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DIRETORIA GERAL
Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na Reunião de 17/4/2018
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E
PESQUISA
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
INSTITUTO DE PESQUISAS citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propagan-
RODOVIÁRIAS da comercial.
Resumo Sumário
001/2009 – PRO.
3.1 Superpave
1 Objetivo
Sigla correspondente a SUperior PERformance Asphalt
Esta norma descreve os procedimentos para a prepara- PAVEments (Pavimentos Asfálticos de Desempenho
ção e compactação de corpos de prova cilíndricos de Superior) correspondente a uma série de métodos de-
mistura asfáltica a quente usando o compactador girató- senvolvidos no Strategic Highway Research Program
Volume de vazios nos agregados minerais (VAM), que É a amostra de mistura asfáltica produzida em uma
representa o que não é agregado numa mistura, ou usina (planta de produção), coletada antes da compac-
seja, vazios com ar e asfalto. tação e imediatamente compactada usando um equipa-
mento de compactação de laboratório.
3.9 Vazios do corpo de prova
Quantidade estabelecida de rotações do molde no com- 3.17 Condicionamento de curto prazo de misturas
pactador giratório, que representa a energia necessária a quente
para atingir certo arranjo do esqueleto mineral. O núme-
É o procedimento de condicionamento de mistura de
ro de giros se correlaciona com a energia de compacta-
curto prazo usado para simular o envelhecimento que
ção e com o volume de tráfego previsto para a via.
ocorre durante a construção e deve ser usado no projeto
3.12 Nível de giros da mistura e na preparação de corpos de prova para
ensaios mecânicos
Definem-se três níveis de giro particulares no método de
dosagem Superpave: número inicial (Nini), número de NOTA: A amostra preparada no laboratório tem proprie-
projeto (Np) e número máximo (Nmax), correlacionados dades diferentes de mistura produzida em usina
a Vv específicos. por várias razões. Uma dessas é que há envelhe-
cimento à medida que a mistura passa pela planta
3.13 Ângulo de inclinação e durante o armazenamento e transporte. Tam-
bém reage com o oxigênio do ar, torna-se mais
No método de compactação denominado giratório, esta-
dura e perde voláteis nas altas temperaturas du-
beleceu-se um ângulo de inclinação da base de apoio
rante a construção. A absorção de parte do ligante
que permite a variação da atuação da energia sobre a
pelo agregado também pode ocorrer enquanto o
massa a ser compactada por meio de giros da base.
aglutinante ainda é fluido o suficiente para migrar
para os poros do agregado. O envelhecimento
3.14 Mistura preparada e compactada em laborató-
continua a uma taxa mais lenta ao longo da vida
rio
útil do pavimento, mais alta em climas quentes ou
Amostra preparada no laboratório por pesagem de cada durante os meses de verão, quando as temperatu-
componente, misturados, formando uma massa homo- ras são maiores. É importante contabilizar as mu-
danças nas propriedades da mistura ao preparar
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Esta seção está dividida em quatro subseções, confor- e) Sistema de aquisição de dados: registra continua-
me discriminação seguinte: mente as medidas de altura do corpo de prova durante o
processo de compactação, com precisão de 0,1 mm,
Equipamentos correspondentes ao procedimento de uma vez por giro (Figura A3).
compactação giratório (Superpave); f) Moldes de compactação:
Equipamentos correspondentes ao procedimento de i. Cilindro de aço, com espessura mínima de 7,5 mm
compactação de impacto (Marshall); de parede, diâmetro interno de 149,90 mm a 150,00
Equipamentos auxiliares na preparação da amostra mm e altura mínima de 250 mm, usual para a mol-
e sua caracterização física; dagem de corpos de prova para a dosagem Super-
Outros instrumentos auxiliares e materiais diversos. pave da mistura asfáltica. (Figura A4 do Anexo A);
ii. Cilindro de aço, com espessura mínima de 7,5 mm
4.1 Equipamento giratório (Superpave)
de parede, diâmetro interno de 99,90 a 100,00 mm
e altura mínima de 250 mm, para moldagem de
a) Compactador: dispositivo eletromecânico, eletro-
corpos de prova para os ensaios mecânicos (Ane-
hidráulico ou eletropneumático composto de componen-
xo A – Figura A4);
tes: (1) estrutura de reação, base rotativa e motor; (2)
iii. Placa do molde e atuador de carga: fabricada em
sistema de carregamento, cilindro de carga, e medidor
aço, plana, com diâmetro externo de 149,50 mm a
de pressão; (3) sistema de registro de dados de altura e
149,75 mm, para o molde de 150 mm de diâmetro
número de giros; e (4) cilindro de moldagem do corpo de
interno, ou com diâmetro externo de 99,50 a 99,75
prova e placa base (Figura A1, do Anexo A).
mm, para o molde de 100 mm de diâmetro interno.
b) Estrutura de reação: pórtico rígido, que permite a
compressão da massa asfáltica pelo cilindro de carga
O equipamento deve ser calibrado de acordo com as
durante a compactação do corpo de prova. Mancais são
recomendações do fabricante, quanto ao ângulo, pres-
usados para posicionar a base rotativa num ângulo
são, altura e velocidade de rotação, a cada 100 horas
externo de 1,25°± 0,02º, correspondente a um ângulo
de uso ou anualmente, ou quando se observam ocor-
interno de 1,16º, mantendo-o fixo durante o processo de
rências fora do comum, tais como: vibrações, ruídos ou
giros estabelecidos para aplicar a energia desejada
travamento do sistema. As dimensões do molde e da
(Figura A2). A base rotativa deve permitir que o cilindro
placa devem ser verificadas anualmente. É necessário
que contém o corpo de prova gire livremente em seu
um ajuste no equipamento sempre que se troca o diâ-
eixo inclinado durante a compactação.
metro do corpo de prova.
c) Motor elétrico: aciona a base rotativa a uma veloci-
dade constante de 30 ± 0,5 rpm. O eixo do compactador 4.2 Equipamento de impacto (Marshall)
deve permitir que o cilindro que contém a mistura asfál-
tica gire livremente em seu eixo inclinado durante a a) Molde de compactação: cilindros de aço que se en-
d) Sistema hidráulico ou pneumático: aplica uma pres- (molde do corpo de prova) e placa de base, conforme
são vertical constante de compactação de 600 ± 60 kPa detalhado na Figura A5 (Anexo A). A placa de base e o
ao corpo de prova durante os primeiros cinco giros e de anel superior devem se encaixar perfeitamente no anel
600 ± 18 kPa durante o restante do processo de com- inferior. A placa de base funciona como um suporte para
pactação. A calibração do sistema deve ser realizada de centralizar o molde. O operador deve colocar o molde de
acordo com instruções do fabricante do equipamento. O compactação, colarinho e placa de base na posição ade-
eixo do atuador de carga deve ser perpendicular à placa quada, antes da compactação do corpo de prova;
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madamente 450 mm de altura, nivelada no seu topo metálicas ou recipientes descartáveis de alumínio;
com uma placa de aço de, aproximadamente, 300 mm b) Recipientes para aquecer os ligantes asfálticos: lata,
por 300 mm e 25,4 mm de espessura. A peça de madei- béquer de alumínio ou panela com bico vertedor;
ra deve ser seca e com massa específica aparente de c) Utensílios para preparar a mistura: espátula de aço
670 kg/m3 a 770 kg/m3. A madeira deve ser fixada por (com ponta arredondada), colher de metal com cabo
Portland, de dimensões de 450 mm por 450 mm e altura d) Termômetros calibrados, para determinar as tem-
de 225 mm. A peça de aço deve ser firmemente fixada. peraturas dos agregados, materiais e misturas asfálti-
A montagem da base deve ser realizada de modo a que cas. São recomendados termômetros de vidro ou digi-
placa esteja em nível, livre de trepidação e vibração tais com haste de metal com graduação de 10,0 ºC a
c) Soquete de compactação: constituído de uma massa e) Balança, com capacidade mínima de 5.000 g e reso-
457,2 ± 1,5 mm, com uma base plana, circular, que tem f) Luvas, para manuseio e transporte de produtos
quete pode ter utilização manual ou mecânica. Na Figu- g) Máscara protetora facial contra gases e vapores
do soquete. O soquete de compactação manual deve ter h) Giz de cera, ou pincel e tinta resistente ao calor,
d) Extrator de corpo de prova: composto por um disco i) Bastão de vidro ou metálico, ou espátula com lâmina
de aço de até 100 mm de diâmetro e 12,5 mm de es- flexível em aço com cabo de madeira, para homogenei-
pessura, usado para extrair corpo de prova compacta- zar o ligante asfáltico;
dos dos moldes, com alavanca que garanta que o corpo j) Concha funda, para misturar os agregados;
de prova não seja deformado durante o processo de k) Colher de metal grande, para colocar a mistura den-
tura de compactação estabelecida ± 5 ºC pelo menos 45 5.5.3.1 Compactação com equipamento giratório
minutos antes da compactação do primeiro corpo de
prova (durante o período em que a mistura está no a) Aplicar a pressão vertical de 600 kPa ± 18 kPa,
processo de condicionamento descrito na alínea “e” induzir o ângulo de inclinação e iniciar a compactação
pousado sobre uma superfície plana, para evitar danos. NOTA: A densidade relativa calculada em qualquer giro
(n) usando a Equação (1) é uma aproximação. De-
6 Determinação da densidade do corpo de pro- vido à variabilidade inerente nos agregados, como
va compactado também na mistura asfáltica dos corpos de prova,
a densidade relativa de um corpo de prova molda-
6.1 Procedimentos após a compactação
do usando os mesmos materiais, número de giros
(n), pode não corresponder exatamente à densida-
Após a compactação e extração do molde, com o corpo
de relativa calculada usando a Equação (1).
de prova à temperatura ambiente, devem ser realizados
os procedimentos seguintes:
6.2.2 Quando a preparação do corpo de prova no com-
pactador giratório se destinar à fase de dosagem deve-
6.1.1 Registrar a altura e o diâmetro do corpo de prova,
se utilizar a análise da curva de densidade versus nú-
com precisão de 0,1 mm;
mero de giros, para definição das propriedades volumé-
6.1.2 Determinar a massa do corpo de prova extraído do tricas (Nproj) e parâmetros da qualidade da mistura
molde, com precisão de 0,1 g. Determinar a densidade quanto à trabalhabilidade (Nini) e a tendência a proble-
máxima específica do corpo de prova extraído do molde, mas de fluência ou deformação permanente (Nmáx).
de acordo com o método de ensaio prescrito na norma
7 Relatório dos resultados
ABNT NBR 15573:2012.
_________________/ Anexo A
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Anexo A (Normativo)
Figura A3 – Compactador Giratório: (a) sistema de aquisição de dados e (b) gráfico de densificação.
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_________________/ Anexo B
NORMA DNIT 178/2018-PRO 14
Anexo B (Informativo)
Molde sendo colocado no compactador Molde e atuador de carga vertical Compactador fechado com molde dentro
Pesagem do corpo de prova ao ar e superfície saturada e seca Pesagem do corpo de prova submerso
_________________/ Anexo C
NORMA DNIT 178/2018-PRO 17
Anexo C (Informativo)
Os três estágios de número de giros, necessários para observar as características de compactação dos corpos de prova
que serão utilizados para determinar as propriedades volumétricas da mistura asfáltica, são baseados principalmente no
tráfego de projeto conforme indica a Tabela 1.
Para moldar corpos de prova para ensaios mecânicos a referência é o Nprojeto, mas pode variar quando se deseja produzir
corpos de prova com diferentes teores de vazios, a partir de uma dosagem prévia, considerando outros parâmetros.
Parâmetros de Compactação
Volume de tráfego comercial Número de giros
Nini Nprojeto Nmax
Muito baixo 6 50 75
Médio 7 75 115
Pesado 8 100 160
Muito pesado 9 125 205
_________________/Anexo D
NORMA DNIT 178/2018-PRO 18
________________/Índice geral
NORMA DNIT 178/2018-PRO 19
Índice geral
_________________