respeitar duas importantes premissas: (1)
deverá situar-se longe de qualquer obstáculo que interfira no escoamento; (2) deverá localizar-se
num ponto representativo da área em análise. Desta forma garante-se a representatividade das
medições. Refere-se porém, que devido às características dos terrenos em estudo, quer da sua
natureza orográfica, quer da sua extensão, o respeito pela segunda premissa nem sempre é
facilmente atingido.
É norma geral que a altura da torre de medição se situe o mais próximo possível da altura
previsível do eixo do rotor dos aerogeradores a instalar no local, minorando assim a incerteza
associada a posteriores cálculos. Actualmente, a altura das torres de medição situa-se entre 40 e
80 m. Na figura 2 faz-se a representação esquemática de uma torre típica de medição.
As características de vento alvo de medições numa campanha deste género são fundamentalmente
a velocidade e a direcção.
A medição da direcção do vento é feita tipicamente por recurso a um cata-vento. A forma mais
familiar deste equipamento é caracterizada por uma pequena “barbatana” ligada um eixo vertical.
Assim, o cata-vento está constantemente em busca de equilíbrio, procurando o seu alinhamento
com a direcção do escoamento.
Figure 4. cata-vento
Não directamente relacionada com a medição das características do vento está a avaliação da
temperatura ambiente da pressão atmosférica locais. O seu conhecimento é útil numa fase posterior
do projecto, pelo que não raras vezes estas duas grandezas são alvo de medição. Para tal, no caso
da temperatura recorre-se uma sonda temperatura.
As situações ilustradas na figura 5, tiveram lugar Vechta, Noroeste da Alemanha, durante Outubro
de 2002 (figura a esquerda) e na província de Navarra em Espanha, em Dezembro de 2003 (figura
a direita), e foram resultado de tempestades de intensidade anormalmente alta. Condições
atmosféricas extremas, incluindo velocidades do vento elevadas, levaram ao colapso total dos
aerogeradores.
Somando todas as turbinas eólicas que foram instaladas até o final de 2010, tem-se a capacidade
mundial de gerar 430 Terawatt-hora(TWh) anuais, mais que o total da demanda de eletricidade do
Reino Unido, 6º economia do mundo. Para se ter uma idéia da magnitude da expansão desse tipo
de energia no mundo, em 2007 a capacidade mundial foi de cerca de 59 GW, em 2008 cerca de
120 GW e, em 2009, 158 GW. Esse aumento da participação da energia eólica no mundo está
relacionado a diversos fatores. Entre eles está a necessidade de os países poderem contar com uma
fonte de energia segura. Além disso, o seu custo de instalação está diminuindo e ela é livre de
emissão de CO2 e outros gases poluentes, além dos menores impactos sobre o meio ambiente.
Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da
demanda. Na Dinamarca, ela representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em
Portugal e na Espanha (dados de setembro de 2007). Globalmente, a energia eólica não ultrapassa
o 1% do total gerado por todas as fontes
3.1.Os dez maiores produtores (2011-2017)
(Fonte: global wind report )
2013 2014 ∆𝑿
China 91.412 114.609 23.197
Estados unidos 61.091 65.879 4.788
Alemanha 34.250 39.165 4.915
Espanha 22.959 22.987 0.028
India 20.150 22.465 2.315
Reino unido 10.531 17.440 0.533
Itália 8.552 9◦lugar 8.663 0.111
França 8.254 8◦lugar 9.285 1.034
Canada 7.803 7◦lugar 9.649 1.846
Dinamarca 4.772 Brasil 5.939
Pais Capacidade de geração (MW)
2015 2017 ∆𝑿
China 145.362 188.392 43.03
Estados unidos 74.471 89.077 14.606
Alemanha 44.947 56.132 11.185
India 25.088 32.848 7.76
Espanha 23.025 23.170 0.145
Reino unido 13.603 18.872 5.269
Canadá 11.205 9◦lugar 12.239 1.034
França 10.358 7◦lugar 13.759 3.401
Itália 8.958 10◦lugar 9.479 0.521
Brasil 8.715 8◦lugar 12.763 4.048
3.2.Capacidade em relação a outras fontes
Capacidade 2015
O mercado de energia solar fotovoltaica (FV) cresceu 25% em relação a 2014, com um aumento
recorde de 50 GW, elevando o total global para 227 GW. O mercado anual em 2015 foi quase 10
vezes capacidade mundial acumulada de energia solar FV de uma década antes. China, Japão e
Estados Unidos foram responsáveis mais uma vez pela maior parte da capacidade adicionada, mas
mercados emergentes em todos os continentes contribuíram significativamente para o crescimento
mundial, impulsionado em grande medida pêlos custos cada vez mais competitivos da energia
solar FV.
Mas a energia eólica foi a principal fonte de nova capacidade de geração na Europa e nos Estados
Unidos em 2015 e a segunda maior na China. Mundialmente, um número recorde de 63 GW foi
acrescentado, para um total de cerca de 433 GW.
Vários estudos têm sido feitos para calcular qual é a potência máxima que a energia eólica pode
atingir em termos globais, sobretudo porque cada turbina adicionada retira uma parte da energia
dos ventos.
Os resultados têm sido conflituantes, mas a conclusão persistente é que os modelos computacionais
usados nos cálculos ainda são muito frágeis. Há centenas de terawatts disponíveis para a geração
eólica, superando largamente a demanda prevista.
Em um determinado ponto, contudo, a adição de novas turbinas não aumenta a geração total de
energia porque cada turbina reduz a quantidade de energia eólica disponível para as outras.
5. Referências bibliográficas
http://gwec.net/global-figures/graphs/
http://gwec.net/publications/global-wind-report-2/
http://www.ren21.net/wp-
content/uploads/2016/11/REN21_GSR2016_KeyFindings_port_02.pdf
GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL. Global Wind 2007. 2nd. Ed. United States, 2008