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JULHO 2020 NORMA DNIT XXX/2020 – ME

DNIT Pavimentação – Misturas asfálticas – Densidade in


situ usando densímetro não nuclear – Método de
ensaio
MINISTÉRIO DE
INFRAESTRUTURA
Autor: Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR
DEPARTAMENTO NACIONAL
Processo: 50600.010462/2020-04
DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES Origem: TED 682/ 2014
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de / / .
DIRETORIA-GERAL

DIRETORIA DE
PLANEJAMENTO Em Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que citada
PESQUISA a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda comercial.

INSTITUTO DE PESQUISAS
Palavras-chave: Nº total de páginas
RODOVIÁRIAS
Setor de Autarquias Norte Q 3
Bloco A - Lote A, Brasília - DF, Densidade de mistura asfáltica; dispositivo eletrônico de densidade,
CEP 70040-902 8
densímetro não nuclear, densidade in situ, massa específica.
Tel: (61) 3315-4831

Resumo 9 Relatório ........................................................... 5

Este método de ensaio descreve os procedimentos para 10 Recomendações ............................................... 5


determinar a densidade ou a massa específica aparente
Anexo A (Informativo) – Foto ................................... 6
in situ e o grau de compactação de camadas de misturas
asfálticas, utilizando o densímetro eletromagnético. Anexo B (Informativo) - Bibliografia ........................... 7

Índice geral ................................................................ 8


Abstract
Prefácio
This test method describes the procedures for
determining the density or in-place apparent specific A presente Norma foi preparada pelo Instituto de
mass and the degree of compaction of layers of Pesquisas Rodoviárias – IPR/DPP, para servir como
compacted asphalt mixtures, using the electromagnetic documento base, visando estabelecer os procedimentos
densimeter. para determinar a densidade ou massa específica
aparente in situ e o grau de compactação da mistura
Sumário
asfáltica por meio de um dispositivo eletromagnético
Prefácio ..................................................................... 1 conhecido como densímetro não nuclear.

1 Objetivo............................................................. 2 Sua criação teve origem nos estudos e pesquisas


realizados no âmbito do Termo de Execução
2 Referências normativas .................................... 2
Descentralizada – TED nº 682/2014 firmado com a
3 Definições ......................................................... 2 COPPE/UFRJ, para o desenvolvimento de método
mecanístico-empírico de dimensionamento de pavimento
4 Aplicabilidade.................................................... 3
asfáltico.
5 Interferências .................................................... 2
Este documento está formatado de acordo com a Norma
6 Aparelhagem .................................................... 3 DNIT 001/2009-PRO e é baseado na norma ASTM

7 Calibração......................................................... 3 D7113/D7133M-2016.

8 Procedimento.................................................... 4
NORMA DNIT XXX/2020-ME 2

1 Objetivo grau de compactação relativo à densidade de projeto das


misturas asfálticas compactadas, utilizando equipamento
Apresentar o método de ensaio para a determinação da eletrônico não nuclear.
densidade ou massa específica aparente in situ e do grau
de compactação relativo à densidade de projeto das 4.2 O ensaio pode ser usado para estabelecer o
misturas asfálticas compactadas, utilizando o densímetro número de passadas do rolo compactador para atingir a
não nuclear. densidade necessária.

2 Referências normativas 4.3 A natureza não destrutiva do ensaio permite várias


medições em um único local, podendo ser medido entre
O documento relacionado a seguir é indispensável à as passadas do rolo e em vários locais ao longo da via
aplicação deste documento. Para referências datadas, para monitorar mudanças na densidade durante a etapa
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências construtiva.
não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas). 4.4 Os resultados da densidade ou da massa específica
obtidos por esta norma de ensaio são relativos. A
a) BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura calibração do dispositivo por correlação com outros
Rodoviária. DNIT XXX/2020 – ME. Misturas métodos de ensaio é necessária para converter os
Asfálticas – Determinação da densidade aparente e resultados obtidos usando este método para a densidade
da massa específica de corpos de prova real. O item 6 desta norma descreve um método aceitável
compactados. para obter esta correlação.

3 Definições 5 Interferências

Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes 5.1 Campos de força eletromagnéticos, como linhas
definições: alta tensão ou grandes objetos de metal próximos ao
equipamento podem interferir com a leitura do dispositivo.
3.1. Massa específica aparente in situ

5.2 A composição química do material ensaiado pode


Razão entre a massa da mistura asfáltica compactada e
afetar significativamente a medição, e ajustes podem ser
o volume ocupado por ela, na temperatura de campo
necessários. O dispositivo deve ser calibrado para a
quando se realiza a medição com o densímetro não
mistura asfáltica específica de projeto que está sendo
nuclear.
usada no campo.

3.2. Densidade in situ


5.3 O método de ensaio tem influência do espaço de
amostragem, sendo o dispositivo mais sensível à
Razão entre a massa da mistura asfáltica compactada e
densidade do material mais próxima do sensor.
a massa de igual volume de água, na temperatura de
campo quando é realizada a medição com o densímetro
5.4 A textura da superfície do material a ser ensaiado
não nuclear.
pode influenciar a densidade lida ser menor que a
densidade real do material.
3.3. Grau de compactação

5.5 Presença de partículas de agregados muito grandes


Razão entre a massa específica aparente seca da
no contato do sensor podem provocar variações na
mistura compactada em campo e a massa específica
determinação da densidade.
aparente de projeto, expresso em porcentagem.

5.6 A quantidade de leituras da amostragem pode variar


4 Aplicabilidade
com o tipo do equipamento e com a densidade do
4.1 O método de ensaio descrito é um método rápido e material. Em geral, quanto maior a densidade, menor o
não destrutivo para determinar a densidade in situ e o volume de amostragem requerido (ver Nota 1).
NORMA DNIT XXX/2020-ME 3

NOTA 1: O volume de material compactado em campo 6.1.4 O dispositivo deve incluir um modo de leitura
necessário para representar um ensaio pode contínua de operação.
ser aumentado, repetindo a leitura em locais
adjacentes e calculando a média dos 6.1.5 O dispositivo deve empregar circuitos eletrônicos

resultados. adequados para fornecer energia e condicionamento de


sinal ao sensor para atender a função de aquisição e
6 Aparelhagem leitura de dados, e permitir calibração da unidade na faixa
de valores esperada das características dos materiais.
6.1 Medidor de densidade de asfalto não nuclear
NOTA 3: O fabricante do dispositivo pode optar por
É um dispositivo de contagem eletrônica que em contato fornecer um bloco padrão usado para verificar
com a superfície da camada asfáltica mede as mudanças a operação do dispositivo e estabelecer
no campo elétrico a partir de um campo de ondas condições antes que as medições no
elétricas que são emitidas a superfície ensaiada. pavimento sejam feitas.
Este campo elétrico é gerado por uma chapa plana,
7 Calibração
posicionada na superfície da camada asfáltica, que
contém o emissor e o receptor dessas ondas, sendo a
7.1 Para cada mistura a ser avaliada deve-se calibrar o
densidade determinada a partir da resposta do campo
equipamento antes de executar as medições.
elétrico às variações de impedância da matriz das
leituras. Estas variações são função da resistência 7.2 Registrar o método de calibração usado e os
elétrica específica e da constante dielétrica do material, valores específicos obtidos para uso futuro do dispositivo
sendo estas propriedades influenciadas pela sua no mesmo tipo de material.
composição química.
7.3 A calibração deve ser realizada na pista dentro do
NOTA 2: Este tipo de equipamento não necessita de intervalo de temperaturas que será encontrado durante o
autorização especial de manuseio, ensaio.
armazenamento e utilização. Se for operado
de acordo com as recomendações do 7.4 A calibração do detector deve permitir que o
fabricante, não há necessidade de medidas dispositivo seja usado para medir a densidade in situ e
especiais de segurança. também fazer a comparação com a densidade de projeto
(DNIT XXX/2020-ME), indicando o grau de compactação
O equipamento deve atender os seguintes requisitos: no momento da leitura.

6.1.1 O dispositivo deve ser acondicionado em um 7.4.1 Identificar três a dez locais de ensaio dentro de
recipiente, projetado e construído de material adequado uma linha de 3 m de comprimento na direção de percurso
para medições da densidade in situ de misturas da maquinaria de pavimentação na pista.
asfálticas.
7.4.2 Em cada local, fazer um mínimo de quatro
6.1.2 O dispositivo deve funcionar nas temperaturas a medições seguindo a recomendação do fabricante do
que a mistura asfáltica for submetida durante as equipamento para assentar o dispositivo no pavimento e
operações de aplicação, compactação e ao longo do uso os procedimentos de operação descritos no item 7.7.
e nos níveis de umidade que possam ocorrer durante o Uma disposição aconselhada é a indicada na Figura 1,
uso da mistura asfáltica. indicada no subitem 8.6.4.

6.1.3 O dispositivo deve ter circuito interno adequado 7.4.3 Registrar cada medição individual e a média para
para exibir as medições individuais dos pontos de cada local.
amostragem para permitir que os operadores registrem
as leituras ou sistema de armazenamento de dados. 7.4.4 Extrair com sonda rotativa corpos de prova da
mistura asfáltica em pontos próximos de onde foram
NORMA DNIT XXX/2020-ME 4

realizadas as leituras com o equipamento. Fazer a 8.6 O seguinte procedimento pode ser usado para fazer
medida da densidade aparente dos corpos de prova medições em um ou mais locais do pavimento:
retirados por local de medida e fazer a média.
8.6.1 Selecionar uma superfície lisa sem excesso de
7.4.5 Comparar as médias das leituras do equipamento água. Varrer a superfície, retirando qualquer resíduo que
com as médias dos corpos de prova. Obter o fator de impeça o contato entre a superfície de ensaio e o
correção das leituras. dispositivo de medição. A condição ideal para o ensaio é
uma superfície lisa, com contato total entre a superfície
7.4.6 Usar este fator de correção para ajustar a leitura inferior do dispositivo e a superfície a ser ensaiada. As
do dispositivo. condições de calibração devem ser as usadas, incluindo
recomendações do fabricante do dispositivo com respeito
NOTA 4: Para o bom funcionamento do equipamento é
à umidade da superfície do pavimento.
importante seguir os requisitos operacionais
apresentados pelo fabricante. 8.6.2 Assegurar que o dispositivo esteja calibrado para
as condições da mistura asfáltica do local, de acordo com
8 Procedimento
o item 6 desta norma.

8.1 O dispositivo deve ser ligado com antecedência


8.6.3 Colocar o dispositivo na superfície de ensaio,
suficiente para permitir que o dispositivo se estabilize
garantindo o contato máximo dispositivo-material. Se
antes de começar as leituras.
necessário, girar o dispositivo para obter o máximo
contato e eliminar qualquer balanço ou pontos altos na
8.2 Operar o dispositivo usando os procedimentos do
área de contato.
fabricante conforme descrito no manual de operação do
dispositivo.
8.6.4 Para ensaios múltiplos, calcular a média dos
resultados para cada local de ensaio. Visando a obtenção
8.3 Selecionar os locais de ensaio de acordo com as
de resultados mais precisos, é recomendável que em
especificações do controle construtivo ou de projeto.
cada ponto sejam feitas cinco medidas, conforme padrão
8.4 Garantir que nenhuma fonte de interferência ilustrado na Figura 1, para o cálculo da média.
eletromagnética, tais como linhas de alta tensão ou
grandes objetos de metal, estejam próximos do
dispositivo.

8.5 O procedimento a seguir pode ser usado para


determinar o número necessário de passadas do rolo
compactador:

8.5.1 Medir e registrar as leituras da mistura não Figura 1 - Padrão para ensaios múltiplos
compactada, saindo da vibroacabadora.
8.6.5 Medir e registrar cada leitura feita na superfície do
8.5.2 Após cada passagem do rolo compactador, medir pavimento. Comparar as leituras individuais com
novamente e registrar as leituras. irregularidades visíveis no pavimento que possam
identificar problemas de segregação, uniformidade ou
8.5.3 Quando as medições não mais aumentarem ou
textura.
diminuírem com passadas adicionais, registrar esta
leitura e número de passadas do rolo compactador. 8.6.6 Após iniciar cada ensaio, o operador deve se
afastar do dispositivo por uma distância mínima de 30 cm.
8.5.4 Repetir os passos 7.6.1 e 7.6.2 após cada tipo de
rolo que for usado na compactação. NOTA 3: Não apoie o dispositivo em uma superfície
quente, a menos que esteja realizando as
medições nesta. Temperaturas altas
NORMA DNIT XXX/2020-ME 5

prolongadas podem afetar os componentes 9.6 Anotar a temperatura da mistura asfáltica no


eletrônicos do dispositivo. O dispositivo usado momento da leitura, com precisão de 0.5 ° C.
numa superfície quente deve ter tempo
suficiente para resfriar entre as medições. 9.7 Anotar o operador do ensaio.

9 Relatório 10 Recomendações

Registrar os seguintes dados: 10.1 O uso do densímetro eletromagnético requer


alguns cuidados para que suas medidas sejam
9.1 Identificação do local de trabalho e os dados de adequadas para o monitoramento de revestimentos
localização do ponto do ensaio, como número da estação asfálticos. A sua calibração é sensível à granulometria
ou estaca, deslocamento em relação ao eixo, etc., de dos agregados e ao tipo de ligante asfáltico,
acordo com as convenções estabelecidas a nível local. principalmente quando modificado por polímero. A
calibração pode ter pequena variação em função do
9.2 Dados de calibração do dispositivo, conforme tempo de serviço da pista, podendo diminuir.
especificado no item 6.
10.2 As comparações ponto a ponto da densidade
9.3 Leituras individuais de densidade ou massa oriunda do densímetro com aquela determinada por
específica em cada ponto medido dentro de um local de pesagem hidrostática devem ser estatísticas,
ensaio com aproximação de 0,001 g/cm3, junto com o comparando médias. Recomenda-se que a amostragem
valor da densidade média calculada para o local. dos levantamentos com o densímetro seja pelo menos 5
vezes maior do que a normalmente praticada com
9.4 Dados de densidade correspondentes (se obtidos)
extração de corpos de prova, considerando tratar-se de
a outros métodos para cada local de ensaio com a
um ensaio não-destrutivo e rápido.
aproximação de 0,001 g/cm3. Os dados podem ser de
métodos de medição nuclear ou pesagem hidrostática de 10.3 O aparelho deve ser equipado com duas sondas
corpos de prova extraídos da pista. integradas para medir a temperatura e a umidade da
superfície, sendo estes valores utilizados para a correção
9.5 Anotar quaisquer observações qualitativas do
das medidas de densidade.
ensaio ou condições dos materiais que possam afetar a
precisão ou interpretação dos resultados do ensaio.

__________/Anexo A
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Anexo A (Informativo) - Foto

Figura A.1 – Densímetro não nuclear de mistura asfáltica

_________________/Anexo B
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Anexo B (Informativo) – Bibliografia

a) AMERICAN SOCIETY FOR TEST AND b) ARTERIS-T-100- REV4. Determinação da densidade


MATERIALS. ASTM D7113/D7113M−10 de pavimentos asfálticos com o densímetro elétrico.
(Reapproved 2016). Standard Test Method for
Density of Bituminous Paving Mixtures in Place by
the Electromagnetic Surface Contact Methods.

_________________/Índice geral
NORMA DNIT XXX/2020-ME 8

Índice geral

Abstract .............................................................. ............ 1 Massa Específica in situ .....................................3.1........ 2


Anexo A (Informativo) – Foto ............................. ............ 6 Objetivo ..............................................................1 .......... 2
Anexo B (informativo) – Bibliografia ................... ............ 7 Prefácio .............................................................. ............ 1
Aparelhagem ...................................................... 5 .......... 3 Procedimento .....................................................7 .......... 4
Calibração .......................................................... 6 .......... 3 Recomendações.................................................9 .......... 5
Definições .......................................................... 3 .......... 2 Referências Normativas…………………………..2 ……...2
Densidade in situ ............................................... 3.2 ....... 2
Relatório .............................................................8 .......... 5
Grau de Compactação ....................................... 3.3 ....... 2
Resumo .............................................................. ............ 1
Índice geral......................................................... ............ 8
Sumário .............................................................. ............ 1
Interferências ..................................................... 4. ......... 2

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