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ARTIGO ORIGINAL
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA
1.2 JUSTIFICATIVA
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 BARRAGEM DE TERRA
2.2 COMPONENTES ESTRUTURAIS DE UMA BARRAGEM
2.3 ANOMALIAS EM BARRAGEM DE TERRA
2.3.1 RECALQUES, FISSURAS E TRINCAS
2.3.2 EROSÃO
2.3.3 SURGÊNCIA
2.4 DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
2.4.1 FILTRO VERTICAL
2.4.2 FILTRO HORIZONTAL OU TAPETE DRENANTE
2.4.3 DRENO HORIZONTAL
2.4.4 DRENO VERTICAL
2.4.5 POÇOS DE ALIVIO
2.4.6 TRINCHEIRA DRENANTE
2.4.7 GALERIAS DE DRENAGEM
2.5 SISTEMA DE DRENAGEM DA FUNDAÇÃO
2.6 MATERIAIS GEOSSINTÉTICOS
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4. RESULDADOS E DISCUSSÕES
4.1 DESCRIÇÃO GERAL DA BARRAGEM
4.2 MONITORAMENTO DA SURGÊNCIA
4.3 EXECUÇÃO DO DRENO DE PÉ
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
Por se tratarem de estruturas que geralmente acomodam um grande volume de material, as
barragens de terra necessitam de um acompanhamento constante para que, caso seja notada
alguma alteração atípica na mesma, as devidas providências sejam tomadas, evitando uma
possível catástrofe. No caso específico da barragem tratada neste artigo, situada no município de
Maiquinique no estado da Bahia, denominada Barragem 02, os engenheiros responsáveis pela
estrutura notaram uma anomalia que fazia com que a água presente no interior do reservatório
surgisse no maciço da barragem, em lugares não previstos em projeto. Após serem feitas
análises no local em que foi notada essa surgência de água, tomou-se a decisão de implantar um
dreno de pé no talude em que foi detectada a anomalia, visando a contenção da mesma. A
proposta deste artigo é mostrar o processo executivo do dreno realizado na barragem e analisar
se a solução tomada pela equipe responsável foi a mais adequada para o caso em questão.
Posterior a inspeção regular no local durante oito meses, após a implementação do dreno,
percebeu-se que a anomalia foi totalmente contida, atendendo assim as normas de segurança da
barragem.
1. INTRODUÇÃO
As barragens de rejeito são estruturas construídas para o depósito de resíduos e água
provenientes do beneficiamento do minério. Ao se extrair o material, é necessário fazer a
separação do minério e da rocha. O rejeito é o material que sobra a partir dessa separação, ele é
depositado na barragem em forma de polpa. De acordo a deposição do rejeito na barragem, a
parte sólida vai se acomodando no fundo e a água é decantada na parte superior, sendo drenada
e tratada. Parte dessa água é reutilizada no processo de mineração e o restante é devolvido ao
meio ambiente (SAMARCO, 2016).
Por ser uma estrutura complexa e que comporta um grande volume de material, existem
diversos tipos de anomalias que podem causar instabilidade e risco à ruptura de uma barragem.
A ocorrência de ruptura de uma barragem apresenta impactos catastróficos, tanto para o meio
ambiente, quanto para a vida humana. Por isso, é indispensável o monitoramento regular dessa
estrutura, pois cada alteração notória da mesma, se não houver os devidos cuidados, pode
acarretar em danos irreversíveis (ANA, 2016).
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Neste trabalho será abordada a surgência de água que foi detectada em uma barragem de
rejeito de minério localizada na zona rural do município de Maiquinique – BA. A barragem
analisada é denominada de Barragem 02, nela são depositados rejeitos provenientes da
exploração e beneficiamento de grafite.
1.2 JUSTIFICATIVA
Por ser uma anomalia que afeta diretamente a estabilidade de uma barragem, é imprescindível
que ao se detectar uma surgência de água haja o monitoramento continuo da mesma, de modo
que, havendo variação nas condições das anomalias, medidas sejam executadas em tempo hábil
antes que haja o comprometimento da estrutura, conforme a Portaria do DNPM nº 70.389, de
maio de 2017.
Nesse contexto, faz-se necessária a análise da execução do dreno feito na Barragem 02 a fim de
concluir se a alternativa escolhida pelos técnicos responsáveis e a escolha dos materiais
utilizados para a execução do dreno foi a melhor opção para este caso.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 1 – Seção típica de uma barragem de terra homogênea. Barragem de Ponte Nova, SP.
Figura 2 – Seção típica de uma barragem de terra zoneada. Barragem de Três Marias, MG –
seção no leito do rio.
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Componente Definição
Borda Livre Distância vertical entre a crista da barragem e o nível de água do reservatório.
Ombreiras ou São pontos de contato entre a barragem e o terreno natural, esses pontos
Encontros costumam ser mais sensíveis em termos de resistência a ações erosivas.
As barragens têm que ser estruturas estáveis e estanques, ou pelo menos permeáveis
até o possível. As principais deteriorações estão ligadas a esses dois aspectos, de
maneira geral. Algumas anomalias podem acometer, também, o funcionamento de
determinadas estruturas adjacentes, como vertedouros e condutos.
Os recalques na estrutura podem resultar em problemas caso essa depressão da crista seja
muito exagerada, principalmente em trecho localizado, representando uma perda de borda livre.
Esse tipo de problema pode causar trincas ou fissuras na barragem, possibilitando que haja
infiltração de água e outros agentes, podendo levar a barragem até o seu rompimento. (CARDIA
E KUPERMANN, 2019).
2.3.2 EROSÃO
Considera-se uma erosão quando determinado fluido (geralmente água ou ar) estiver provocando
carreamento de partículas do material do barramento (nas fundações, no corpo do aterro ou nos
sistemas de proteção e superfície do talude). Trata-se de uma ação física de caráter mecânico.
(CARDIA E KUPERMANN, 2019).
2.3.3 SURGÊNCIA
Segundo Cardia e Kupermann (2019), a surgência de água ocorre quando a água que percola
pela estrutura da barragem surge na superfície em lugares não previstos em projeto. Essa
anomalia pode ser consequência do entupimento dos drenos da barragem ou de falhas no projeto
ou na sua construção. Essa percolação de forma descontrolada pode provocar uma erosão
interna (Figura 3) na barragem, ou também, aumentar as poropressões e saturação do maciço e
da fundação, gerando perda de resistência.
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Figura 3 – Problemas de percolação
Segundo Cruz (2004), para que uma barragem seja satisfatoriamente funcional, ela deve seguir
alguns pré-requisitos. Dentre eles um dos mais importantes é a estanqueidade, que nada mais é
do que a capacidade de não deixar entrar ou sair qualquer conteúdo, ou seja, uma estrutura
completamente vedada e sem vazamentos.
Silva (2016) relatam que, além de todas essas precauções iniciais, devem ser seguidas
recomendações no projeto de sistemas de drenagem interno de barragens. Começando pelo
dreno vertical, onde o mesmo deve percorrer toda a barragem, passando pelo nível d’água
máximo do reservatório. Os drenos são variáveis para cada tipo de barragem. Por exemplo, os
verticais são mais eficientes em barragens de, no máximo, trinta metros. Já para as que
ultrapassam esse limite, é recomendado o uso de drenos inclinados. Cada dreno terá sua
espessura a variar do tipo de método construtivo adotado, visando maior custo-benefício. Porém,
é de importante observação que essa espessura não seja menor que 0,6m, para que seja
possível evitar falhas durante o processo. Já os horizontais, por questões econômicas, são
recomendados que sua espessura não ultrapassasse os 2,0m. Em casos excepcionais, onde as
vazões são maiores, o uso do dreno recomendado passa a ser o sanduíche, que por sua vez, tem
espessura mínima de 0,25m.
Silva (2016) ainda dizem também que, mesmo com todas essas recomendações, é preciso
evidenciar as demais dimensões pré-estabelecidas, como as do dreno de saída ou pé, trincheiras
drenantes e dos furos de drenagem. Todos esses valores irão depender do material utilizado para
execução de projeto e do método escolhido.
Para Silva (2016), o sistema de drenagem de cada barragem barragens (Figura 4) geralmente é
constituído por areia e brita. Porém, esse método convencional não é mais o único a ser
utilizado. Hoje em dia, pesquisas são feitas a fim de encontrar novas metodologias para
substituição desse sistema. Uma delas consiste na implementação de geossintéticos. Essa
novidade passou a ganhar espaço devido a facilidade que o geossintético traz devido ao seu
transporte mais eficiente, sendo também passível de adaptações específicas de cada projeto.
Para cada tipo de barragem, existe um modo de drenagem específico. Segundo ANA (2017)
De acordo com Ferreira (2017), sempre que houver a necessidade de passar de um material fino
para um maior, deve-se fazer uma transição. Essa transição deve ser feita com materiais que
possuam uma granulometria intermediária. Como o nome sugere, a transição tem a função de
evitar que os materiais finos percolem pelos de maior diâmetro. Contudo, cada material deve
funcionar de forma que haja a filtragem do outro, impedindo essa transposição de partículas.
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Ferreira (2017), diz que “Os filtros devem ser construídos com areia de granulometria
previamente estabelecida, a qual deve ser devidamente compactada durante a execução”.
1- graduação de materiais, tal que impeça os mais finos, do maciço de jusante (acima
dele) e da fundação (caso dela ser em solo), de serem carreados provocando a erosão
interna (pipping); 2- capacidade suficiente para absorver e transportar todas as águas
provenientes do dreno vertical e fundação; 3- permeabilidade suficiente, para que as
águas da fundação percolem livremente, sem provocar altas pressões de baixo para
cima no aterro de jusante.
De acordo com Silva (2016), esses drenos servem para conter o fluxo d’água e para que ele
exerça sua função de forma satisfatória é necessário que seja contínuo, revestindo toda área da
fundação e ombreiras.
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de profundidade mínima de 1m, com enchimento de material de filtro para evitar o
carregamento dos materiais do maciço e/ou fundação.
Os poços de alívio devem ser executados em uma só linha e com espaçamento médio
de 3,0 m, com uma profundidade definida de acordo com as condições da fundação da
barragem. Geralmente são construídos sob o dreno de pé, mas podem ser construídos
à montante deste, até a base do filtro em chaminé. Também podem ser construídos à
jusante da barragem, quando são detectadas subpressões excessivas durante o
enchimento do reservatório.
Bureau (2002), para construção de pequenas barragens, diz que, “Quando as fundações
permeáveis são cobertas por uma camada impermeável de espessura tal que se torna
tecnicamente desaconselhável o uso de valas drenantes, recomenda-se a construção de poços de
alívio”.
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a confecção deste artigo, houve uma série de estudos e pesquisas teóricas a fim de
esclarecer aos leitores a respeito do que é uma barragem de terra e como ela se comporta,
formando um embasamento teórico para, posteriormente, inserir o estudo sobre as anomalias
que podem ocorrer nesse tipo de estrutura. No artigo em questão, é abordada a surgência de
água, suas possíveis causas e como é dado o procedimento de contenção da mesma.
Foi feita uma análise em relação ao surgimento da anomalia através de gráficos e imagens
cedidas pela empresa e, posteriormente, o acompanhamento em campo da execução do dreno
de pé, ocorrido em fevereiro de 2020. Após a implementação do sistema drenante à barragem,
houve o monitoramento constante do mesmo, através de inspeções regulares no local durante
oito meses após a sua execução, até a finalização deste artigo.
4. RESULDADOS E DISCUSSÕES
Figura 6 – Barragem 02
O dique inicial foi executado com solo compactado, com crista na cota 256m, altura máxima de
20m e largura da crista de 6m. O material da construção da barragem foi obtido na própria área
do reservatório. A área escavada foi escarificada na sua camada superior com 0,30 m de
espessura e compactada visando constituir uma camada impermeável para reduzir o fluxo de
água para o terreno de fundação.
A partir dessa superfície compactada foram executados drenos radiais, associados a outros
periféricos, com caminhamento pelo pé montante do dique inicial, cruzando o dique em
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determinadas posições. A finalidade desses drenos era auxiliar no rebaixamento do nível d’água
do depósito de rejeitos e facilitar a drenagem da praia de rejeitos.
O sistema extravasor original, composto por uma tulipa (Figura 7) conectada ao tubo implantado
no terreno de fundação do reservatório e o canal vertedouro (Figura 8), foi dimensionado com
base em estudos hidrológicos e hidráulicos, sendo capaz de verter vazões para chuvas com
tempo de retorno de mil anos, o sistema foi projetado e construído visando suportar cheias de
até 56,60 m³/s.
Figura 8 – Vertedouro
De acordo com dados fornecidos pela Empresa Samaca Ferros LTDA, a barragem possui os
seguintes parâmetros, apresentados no Quadro 2, a seguir:
Dado Especificação
15º46’43,8” S e
Coordenadas do eixo
40º19’6,6” W
Área de drenagem 5,60km²
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Os pontos de pico que destoam da tendência dos demais equivalem a dois dias chuvosos na
região, sendo cuidadosamente desconsiderados para análise comportamental da anomalia, uma
vez que possuem interferências externas nos seus valores e, consequentemente, divergências
em relação ao esperado.
Figura 10 – Medição das vazões dos tubos implantados após a detecção da surgência
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Como os tubos adicionados para o escoamento da água que percolava pelo maciço da barragem
não foram o suficientes para conter totalmente a surgência, a equipe de engenheiros
responsáveis pela Barragem 02 optou pela execução de um dreno de pé no talude onde a mesma
foi detectada (Figura 11), a fim de conter totalmente a anomalia.
Para a execução do dreno, foi aberta uma vala longitudinal com 1,50 m de largura e
aproximadamente 1,00 m de profundidade na sua parte mais rasa, a vala foi executada com uma
inclinação de 2%, ela foi envolta por uma manta geotêxtil, muito utilizada em processos de
drenagem, essa manta tem como função a filtragem da água evitando o entupimento do dreno
(GEOFOCO, 2015). Após a aplicação da manta, o canal foi preenchido com brita graduada para
facilitar o curso da água e foi adicionado um tubo geotêxtil de 100mm em meio a brita, o tubo
possui perfurações ao longo de seu corpo, facilitando a entrada da água que percola por todos os
lados, esse sistema é ligado à um tubo de 800mm que leva toda a água captada pelo sistema
drenante para fora da barragem. O dreno foi feito em três seções, com aproximadamente 50m
de comprimento linear em cada uma delas, cada seção é direcionada para um tubo de 800mm
específico e essa leitura de vazão é feita separadamente.
O acompanhamento das vazões dos tubos é feito diariamente, pela manhã e pela tarde,
utilizando uma proveta graduada e um cronômetro. Os valores coletados são minuciosamente
analisados para, caso haja uma discrepância de valores, a equipe responsável possa tomar as
devidas providências o mais rápido possível. Após analisar as fichas de acompanhamento da
anomalia referente aos meses de agosto, setembro e outubro do ano de 2020, fornecidos pela
Empresa Samaca Ferros LTDA, foi visto que as vazões se mantiveram constante, com uma média
de 0,25 L/min em cada um dos tubos. Em dias chuvosos, essa vazão teve uma média de 0,35
L/min.
A Figura 12 mostra a abertura feita acima do dreno para a execução da canaleta no talude
intermediário da barragem, na imagem é possível notar que a área onde existia a surgência se
encontra totalmente seca, confirmando o fato de que o dreno obteve êxito, contendo totalmente
a anomalia ali existente.
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FONTE: Elaborada pelos autores
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme foi visto, é fundamental o monitoramento constante em uma barragem pois, qualquer
irregularidade deve ser cuidadosamente analisada para que não haja comprometimento na
estrutura. No caso específico da barragem tratada neste artigo, após diversos estudos no local, a
alternativa adotada pela equipe responsável pela manutenção da barragem foi a execução de um
dreno de pé no talude em que a anomalia foi detectada, visando facilitar o caminho da água para
fora da estrutura.
A escolha dos materiais geossintéticos (geomanta e geotubo) para a composição do dreno foi
essencial para os resultados obtidos, visto que, de acordo FEMA (2008) os materiais
geossintéticos quando aplicados à um sistema de drenagem, permitem a máxima vazão do fluido
percolado pela barragem, evitando que haja movimento de partículas de solo. Além disso, busca-
se conduzir o fluxo de água de forma segura para que não ocorram subpressões na seção de
jusante da barragem, que poderia causar instabilidade na mesma.
Uma vez que a anomalia foi totalmente contida desde a execução do dreno, é possível afirmar
que a alternativa escolhida pelos responsáveis da barragem foi coerente com o problema em
questão pois, o dreno de pé é de fácil execução e os resultados aconteceram de forma
satisfatória. Vale ressaltar que cada caso deve ser analisado na sua individualidade, necessitando
de um estudo específico antes de tomar qualquer decisão que possa interferir no funcionamento
e até mesmo na segurança da barragem.
REFERÊNCIAS
ALVES FILHO, A., SILVEIRA, J. F.A., GAIOTO, N. e PINCA, R. L., 1980-Controle de subpressões
e de vazões na ombreira esquerda da Barragem de Água Vermelha – Análise
tridimensional de percolação pelo M.E.F., XIII Seminário Nacional de Grandes Barragens, Tema
IV, Rio de Janeiro.
CRUZ, P.T. da, 2004, “100 Barragens Brasileiras. Casos Históricos, Materiais de
Construção e Projetos”. Oficina de Textos, 2ª Edição, São Paulo.
FEMA, Federal Emergency Management Agency. Geotextiles in embankment dams, 2008, 254
p.
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MARANGON, Marcio. Tópicos em Geotecnia e Obras de Terra: Unidade 5 – Barragens de
terra e enrocamento. 2004. Disponível em:
< http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_unid05.pdf >. Acessado em: 08/06/2020
SILVA, D. S. Estudo de filtro aplicado ao controle de erosão interna em barragens. 2016.
162 f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia) – Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais,
2016.
VERTEMATTI, J. C. Manual Brasileiro de Geossintéticos. ABINT. São Paulo, Brasil, 2004. 410
p.
[1]
Graduanda em Engenharia Civil.
[3]
Orientadora. Especialização em Engenharia Rodoviária: Do Estudo De Viabilidade Ao Projeto
Executivo. Graduação em Engenharia Civil. Graduação em Enfermagem.
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