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OUTUBRO 2023 NORMA DNIT 444/2023 – CLA

DNIT Classificação de solos tropicais de granulação


grossa – Classificação
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Autor: Instituto de Pesquisas em Transportes – IPR
DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Processo: 50600.025726/2023-69
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de 03/10/2023.
DIRETORIA-GERAL

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
PESQUISA citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda
comercial.
INSTITUTO DE PESQUISAS EM
TRANSPORTES
Setor de Autarquias Norte
Palavras-chave: Nº total de páginas
Quadra 03 Lote A
Ed. Núcleo dos Transportes
Brasília – DF – CEP 70040-902 Solos grossos tropicais, equipamento miniatura, classificação G-MCT 9
Tel./fax: (61) 3315-4831

Resumo Anexo D (informativo) – Bibliografia ............................ 8

Índice geral .................................................................. 9


Este documento estabelece a classificação para solos
tropicais de granulação grossa (G-MCT), para
Prefácio
finalidades rodoviárias, com base nos grupos “tipo
granulométricos” e na metodologia MCT (Miniatura, A presente Norma foi preparada pelo Instituto de
Compactado, Tropical). Pesquisas em Transportes – IPR conforme a Instrução
Normativa nº 20/DNIT SEDE, de 1º de novembro de
Abstract
2022 e a norma DNIT 001/2023 – PRO.

This document establishes the classification of tropical


1 Objetivo
coarsed soils for road construction purposes based on
its own granulometric types, and as regards the MCT Esta Norma estabelece a classificação de solos
(Miniature, Compacted, Tropical) methodology. grossos tropicais (G-MCT), com base nos grupos “tipos
granulométricos” e na metodologia MCT (Miniatura,
Sumário
Compactado, Tropical). Apresenta também um quadro
que contém as propriedades dos principais grupos de
Prefácio ....................................................................... 1
solos considerados na classificação, para a escolha
1 Objetivo ................................................................ 1 daqueles mais apropriados para aplicação em obras

2 Referências normativas ....................................... 1 rodoviárias.

3 Termos e definições ............................................. 2 2 Referências normativas

4 Amostra................................................................ 2
Os documentos relacionados a seguir são
5 Procedimento ....................................................... 2 indispensáveis à aplicação desta Norma. Para

6 Resultado ............................................................. 3 referências datadas, aplicam-se somente as edições


citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
Anexo A (normativo) – Fluxograma para procedimento
edições mais recentes do referido documento (incluindo
de classificação G-MCT .............................................. 4
emendas):
Anexo B (normativo) – Gráfico com a classificação dos
tipos granulométricos .................................................. 5 a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS
DE RODAGEM. DNER – ME 080/94: Solos –
Anexo C (normativo) – Quadros com as descrições dos
Análise granulométrica de solos por peneiramento.
grupos de solos da classificação G-MCT .................... 6
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 2

b) DEPARTAMENTO NACIONAL DE entre as porcentagens de materiais que passam na


INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT peneira de 2,0 mm com os que passam na peneira de
258 – ME: Solos – Compactação em equipamento 0,075 mm.
miniatura – Ensaios Mini-MCV e perda de massa
por imersão – Método de ensaio. 4 Amostra

c) _____. DNIT 259 – CLA: Solos – Classificação de A amostra total deve ser composta por grãos inertes de

solos finos tropicais para finalidades rodoviárias areia e pedregulho e pesar 50 kg.

utilizando corpos de prova compactados em A amostra deve ser separada em duas partes: a
equipamento miniatura – Classificação. primeira deve conter ¾ da amostra total (32,5 kg) para
ser usada na primeira etapa de enquadramento nos
3 Termos e definições
tipos granulométricos específicos.

Para os efeitos deste documento técnico, aplicam-se os A segunda parte da amostra é o ¼ restante (12,5 kg)
seguintes termos e definições: que deve ser usada para a classificação MCT no
material passante na peneira de abertura 2,0 mm,
3.1 Classificação MCT
conforme a norma DNIT 259 – CLA.

Classificação relativa a grupos de solos com 5 Procedimento


comportamento laterítico e não laterítico, tendo como
5.1 Procedimento para classificação G-MCT
base a determinação do índice de laterização (𝑒′) e o
coeficiente de argilosidade (𝑐′) obtidos com o ensaio de a) Executar a análise granulométrica de acordo com
Mini-MCV. a norma DNER – ME 080 ou norma DNIT que
venha a substituí-la.
3.2 Ensaio Mini-MCV
b) Deve-se verificar a porcentagem de amostra retida
É o ensaio de compactação realizado com solos finos
na peneira de abertura de 2,0 mm. Se a
tropicais, utilizando apenas a fração que passa
porcentagem retida for maior do que 10 %,
integralmente na peneira nº 10 (2,0 mm). As amostras
prossegue-se com a classificação em um dos
são compactadas em moldes cilíndricos, por meio da
grupos de classificação G-MCT e, se for menor,
aplicação de golpes sucessivos, com soquete de massa
segue-se com a classificação MCT, conforme
e altura de queda padronizadas, com a energia de
norma DNIT 259 – CLA (Tabela 1).
compactação necessária para atingir a máxima massa
específica, tendendo a um valor próximo da condição Tabela 1 – Resumo com as condições para
de saturação. O procedimento do ensaio Mini-MCV é procedimentos

descrito na norma DNIT 258 – ME. % retida na # n°


Tipo de procedimento
10 (2,0mm)

3.3 Solos tropicais de granulação grossa Classificação MCT (DNIT 259 –


> 10 %
CLA) e Classificação G-MCT
(G-MCT)
Classificação MCT (DNIT 259 –
< 10 %
CLA)
Solos cuja classificação é dada em função do
peneiramento dos materiais retidos e passantes na c) Determinar o tipo granulométrico com base na
peneira nº 10 (2,0 mm). análise granulométrica das porcentagens de
material passantes nas peneiras de abertura 2,0
3.4 Tipos granulométricos específicos
mm (Nº 10) e 0,075 mm (Nº 200), conforme a
Tabela 2.
Os tipos granulométricos são: Ps (composto por
pedregulho com solo); Sp (composto por solo com
pedregulho) e Gf (composto por material granular com
finos). Esses três grupos são originados pela correlação
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 3

Tabela 2 – Limites para classificação G-MCT b) Realizar classificação MCT, com base na norma
% % passa DNIT 259 – CLA e, a partir dos valores do
Tipo passa na
Granulométrico
Características
na # 2,0 # 0,075 coeficiente de argilosidade (𝑐′) e do índice de
mm mm laterização (𝑒′) obtidos, localizar, no gráfico de
Pedregulho
Ps < 50 % < 30 %
com solo classificação MCT, o ponto que os representa, o
Solo com
Sp > 50 % < 30 % grupo da amostra de acordo com sua posição.
Pedregulho
Solo granular
Gf < 100 % > 30 %
com fino 6 Resultado

d) O MCT deve ser feito para a fração de amostra


A classificação G-MCT será dada em função do tipo
passante na peneira de abertura de 2,0 mm (Nº
granulométrico combinado com o resultado da
10).
classificação MCT obtida com a fração passante na

e) Após a obtenção das informações de MCT e dos peneira de abertura de 2,0 mm (Nº 10).

tipos granulométricos é realizada a combinação


Esta Norma fornece o grupo a que pertence o solo, de
entre os dois resultados e, assim, obtém-se a
acordo com a classificação MCT, conforme Figura B1
classificação G-MCT, conforme pode ser
do Anexo B.
observado na Figura A1 do Anexo A.

As propriedades típicas dos solos integrantes dos


5.2 Procedimento para classificação MCT
grupos G-MCT são indicadas no Anexo C. Esses

a) Executar os ensaios Mini-MCV e a determinação grupos são divididos em duas classes maiores: o

de perda de massa por imersão, conforme a norma Granular Laterítico (GL), indicado no Quadro C1 e o

DNIT 258 – ME onde serão obtidos os parâmetros Granular Não Laterítico (GN) indicado no Quadro C2.

de coeficiente de argilosidade (𝑐′) e de correlação


entre a variação de massa específica seca e de
umidade de compactação (𝑑′).

______________/Anexo A
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 4

Anexo A (normativo) – Fluxograma para procedimento de classificação G-MCT

Figura A1 – Fluxograma esquemático das espatas necessárias para a classificação G-MCT


Fonte: Adaptado de Villibor e Alves, 2019.

_________________/Anexo B
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 5

Anexo B (normativo) – Gráfico com a classificação dos tipos granulométricos

Figura B1 – Gráfico para classificação de tipos granulométricos do G-MCT


Fonte: Villibor e Alves, 2019.

_________________/Anexo C
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 6

Anexo C (normativo) – Quadros com as descrições dos grupos de solos da classificação G-MCT

Quadro C1 – Descrição dos grupos de solos da classificação G-MCT com comportamento laterítico

Grupo Classificação
Classe Breve Descrição
MCT G-MCT
Revestimento primário: não recomendado
Ps-LA Suporte CBR: Alto
Reforço de Subleito: 1° em prioridade de
Pedregulho Expansão CBR (E): Baixo
escolha.
com areia Contração: Baixo
Base e Sub-base: 2° em prioridade de
laterítica. Coef. Perm.(k): Alto
escolha.
Revestimento primário: não recomendado
Sp-LA Suporte CBR: Alto
Reforço de Subleito: 1° em prioridade de
Areia laterítica Expansão CBR (E): Baixo
LA escolha.
com Contração: Baixo
Base e Sub-base: 2° em prioridade de
pedregulho. Coef. Perm.(k): Alto
escolha.
Revestimento primário: 1° em prioridade de
Gf-LA
Suporte CBR: Alto escolha.
Solo granular
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 2° em prioridade de
fino de areia
Contração: Baixo escolha.
laterítica com
Coef. Perm.(k): Médio a Alto Base e Sub-base: 1° em prioridade de
pedregulho
escolha.
Revestimento primário: 1° em prioridade de
GL (Granular com finos de comportamento laterítico)

Ps-LA'
Suporte CBR: Alto escolha.
Pedregulho
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 4° em prioridade de
com solo
Contração: Baixo escolha.
arenoso
Coef. Perm.(k): Alto Base e Sub-base: 5° em prioridade de
laterítico
escolha.
Revestimento primário: 1° em prioridade de
Sp-LA' Suporte CBR: Alto escolha.
LA' Solo arenoso Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 4° em prioridade de
laterítico com Contração: Baixo escolha.
pedregulho Coef. Perm.(k): Alto Base e Sub-base: 5° em prioridade de
escolha.
Revestimento primário: 1° em prioridade de
Gf-LA'
Suporte CBR: Alto escolha.
Solo granular
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 4° em prioridade de
fino arenoso
Contração: Baixo escolha.
laterítico com
Coef. Perm.(k): Médio Base e Sub-base: 5° em prioridade de
pedregulho
escolha.
Revestimento primário: 2° em prioridade de
Ps-LG´
Suporte CBR: Médio a Alto escolha.
Pedregulho
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 3° em prioridade de
com solo
Contração: Baixo a Médio escolha.
argiloso
Coef. Perm.(k): Médio a Alto Base e Sub-base: 3° em prioridade de
laterítico
escolha.
Revestimento primário: 2° em prioridade de
Sp-LG´ Suporte CBR: Médio a Alto escolha.
LG´ Solo argiloso Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 3° em prioridade de
laterítico com Contração: Baixo a Médio escolha.
pedregulho Coef. Perm.(k): Médio a Alto Base e Sub-base: 3° em prioridade de
escolha.
Revestimento primário: 4° em prioridade de
Gf-LG'
Suporte CBR: Alto escolha.
Solo granular
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito: 6° em prioridade de
fino argiloso
Contração: Médio escolha.
laterítico com
Coef. Perm.(k): Baixo a Base e Sub-base: 6° em prioridade de
pedregulho
Médio escolha.
Fonte: Adaptado de Villibor e Alves, 2019.
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 7

Quadro C2 – Descrição dos grupos de solos da classificação G-MCT com comportamento não laterítico

Grupo Classificação G-
Classe Breve Descrição
MCT MCT
Suporte CBR: Alto
Ps-NA
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
Pedregulho com
Contração: Baixo base: 2° em prioridade de escolha.
areia não laterítica
Coef. Perm.(k): Alto
Suporte CBR: Alto
Sp-NA
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
NA Areia não laterítica
Contração: Baixo base: 2° em prioridade de escolha.
com pedregulho
Coef. Perm.(k): Alto
Gf-NA
Suporte CBR: Alto
Solo granular fino
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
de areia não
Contração: Baixo base: não recomendado.
laterítica com
Coef. Perm.(k): Médio a Alto
pedregulho
Ps-NA' Suporte CBR: Alto
Pedregulho com Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
solo arenoso não Contração: Baixo base: 1° em prioridade de escolha.
laterítico Coef. Perm.(k): Alto
GN (Granular com finos de comportamento não laterítico)

Sp-NA' Suporte CBR: Alto


NA' Solo arenoso não Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
laterítico com Contração: Baixo base: 1° em prioridade de escolha.
pedregulho Coef. Perm.(k): Alto
Gf-NA'
Suporte CBR: Alto
Solo granular fino
Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
arenoso não
Contração: Baixo base: não recomendado.
laterítico com
Coef. Perm.(k): Médio
pedregulho
Ps-NS´ Suporte CBR: Médio a Alto
Pedregulho com Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
solo argiloso não Contração: Baixo a Médio base: 3° em prioridade de escolha.
laterítico Coef. Perm.(k): Médio a Alto
Suporte CBR: Médio a Alto
Sp-NS´
Expansão CBR (E): Baixo a
Solo argiloso não Reforço de Subleito, Base e Sub-
NS´ Médio
laterítico com base: 3° em prioridade de escolha.
Contração: Baixo a Médio
pedregulho
Coef. Perm.(k): Médio a Alto
Gf-NS' Suporte CBR: Alto
Solo granular fino Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
siltoso não laterítico Contração: Médio base: não recomendado.
com pedregulho Coef. Perm.(k):Baixo a Médio

Ps-NG’ Suporte CBR: Médio a Alto


Pedregulho com Expansão CBR (E): Baixo Reforço de Subleito, Base e Sub-
solo argiloso não Contração: Baixo a Médio base: 4° em prioridade de escolha.
laterítico Coef. Perm.(k):Médio a Alto
Suporte CBR: Médio a Alto
Sp-NG’
Expansão CBR (E): Baixo a
NG’ Solo argiloso não Reforço de Subleito, Base e Sub-
Médio
laterítico com base: 4° em prioridade de escolha.
Contração: Baixo a Médio
pedregulho
Coef. Perm.(k): Médio a Alto
Gf-NG’ Suporte CBR: Alto
Solo granular fino Expansão CBR (E): Médio a
Reforço de Subleito, Base e Sub-
argiloso não Alto
base: não recomendado.
laterítico com Contração: Médio
pedregulho Coef. Perm.(k):Baixo a Médio
Fonte: Adaptado de Villibor e Alves, 2019.

_________________/Anexo D
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 8

Anexo D (informativo) – Bibliografia


a) NOGAMI, J.S.; VILLIBOR, D.F. Uma nova b) VILLIBOR, D. F; ALVES, D, M. L. Pavimentação de
classificação de solos tropicais para finalidades baixo custo para regiões tropicais. Projeto e
rodoviárias. Anais do simpósio brasileiro de solos Construção – Novas Considerações. Florianópolis:
tropicais em engenharia, COPPE/UFRJ, Rio de Tribo da Ilha, 2019.
Janeiro, vol.1, 1981.

_________________/Índice geral
NORMA DNIT 444/2023 – CLA 9

Índice geral

Abstract ............................................................ ...........1 Objetivo………………………………………………..1……1


Amostra…………………………………………….4........2 Prefácio……………………………………………………….1
Anexo A (normativo) – Fluxograma para procedimento Procedimento…………………………………………5…….2
de classificação G-MCT……………….....……………...4 Procedimento para classificação G-MCT…………5.1…...2
Anexo B (normativo) – Gráfico com a classificação dos Procedimento para classificação MCT…………...5.2……3
tipos granulométricos..…......……………………………5 Referências normativas…………………………...…2…....1
Anexo C (normativo) – Quadros com as descrições dos Resultado……………………………………………...6.......3
grupos de solos da classificação G-MCT…...........…...6 Resumo……………………………………………………….1
Anexo D (informativo) – Bibliografia ... ………………...8 Solos tropicais de granulação grossa (G-MCT)…3.3…….2
Classificação MCT…………………...…………3.1…….2 Sumário……………………………………………………….1
Ensaio Mini-MCV……………………...………..3.2…….2 Termos e definições…………………………….…….3.......2
Índice geral.................................................................. 9 Tipos granulométricos específicos………………..3.4……2

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