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DEZEMBRO 2020 NORMA DNIT XX/2020 - PRO

DNIT Pavimentação – Levantamento de área trincada


e de afundamento de trilha de roda de
pavimento asfáltico em trechos experimentais,
monitorados ou trechos homogêneos de curta
extensão – Procedimento
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA

DEPARTAMENTO NACIONAL DE Autor: Instituto de Pesquisas em Transportes - IPR


INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
Processo: 50600.014703/2020-86
DIRETORIA-GERAL Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de / / .

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
PESQUISA citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda
comercial.
INSTITUTO DE PESQUISAS EM
TRANSPORTES
Setor de Autarquias Norte
Quadra 03 Lote A Palavras-chave: Nº total de páginas
Ed. Núcleo dos Transportes Levantamento de defeitos, porcentagem de área trincada,
Brasília – DF – CEP 70040-902 afundamento de trilha de roda, avaliação de pavimentos.
9
Tel/fax: (61) 3315-4831

Resumo Anexo B (Normativo) – Modelo de Treliça...................... 6

Anexo C (Informativo) – Exemplo de cálculo de área


Este documento apresenta os procedimentos
trincada .......................................................................... 7
necessários para o levantamento de área trincada e de
afundamento de trilha de roda em trechos experimentais, Anexo D (Informativo) – Bibliografia ............................... 8
monitorados ou trechos homogêneos de curta extensão, Índice geral ..................................................................... 9
visando a comparação com os valores previstos pelo
novo Método de Dimensionamento Nacional – MeDiNa. Prefácio

Abstract A presente Norma foi preparada pelo Instituto de


Pesquisas em Transportes – IPR/DPP, para servir como
This document presents the necessary procedures for documento base, visando estabelecer os procedimentos
quantifying cracking distress area percentage and rutting para levantamento de defeitos estruturais do tipo
depth parameters in experimental, monitored or short trincamento para cálculo de área trincada e do tipo
extension segments, in order to compare with those deformação permanente para cálculo do afundamento de
predicted in the National Design Method - MeDiNa. trilha de roda de pavimento asfáltico. A criação desta
Norma procede dos estudos e pesquisas realizados no
Sumário
âmbito do Termo de Execução Descentralizada – TED nº
682/2014 firmado com a COPPE/UFRJ, para o
Prefácio .......................................................................... 1
desenvolvimento de método mecanístico-empírico de
1 Objetivo ................................................................... 2
dimensionamento de pavimento asfáltico. Está formatada
2 Referências normativas .......................................... 2 de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PR.

3 Definições ............................................................... 2

4 Aparelhagem ........................................................... 2

5 Execução ................................................................ 2

6 Relatório.................................................................. 4

Anexo A (Normativo) – Modelo de ficha ......................... 5


NORMA DNIT XX/2020-PRO 2

1 Objetivo 4 Aparelhagem

Esta Norma estabelece os procedimentos para avaliação Para a avaliação do pavimento, os seguintes materiais
de defeitos estruturais do pavimento, através do devem estar disponíveis:
levantamento do percentual de área trincada e do
afundamento de trilha de roda, em trechos experimentais, a) Treliça de alumínio, padronizada, tendo 1,20m de

monitorados ou trechos homogêneos de curta extensão. comprimento na base, dotada de régua móvel instalada

Trata-se de procedimento que segue o modelo utilizado em seu ponto médio e que permite medir, em milímetros,

para calibração do programa MeDiNa e tem objetivo de as flechas da trilha de roda, definida na norma DNIT 006

comparar os resultados verificados em campo com - PRO. (Ver Anexo B);

aqueles previstos no referido programa.


b) Ficha de levantamentos de defeitos no pavimento

2 Referências normativas (Anexo A);

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis c) Equipamento e material auxiliar para a locação e

à aplicação desta Norma. Para referências datadas, demarcação dos defeitos no pavimento, tais como: trena

aplicam-se somente as edições citadas. Para referências de 20 m, prancheta, caneta, formulários, etc.

não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do


5 Execução
referido documento (incluindo emendas):

5.1 Organização das atividades


a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 005
a) O trecho deve estar interditado durante os
– TER: Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-
levantamentos.
rígidos.
b) Para a locação e levantamento dos defeitos, os
b) _____. DNIT 006 – PRO: Avaliação objetiva da
avaliadores devem portar os materiais apresentados no
superfície de pavimentos flexíveis e semi-rígidos –
item 4.
Procedimento.
c) O trecho analisado deve estar demarcado por
c) _____. DNIT 007 – PRO: Levantamento para
estacas a cada 20 metros e o levantamento de defeitos
avaliação da condição de superfície de subtrecho
deve ser realizado por meio do caminhamento em toda a
homogêneo de rodovias de pavimentos flexíveis e
extensão do pavimento analisado, considerando os tipos
semi-rígidos para gerência de pavimentos e estudos
de defeitos presentes.
e projetos – Procedimento.
d) Durante os levantamentos devem ser utilizados o
3 Definições
modelo de ficha de levantamento de defeitos (Ver Anexo
A).
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos
e definições contidos na Norma DNIT 005 – TER e a
e) A locação longitudinal dos defeitos utiliza como
definição a seguir:
referência o estaqueamento físico determinado.

3.1 Flecha na trilha de roda


f) Transversalmente, os defeitos serão locados por
faixa de rolamento, sendo que cada faixa tem três
Medida, em milímetros, da deformação permanente no
subdivisões transversais nomeadas como trilha interna,
sulco formado nas trilhas de roda interna (TRI) e de roda
centro e trilha externa, considerando como referência o
externa (TRE), correspondente ao ponto de máxima
sentido do tráfego de veículos.
depressão, sob o centro de uma régua de 1,20m.

g) A locação dos defeitos tem precisão de 2 metros


longitudinalmente por 1/3 da largura da faixa de
rolamento transversalmente, conforme apresentado na
NORMA DNIT XX/2020-PRO 3

Figura 1. Na ficha de inventário de defeitos aparecem Onde:


células de 2 metros de comprimento por 1/3 da faixa de
largura que devem ser associadas a cada defeito, com a 𝑨𝑻%𝒊 – área trincada na faixa i avaliada;
finalidade de facilitar o registro dos dados do
levantamento. 𝒏𝒅𝒆𝒇 – número de retângulos (células) com a presença
de trincas e/ou fissuras na faixa i;

𝑛𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 – número total de retângulos (células) da faixa i


monitorada.

O Anexo D apresenta um exemplo de cálculo de área


trincada.

5.3 Determinação do afundamento de trilha de


Figura 1 - Detalhe de divisão em seções de uma roda
faixa de rolamento

h) Os defeitos do pavimento considerados para De acordo com a Norma DNIT 006 – PRO, as flechas

determinar a área trincada serão todas as fissuras, devem ser medidas em milímetros, em cada estação

trincas, panelas ou buracos e remendos presentes no demarcada a cada 20 m, utilizando a treliça referida no

pavimento. item 4.a Aparelhagem. Estas medidas são executadas


nas trilhas de roda interna (TRI) e externa (TRE),
NOTA 1: Os levantamentos de defeitos, em cada deslocando-se a treliça transversalmente dentro da trilha
segmento, devem ser realizados anualmente até a obtenção da leitura máxima.
ou de acordo com a programação da gerência
de pavimentos para permitirem o Caso o ponto selecionado apresente remendo ou panela

estabelecimento de desempenho que possa que inviabilize a medida da flecha, a treliça deve ser

se comparado com a previsão feita utilizando deslocada longitudinalmente para executar a operação.

o Método de Dimensionamento Nacional de


Para as flechas medidas, devem ser calculados os
pavimentos MeDiNa.
seguintes parâmetros:

5.2 Determinação da área trincada


a) para as rodovias de pista simples - a média (ᾱ) e a

No delineamento elaborado para o cálculo do percentual variância (𝑆 2 ) das flechas medidas nas TRI e TRE de
de área trincada na faixa avaliada (𝐴𝑇%), todos os ambas as faixas de tráfego. No caso de “terceira faixa”,
defeitos de trincas isoladas transversais, longitudinais e os parâmetros desta faixa devem ser considerados
interligadas de fadiga devem ser consideradas sem separadamente;
diferenciação. Qualquer defeito associado ao
trincamento por fadiga observado na localidade do b) para as rodovias de pista dupla - a média (ᾱ), o

retângulo compromete a área total do mesmo, sendo sua desvio padrão (𝑆) e a variância (𝑆 2 ) das flechas medidas
região considerada completamente trincada. O nas TRI e TRE das faixas de tráfego mais solicitadas de
percentual de área trincada por faixa de rolamento é cada pista, separadamente.
determinado pela relação entre o número de retângulos
(células) com a presença de trincas e o número total de As fórmulas para o cálculo da média, do desvio padrão e
da variância dos valores das flechas TRI e TER são as
retângulos (células) do segmento monitorado, conforme
apresentado na equação a seguir: seguintes:

𝒏𝒅𝒆𝒇 ∑ 𝛼𝑖
𝑨𝑻%𝒊 = (1) ᾱ= (2)
𝒏𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑛
NORMA DNIT XX/2020-PRO 4

∑(𝛼𝑖 −ᾱ )2 𝑆 – desvio padrão dos valores das flechas medidas (TRI


𝑆=√ (3)
e TRE), em milímetros (mm);
𝑛−1

∑(𝛼𝑖 −ᾱ )2 𝑆 2 – variância, em milímetros ao quadrado (mm2).


2
𝑆 = (4)
𝑛−1
6 Relatório
Onde:
Os resultados devem ser apresentados com a
ᾱ – média aritmética dos valores das flechas medidas identificação do trecho avaliado, as leituras individuais e
(TRI e TRE), em milímetros (mm); as médias e desvio padrão da porcentagem de área
trincada e do afundamento de trilha de roda.
𝛼𝑖 – valores individuais, em milímetros (mm);

_________________/Anexo A
NORMA DNIT XX/2020-PRO 5

Anexo A (Normativo) – Modelo de ficha

Ficha de Levantamento de Defeitos


Data do Levantamento Estaca inical do trecho
Técnico Responsável Estaca final do trecho
Local do trecho analisado

Estaca metros * Faixa de Rolamento Direita Faixa de Rolamento Central Faixa de Rolamento Esquerda
TI TC TE TI TC TE TI TC TE

TI: trilha esquerda; TC: trilha central; TE: Trilha direita


Metros* - identificar cada 2 metros, correspondente ao comprimento da célula
Prencher cada célula com o código correspondente ao defeito conforme legenda do Anexo A da norma DNIT 005/2003 - TER
Obs: No cálculo do % de área trincada serão consideradas as fissuras, trincas, panelas ou buracos e remendos.

Figura A1 - Modelo de ficha de levantamentos de defeitos do tipo trincas de pavimentos asfálticos

_________________/Anexo B
NORMA DNIT XX/2020-PRO 6

Anexo B (Normativo) – Modelo de Treliça

Figura B1 – Treliça para medição das flechas da trilha de roda (Fonte – DNIT 006/2003 – PRO)

_________________/Anexo C
NORMA DNIT XX/2020-PRO 7

Anexo C (Informativo) – Exemplo de cálculo de área trincada

Obs: TI - trilha interna, CE - centro, TE - trilha externa

Figura C1 – Exemplo de cálculo de área trincada

Tomando como exemplo a Figura C1, considerando apenas as estacas 0 a 2, na faixa 1 e na faixa 2 estão identificadas as
células comprometidas por defeitos associados ao trincamento. Para o pavimento avaliado (estaca 0 à estaca 2), cada faixa
de rolamento contém 60 células investigadas (30 células por estaca), conforme estaqueamento de 20 em 20 m. Na Faixa 1
há 3 células associadas a algum tipo de trincamento e na Faixa 2, 5 células com algum tipo de defeito. Sendo assim, para
cada uma das faixas, basta dividir o número de células identificadas com defeitos pelo número total de células na faixa. As
Equações 5 e 6 mostram o processo matemático simples empregado no cálculo do percentual de área trincada, que deve ser
ampliado para a extensão total do segmento experimental:

3
𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎 1 = ( ) ∗ 100 = 5% (5)
60

5
𝐹𝑎𝑖𝑥𝑎 2 = ( ) ∗ 100 = 8,3% (6)
60
Fonte: Guia para Execução de Segmentos Experimentais – PRO – MeDiNa

_________________/Anexo D
NORMA DNIT XX/2020-PRO 8

Anexo D (Informativo) – Bibliografia

a) BUENO, L. D. Contribuição para a previsão d) NASCIMENTO L. A. H. Implementation and


empírico-mecanicista da irregularidade longitudinal e Validation of the Viscoelastic Continuum Damage
seus desdobramentos econômicos em pavimentos Theory for Asphalt Mixture and Pavement Analysis in
asfálticos. 370 p. Tese de Doutorado. Universidade Brazil. 335 p. Tese de Doutorado. North Carolina
Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 2019. State University. North Carolina (EUA), 2015.

b) DEPARTAMENTO NACIONAL DE e) PETROBRAS. REDE DE TECNOLOGIA EM


INFRAESTRUTURA DE TRASNPORTES. ASFALTOS (Rede Temática de Asfalto). Manual de
PUBLICAÇÃO IPR – 749. Guia para Execução de Execução de Trechos Monitorados. Rio de
Segmentos Experimentais – PRO - MeDiNa. Janeiro/RJ, 2011.
Diretoria Geral, Diretoria de Planejamento e
Pesquisa, Instituto de Pesquisas Rodoviárias, 1ª
Edição, Brasília, 2020.

c) FRITZEN, M. A., (2016). Desenvolvimento e


Validação de Função de Transferência para Previsão
do Dano por Fadiga em Pavimentos Asfálticos. Tese
D.Sc., Programa de Engenharia Civil da
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro – RJ.

_________________/índice Geral
NORMA DNIT XX/2020-PRO 9

Índice geral

Abstract .............................................................. 1 Execução ............................................................2


Anexo A (Normativo) – Modelo de ficha ............. 5 Flecha na trilha de roda ......................................2
Anexo B (Normativo) – Modelo de Treliça.......... 6 Índice geral .........................................................9
Anexo C (Normativo) – Exemplo de cálculo Objetivo ..............................................................2
de área trincada ................................................ 7 Organização das atividades ...............................2
Anexo D (Informativo) – Bibliografia ................... 8 Prefácio ..............................................................1
Aparelhagem ...................................................... 2 Referências normativas ......................................2
Definições .......................................................... 2 Relatório .............................................................4
Determinação da área trincada .......................... 3 Resumo ..............................................................1
Determinação do afundamento de trilha de roda 3 Sumário ..............................................................1

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