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Os mecanismos que condicionam o funcionamento do sistema climático são diversos e incluem:
- a radiação solar; movimentos de rotação e translação da Terra; a distribuição de terras e mares;
a topografia terrestre ou a composição da atmosfera e dos oceanos. Principal fator – Radiação
Solar - chega ao nosso planeta em forma de radiação eletromagnética de curto comprimento de
onda (c.c.o.). Uma parte é refletida e a restante absorvida pela atmosfera e pela superfície
terrestre; - sofre contínuas transformações noutras formas de energia como: calor sensível;
calor latente; energia potencial; energia cinética; - é reenviada para o exterior como radiação de
longo comprimento de onda (l.c.o.).
Parte Central Componente principal:
Atmosfera • as transferências de energia realizam-se sobretudo através da movimentação do
ar. Restantes componentes: hidrosfera; criosfera; litosfera; biosfera • hierarquizados em função
dos seus tempos de resposta relativamente a alguma perturbação, originando:
• escalas temporais de horas ou semanas: atmosfera (reage imediatamente às variações de
temperatura);
• escalas temporais de meses a séculos: atmosfera e hidrosfera; criosfera e biosfera;
• escalas temporais superiores: todos os componentes
Saídas:
Diversos Climas do globo, refletindo: • a influência dos mecanismos de partida • A ação dos
componentes internos do sistema climático
Composição Gases permanentes - Importantes para a vida, mas pouco importantes em termos
de interpretação dos fenómenos meteorológicos devido, precisamente, a esse carácter de
permanência.
Composição Gases Variáveis (+ importantes) - variam em função da latitude, altitude, … C02
(Dióxido de Carbono) 03 (Ozono) Vapor de água presença relativamente diminuta na
atmosfera, sendo determinada pelo balanço entre as reações que o produzem e as que os
destroem. formação na atmosfera superior pela dissociação das moléculas de oxigénio pela
radiação ultravioleta e sua recombinação em ozono. dissociação (O2=O+O) é particularmente
eficiente na camada entre o 80 e os 100 Km. recombinação de parte dos átomos de oxigénio
(O) e moléculas de oxigénio (O2) ainda não dissociadas, formando o ozono (O+O2=O3).
recombinação é pouco frequente entre os 80 e os 100 Km (baixa densidade da atmosfera) e
abaixo dos 35 Km (radiação ultravioleta é praticamente inexistente). a formação do ozono
ocorre principalmente na camada entre os 30 e os 60 Km. concentração máxima do ozono
entre os 20 e os 25 Km, a um nível inferior ao da sua formação onde é menos sujeito à radiação
ultravioleta e, portanto, à destruição. é o único gás atmosférico que absorve quase todas as
radiações ultravioletas solares, constituindo uma capa protetora sem a qual a vida seria
impossível no planeta diminuição da camada de ozono - a radiação solar atua sobre os CFC
libertando Cloro que por sua vez reage com o ozono, decompondo-o em Oxigénio e Monóxido
de Cloro (ClO).
Vapor de água elemento primordial da maior parte dos processos meteorológicos agente
primordial no transporte de calor e como regulador térmico difunde-se na atmosfera por
difusão e por turbulência a quantidade de água retida na atmosfera na fase vapor depende
essencialmente da temperatura do ar – é maior no Verão do que no Inverno e decresce quase
exponencialmente com a altitude (exceções, desertos subtropicais)
TEMPERATURA
A temperatura é um dos elementos primordiais do tempo e do clima. A temperatura varia:
• No tempo: o Sazonalmente (regime térmico anual) o. Ao longo do dia (regime térmico diário)
• No espaço (de um local para outro) Medida do movimento molecular ou do grau de calor de
uma substância.
Os regimes térmicos Variação da temperatura ao longo de um dia ou de um ano, dependendo
diretamente do ciclo diário ou anual da radiação.
Diário - Similar em toda a superfície terrestre; - Mínimo pouco depois do nascer do sol; máximo
pouco depois da passagem do sol pelo seu meridiano; - Ciclo diário pode ser modificado –
nebulosidade (efeito mais perturbador – modifica o balanço da radiação atenuando os máx. e
os mín.), circulação geral da atmosfera.
Anual - Latitudes extratropicais – máximo em torno do solstício de Verão e mínimo em torno do
solstício de Inverno; - Latitudes intertropicais – dois máximos / dois mínimos Amplitude térmica
- Diferença entre a temperatura máxima e mínima (diária ou anual) - É explicada por fatores
cosmográficos e fatores geográficos.
Conceitos introdutórios
Isotérmica – linha que une pontos de igual temperatura
Equador térmico - linha que une os pontos de temperatura média mais alta em cada
meridiano. Não é uma isotérmica.
O balanço calorífico
As variações anual e diurna da temperatura, estão diretamente relacionadas com o Balanço
Calorífico Local.
• O atraso da temperatura máxima do ar (14 hora local) relativamente à hora em que se
verifica a máxima radiação (12 h) deve-se ao aquecimento gradual do ar por transferência
convectiva do calor do solo para a atmosfera.
• A descida da temperatura depois do meio-dia é travada pelo calor fornecido pelo solo
• A temperatura mínima do ar dá-se pouco depois do nascer do sol devido ao atraso da
transferência do calor da superfície para o ar. A energia solar retida pela superfície terrestre
está disponível, principalmente, de 3 formas:
• Pelo fluxo de calor para o interior do solo;
• Pelo fluxo de calor para a atmosfera;
• Pelo fluxo de calor necessário para os fenómenos de evaporação das superfícies húmidas
e de evapotranspiração da vegetação.
• Vários tipos de superfície terrestre reagem de forma diferente quando sobre essas
superfícies incide a radiação solar, por isso, o seu potencial para aquecer a atmosfera varia.
• As superfícies líquidas aquecem e arrefecem mais lentamente quando comparadas com
as superfícies sólidas (continentais): grande mobilidade destas massas líquidas.
• A redistribuição do calor
ocorre, sobretudo, por
turbulência ou por convecção.
O calor, na superfície sólida da
Terra é redistribuído por
condução molecular.
• O processo mais importante
na transferência de calor na
interface Terra-Atmosfera é a
evaporação.
• Mais de metade desta
energia é fornecida às
camadas mais baixas da
atmosfera pelos oceanos
tropicais, entre 30º N e 30º S.
HUMIDADE ATMOSFÉRICA
A humidade pode ser expressa em:
Humidade Absoluta - é a massa de vapor de água contida numa unidade de volume de ar
(g/m3) - a capacidade higrométrica do ar varia em relação direta com a temperatura.
Humidade Relativa - é a relação existente entre a quantidade de vapor de água existente num
dado volume de ar e a quantidade de vapor de água necessária para que esse volume de ar
fique saturado à mesma temperatura. - a humidade relativa do ar varia em relação inversa
com a temperatura.
Humidade Específica - conteúdo de vapor de água numa dada massa de ar (gr de vapor de
água/kg de ar).
Teor de Humidade - massa de vapor de água numa dada massa de ar seca (gr vapor de água/kg
de ar seco).
Tensão de Vapor - pressão do vapor de água numa dada porção de ar (pascal/ milibares, etc.).
EVAPORAÇÃO
Em janeiro verificam-se valores mais elevados no H. Sul do que no H. Norte e superiores nos
oceanos relativamente aos dos continentes.
Em julho verificam-se valores mais elevados no H. Norte do que no H. Sul e superiores nos
oceanos relativamente aos dos continentes.
Para que se verifique a condensação do vapor de água existente na atmosfera é necessário que
haja um arrefecimento da atmosfera, ou seja, é necessário que se verifique uma diminuição da
temperatura.
Mecanismos de arrefecimento na atmosfera
• Arrefecimento por contato
• Arrefecimento por ascendência de uma massa de ar (mecanismo mais eficaz):
Origem dinâmica o Origem termodinâmica o Origem orográfica
CONDENSAÇÃO
• Mudança do estado gasoso para o estado líquido;
• Depende do equilíbrio entre o volume e do ar, a pressão, a humidade e a temperatura;
• O parâmetro físico mais importante é da diminuição da temperatura Movimentos verticais do
ar e processos adiabáticos (Gradiente térmico vertical)
! o ar comprimido aquece(descendente), e o ar descomprimido arrefece(ascendente), e o ar sem
qualquer troca com o exterior denomina-se de adiabático.
Principais formas de condensação
Nevoeiros - Aspeto e estrutura idêntico às nuvens - Mecanismo e lugar de formação diferentes
Tipos de precipitação
As características da precipitação refletem - As circunstâncias em que se originou no interior da
nuvem, dando lugar a uma grande variedade de formas; - A temperatura e a humidade da
camada de ar situada entre a base da nuvem e o solo:
- A estrutura térmica ditará se a precipitação chega à superfície em forma líquida ou sólida; - A
humidade condicionará a evaporação nas pequenas gotas de precipitação e, portanto, o seu
tamanho final; - A velocidade de queda da precipitação, porque dela depende o tempo real de
intervenção dos processos anteriores.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Pressão atmosférica – força que o ar exerce por unidade de superfície. Unidades mais utilizadas:
mb ou hPa Aparelho: Barómetro Valor da Pressão Atmosférica Normal – 1013 mb • Valores
superiores a 1013 mb: Altas pressões; • Valores inferiores a 1013 mb: Baixas pressões; isóbara
ou linha isobárica – linha que une pontos com igual valor de pressão atmosférica.
Na realidade: os alísios não provêm dos Polos não têm uma trajetória meridiana • No século
XVIII, Hadley fez intervir o fator rotação da Terra – o efeito de Coriolis os alísios são ventos de
Este/Nordeste os contra-alísios são ventos de Sul/Sudoeste não conseguem, deste modo,
atingir os Polos – nas latitudes subtropicais o ar descende para formar as altas pressões
Limitações: • o circuito é limitado às regiões tropicais e equatoriais • exige um gradiente térmico
marcado entre o Equador mais quente e os Trópicos mais frios – a situação é invariavelmente
inversa • aplicação do efeito Coriolis aos movimentos meridianos permite compreender
ventos polares de Este à superfície (para o H.N. uma deslocação N-S é desviada para a direita)
ventos de Oeste em altitude (transferência de ar do Equador para o Polo com desvio para a
direita no H.N.)
Continuam incompreensíveis: a barreira fundamental das altas pressões subtropicais a
importância do fluxo de Oeste nas latitudes médias. • Ferrel, na segunda metade do século XIX
tentativa de explicação do fluxo de Oeste à superfície nas latitudes médias • conservação do
momento de rotação para um objeto que se desloque de forma circular, denominamos de
«momento de rotação» o produto da sua velocidade pelo raio do círculo (vr2) o anel de ar
equatorial está animado da mesma velocidade de rotação da terra, de Oeste para Este. a
velocidade do ar tende a aumentar com a latitude, pois o raio da terra é menor a velocidade
do vento torna-se superior à velocidade de rotação da terra, traduzindo-se num vento relativo
de Oeste • podia-se assim explicar a importância crescente do fluxo de Oeste para as médias e
altas latitudes • mas as observações demonstram que as velocidades mais elevadas não se
situam na vizinhança dos Polos, mas sim nas médias latitudes (os jetstreams) • este princípio
elementar não podia explicar todos os comportamentos verificados.
Limitações: não é dada a importância devida à célula das latitudes médias, sendo, no entanto,
aqui que se verificam os maiores gradientes térmicos horizontais e os ventos mais fortes (jet-
streams)
Ideias revolucionários Transferências por turbulência e fluxo de Oeste Defant propõe uma
explicação original para as trocas de calor e humidade entre as altas e baixas latitudes as
trocas mais ativas são realizadas graças aos movimentos por turbulência, sobretudo graças
àqueles que representam as perturbações das zonas temperadas o fluxo zonal de Oeste e os
jet-streams têm a sua fonte na circulação turbulenta das médias latitudes, aumentando a sua
velocidade quanto mais ativas estão as perturbações da frente polar, no Inverno.
Formação das ondas de Rossby
A. Frente polar completamente plana, em condição de estabilidade
B. Ondulações começam a acentuar-se
C. O ar frio penetra nas baixas latitudes, formando baixas pressões em altitude o ar quente
desloca-se para altas latitudes, formando «cunhas» entre as depressões e constituindo núcleos
de altas pressões em altitude
D. 0 aprofundamento das ondas provoca um «estrangulamento» das depressões, que ficam
separadas da massa inicial – oclusão ciclónica também pode suceder um isolamento do ar
quente, formando-se uma oclusão anticiclónica.