Você está na página 1de 25

17/08/2020

Programa de Pós-Graduação em Geotecnia Agenda

1.1. Sistemas
Sistemas de Rebaixamento
Rebaixamento

2. Simples Esgotamento

3. Sistema de Ponteiras

4. Sistema de Injetores
Capítulo 6 – Rebaixamento do Lençol Freático
5. Sistema de Bombas Submersas

6. Dreno Horizontal Profundo

Prof. André Luís Brasil Cavalcante

Fluxo de Água em Meios Porosos Saturados e Não Saturados


Publicação G.AP-AC001/20

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Sistemas de Rebaixamento

Rebaixamento de Lençol Freático


• É uma técnica muito utilizada em obras de médio e grande
porte, podendo ser temporária ou permanente.

– Temporária: Durante a execução de fundações ou


mesmo obras subterrâneas.

– Permanente: Rebaixamento de lençol freático em cortes


de estradas.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1. Sistemas de Rebaixamento 1. Sistemas de Rebaixamento


Princípio básico de um rebaixamento de lençol d'água Rebaixamento visa possibilitar o trabalho em escavações
consiste no desenvolvimento de um gradiente hidráulico, em evitando, ou minimizando, a presença da água.
relação ao nível d'água natural, de modo a formar um fluxo
artificial de água para pontos localizados.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1
17/08/2020

1. Sistemas de Rebaixamento 1. Sistemas de Rebaixamento


Principais Problemas
Objetivos Principais
– Escavar a seco (o problema é que causa recalques)
– Eliminação de lajes de subpressão (assunto polêmico com
respeito à eficiência a longo prazo)
– Estabilidade de taludes de escavação (estradas usando
dhp’s)
– Redução de empuxos em paredes

Principais Problemas
– Diminuição da poropressão
– Aumento da tensão efetiva
– Recalques, principalmente em solos compressíveis.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1. Sistemas de Rebaixamento 1. Sistemas de Rebaixamento

A coleta de água desses pontos é feita por um sistema de


rebaixamento, cuja escolha é função: Principais tipos de soluções adotadas na prática geotécnica:
– Tipo de obra – Simples Esgotamentos (Bombeamento direto)
– Subsuperfície – Sistema de Ponteiras Filtrantes
– Altura de rebaixamento – Sistema de Injetores
– Volume de água a ser – Sistema de Bombas Submersas (Poços profundos)
bombeada – Drenos Horizontais Profundos
– Efeito na vizinhança – Drenos Verticais de Alívio
– Natureza do aquífero – Galeria de Drenagem
– Fonte da água.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

1. Sistemas de Rebaixamento 1. Sistemas de Rebaixamento


Alerta! Alerta!
• Qualquer que seja o sistema de rebaixamento empregado, o • Também é conveniente durante o rebaixamento instalar
mesmo impõe uma redução das poropressões do solo e, medidores de nível de água, em pontos estratégicos para
consequentemente, um aumento nas tensões efetivas, as quais acompanhar a variação do nível do lençol freático e compará-lo
podem causar (e muitas vezes causam) recalques indesejáveis com o previsto no projeto. Essa evolução do rebaixamento deve
às estruturas situadas no raio de influência do rebaixamento, ser correlacionada com a vazão medida no sistema através de
principalmente se estiverem sobre camadas compressíveis, hidrômetros.
como argilas moles ou areias fofas.

• Um projeto de rebaixamento pressupõe um estudo da influência


do mesmo sobre essas estruturas. As estruturas consideradas
mais sensíveis devem ser controladas por instrumentação
(medidas de recalques e abertura de fissuras) para alimentar a
tomada de decisões rápidas que evitem danos às mesmas.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2
17/08/2020

Agenda 2. Simples Esgotamento


A presença de água nas escavações compromete a estabilidade,
dificultando, ou mesmo impedindo, os trabalhos geotécnicos.
1. Sistemas de Rebaixamento

2. Simples Esgotamento
2. Simples Esgotamento

3. Sistema de Ponteiras

4. Sistema de Injetores

5. Sistema de Bombas Submersas

6. Dreno Horizontal Profundo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento


• O emprego de cavas e valetas de drenagem é uma das formas • O simples esgotamento consiste em recalcar a água, com
mais elementares para se rebaixar um aquífero numa obra. bomba de recalque, para fora da área de trabalho, conduzindo-
a por meio de valetas executadas no fundo da escavação, e
• O processo envolve a execução de valas e/ou valetas na
acumulada em um ou vários poços construídos abaixo da
superfície do terreno ou no interior das escavações e abaixo da
escavação ou área de trabalho.
superfície do aquífero.
• A água subterrânea flui por gravidade para o interior da vala,
sendo conduzida para um ou mais poços de coleta, onde será
bombeada para fora da escavação.

centrífuga/sapo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento


• Vantagens do método:
– Econômico.
– Fácil construção.
– Necessita de mão de obra não especializada.
– Necessita de poucos equipamentos.

• Desvantagens do método:
– Lentidão da drenagem dos taludes laterais. a) Escavar valetas de crista para coleta de águas de chuva.
– Convivência com escavação frequentemente encharcada. b) Executar, no contorno da escavação, uma vala profunda até o
– Ocupação de espaços importantes da obra. impermeável e instalar bombas de recalque.
– A profundidade máxima de rebaixamento dificilmente supera c) Manter as bombas operando até se extrair toda a água do
um metro na grande maioria dos casos. maciço (fase 1).

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3
17/08/2020

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento

d) Escavar o maciço [1] fazendo a proteção dos taludes.


e) Continuar a escavação no solo impermeável mantendo-se as
bombas em operação, porém deslocando-as para baixo à medida
que a escavação se aprofunda.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento Instalação da Bomba

• Quando a água acumulada atinge determinado volume, o


recalque é executado por bombas.

• Esse método também é denominado bombeamento direto.

• Recomendado para situações de fluxo em solos de


permeabilidade relativamente baixa, vazões pequenas e no caso
de rebaixamentos localizados.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4
17/08/2020

2. Simples Esgotamento Instalação da Bomba 2. Simples Esgotamento Instalação da Bomba

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento Instalação da Bomba 2. Simples Esgotamento

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento


• No caso de escavações suportadas por cortinas, a força de • Se existir uma camada argilosa, pouco permeável, pode ocorrer a
percolação da água pode causar substancial perda de suporte ruptura do fundo da escavação.
quando o gradiente hidráulico for elevado. Isso prejudica os
trabalhos e até inviabiliza a execução de fundações rasas.

Subpressão da água torna-se maior que o peso efetivo do solo.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5
17/08/2020

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento

• É importante verificar a não-ocorrência de carreamento de Caso ocorra o carreamento, pode-se utilizar filtros (geotêxtil) no
partículas de solo, observando-se, regularmente, a água na sistema de captação de água.
saída das bombas para ver se está saindo limpa.

• O carreamento de solo acarreta recalques acentuados (além


dos normalmente decorrentes do próprio rebaixamento) em
estruturas vizinhas à escavação.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento


Para a realização do rebaixamento podem ser utilizadas bombas
de diversos tipos e potências: centrífugas, diafragma, sapo.

As bomba d’água centrífugas são instaladas na superfície, acima


do solo. Com capacidade de sucção de até 7 metros de
profundidade, também necessitam de válvula de retenção. Tem a
As bombas da série A são centrífugas, auto-escorvantes, com pré-filtro incorporado,
capacidade de transferir um alto volume de água, mas totalmente construídas em material termoplástico, com bocais de sucção e descarga
apresentam baixa pressão. adequados para tubulação de PVC marrom colável de 50 mm de diâmetro.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

2. Simples Esgotamento 2. Simples Esgotamento

Rebaixamento com Bombas Submersíveis Tipo Sapo Rebaixamento com Bombas Submersíveis Tipo Sapo

• Utilizam-se bombas submersíveis apropriadas para serviços de • Realiza-se uma escavação adicional para que o maior acúmulo
drenagem, com potência e altura de recalque determinadas em de água propicie melhores condições de trabalho ao crivo da
função da vazão de esgotamento necessária à preservação bomba submersa, e são utilizados drenos laterais à escavação.
das condições mínimas de trabalho na vala ou cava.
• Submersíveis: esta não deve permanecer debaixo da água, ou • Este tipo de rebaixamento não deve ser utilizado em solos
seja, após o seu uso é necessário retirar, secar e armazenar o arenosos, em virtude da desagregação dos mesmos na
equipamento em outro local, sendo muito indicado para presença do vórtice gerado pelo funcionamento da bomba, o
inundações, por exemplo. que pode causar desestabilização por erosão e eventuais
• Posiciona-se a bomba submersível nos locais onde o lençol recalques da base da vala ou cava.
freático aflora com maior intensidade e no recalque das águas
subterrâneas através de mangueira acoplada à mesma.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6
17/08/2020

2. Simples Esgotamento Agenda

1. Sistemas de Rebaixamento

2. Simples Esgotamento

3. Sistema
3. Sistemade
de Ponteiras
Ponteiras

4. Sistema de Injetores

5. Sistema de Bombas Submersas

6. Dreno Horizontal Profundo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes


• Consiste em envolver a área onde o lençol freático será • No sistema de ponteiras filtrantes, a água é succionada através
rebaixado com poços de pequenos diâmetros nos quais são de ponteiras constituídas por tubos de aço galvanizado ou de
instaladas ponteiras conectadas a um coletor e então PVC, com diâmetros entre 32 e 50,8 mm (1 ¼” e 2“) e
conectadas a um conjunto de bombas. comprimento entre 0,30 a 1,00 m, perfurados e envolvidos por
tela de nylon com malha de 0,6 milímetros ou por geotêxtil.

• A água é extraída do solo por sucção, aplicação de vácuo no


sistema.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Esquema básico de uma ponteira tradicional Esquema básico de uma ponteira tradicional

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

7
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• As ponteiras são conectadas a bombas de vácuo através de um


tubo coletor com 101,6 mm (4“) de diâmetro.

• A água succionada é captada e despejada fora da zona de


influência do rebaixamento, utilizando uma bomba centrífuga
de recalque.
Sistema de Bomba a Vácuo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Os espaçamentos
usuais entre
ponteiras são de 1
a 2,5 m e as
vazões unitárias de
até 1,5 m3/h
(recomendados
valores de 0,5 a 1,0
m3/h), o
rebaixamento
máximo
conseguido por
esse sistema é da
• A vazão normal do conjunto de ponteiras é da ordem de 5 a 40
ordem de 4,5 m.
m3/h.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

75 a 100 m

• Como o espaçamento varia de 1 a 2,5 m, cada conjunto de


ponteiras cobre de 75 a 100 m.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

8
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

7,5 HP

5,0 HP
Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

9
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

CRITÉRIOS DE PROJETOS:

1. Coeficiente de permeabilidade > 10-5 m/s


2. Vazão em cada ponteira  1,5 m3/h.
3. Espaçamento entre ponteiras  1,0 a 2,5 m.
4. Rebaixamento do lençol máximo  4,5 m.
5. Diâmetros das ponteiras  1 ¼” e 1 ½” (3 a 5 cm)

Ponteiras já instaladas e prontas para entrar em operação

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes


No caso de rebaixamento de lençol maiores que 4,5 m, pode ser Rebaixamento em Vários Estágios
economicamente atrativo utilizar o rebaixamento em vários estágios.

N.A. inicial 1º estágio


registro
coletor 4m
2º estágio
4m
3º estágio
N.A.
rebaixado

Ponteira

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

10
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes


Rebaixamento em Vários Estágios
Nos Capítulos 3, 4 e 5 resolvemos o problema do
rebaixamento do lençol devido ao bombeamento promovido
por um único poço de diâmetro conhecido. Mas neste caso, a
área de rebaixamento pode ser consideravelmente grande.

A questão é:
Como rebaixar uma área relativamente grande?

Utiliza-se um grupo de poços.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

Considere então um grupo de n poços (P1 a Pn), As formas de distribuição de poços para rebaixamento do lençol
dispostos ao longo da área que sofrerá o rebaixamento. d’água mais comuns são as apresentadas abaixo:

Circular Retangular Duas linhas de


poços paralelas

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• Relembrando: Para um único poço, o potencial é dado por: • Suponha que a uma distância R do eixo de cada um dos poços
individuais (r1 = ... = rn = R), possa se considerar que  = 0.
Q r Assim:
 ln   0
2 R Q R Q R
ln    ln  C   0  C   0
• Em um sistema de ponteiras filtrantes (multi-poços), suponha
2 R 2 R
que a solução seja obtida pela superposição das soluções
individuais de cada poço, ou seja: • Logo,

Q r Q rn n
Q r
  1     n  ln 1    ln  C   0   ln i
2 R 2 R i 1 2 R

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

11
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes n


Q r
  0   ln i
• Considerando que para fluxo confinado e fluxo não-confinado, o • No caso de fluxo confinado, tem-se:
i 1 2 R
potencial hidráulico é dado respectivamente por:
n
Q r
 c  kH   Cc kH   Cc  kH 0  Cc   ln i
i 1 2 R
n
Q r
1 2   0   ln i
u  k  C u i 1 2 kH R
2
Sabendo-se que k.H é a transmissividade do sistema, pode-se
pode-se obter a carga hidráulica nas duas condições. escrever:

n
Q r
  0   ln i
i 1 2 T R

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• Desta forma, o recalque pode ser obtido da seguinte forma: • Assim,


nQP n
R
Qn
R
s
2 kH
 ln r
s  0     ln i 1
i

i 1 2 kH ri
nQP  R R R
s  ln  ln    ln 
• Adotando-se que cada ponteira filtrante pode bombear com uma 2 kH  r1 r2 rn 
vazão constante (Q1 = Q2 = ... = Qp), a vazão total Q necessária a
ser bombeada, pode ser escrita como:
nQP  Rn 
s ln  
nQ p n
R 2 kH  r1.r2 ...rn 
Q  n.Qp s  0   
2 kH
 ln r
i 1
i

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• Definindo-se o raio equivalente como a média geométrica • Além disso, a vazão em cada ponteira pode ser obtida da
das distâncias das ponteiras até o centro de gravidade da seguinte forma:
área a ser rebaixada: n
Q r
Q  n.Qp   0   ln i
i 1 2 kH R
re   r1 .r2 ...rn 
1/ n

nQP n
ri
  0 
2 kH
 ln R
i 1

nQP  Rn  nQP  R  n 
s  
ln 
2 kH  r1.r2 ...rn   s  2 kH ln  r   2 kH 0    2 kH 0    2 kH 0   
  e   QP   QP   QP 
n
R   R
n. ln R n

n ln  n 2 ln  
n 2QP  R 
i 1 ri   r1 .r2 ...rn    re 
s ln    
2 kH  re 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

12
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes n


Q r 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes
  0   ln i
• No caso de fluxo não-confinado, tem-se:
i 1 2 R • Desta forma, o recalque pode ser obtido da seguinte forma:

1 2 1 Q r n

k  Cu  k02  Cu   ln i n
Q ri
2 2 i 1 2 R s  0    0  02   ln
i 1 k R
n
Q ri
  02   ln • Adotando-se que cada ponteira filtrante pode bombear com uma
i 1 k R vazão constante (Q1 = Q2 = ... = Qp), a vazão total Q necessária a
ser bombeada, pode ser escrita como:

nQP n
ri
Q  n.Qp s  0    0  02 
k
 ln R
i 1

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• Assim, nQP n
ri • Além disso, a vazão em cada ponteira pode ser obtida da
s  0   02 
k
 ln R seguinte forma:
i 1 n
Q ri
Q  n.Qp  2  02   ln
nQP  r1.r2 ...rn  i 1 k R
s  0   02  ln
 k  R n 
nQP n
ri
 2  02 
k
 ln R
• Definindo-se o raio equivalente como a média geométrica i 1

das distâncias das ponteiras até o centro de gravidade da


área a ser rebaixada:
 k  2  02   k  2  02   k 02   2 
QP   QP   QP 
n 2 QP  re  r
re   r1.r2 ...rn   r .r ...r  R
n
 s  0  0 
1/ n
ln n  ln i
2

 k  R 
n.ln  1 2 n n  n 2 .ln  
R  R   re 
i 1

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• Por fim, em ambos os casos (fluxo confinado ou não


confinado), há necessidade de se determinar o comprimento
filtrante de cada ponteira (comprimento de tubo perfurado).

• Segundo Velloso (1977), o comprimento filtrante de cada


ponteira é calculado pela vazão total que o sistema deverá 15Q
extrair, o raio da ponteira e coeficiente de permeabilidade: hf 
2 rp k
15Q
hf 
2 rp k
• Abaixo desse comprimento hf, deve-se dispor de um
segmento de tubo liso (sem perfuração) com cerca de 1 m de
comprimento.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

13
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• A partir da altura filtrante, obtém-se a velocidade do fluxo, na Exercício 1: Dimensionar o sistema de ponteiras para o
entrada do filtro do poço, já que 2rP.hf corresponde à área rebaixamento do lençol d’água para a área apresentada abaixo,
lateral do filtro: em regime de fluxo não-confinado.

Q Q Q k
v   
A 2 rp .h f  15Q  15
2 rp .  
 2 r k 
 p 
• Para evitar a colmatação de partículas sólidas na entrada do
poço, o que reduziria sua eficiência, recomenda-se que a
velocidade não ultrapasse 5 cm/s a 8 cm/s.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

3. Espaçamento inicial entre ponteiras:


1. Área a ser rebaixada:
Adote o espaçamento inicial entre ponteiras igual a 2,0 m
A  l1 .l2  40  30  1200 m 2
e  2,0 m

4. Cálculo do número de ponteiras:


2. Perímetro de instalação das ponteiras:

P  2.  l1  l2   2.  40  1  30  1  144 m n
P 144
  72 ponteiras
e 2, 0

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

5. Cálculo das cargas hidráulicas:


6. Raio de influência:

R  3000 0    k

 w .g.0 R  3000 14  10  8, 5.104  350 m


0  14  ( )  14 m
 w .g
7. Definição do raio da ponteira filtrante:
 .g.0
  10  ( w )  10 m
 w .g d P  0, 05 m

rP  0, 05 / 2  0, 025 m

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

14
17/08/2020

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

8. Cálculo da vazão por ponteira (regime de fluxo não-confiinado): 9. Vazão total do sistema de ponteiras filtrantes

A 1200 Q  n.QP  72.6,2.102 =4,46 m 3 /h


re ,aprox    19,5m
 
10. Cálculo do comprimento da ponteira filtrante:

 k 0      8,5.10 14   1,7.10


4
2 2 2
 10 2
15Q 15.4, 46 / 3600
QP  5
m3 / s hf    4, 05 m
R  350  2 rp k 2 0,025 8,5.104
n .ln  
2
72 .ln 
2

 re   19,5 
11. Velocidade de fluxo
QP  6, 2.102 m 3 /h 1,5m 3 /h  critério atendido  k 8, 5.104
v   0, 0019 m/s =0,19 cm/s < 5 cm/s
15 15

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

3. Sistema de Ponteiras Filtrantes 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes


Exemplo de Prático de Utilização do Sistema de Ponteiras Filtrantes
12. Vazão para dimensionamento da bomba:

Na prática há a necessidade de majoração em 10% desse


valor, pois quando se liga o sistema de rebaixamento, há
necessidade de se bombear um volume de água maior que o
teórico até haver a estabilização do regime

Qbomba  1,1  Q  1,1  4, 46  Qbomba  4, 91 m3 h

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

Agenda 4. Sistema de Injetores


• O rebaixamento por poços injetores é um sistema para se retirar
a água do subsolo de forma induzida, portanto não-gravitacional.
1. Sistemas de Rebaixamento • Neste sistema são perfurados furos com diâmetros de 250 a 300
mm (10 a 12”) e no seu interior instalados poços de 100 a 150
2. Simples Esgotamento
mm (4 a 6”) de diâmetro.
3. Sistema de Ponteiras

4. Sistemade
4. Sistema de Injetores
Injetores

5. Sistema de Bombas Submersas

6. Dreno Horizontal Profundo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

15
17/08/2020

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores


• O sistema funciona como • A água inicialmente injetada, após a passagem pelo injetor, é
um circuito semi-fechado, acrescida da água aspirada, que sobe, por tubo de retorno de 32 ou
no qual a água é 40 mm, até a superfície e daí segue, pela tubulação geral coletora
impulsionada por uma horizontal, para o tubo de descarga acoplado à caixa d'água.
bomba centrífuga, através
de uma tubulação
horizontal geral de injeção.

• Esta tubulação dispõe de


saídas para os poços
individuais, que por meio de
tubos para injeção em PVC
de 25 ou 32 mm, levam a
água até o injetor, posi-
cionado no fundo do poço.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores


• Por este sistema, força-se a circulação da água através de um • A água retirada é jogada em um coletor geral que abastecerá uma
bocal, previamente conformado para reproduzir um tubo do tipo caixa de coleta da qual saem duas tubulações, uma funcionando
Venturi, chamado injetor. como “ladrão” e a outra reabastecendo o sistema.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores

CRITÉRIOS DE PROJETOS:

1. Coeficiente de permeabilidade > 10-5 m/s


2. Vazão por injetor  4 m3/h.
3. Espaçamento típico entre poços injetores  4 a 12 m.
4. Rebaixamento do lençol máximo  5 a 15 m.
5. Poços Injetores são perfurados com diâmetros de 20 a 40 cm.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

16
17/08/2020

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores


Exercício 2: Dimensionar o sistema de injetores para rebaixar 6 m 1. Maior comprimento da área de rebaixamento
do lençol d’água não confinado, correspondente a uma área de 48
x 40 m. O solo possui coeficiente de permeabilidade 5.10-4 m/s.
L  48m
2. Espaçamento entre poços

e4m
3. Número de injetores: (dispostos ao longo do comprimento)

L 48
n 1   1  13 injetores
e 4

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores

6. Cálculo das cargas hidráulicas


4. Rebaixamento: manter o NA a 0,5 m abaixo do fundo da
escavação

s  6  0, 5  6, 5 m  w .g .0
0  8  ( )8m
 w .g
5. Raio de Influência
 w .g.0
  1.5  ( )  1.5 m
R  3000  s  k  3000  6,5  5.104  436 m  w .g

7. Diâmetro dos poços injetores

d  0,30 m

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

4. Sistema de Injetores 4. Sistema de Injetores

10. Vazão total do sistema de injetores


8. Raio Equivalente Aproximado
Q  n.QP  13.1,66=21,5 m3 /h
A 48  40
re ,aprox    24,7m
  11. Vazão para dimensionamento da bomba:
9. Vazão dos poços injetores Na prática há a necessidade de majoração em 10% desse
valor, pois quando se liga o sistema de rebaixamento, há
 k 02   2  .5.104 82  1,52 necessidade de se bombear um volume de água maior que o
Qp   Qp  teórico até haver a estabilização do regime
n2 R 132 436
ln ln
re 24,7 Qbomba  1,1 Q  1,1  21,5  Qbomba  23, 7 m3 h

Q p  4,6  10 4 m 3 /s  1, 66 m 3 /h < 4 m 3 /h  critério atendido 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

17
17/08/2020

Agenda 5. Sistema de Bombas Submersas

• No Sistema de Bombas Submersas, a retirada da água é feita


1. Sistemas de Rebaixamento por bombas submersas de eixo vertical, com dois ou mais
estágios, motor blindado, instaladas no fundo de tubos
2. Simples Esgotamento perfurados (tubos filtro), colocados no interior de poços de 40
cm de diâmetro no mínimo.
3. Sistema de Ponteiras

4. Sistema de Injetores

5. Sistemade
5. Sistema de Bombas
Bombas Submersas
Submersas

6. Dreno Horizontal Profundo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

Detalhe de um poço de bomba submersa

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

CRITÉRIOS DE PROJETOS:

1. Coeficiente de permeabilidade > 10-5 m/s


2. Vazão em cada poço  6,0 m3/h.
3. Espaçamento entre poços  8,0 a 15 m.
4. Rebaixamento do lençol maior do que 20,0 m.

Detalhe de um poço de bomba submersa

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

18
17/08/2020

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

As bombas são operadas por motores elétricos. O conjunto O rendimento global do conjunto elevatório é dado por:
motor-bomba deve ter a potência dada por:

 QH    motor .bomba
P
75
Para os casos rotineiros adota-se  = 67%, e neste caso, tem-
onde, se que:
P = potência em cv ou, praticamente (HP);
 = peso específico da água a ser bombeada (kg/m3);  QH  QH
Q = vazão de descarga da bomba (m3/s); P P
H = altura manométrica de elevação (m), 75 50
 = rendimento global do conjunto elevatório.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas


Altura Manométrica: altura a ser vencida pelo conjunto motor-
bomba para impulsionar um líquido, de peso específico , desde Altura Manométrica:
sua superfície, no reservatório de aspiração, até o local em que
este abandona o tubo de recalque (reservatório superior), H  H su  H r  Dh
acrescida da altura correspondente às perdas de carga em todo
esse percurso (perdas por atrito ao longo da tubulação e perdas
localizadas nas peças nela instaladas. Hsu = altura de sucção, isto é, desnível entre o eixo da bomba e
a superfície da água no reservatório inferior.

Hr = altura de recalque, ou seja, desnível entre o eixo da bomba


e a superfície da água no reservatório superior.

Dh = perda de carga causada pelo fluxo nas tubulações.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

Perda de carga causada pelo fluxo nas tubulações: Altura Manométrica Hg = Altura geométrica

v2
Dh  Dhsu  Dhr  Dh

2g

Dhsu = soma das perdas de carga de natureza hidráulica na


tubulação de sucção. Hg Hr
H g  H su  H r
Dhr = soma das perdas de carga de natureza hidráulica na
tubulação de recalque.
v2
Hsu Dh  Dhsu  Dhr 
v2/(2g) = altura correspondente à perda de carga em função da 2g
velocidade do líquido na entrada da bomba.
H  H g  Dh

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

19
17/08/2020

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

• Para a escolha de um Descrição:


conjunto motor-bomba que • Bomba TSM-1017W 1.5 CV
atenda simultaneamente a para poços artesianos de 4'
uma vazão Q e a uma altura polegadas.
manométrica H, recorre-se às
denominadas curvas caracte-
rísticas da bomba, que são Aplicação:
gráficos fornecidos pelo • Recalque de água
fabricante das bombas em subterrânea, rebaixamento
que se correlaciona a altura de lençol freático, irrigação
manométrica com a vazão de horticultura e agricultura,
correspondente. pressurização e indústrias.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas


As correlações entre vazões, alturas manométricas e potências Pontos de funcionamento da bomba
em função da variação de rotação do motor (rpm) são obtidas
por:

Q1 rpm1

Q2 rpm2
2 2
H1  rpm1  H1  Q1 
   
H 2  rpm2  H 2  Q2 

P1  Q1  H1 
3

P1  rpm1 
3
P1  Q1    
   
 P2  Q2  P2  Q2  H 2 
P2  rpm2 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

Exercício 3: Realize um rebaixamento em um “shaft” projetado


para apoiar a execução de um emboque para a implantação de um
túnel no metrô.
Cidades
• O “shaft” tem 15 m de diâmetro Satélites
e foi escavado até a profun-
didade de 15 m. • 9 estações

• 2 poços

• 6.8 km de túnel

Asa Sul de Brasília

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

20
17/08/2020

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

• As paredes foram contidas por estacas tipo hélice contínua Geologia e Geotecnia:
secantes e três linhas de tirantes protendidos contra o maciço, Perfil geológico da Asa Sul
de modo que o fluxo de água para dentro da escavação só é
possível pelo fundo do “shaft”. NORTE
Elevação Argila porosa
• Os parâmetros geotécnicos foram obtidos de ensaios de (m)
PP2 PP1
bombeamento, de granulometria e sondagens executadas no PP3 GAL
1095 PP4 EC
campo. Estação
PP6 PP5
1075
PP7
1055

1035
Solo residual de ardósia Metarritmito 1 km

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

• O coeficiente de permeabilidade do terreno é k = 2,5.10-5 m/s.

• O nível d’água está a 1,20 m abaixo do nível do terreno.

• Os poços terão 0,4 m de diâmetro.

• Serão adotados 10 poços.

• A altura manométrica foi calculada por engenheiro hidráulico e é


igual a 22,0 m.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

Solução: 1. Determinação das cargas hidráulicas 2. Determinação do Raio de influência

s  0    28,8  14,5  14,3 m


  15  0, 5  14,5 m 0  30  1, 2  28,8 m
R  3000  s  k  3000 14,3  2, 5.10 5  214,5 m

3. Determinação do Raio Equivalente

15
re ,aprox   7,5 m
2

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

21
17/08/2020

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas

4. Determinação da vazão em cada poço • Na prática há a necessidade de majoração em 10% desse valor,
pois quando se liga o sistema de rebaixamento, há necessidade
 k 02   2  de se bombear um volume de água maior que o teórico até haver
QP  a estabilização do regime.
R
n 2 .ln  
 re  • Logo, para fins de dimensionamento da bomba, adotaremos para
cada poço:

 .2,5.105  28,82  14,52  m3 Q p  1,1  3,3.104  3,7.104 m3 /s


Qp   3,3.104
 214,5  s
102.ln  
 7,5  Q p  1,32 m3 /h

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas 5. Sistema de Bombas Submersas


Curvas Características de Bombas Submersíveis de eixo vertical (Jacuzzi)
5. Escolha da Bomba

Com a vazão calculada e a altura manométrica, determina-se no


gráfico do catálogo de bombas, a bomba que atenderá a situação:

h  22 m Pelo gráfico, a bomba


deve ter potência 1,5 cv,
e diâmetro 114 mm.
Q p  1,32 m /h 3

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

5. Sistema de Bombas Submersas Agenda


Bomba (potência 1,5 cv, e diâmetro 114 mm).
1. Sistemas de Rebaixamento

2. Simples Esgotamento

3. Sistema de Ponteiras

4. Sistema de Injetores

5. Sistema de Bombas Submersas

6. DrenoHorizontal
6. Dreno Horizontal Profundo
Profundo

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

22
17/08/2020

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo


• Os drenos horizontais profundos (DHP) são elementos que • A água captada é conduzida ao paramento e despejada em
captam as águas distantes da face do talude antes que nela canaletas.
aflorem.

Canaletas

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo

• Não existe a rigor um procedimento de cálculo para os drenos


horizontais profundos.

• Comumente, instalam-se os mesmos onde haja surgência de


água e acrescentam-se mais unidades drenantes ou aumenta-
se seu comprimento aprofundando-os, até conseguir o
rebaixamento freático desejado em projeto.

• Para isso é feito um controle através de indicadores de nível de


água e piezômetros.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo

• Em geral, os DHPs são posicionados individualmente devido ao • Apresenta-se a seguir uma proposta metodológica para o
seu efeito localizado, entretanto, podem ser dispostos em dimensionamento dos drenos horizontais profundos.
arranjos com espaçamento variável.
• A drenagem terá o objetivo de interceptar o maior número
possível de veios permeáveis.

• A direção dos drenos deve ser tal que intercepte cada família
de veios.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

23
17/08/2020

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo


• Qdreno = contribuição que o dreno recebe por metro linear (m3/s/m)
Supondo que o rebaixamento devido ao dreno horizontal profundo
ocorrerá segundo o desenho esquemático, pode-se estimar a • k = coeficiente de permeabilidade (m/s)
vazão utilizando a Lei de Darcy: • A = Área da seção normal a direção do fluxo no meio poroso (m2)
• i = gradiente hidráulico d/dx (adimensional)
 d 
Qdreno  k .i. A  k     .1  Qdreno dx   k  d • H = Altura máxima do lençol (m)
 dx  • L = Distância entre o tubo e o ponto de altura máxima do lençol (m)
• d = diâmetro do dreno horizontal profundo (m)

L
L

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo Qdreno dx  k d 6. Dreno Horizontal Profundo


• Adotando-se como condições de contorno:
• A distância entre o tubo e o ponto de altura máxima do lençol
(dreno trabalhando a meia seção) pode ser estimada a partir da fórmula do raio de influência:
 x  0   H

x  L    d 2 L  3000  s  k
segue que, L d /2
Qdreno  dx   k   d • Para a estimativa da vazão total pode ser considerado uma
0 H rede de fluxo, adotando que a variação de carga hidráulica será
d /2
igual ao rebaixamento necessário.
Portanto,  2 
Qdreno  x 0   k  
L

 2 H nc n
k  d 
2
 Qtotal  k D  k c  H  d 
Qdreno  L  0        H 2  nd nd
2   2  

k  2 d2 
Qdreno  H  
2L  4 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo

• Desta forma, a quantidade de drenos necessários para cada


• Os tubos utilizados são providos de ranhuras ou orifícios na sua
nível de rebaixamento pode ser estimada por:
parte superior, introduzidos em perfurações executadas na
Qtotal parede do talude, com inclinação próxima à horizontal.
n
Qdreno
nc • Considera-se que o fluxo no interior dos tubos é livre, isto é, a
k H  d pressão da água no interior dos drenos é igual à pressão
k  2 d  2 nd
Qdreno  H   n atmosférica.
2L  4  k  2 d2 
H  
2L  4 
nc
Qtotal  k (H  d ) nc  H  d 
nd n  2L
nd  2 d 2 
H  
 4 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

24
17/08/2020

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo

• Para obtenção da descarga de projeto que escoa pelos drenos • Para determinação do comprimento crítico, ou seja, aquele em
horizontais profundos, trabalhando a meia seção, pode-se que o tubo atinge a capacidade de serviço calculada pode-se
utilizar a formulação de Scobey: utilizar:

Q proj
Qproj  0, 2113.C.d 2,625 .I 0,5 Ldreno 
Qdreno
onde,
Qproj = vazão admissível do dreno (m3/s) Qproj  0, 2113.C.d 2,625 .I 0,5
0, 4226L.C.d 2,625 .I 0,5
d = diâmetro (m) Ldreno 
 d2 
I = declividade do dreno (m/m) kH2  
k  2 d2   4 
C = coeficiente que depende da rugosidade Qdreno  H  
2L  4 

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo 3. Sistema de Ponteiras Filtrantes

• O espaçamento entre os drenos horizontais profundos pode ser CRITÉRIOS DE PROJETOS:


obtido por:
1. Drenos deverão ser perfurados com inclinação entre 3º a 10º
com a horizontal.
B
e 2. As perfurações deverão possuir diâmetros que variam de 2”
n (5 cm) a 4” (10 cm).
onde, 3. Os diâmetros dos drenos deverão variar de 1” (2.5 cm) a 2” (5
e = espaçamento entre linhas de drenos (m) cm).
4. O comprimento dos drenos deverá atingir a profundidade de
B = largura correspondente a área de rebaixamento (m)
10 a 20 m.
n = número de drenos horizontais profundo 5. A região corrugada dos tubos deverá possuir furos de 5 a 10
mm.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

6. Dreno Horizontal Profundo 6. Dreno Horizontal Profundo

• Para evitar a colmatação do tubo de dreno, pode-se empregar


• A prática demonstra que drenos mais longos e espaçados são uma camada de geossintético não tecido em todo o trecho do
mais eficientes do que drenos curtos com espaçamento menor, tubo que estiver em contato com o interior do maciço,
pois o rebaixamento ocorre ao longo do dreno e quanto mais envolvendo a área de furos ou ranhuras do tubo.
longo mais distante da face do talude estará a superfície
freática.

• No entanto, existe um limite do comprimento que é dado pela


resistência do material do revestimento que para o caso do tubo
de PVC não deve exceder 40 m.

Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados Percolação em Meios Porosos Saturados e Não Saturados

25

Você também pode gostar