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JUNHO 2023 NORMA DNIT 259/2023 – CLA

DNIT
Solos – Classificação de solos finos tropicais
para finalidades rodoviárias utilizando corpos
de prova compactados em equipamento
miniatura – Classificação
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Autor: Instituto de Pesquisas em Transportes – IPR
DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Processo: 50600.005627/2023-61
Origem: Revisão da norma DNER – CLA 259/96
DIRETORIA-GERAL
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de 06/06/2023.
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E
PESQUISA
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda
INSTITUTO DE PESQUISAS EM
comercial.
TRANSPORTES
Setor de Autarquias Norte
Quadra 03 Lote A
Ed. Núcleo dos Transportes Palavras-chave: Nº total de páginas
Brasília – DF – CEP 70040-902
Tel./fax: (61) 3315-4831 Solos finos tropicais, equipamento miniatura, classificação MCT 8

Resumo Anexo B (Normativo) – Quadro das Propriedades Típicas


dos Grupos de Solos ...................................................... 5
Este documento estabelece a classificação de solos finos
Anexo C (Normativo) – Quadro com Breves Descrições
tropicais, para finalidades rodoviárias, com base na
dos Grupos de Solos da Classificação MCT .................. 6
metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical), que
se fundamenta em determinações de propriedades de Índice geral ..................................................................... 8
solos compactados em corpos de prova miniatura
cilíndricos (diâmetro de 50 mm). Prefácio

Abstract A presente Norma foi preparada pelo Instituto de


Pesquisas em Transportes – IPR conforme a Instrução
This document establishes the classification of tropical fine Normativa nº 20/DNIT SEDE, de 1º de novembro de 2022
soils for road construction purposes, as regards the MCT e a norma 001/2023 – PRO.
(Miniature, Compacted, Tropical) methodology, which is
based on properties of cylindrical (50 mm diameter) Esta publicação cancela e substitui a norma DNER – CLA

compacted test specimens. 259/96, a qual foi tecnicamente revisada.

Sumário 1 Objetivo

Prefácio ........................................................................... 1 Esta Norma estabelece a classificação de solos finos


tropicais, com base na metodologia MCT (Miniatura,
1 Objetivo ................................................................... 1
Compactado, Tropical), que se fundamenta na
2 Referências normativas ........................................... 2 determinação de propriedades de solos compactados em
corpos de prova miniatura cilíndricos com diâmetro de
3 Definições ................................................................ 2
50 mm. Apresenta também um quadro que contém as
4 Amostra ................................................................... 3 propriedades dos principais grupos de solos considerados

5 Procedimento .......................................................... 3 na classificação, para a escolha daqueles mais


apropriados para aplicação em obras rodoviárias.
6 Resultado ................................................................ 3

Anexo A (Normativo) – Classificação de solos ............... 4


NORMA DNIT 259/2023 – CLA 2

2 Referências normativas 3.3 Mini-MCV

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis O coeficiente adimensional, calculado conforme a norma
à aplicação desta Norma. Para referências datadas, DNIT 258 – ME, para todas as curvas de deformabilidade,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências havendo um valor de Mini-MCV para cada teor de
não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do umidade de compactação (ℎ𝑐 ).
referido documento (incluindo emendas):
3.4 Coeficiente de argilosidade (𝒄’)
a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE
RODAGEM. DNER – PRO 003/94: Coleta de Coeficiente angular da parte retilínea (ou assimilável a
amostras deformadas de solos – Procedimento. uma reta) e mais inclinada da curva de deformabilidade
com Mini-MCV = 10 (real ou interpolada). Determinado
b) _____. DNER – EM 035/95: Peneiras de malha conforme a norma DNIT 258 – ME.
quadrada para análise granulométrica de solos –
Especificação de material. NOTA 1: Como raramente se obtém a curva de
deformabilidade com Mini-MCV = 10, esta
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE curva pode ser obtida por interpolação
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 258 gráfica, conforme a norma DNIT 258 – ME.
– ME: Solos – Compactação em equipamento
miniatura – Ensaios Mini-MCV e perda de massa por 3.5 Curva de compactação Mini-MCV
imersão – Método de ensaio.
Para cada número de golpes do ensaio Mini-MCV, é o
3 Termos e definições gráfico cartesiano que correlaciona, em escala aritmética,
os valores de ℎ𝑐 , no eixo das abscissas, e seus
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes
correspondentes valores de massa específica aparente
termos e definições:
seca (𝑀𝐸𝐴𝑆), no eixo das ordenadas. As curvas de

3.1 Ensaio Mini-MCV compactação devem ser obtidas conforme a norma


DNIT 258 – ME.
Ensaio de compactação realizado com solos finos
tropicais, utilizando apenas a fração que passa 3.6 Coeficiente 𝒅’

integralmente na peneira nº 10 (2 mm). As amostras são


Coeficiente angular da parte retilínea (ou assimilável a
compactadas em moldes cilíndricos, por meio da
uma reta) e mais inclinada do ramo seco da curva de
aplicação de golpes sucessivos, com soquete de massa e
compactação correspondente ao número de golpes de
altura de queda padronizadas, com a energia de
referência do ensaio Mini-MCV, determinado conforme a
compactação necessária para atingir a máxima massa
norma DNIT 258 – ME.
específica, tendendo a um valor próximo da condição de
saturação. O procedimento do ensaio Mini-MCV é descrito
3.7 Perda de massa por imersão (𝑷𝒊)
na norma DNIT 258 – ME.

Porcentagem de massa seca desprendida de um corpo de


3.2 Curva de deformabilidade
prova, quando imerso em água, em relação à parte

Gráfico cartesiano que correlaciona, para cada teor de extrudada da amostra de solo compactada, determinada

umidade, a variação de altura do corpo de prova, no eixo conforme a norma DNIT 258 – ME, para cada corpo de

das ordenadas (escala aritmética), com o número de prova, havendo um valor de 𝑃𝑖 para cada valor de ℎ𝑐 .
golpes aplicados, no eixo das abscissas (escala
logarítmica decimal). 3.8 Coeficiente 𝑷𝒊’

As curvas de deformabilidade devem ser obtidas Valor de referência da perda de massa por imersão,

conforme a norma DNIT 258 – ME. determinado em função da altura final (𝐴𝐹 ) dos corpos de
prova compactados e dos valores de Mini-MCV, da
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 3

seguinte forma: 4 Amostra

a) para cada corpo de prova compactado conforme a A amostra deve ser coletada de acordo com a Norma
norma DNIT 258 – ME, determinam-se os valores de DNER – PRO 003/94, com quantidade mínima de 2,5 kg
ℎ𝑐 , 𝐴𝐹 , Mini-MCV e 𝑃𝑖 ; de fração passando na peneira nº 10 (2 mm). A
preparação da amostra deve seguir os procedimentos da
b) traça-se a curva 𝐴𝐹 versus Mini-MCV e obtém-se o norma DNIT 258 – ME.
valor de 𝐴𝐹 para Mini-MCV = 10. Se 𝐴𝐹 < 48,0 mm, o
5 Procedimento
solo compactado é classificado como de alta
densidade. Se 𝐴𝐹 > 48,0 mm, o solo é classificado 5.1 Procedimento Mini-MCV (M-MCV)
como de baixa densidade;
a) executar os ensaios Mini-MCV e a determinação de

c) traça-se a curva 𝑃𝑖 versus Mini-MCV e, a partir desta perda de massa por imersão, conforme a norma DNIT
258 – ME;
curva, obtém-se o coeficiente 𝑃𝑖’, pelo seguinte
critério:
b) a partir dos resultados obtidos nos ensaios,
determinar os coeficientes 𝑐′, 𝑑′ e 𝑃𝑖′ , e
− solos de baixa densidade (𝐴𝐹 ≥ 48,0 mm) - 𝑃𝑖’ =
posteriormente, calcular o índice 𝑒′descrito nesta
𝑃𝑖 correspondente a Mini-MCV = 10;
norma;

− solos de alta densidade, 𝑃𝑖’ = 𝑃𝑖 correspondente


c) a partir dos valores de 𝑐′ e 𝑒′ obtidos, localizar, no
a Mini-MCV = 15.
gráfico da Figura A1 do Anexo A, o ponto que os

3.9 Índice de laterização 𝒆’ representa, classificando a amostra de acordo com


sua localização:

Índice que, junto com o coeficiente 𝑑 ’, indica se o solo


− quando o ponto no gráfico (Anexo A), estiver
possui comportamento laterítico ou não laterítico. É
próximo da linha que separa os solos de grupos
calculado pela Equação (1):
lateríticos (prefixo L) dos não lateríticos (prefixo
N), considerá-lo laterítico quando atender aos
𝑆 𝑃𝑖´ 20

𝑒 =√ + (1) dois critérios abaixo:
100 𝑑´

Onde: • a curva 𝑃𝑖 versus Mini-MCV tiver inclinação


negativa no trecho com Mini-MCV de 10 a 15;
𝑒′ é o índice de laterização;
• a curva Mini-MCV versus ℎ𝑐 tiver
𝑃𝑖′ é o valor de referência da perda de massa por imersão; concavidade para cima.

𝑑′ é o coeficiente obtido a partir da curva de compactação 6 Resultado


para n = 10 golpes; (Série Simplificada) ou n = 12 golpes
( Série de Parsons); Esta Norma fornece o grupo a que pertence o solo, de
acordo com a classificação MCT, conforme Figura A1 do
𝑛 é o número de golpes. Anexo A.

As propriedades típicas dos solos integrantes dos vários


grupos estão representadas no Anexo B.

______________/Anexo A
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 4

Anexo A (Normativo) – Classificação de solos

Figura A1 – Gráfico de referência para classificação de solos.

_________________/Anexo B
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 5

Anexo B (Normativo) – Quadro das Propriedades Típicas dos Grupos de Solos

_________________/Anexo C
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 6

Anexo C (Normativo) – Quadro com Breves Descrições dos Grupos de Solos da Classificação MCT

Correlação com o Sistema


Brasileiro de Classificação
Classe Grupo Breve Descrição
de Solos (Embrapa, 1999)
ou com geologia.
São solos pouco coesivos e com alto módulo de resiliência,
compostos por areias com poucos finos. Apresentam-se,
Neossolo quartzarênico
LA geralmente, em formato de grumos subarredondados e
(NQ)
colorações de tendência avermelhada em função da
oxidação do elemento ferro.
São os melhores solos para construção de base e sub-base
L Latossolos (L) ou
de pavimentos. Apresentam razoável coesão e alto módulo
(Laterítico) LA ' Argilossolos (P) de textura
de resiliência. São compostos por areias argilosas e finos
média-arenosa.
lateríticos.
São solos que podem apresentar elevada contração em
Latossolos (L) ou
camadas compactadas e menores capacidades de suporte
LG ‘ Argilossolos (P) de textura
e módulo de resiliência. São compostos por argilas, argilas
média-argilosa
siltosas, argilas arenosas e siltes argilosos.
São solos pouco expansivos e baixo coeficiente de
argilosidade, sendo os melhores a serem usados aqueles Provenientes da alteração
NA
próximos ao grupo LA. São compostos por quartzos e/ou de arenitos e quartzitos.
micas nas frações areias, siltes e suas misturas.
São solos que podem apresentar coeficiente de argilosidade
médio. Os que contêm alta porcentagem de finos (fração
Saprólitos de rochas ricas
argila) apresentam elevada expansão, sendo os piores. Os
NA' em quartzo como arenitos,
melhores são aqueles próximos aos grupo LA e LA’ com
granitos e gnaisses.
módulo de resiliência satisfatório. São compostos por areias
N (Não quartzosas com finos e mica na fração areia.
Laterítico) São solos muito resilientes e não recomendados como
Solos provenientes de
camada final de terraplenagem e outras do pavimento. Não
alteração de rochas como
NS ' são bons para constituir misturas de solo-agregado. São
basalto, diabásio e
solos que compreendem siltes e siltes arenosos, e
metabasito.
coeficiente de argilosidade baixo a médio.
Saprólitos de rochas como:
São solos que apresentam alto coeficiente de argilosidade,
basalto, diabásio,
elevada expansão, plasticidade, compressão e contração.
NG ' metabasito, gnaisses,
Compostos por argilas, argila siltosa, argila arenosa, e silte
folhelhos, granitos e
argiloso. Não é indicado para camadas nobres.
calcários.
Fonte: Adaptado de Villibor & Alves (2019)

_________________/Anexo D
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 7

Anexo D (Informativo) – Bibliografia

a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE rodoviárias". Anais do simpósio brasileiro de solos


RODAGEM. DNER – CLA 259/94: Classificação de tropicais em engenharia, COPPE/UFRJ, Rio de
solos tropicais para finalidades rodoviárias utilizando Janeiro, vol.1, 1981.
corpos de prova compactados em equipamentos
miniatura – Classificação. c) VILLIBOR, D. F; ALVES, D, M. L. “Pavimentação de
baixo custo para regiões tropicais. Projeto e
b) NOGAMI, J.S.; VILLIBOR, D.F. "Uma nova Construção – Novas Considerações”. Florianópolis:
classificação de solos tropicais para finalidades Tribo da Ilha, 2019.

_________________/Índice Geral
NORMA DNIT 259/2023 – CLA 8

Índice geral

Abstract .............................................................................. 1 Índice de laterização (e’) ........................................ 3.9......3


Amostra ..................................................................... 4......3 Índice geral ........................................................................ 8
Anexo A (Normativo) – Classificação de solos .................. 4 Mini-MCV ................................................................ 3.3......2
Anexo B (Normativo) – Quadro das Propriedades Típicas Objetivo ...................................................................... 1......1
dos Grupos de Solos ......................................................... 5 Perda de massa por imersão (Pi) ........................... 3.7......2
Anexo C (Normativo) – Quadro com Breves Descrições Prefácio .............................................................................. 1
dos Grupos de Solos da Classificação MCT ..................... 6 Procedimento ............................................................. 5......3
Anexo D (Informativo) – Bibliografia ................................. 7 Procedimento Mini-MCV (M-MCV) ......................... 5.1......3
Coeficiente de argilosidade (c’)............................... 3.4......2 Referências normativas ............................................. 2......2
Coeficiente Pi’ ......................................................... 3.8......2 Resultado ................................................................... 6......3
Coeficiente d’ .......................................................... 3.6......2 Resumo.............................................................................. 1
Curva de compactação Mini-MCV .......................... 3.5......2 Sumário.............................................................................. 1
Curva de deformabilidade....................................... 3.2......2 Termos e definições................................................... 3......2
Ensaio Mini-MCV .................................................... 3.1......2

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