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DNIT
DEZEMBRO 2023
DNIT 031 – ES
Pavimentação – Concreto asfáltico –
Especificação de serviço
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
INSTITUTO DE PESQUISAS EM Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
TRANSPORTES citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda
Setor de Autarquias Norte comercial.
Quadra 03 Lote A
Ed. Núcleo dos Transportes Palavras-chave: Nº total de páginas
Brasília – DF – CEP 70040-902
Tel./fax: (61) 3315-4831 Concreto asfáltico, pavimento flexível, mistura asfáltica densa 26
apresentados os requisitos concernentes a materiais, Anexo A (Normativo) – Amostragem Variável ......... Erro!
equipamentos, execução, condicionantes ambientais, Indicador não definido.
controle da qualidade, plano de amostragem, condições
Anexo B (Normativo) – Aplicação das tolerâncias........ 22
de conformidade e não conformidade e os critérios de
medição dos serviços. Anexo C (Informativo) – Bibliografia............................. 25
Índice geral................................................................... 26
Abstract
Prefácio
This document establishes the systematics for the
execution of a pavement layer, using a dense hot mix A presente Norma foi preparada pelo Instituto de
asphalt, composed by asphalt binder, aggregates and Pesquisas de Transportes – IPR/DPP, conforme a
mineral filler. Requirements related to materials, Instrução Normativa nº 20/DNIT SEDE, de 1º de
equipment’s, execution, environmental conditioners, novembro de 2022 e a norma DNIT 001/2023 – PRO.
quality control, sampling plan, compliance and non-
Esta publicação cancela e substitui a norma DNIT
conformity conditions and service measurement criteria
031/2006 – ES, a qual foi tecnicamente revisada.
are also presented.
1 Objetivo
Sumário
b) _____. DNER – ME 035/98: Agregados – o) _____. DNIT 145 – ES: Pavimentação – Pintura de
Determinação da abrasão “Los Angeles”. Método de ligação com ligante asfáltico. Especificação de
ensaio. serviço.
c) _____. DNER – ME 053/94: Misturas betuminosas – p) _____. DNIT 426 – IE: Pavimentação – Misturas
x) _____. DNIT 183 – ME: Pavimentação asfáltica – ii) _____. DNIT 430 – ME: Pavimentação – Agregado
Ensaio de fadiga por compressão diametral à tensão – Percentual de partículas fraturadas. Método de
controlada. Método de ensaio. ensaio.
y) _____. DNIT 184 – ME: Pavimentação – Misturas jj) _____. DNIT 431 – ME: Pavimentação – Misturas
asfálticas – Ensaio uniaxial de carga repetida para asfálticas – Densidade in situ usando densímetro
determinação da resistência à deformação não nuclear. Método de ensaio.
permanente. Método de ensaio.
kk) _____. DNIT 432 – ME: Pavimentação – Agregado
– Determinação das propriedades de forma por meio
z) _____. DNIT 411 – ME: Pavimentação asfáltica –
de processamento digital de imagens (PDI). Método
Misturas asfálticas – Massa específica, densidade
de ensaio.
relativa e absorção de agregado miúdo para
misturas asfálticas. Método de ensaio.
ll) _____. DNIT 439 – ME: Pavimentação – Ligante
Asfáltico – Avaliação da tolerância ao dano de
aa) _____. DNIT 412 – ME: Pavimentação – Misturas
ligantes asfálticos usando varredura de amplitude
asfálticas – Análise granulométrica de agregados
linear (LAS). Método de ensaio.
graúdos e miúdos e misturas de agregados por
peneiramento. Método de ensaio.
mm) _____. DNIT 011 – PRO: Gestão da qualidade em
obras rodoviárias. Procedimento.
bb) _____. DNIT 413 – ME: Pavimentação – Misturas
asfálticas – Massa específica, densidade relativa e
nn) _____. DNIT 013 – PRO: Requisitos para a
absorção de agregado graúdo para misturas
qualidade na execução de obras rodoviárias.
asfálticas. Método de ensaio.
Procedimento.
cc) _____. DNIT 415 – ME: Pavimentação – Mistura oo) _____. DNIT 070 – PRO: Condicionantes
asfáltica – Teor de vazios de agregados miúdos não ambientais das áreas de uso de obras.
compactados. Método de ensaio. Procedimento.
dd) _____. DNIT 423 – ME: Pavimentação – Ligante pp) _____. DNIT 178 – PRO: Pavimentação asfáltica –
asfáltico – Fluência e recuperação de ligantes Preparação de corpos de prova para ensaios
asfálticos determinados sob tensões múltiplas mecânicos usando o compactador giratório
(MSCR). Método de ensaio. Superpave ou o Marshall. Procedimento.
ee) _____. DNIT 424 – ME: Pavimentação – Agregado qq) _____. DNIT 435 – PRO: Materiais rochosos usados
– Determinação do índice de forma com crivos. em rodovias — Análise Petrográfica. Procedimento.
Método de ensaio.
rr) _____. DNIT 438 – PRO: Pavimentação – Misturas
ff) _____. DNIT 425 – ME: Pavimentação – Agregado asfálticas – Método Bailey – Análise da
– Determinação do índice de forma com paquímetro. granulometria de agregados para concreto asfáltico
Método de ensaio. denso. Procedimento.
gg) _____. DNIT 428 – ME: Pavimentação – Misturas ss) _____. DNIT 442 – PRO: Pavimentação –
asfálticas – Determinação da densidade relativa Levantamento do perfil longitudinal de pavimentos
aparente e da massa específica aparente de corpos com perfilômetro inercial. Procedimento.
de prova compactados. Método de ensaio.
tt) _____. DNIT XXX – ME: Mistura betuminosa a
hh) _____. DNIT 429 – ME: Agregados – Determinação quente — Ensaio Marshall. Método de ensaio (Em
de partículas achatadas e alongadas em agregados consulta pública).
graúdos. Método de ensaio.
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 4
uu) _____. DNIT XXX – PRO: Pavimentação asfáltica – 3.2 Agregado miúdo
Misturas asfálticas – Parâmetros volumétricos para
O agregado miúdo corresponde a todas as partículas
dosagem de misturas asfálticas. Procedimento (Em
minerais passantes na peneira nº 4 (4,75 mm) e retidas
análise após consulta pública).
na peneira nº 200 (0,075 mm), para fins de
caracterização.
vv) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. ABNT NBR 14950 – Materiais 3.3 Material pulverulento ou fíler
betuminosos – Determinação da viscosidade
Saybolt-Furol. O fíler corresponde a todas as partículas minerais
passantes na peneira n° 200 (0,075 mm), para fins de
ww) _____. ABNT NBR 15184 – Materiais betuminosos caracterização.
– Determinação da viscosidade em temperaturas
elevadas usando um viscosímetro rotacional. 3.4 Material de enchimento
xx) _____. ABNT NBR 15235 – Materiais asfálticos – Material mineral finamente dividido, não plástico, que
Determinação do efeito do calor e do ar em uma passa totalmente na peneira nº 40 (0,42 mm) e passa
yy) _____. ABNT NBR 15528 – Aditivos orgânicos 3.5 Dimensão ou tamanho máximo
melhoradores de adesividade para cimento asfáltico É a menor abertura de peneira da série padronizada,
de petróleo. Avaliação para recebimento. através da qual toda a massa de agregado passa, ou
seja, não fica retida nenhuma partícula, passam 100 %
zz) _____. ABNT NBR 16504 – Misturas asfálticas –
dos grãos.
Determinação da profundidade média da
macrotextura superficial de pavimentos asfálticos 3.6 Tamanho Nominal Máximo (TNM)
por volumetria - Método da mancha de areia.
É o tamanho de abertura de malha da peneira
aaa) _____. ABNT NBR 16780 – Sinalização horizontal imediatamente acima da primeira peneira da série
viária – Medição da resistência à derrapagem de padronizada que retém mais de 10 % das partículas da
uma superfície utilizando o pêndulo britânico. amostra do agregado (% retida acumulada).
bbb) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND 3.7 Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
MATERIALS. ASTM E 1960-07: Standard practice
for calculating International Friction Index of a Derivado de petróleo de alta viscosidade, semissólido à
pavement surface. temperatura ambiente (25 ºC) e de cor preta. O CAP é
obtido por refino de petróleo apresentando consistência
3 Definições e propriedades próprias para o uso direto na construção
seguintes definições:
3.8 Melhorador de adesividade
O agregado graúdo corresponde a todas as partículas química entre a película do CAP e a superfície dos
minerais passantes na peneira de 3‘’ (75 mm) e retidas agregados, corrigindo a adesividade insatisfatória entre
na peneira nº 4 (4,75 mm), para fins de caracterização. agregados e CAP, na presença de água. Podem ser
empregados produtos próprios para esta função (aditivos
orgânicos melhoradores de adesividade – AMO) ou a cal
hidratada.
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 5
b) Não é permitida a execução dos serviços objeto desta NOTA 1: O DNIT dispõe de um Manual de Sinalização
Norma em dias de chuva. de Obras e Emergências em Rodovias
(Publicação IPR – 738), o qual pode ser
c) O concreto asfáltico somente deve ser produzido,
consultado, se necessário.
transportado e aplicado quando a temperatura da
pista for superior a 10 ºC. 5 Condições específicas
f) Para correta execução da camada e adequado especificados no projeto de pavimentação, tais como
acompanhamento dos serviços, deverá ser MSCR (DNIT 423 – ME), LAS (DNIT 439 – ME), etc.
A fonte do agregado graúdo indicada deve ser validada 5.1.2.2 Agregado miúdo
durante a dosagem do concreto asfáltico e respeitada
durante toda a obra. Recomenda-se a análise O agregado miúdo pode ser areia, pó de pedra, uma
petrográfica da rocha (DNIT 435 – PRO), para definir mistura de ambos ou outro material indicado nas
seus constituintes minerais e principais propriedades. especificações do DNIT. Suas partículas individuais
devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila,
O agregado graúdo deve apresentar as seguintes matéria orgânica e outras impurezas.
características:
A fonte de agregado miúdo indicada deve ser validada
a) Abrasão Los Angeles ≤ 50 % (DNER – ME 035/98 ou durante a dosagem do concreto asfáltico e respeitada
norma DNIT que venha a substituí-la), podendo-se durante toda a obra.
admitir valores superiores, quando o agregado tiver
apresentado, em utilização anterior, desempenho O agregado miúdo deve apresentar as seguintes
massa, dos fragmentos retidos na peneira nº 4 norma DNIT que venha a substituí-la).
na relação 3:1 (DNIT 429 – ME). for diferente da fonte do agregado graúdo.
e) Forma e textura medidas pelo ensaio de d) Forma e textura medidas pelo ensaio PDI (DNIT
processamento digital de imagens – PDI (DNIT 432 – 432 – ME), quando disponível e se especificado em
ME), quando disponível e se especificado pelo projeto, devendo atender aos limites especificados
projeto.
5.1.2.3 Material de enchimento
g) Absorção ≤ 2 % (DNIT 413 – ME). aplicado, o material de enchimento deve estar seco e
isento de grumos.
h) Adesividade ao ligante asfáltico satisfatória
(DNER – ME 078/94 ou norma DNIT que venha a A fonte de material de enchimento indicada deve ser
ASTM mm 3,0 4,0 5,0 vezes a capacidade do misturador. Devem ser colocados
1” 25,0 11 12 13 em locais drenados, cobertos e dispostos, de modo a
3/4” 19,0 12 13 14 separar e estocar, adequadamente, cada fração de
1/2” 12,5 13 14 15 agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivo
3/8” 9,5 14 15 16
de descarga e recarga apropriado, para permitir dosagem
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 9
adequada da quantidade, de materiais. Deve haver O misturador deve ser do tipo pug-mill, com duplo eixo
também um silo adequado para o material de conjugado, provido de palhetas reversíveis, ajustáveis e
enchimento, conjugado com dispositivos que permitam removíveis, devendo possuir dispositivos de descarga de
sua dosagem e incorporação ao concreto asfáltico sem fundo ajustável, controlador do ciclo completo da mistura
perdas. e ser capaz de produzir uma mistura uniforme.
5.3.4 Usina para concreto asfáltico A usina deve ser provida de um alimentador de material
de enchimento e um filtro coletor de pó. O sistema de
Para produção do concreto asfáltico, deve-se utilizar
coleta do pó deve ser comprovadamente eficiente, a fim
usinas do tipo gravimétrica. Admite-se,
de minimizar os impactos ambientais. O material fino
excepcionalmente, o uso de usinas volumétricas, desde
coletado deve ser devolvido, no todo ou em parte, ao
que atendam aos requisitos constantes na subseção
misturador.
5.3.4.2 e que seu uso seja devidamente justificado e
aprovado pelo DNIT.
Termômetros com proteção metálica, com escala de
90 °C a 210 °C e precisão de ± 1 °C, devem ser
A usina deve ser capaz de produzir misturas uniformes,
adequadamente instalados nos silos quentes, no dosador
sem segregações e na temperatura adequada. Antes do
ou na linha de alimentação de CAP (próximo à descarga
início da produção, a usina deve ser totalmente revisada
do misturador) e na mistura final. Além disso, a usina
e aferida em todos os seus aspectos.
deve ser equipada com um pirômetro elétrico ou outros
5.3.4.1 Usina gravimétrica instrumentos termométricos adequados, colocados na
descarga do secador, com dispositivos para registrar a
A usina deve possuir silos de agregados múltiplos, temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C.
independentes, com pesagem estática e equipados com
cobertura para preservar a umidade de cada agregado e O sistema de controle de dosagem deve ser,
minimizar o tempo de secagem. O CAP deve ser preferencialmente, automatizado e sincronizado entre os
armazenado em um tanque externo, preferencialmente, diferentes tipos de agregados e o CAP, com pesagem
com eixo na direção vertical, localizado próximo ao individual dos silos e do dosador de massa do CAP. O
misturador. As balanças para pesagem de agregados, do controle de nível mínimo e máximo de cada silo e o
material de enchimento e do CAP devem apresentar processo de controle do fluxo de mistura e descarga
precisão de 0,5 % a 1 %, quando aferidas com pesos. (batelada), também devem ser automáticos ou
semiautomáticos, com controle, leitura e registro dos
O CAP deve ser injetado na usina por uma bomba pesos, temperaturas, tempos e cargas, sendo indicados
instalada próxima à saída de injeção. A linha de em tempo real em display, computador e/ou interface
tubulação que conecta o reservatório de CAP à bomba homem máquina (IHM).
deve ser equipada com proteção térmica. Deve-se
instalar uma tubulação de retorno entre a saída de A usina deve possuir uma cabine de comando equipada
injeção e o tanque, para limpeza da tubulação entre a com dispositivos operacionais que permitam controlar e
bomba e a saída de injeção. Recomenda-se que, antes registrar todas as etapas do processo de usinagem. A
do início das atividades diárias de trabalho, seja realizada cabine e os quadros de força devem estar instalados de
a circulação de CAP pela tubulação de retorno, por pelo forma apropriada e com as proteções necessárias.
menos 15 minutos.
5.3.4.2 Usina volumétrica (contínua)
O tambor secador deve ser do tipo contrafluxo de duas A usina deve possuir silos de agregados múltiplos,
zonas (convecção e radiação), com configuração e independentes, com pesagem dinâmica em cada silo e
dimensionamento compatíveis. Após o secador, deve na correia transportadora principal que alimenta o
existir uma unidade classificadora de agregados, para a secador. Os silos devem ser equipados com cobertura
distribuição do material aos silos quentes. para preservar a umidade de cada agregado e minimizar
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 10
o tempo de secagem. O CAP deve ser armazenado em A usina deve ser provida de um alimentador de material
um tanque externo, preferencialmente, com eixo na de enchimento e um filtro coletor de pó. O sistema de
direção vertical, localizado próximo ao misturador. A coleta do pó deve ser comprovadamente eficiente, a fim
pesagem de agregados, do material de enchimento e do de minimizar os impactos ambientais. O material fino
CAP deve apresentar precisão de 0,5 % a 1 %, quando coletado deve ser devolvido, no todo ou em parte, ao
aferidas com pesos. misturador.
Deve-se assegurar a homogeneidade das granulometrias Termômetros com proteção metálica, com escala de
dos diferentes agregados, não permitindo a mistura de 90 °C a 210 °C e precisão de ± 1 °C, devem ser
agregados de granulometrias diferentes durante o adequadamente instalados na linha de alimentação de
carregamento dos mesmos. CAP (próximo à descarga do misturador) e na mistura
final. Além disso, a usina deve ser equipada com um
O CAP deve ser injetado na usina por uma bomba pirômetro elétrico ou outros instrumentos termométricos
instalada próxima à saída de injeção. A linha de adequados, colocados na descarga do secador, com
tubulação que conecta o reservatório de CAP à bomba dispositivos para registrar a temperatura dos agregados,
deve ser equipada com proteção térmica. Deve-se com precisão de ± 5 °C.
instalar uma tubulação de retorno entre a saída de
injeção e o tanque, para limpeza da tubulação entre a O sistema de controle de dosagem deve ser,
bomba e a saída de injeção. Recomenda-se que, antes preferencialmente, automatizado e sincronizado entre os
do início das atividades diárias de trabalho, seja realizada diferentes tipos de agregados e o CAP, com pesagem
a circulação de CAP pela tubulação de retorno, por pelo individual dos silos. O controle de nível mínimo e máximo
menos 15 minutos. de cada silo e o processo de controle do fluxo de mistura
e descarga (batelada), também devem ser automáticos
A operação de dosagem do CAP deve ser por controle de ou semiautomáticos, com controle, leitura e registro dos
velocidade da bomba e deve utilizar um medidor de pesos, temperaturas, tempos e cargas, sendo indicados
vazão para aumento da acuracidade. Deve existir um em tempo real em display, computador e/ou interface
sistema de compensação das massas específicas, capaz homem máquina (IHM).
de ajustar as velocidades dos alimentadores de CAP e
agregados, para garantir que o teor de CAP e a A usina deve possuir uma cabine de comando equipada
composição granulométrica previstos, sejam atingidos ao com dispositivos operacionais que permitam controlar e
final de cada batelada. registrar todas as etapas do processo de usinagem. A
cabine e os quadros de força devem estar instalados de
O tambor secador deve ser do tipo contrafluxo de duas forma apropriada e com as proteções necessárias.
zonas (convecção e radiação), com configuração e
dimensionamento compatíveis. A descarga do secador 5.3.5 Caminhões para transporte do concreto
deve ser feita diretamente no misturador. asfáltico
As caçambas dos veículos devem ser cobertas com lona 5.3.7 Equipamento para compactação
impermeável, com tamanho suficiente para sobrepassar
a caçamba nas laterais e na traseira, e deve estar bem A compactação do concreto asfáltico deve ser efetuada
fixada na dianteira, a fim de não permitir a entrada de ar por rolos autopropelidos pneumáticos e metálicos lisos,
entre a cobertura e o concreto asfáltico, para proteger a do tipo tandem ou vibratório. Os rolos pneumáticos
mistura durante todo o trajeto. devem ser dotados de dispositivos que permitam a
calibragem da pressão dos pneus entre 2,5 kgf/cm² e 8,4
Recomenda-se a utilização de caminhão com caçamba kgf/cm² (35 psi a 120 psi), e dispositivo para monitorar e
térmica para o transporte da mistura em serviços manter constante a pressão de ar de todos os pneus.
descontínuos, especialmente observados em obras de
conservação rodoviária, de forma a manter a temperatura O equipamento em operação deve ser suficiente para
NOTA 8: Sugere-se o uso de um alimentador de mistura A compactação deve ser feita longitudinalmente,
asfáltica (shuttle buggy) entre o caminhão e a iniciando pelas bordas e continuando em direção ao eixo
pavimentadora. O equipamento possui um da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a
sistema aquecido com distribuidores compactação deve começar sempre do ponto mais baixo
helicoidais, sendo responsável pela mistura para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser
contínua no material, evitando a segregação. recoberta na seguinte, em pelo menos, metade da largura
rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem deve
5.4.7 Distribuição do concreto asfáltico
perdurar até o momento em que seja atingido o grau de
A distribuição do concreto asfáltico deve ser feita por compactação especificado.
equipamentos adequados, conforme especificado na
subseção 5.3.6. Antes do início dos trabalhos, a mesa Durante a rolagem, não são permitidas mudanças de
alisadora da acabadora deve ser aquecida à temperatura direção, inversões bruscas da marcha, nem
compatível com a da massa a ser distribuída. estacionamento do equipamento sobre o revestimento
recém-rolado.
Na partida da acabadora, devem ser colocadas de duas
a três réguas para apoiar a mesa, com altura igual a 5.4.9 Juntas
espessura da camada mais o empolamento previsto. Na
descarga, o caminhão deve ser empurrado pela As juntas transversais e longitudinais devem ser
acabadora, não se permitindo choques ou travamento executadas de forma a assegurar condições adequadas
dos pneus durante a operação. de acabamento, de modo que não haja irregularidades
nas emendas.
O concreto asfáltico distribuído deve apresentar textura
uniforme, sem pontos segregados. Caso ocorram Em rodovias de pista dupla, é recomendado o uso de
irregularidades na superfície da camada, estas devem duas vibroacabadoras, para que os revestimentos das
ser sanadas antes do início da compactação, pela adição pistas adjacentes sejam executados simultaneamente,
manual de concreto asfáltico, com espalhamento tanto nas faixas da pista quanto nos acostamentos.
d) Impedir as queimadas.
As principais fontes são pilhas de deve-se manter pressão negativa no secador rotativo,
III.
estocagem ao ar livre, carregamento dos para evitar emissões de partículas na entrada e na saída.
Emissões
silos frios, vias de tráfego, áreas de
Fugitivas
peneiramento, pesagem e mistura.
O misturador, os silos de agregados quentes e as
peneiras classificatórias devem ser dotadas de sistema
Em função destes agentes, devem ser obedecidos as
de controle de poluição do ar, para evitar emissões de
subseções 6.4 e 6.5.
vapores e partículas para a atmosfera. Os silos de
6.4 Instalação estocagem de concreto asfáltico devem ser fechados. Os
silos de estocagem de material de enchimento devem
As usinas de asfalto a quente não devem ser instaladas possuir sistema próprio de filtragem a seco.
a uma distância inferior a 200 m, medidos a partir da base
da chaminé, de residências, hospitais, clínicas, centros As vias de acesso internas da usina devem ser
de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, pavimentadas e limpas, de tal modo que as emissões
clubes esportivos, parques de diversões e outras provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem
construções comunitárias. 20% de opacidade.
No projeto executivo, devem ser definidas áreas para as Devem ser adotados procedimentos operacionais que
instalações industriais, de modo a gerar o mínimo de evitem a emissão de partículas provenientes dos
– ME);
No concreto asfáltico, em cada caminhão
venha a substituí-la);
As temperaturas podem apresentar pequenas variações
Nos agregados, nos silos quentes da usina (pelo A produção do concreto asfáltico deve ser interrompida
menos duas vezes por jornada de trabalho, imediatamente e a granulometria dever ser corrigida,
preferencialmente, no início dos serviços e início quando o percentual passante em qualquer uma das
da tarde); peneiras exceder os limites da faixa de trabalho.
No CAP, na usina (pelo menos duas vezes por Em caso de interrupção, a produção só deve ser
jornada de trabalho, preferencialmente, no início retomada após um processo de verificação completo ter
dos serviços e início da tarde); sido executado e aprovado.
No concreto asfáltico, no momento da saída do No caso de ocorrerem situações que justifiquem mais de
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 18
uma ação corretiva e/ou ajuste, devem-se priorizar as a cada 4 horas de trabalho.
ações mais severas. A interrupção da produção, quando
necessária, tem prioridade sobre todas as outras ações 01 ensaio de dano por umidade induzida (DNIT
corretivas. A não interrupção da produção, sujeitará todo 180 – ME) a cada 3 dias de produção, ou
o concreto asfáltico a ser rejeitado, desde o momento quando houver qualquer variação no CAP ou
Todas as ações corretivas necessárias, durante a volume de vazios (Vv), vazios do agregado
produção do concreto asfáltico, devem ser baseadas em mineral (VAM), relação betume vazios (RBV) e
resultados de ensaios e devem ser tomadas proporção fíler/asfalto (F/A) (DNIT XXX – PRO).
imediatamente após a obtenção dos mesmos. Todas as (uma vez por jornada de trabalho)
ações corretivas devem ser documentadas.
7.2.2 Espalhamento e compactação na pista
01 ensaio uniaxial de carga repetida para a O grau de compactação (𝐺𝐶) do concreto asfáltico
determinação da resistência à deformação executado deve ser calculado pela equação seguinte:
permanente – Flow Number (DNIT 184 – ME).
𝐺𝑚𝑏𝑐
𝐺𝐶 = × 100% (1)
01 ensaio de módulo de resiliência (DNIT 𝐺𝑚𝑏𝑙
135 – ME).
Onde:
01 ensaio de fadiga por compressão diametral
(DNIT 183 – ME). 𝐺𝐶 é o grau de compactação, expresso em porcentagem
(%);
Verificação dos parâmetros volumétricos:
volume de vazios (Vv), vazios do agregado 𝐺𝑚𝑏𝑐 é a densidade relativa aparente de campo,
mineral (VAM), relação betume vazios (RBV) e adimensional;
proporção fíler/asfalto (F/A) (DNIT XXX – PRO).
𝐺𝑚𝑏𝑙 é a densidade relativa aparente de laboratório,
Ensaios de rotina – realizados com material adimensional.
solto coletado diretamente da acabadora. Os
corpos de prova devem ser moldados e As medidas de densidade na pista devem ser feitas,
compactados conforme a norma DNIT preferencialmente, com uso do densímetro não nuclear
𝐷0,𝑚é𝑑𝑖𝑜 é a deflexão recuperável média dos valores Durante a execução, deve ser feito em cada estaca de
individuais levantados, expressa em 10 -2 mm; locação, o controle do acabamento da superfície do
revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de
𝐾 é o coeficiente em função do número de 3,00 m e outra de 1,20 m, colocadas em ângulo reto e
determinações, conforme a Tabela A1 – Amostragem paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A
Variável (Anexo A); variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de
contato, não deve exceder 0,5 cm, quando verificada com
𝑆 é o desvio padrão; quaisquer das réguas.
𝐿𝑆𝐸 é o limite superior de deflexão especificado no O acabamento longitudinal da superfície também deve
projeto, expresso em 10-2 mm. ser verificado com perfilômetro inercial (DNIT 425 – PRO)
ou com outro dispositivo equivalente para esta finalidade,
devidamente calibrado.
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 20
Para pavimentos novos, o Quociente de Irregularidade Quando especificado um valor mínimo e/ou máximo a
(𝑄𝐼) deve apresentar valor inferior ou igual a 26 ser(em) atingido(s), devem ser verificadas as seguintes
contagens/km (IRI ≤ 2,0). Para pavimentos restaurados, condições:
o QI deve apresentar valor inferior ou igual a 31
contagens/km (IRI ≤ 2,4). a) Condições de conformidade:
Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as pista e encargos, quando estiverem incluídos na
correções executadas o colocarem em conformidade composição do preço unitário.
com o disposto nesta Norma, caso contrário deve ser
rejeitado. b) A quantidade de CAP aplicada deve ser obtida pela
média aritmética dos valores medidos na usina, em
8 Critérios de medição toneladas.
Os serviços considerados conformes devem ser medidos c) O transporte do CAP efetivamente aplicado deve ser
de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de medido com base na distância entre a refinaria e o
Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de canteiro de serviço.
acordo com as seguintes disposições gerais:
d) Nenhuma medição deve ser processada, se junto a
a) O concreto asfáltico deve ser medido em toneladas ela não estiver anexado um relatório de controle da
de mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão qualidade, contendo os resultados dos ensaios e as
motivo de medição: mão de obra, materiais (exceto determinações devidamente interpretados,
CAP), transporte do concreto asfáltico da usina à caracterizando a qualidade do serviço executado.
_________________/Anexo A
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 22
n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
α 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = nº de amostras
k = coeficiente multiplicador
α = risco do executante
_________________/Anexo B
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 23
100
90
80
70
Passante (%)
60
50
40
30
20
10
0
0,05 0,5 5 50
Abertura (mm)
Figura B1 – Exemplo de faixa de trabalho para uma curva granulométrica da faixa C-12,5.
A Figura B1 apresenta um exemplo de curva granulométrica de projeto enquadrada na faixa C-12,5, com a sua faixa de
trabalho. Nesse exemplo, observa-se que os limites inferiores da faixa de trabalho extrapolam os limites inferiores da Faixa
C-12,5 nas peneiras de 9,5 mm e 12,5 mm, conforme detalhado na Figura B2. Importante ressaltar que, para a faixa C-12,5,
não deve haver material retido na peneira de 19 mm. Portanto, não há tolerâncias para essa peneira.
100
95
90
85
Passante (%)
80
75 #12,5 mm #19 mm
70
65
#9,5 mm
60
55
50
2 20
Abertura (mm)
Figura B2 – Detalhe das peneiras cujos limites de tolerância extrapolam a faixa granulométrica escolhida.
Conforme especificado na subseção 5.2, a faixa de trabalho da curva granulométrica não deve extrapolar os limites da faixa
granulométrica selecionada. Quando isso ocorrer, devem-se alterar os percentuais das peneiras que extrapolarem a faixa,
fazendo com que os limites da faixa de trabalho coincidam com os limites da faixa selecionada, conforme a Figura B3.
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 24
100
95
90
85
Passante (%)
80
75 #12,5 mm #19 mm
70
65
#9,5 mm
60
55
50
2 20
Abertura (mm)
Nas peneiras onde ocorrer extrapolação da faixa granulométrica selecionada, deve-se alterar apenas os limites que
extrapolarem a faixa. Desta forma, no ajuste da Figura B3, apenas os limites inferiores das peneiras de 9,5 mm e 12,5 mm
foram alterados, mantendo-se inalterados os limites superiores iniciais.
_________________/Anexo C
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 25
a) ARTERIS. Concreto asfáltico usinado a quente. CA. DO ESTADO DO PARANÁ. Pavimentação: Concreto
2022. Asfáltico Usinado a quente. Curitiba, 2017.
_________________/índice Geral
PROJETO DE REVISÃO DA NORMA DNIT 031/2023 – ES 26
Índice geral
_________________