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5 Amostragem ............................................................ 6
Este documento estabelece a sistemática a ser
empregada na execução dos ensaios Mini-MCV e perda 6 Preparação das amostras ....................................... 6
de massa por imersão, necessários para determinação
7 Aferição do aparelho de compactação .................... 6
dos coeficientes empíricos utilizados na caracterização e
classificação de solos finos tropicais, compactados em 8 Execução dos ensaios ............................................ 7
1 Objetivo
Prefácio .......................................................................... 1
comportamento laterítico e não laterítico, no sistema de Na metodologia MCT, existem dois métodos de
classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical). compactação: Mini-Proctor (DNIT 228 – ME) e Mini-MCV.
As principais diferenças entre os dois métodos estão
2 Referências normativas apresentadas na Tabela 1.
Onde:
Variação da altura do corpo de prova durante a
compactação. O afundamento pode ser calculado de
𝑀𝑖𝑛𝑖 − 𝑀𝐶𝑉 é um coeficiente adimensional;
duas formas, dependendo da série de golpes adotada:
𝑎𝑛 = 𝐴𝑛 − 𝐴4𝑛 (1)
O coeficiente Mini-MCV deve ser calculado para todas as
𝐴4𝑛 é altura do corpo de prova após a aplicação de 4 x n interpolada), calculado pela Equação (4):
Onde:
𝑎𝑛 = 𝐴𝑛 − 𝐴𝑓 (2)
𝑀𝑑 ×𝐿𝑐𝑝
Recomenda-se que sejam traçadas, pelo menos, cinco 𝑃𝑖 = 100 × × 𝐹𝑐 (6)
𝑀𝑠 ×𝐿𝑒𝑥
curvas de compactação, para avaliar a qualidade do
ensaio. Para a série de Parsons, devem-se traçar as Onde:
curvas referentes aos golpes 8, 10, 12, 16 e 24. Para a
série Simplificada, devem-se traçar as curvas referentes 𝑃𝑖 é o coeficiente de perda de massa por imersão,
aos golpes 3, 6, 10, 20 e 30.
expresso em porcentagem (%);
3.12 Coeficiente 𝒅′
𝑀𝑑 é a massa seca desprendida, após a imersão,
para cada corpo de prova, havendo um valor de 𝑃𝑖 para seção triangular isósceles, com catetos de 2,5
cada teor de umidade. mm (um paralelo ao eixo do molde e outro
perpendicular ao mesmo), conforme Figura A5
4 Aparelhagem do Anexo A.
diâmetro de 8,0 cm e capacidade de 75 ml, conforme revolvendo continuamente o material, até atingir um
e) Pesar a amostra homogeneizada e retirar uma fração O aparelho de compactação miniatura deve ser aferido,
para determinação do teor de umidade higroscópica, para efeito da determinação da altura do corpo de prova,
conforme a subseção 8.3, para eventual uso nos do seguinte modo:
cálculos da porcentagem de fração retida na peneira
nº 10 e das umidades nas porções que serão
NORMA DNIT 258/2023 – ME 7
a) Posicionar o suporte espaçador bipartido em torno seja invertido, os sinais nas Equações (7) e
do pistão inferior do conjunto compactador. (9) também devem ser invertidos.
NOTA 5: Alguns extensômetros podem apresentar
b) Assentar o molde cilíndrico sobre o espaçador leitura inicial ajustável. Nesse caso, as alturas
bipartido, envolvendo o pistão inferior, e colocar dos corpos de prova poderão ser
dentro do molde os discos de polietileno e o cilindro determinadas diretamente das leituras, sem o
padrão de aço maciço. uso da constante 𝐾𝑎 .
g) Coletar duas amostras para determinar o teor de de maneira que o centro da cápsula coincida com a
umidade, conforme a subseção 8.3, utilizando a vertical passando pelo centro da parte extrudada do
porção da amostra que restou no saco plástico. corpo de prova, conforme a Figura A7 do Anexo A,
para que todo o material desprendido caia dentro da
h) Efetuar a compactação obedecendo a seguinte cápsula.
sequência:
b) Preencher o recipiente de imersão com água, até
Colocar o soquete tipo leve, previamente que a lâmina de água atinja um nível, de no mínimo,
aferido, sobre o topo da amostra protegida com 10 mm acima daquele em que ficará a superfície
disco de polietileno e efetuar a primeira medida externa dos moldes quando estes forem transferidos
do extensômetro, movimentando previamente o para o recipiente.
seu braço de sustentação e encaixando-o de
maneira apropriada na armação do c) Após a compactação, conforme a alínea “h” da
compactador. O valor obtido é a leitura subseção 8.1, deslocar parcialmente, de forma
correspondente ao golpe zero. suave e continua, o corpo de prova contido no molde,
com uso do extrator, de maneira que o seu topo
Aplicar o primeiro golpe, efetuar, logo em (superfície que esteve em contato com o soquete de
seguida, a leitura do extensômetro compactação) fique extrudado 10 mm, conforme
correspondente ao golpe um (n = 1) e retirar o Figura A7 do Anexo A..
espaçador.
d) Retirar os discos de polietileno e os anéis de
Aplicar golpes sucessivos na amostra e efetuar vedação das extremidades do corpo de prova e
as leituras do extensômetro nos números de transferir os moldes com os corpos de prova e os
golpes correspondentes à série de golpes seus suportes para o recipiente de imersão,
adotada. cuidadosamente, posicionando os moldes
horizontalmente, conforme as alíneas “j” e “k” da
Finalizar o processo de compactação quando:
seção 4 e conforme Figura A7 do Anexo A.
(i) na série de Parsons, a diferença entre a
leitura dos golpes 4n e n for inferior a 2 mm; (ii) e) Repetir as alíneas “c” e “d” para todos os corpos de
na série Simplificada, a diferença entre as prova.
leituras de dois pontos consecutivos da série de
golpes for inferior a 0,1 mm; (iii) houver intensa f) Observar o comportamento dos corpos de prova nos
exsudação de água no topo e na base do corpo primeiros minutos e anotar eventuais peculiaridades,
de prova; ou (iv) o número de golpes atingir 256, tais como: desagregação, desprendimento de
série Simplificada.
g) Após um período de imersão de 20 horas, esvaziar
As etapas para a execução do ensaio perda de massa h) Retirar cuidadosamente do recipiente de imersão as
por imersão estão descritas a seguir: cápsulas que apresentaram deposição de solo e
anotar o aspecto do material, após a eliminação da
a) Posicionar o recipiente de imersão em local água limpa. Colocar as cápsulas com solo
adequado e colocar dentro dele uma cápsula de desprendido em estufa (temperatura de 105 ºC a
alumínio ou de porcelana para cada corpo de prova, 110 ºC) por, no mínimo, 12 horas ou até constância
NORMA DNIT 258/2023 – ME 9
de massa, para determinar a massa de solo seco 𝑚ℎ é a massa da amostra de solo úmido, expressa em
desprendido. gramas (g);
a) Identificar e pesar, separadamente, duas cápsulas, a) Calcular, para cada corpo de prova, as alturas ao
limpas e secas e anotar as respectivas massas como longo da série de golpes, a partir das leituras
𝐴1 e 𝐵1 . correspondentes do extensômetro, utilizando a
Equação (9):
b) Colocar as amostras úmidas coletadas dentro das
duas cápsulas, pesar, separadamente, os dois 𝐴𝑛 = 𝐾𝑎 − 𝐿𝑛 (9)
conjuntos solo úmido + cápsula e anotar as
respectivas massas obtidas como 𝐴2 e 𝐵2 . As Onde:
massas das amostras de solo úmido serão iguais a
𝐴2 − 𝐴1 e 𝐵2 − 𝐵1 , respectivamente. 𝐴𝑛 é a altura do corpo de prova, após a aplicação de 𝑛
golpes, expressa em milímetros (mm);
c) Transferir os conjuntos para uma estufa e secar as
amostras na temperatura de 110 ºC ± 5 ºC, por um 𝐾𝑎 é a constante de aferição, expressa em
período mínimo de 12 horas ou até constância de milímetros (mm);
massa. No caso da umidade higroscópica, a
temperatura não deve ultrapassar 60 ºC. 𝐿𝑛 é a leitura do extensômetro, após a aplicação de n
golpes, expressa em milímetros (mm).
d) Pesar, separadamente, os conjuntos, solo seco +
cápsula e anotar as respectivas massas obtidas NOTA 7: Se não for necessário utilizar a constante de
como 𝐴3 e 𝐵3 . As massas das amostras de solo seco aferição, conforme a NOTA 5, a altura do
corpo de prova será igual ao valor da leitura.
serão iguais a 𝐴3 − 𝐴1 e 𝐵3 − 𝐵1 , respectivamente.
9 Cálculos
9.3 Massa específica aparente seca
O teor de umidade deve ser calculado pela Equação (8), de cada corpo de prova compactado, para cada valor de
utilizando as massas determinadas conforme a subseção n da série de golpes utilizada, pela Equação (10):
8.3:
ℎ 𝑀 ×100
𝑀𝐸𝐴𝑆 = (100+ℎ (10)
𝑐 )×𝑉
(𝑚ℎ −𝑚𝑠 )×100
ℎ= (8)
𝑚𝑠
Onde:
Onde:
𝑀𝐸𝐴𝑆 é massa específica aparente seca do corpo de
ℎ é o teor de umidade, expresso em porcentagem (%); prova compactado, expressa em quilogramas por metro
cúbico (kg/m³);
NORMA DNIT 258/2023 – ME 10
O volume deve ser calculado para cada valor de n da O Relatório deve conter os dados de identificação do solo
subseção 9.2.
a) porcentagem retida na peneira nº 200 (0,075 mm);
9.4 Coeficientes
d) curvas de deformabilidade;
c) Determinar a curva de deformabilidade de Mini- i) forma das porções de solo que permaneceram nos
_________________/Anexo A
NORMA DNIT 258/2023 – ME 11
(a) Equipamentos e acessórios para o ensaio de (b) Molde, discos de polietileno e aneis de vedação
compactação miniatura
(c) Equipamento montado sobre a base de concreto (d) Aplicação de golpe com soquete
(a) Extrusão do corpo de prova compactado (b) Corpo de prova com extrusão de 10 mm
(c) Corpo de prova sobre o suporte para a imersão (d) Corpos de prova imersos
(e) Corpos de prova após o período de imersão (f) Corpos de prova retirados da imersão
Série Simplificada Leitura Altura an MEAS Leitura Altura an MEAS Leitura Altura an MEAS Leitura Altura an MEAS Leitura Altura an MEAS
Nº de golpes (mm) (mm) (mm) (kg/m³) (mm) (mm) (mm) (kg/m³) (mm) (mm) (mm) (kg/m³) (mm) (mm) (mm) (kg/m³) (mm) (mm) (mm) (kg/m³)
3 25,95 56,31 5,99 1509 24,68 57,58 9,04 1500 23,93 58,33 11,10 1508 18,59 63,67 13,21 1407 12,33 69,93 15,94 1305
6 29,78 52,48 2,16 1619 28,33 53,93 5,39 1602 27,53 54,73 7,50 1607 22,10 60,16 9,70 1489 15,68 66,58 12,59 1371
10 31,48 50,78 0,46 1673 30,99 51,27 2,73 1685 30,30 51,96 4,73 1693 24,58 57,68 7,22 1553 18,18 64,08 10,09 1424
20 31,70 50,56 0,24 1680 33,25 49,01 0,47 1763 32,94 49,32 2,09 1783 28,13 54,13 3,67 1655 21,33 60,93 6,94 1498
30 31,88 50,38 0,06 1686 33,40 48,86 0,32 1768 33,84 48,42 1,19 1817 29,63 52,63 2,17 1702 23,37 58,89 4,90 1550
40 31,94 50,32 1688 33,65 48,61 0,07 1777 34,62 47,64 0,41 1846 30,53 51,73 1,27 1732 24,60 57,66 3,67 1583
60 33,72 48,54 1780 34,98 47,28 0,05 1860 31,33 50,93 0,47 1759 26,10 56,16 2,17 1625
80 35,00 47,26 0,03 1861 31,60 50,66 0,20 1768 27,00 55,26 1,27 1652
100 35,03 47,23 1862 31,68 50,58 0,12 1771 27,80 54,46 0,47 1676
120 31,75 50,51 0,05 1774 28,07 54,19 0,20 1684
140 31,80 50,46 1775 28,15 54,11 0,12 1687
160 28,22 54,04 0,05 1689
180 28,27 53,99 1691
16
14
12
10
an (mm)
-2
2 20 200
Nº Golpes
16
14
12
10
an (mm)
-2
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
10.Log10(Nº de golpes)
Figura A10 – Exemplos de curvas de deformabilidade obtidas com a Série Simplificada, plotadas em função dos
valores de Mini-MCV, destacando a curva interpolada com Mini-MCV=10 (curva tracejada), para determinação do
coeficiente c’
Fontes: Adaptado de Villibor e Alves (2019)
∆𝑎𝑛 8−2
𝑐′ = | |=| | = 1,20 𝑚𝑚
∆𝑀𝑖𝑛𝑖 − 𝑀𝐶𝑉 5 − 10
NORMA DNIT 258/2023 – ME 20
1900
1800
1700
MEAS (kg/m³)
1600
1500
1400
1300
1200
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Umidade (%)
Figura A11 - Exemplos de curvas de compactação obtidas com a Série Simplificada, destacando a curva
interpolada para determinação do coeficiente d’ (curva tracejada).
Fontes: Adaptado de Villibor e Alves (2019)
_________________/Anexo B
NORMA DNIT 258/2023 – ME 21
e) _____. DNER – ME 258/94: Solos – compactação de j) PEREIRA, L. F. et al. Estudo da utilização de solos
solos em equipamento miniatura - Mini-MCV. Método lateríticos e a metodologia MCT: Análise em trecho a
de Ensaio. ser duplicado na BR-116. Núcleo do Conhecimento.
2020.
f) _____. DNER – CLA 259/2023: Classificação de
solos tropicais para finalidades rodoviárias utilizando k) VILLIBOR, D. F.; ALVES, D. M. L. Pavimentação de
corpos de prova compactados em equipamento baixo custo para regiões tropicais - Projeto e
miniatura. Classificação. construção - Novas considerações. Editora Tribo da
Ilha. Florianópolis. 2019.
_________________/Índice geral
NORMA DNIT 258/2023 – ME 22
Índice geral
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