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COMITÊ INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – COIC/IPECI

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES DE PESQUISA


Ciclo 2020-2021
Conforme previsto no EDITAL Nº. 62/2020

PERÍODO: SETEMBRO 2020- SETEMBRO 2021(??)

*OBSERVAÇÃO: este relatório deve ser reedigido pelo discente com supervisão do
orientador
1. DADOS DO PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA OU TECNOLÓGICA
1.4 TÍTULO DO SUBPROJETO: Refúgio e Arte: retratos nas artes visuais (Fotografia)

1.5 ORIENTADOR: Profa. Dra. Liliana Lyra Jubilut

1.6 ESTUDANTE: Renata dos Santos Silva

1.7 INÍCIO DAS ATIVIDADES: Setembro de 2020


1.8 BOLSISTA: [ ] PIBIC [X] PROIN

2. DIVULGAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa foi apresentada na chamada de trabalhos no evento anual nacional das Cátedras
Sérgio Vieira de Mello ( em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados- ACNUR ). Assim como, será divulgada no evento específico da Iniciação
Científica de Ensino Médio da Universidade Católico de Santos.

3. RESUMO DO PROJETO
A pesquisa centra-se na proteção dos direitos humanos das pessoas refugiadas, em suma, dos
que apresentam bem-fundado temor de perseguições em função de sua raça, religião, opinião
política, nacionalidade, ou pertencimento a um grupo social, ou ainda, que se deslocaram por
graves e generalizadas violações de direitos humanos. Uma barreira à proteção das pessoas
refugiadas no Brasil é a efetivação das políticas de promoção de direitos. Destacam-se ainda, a
ausência do protagonismo de Estados e municípios, escassez de recursos, bem como as
limitações de conscientização social. A fim de o Direito Internacional dos Direitos Humanos e

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do Direito Internacional dos Refugiados serem concretizados, faz-se necessário a relação entre
o Estado brasileiro, a comunidade internacional (por meio do Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados (ACNUR)) e a sociedade civil organizada. O tripartismo é a chave da
proteção integral (envolvendo a garantia de todos os direitos humanos e dos direitos
específicos da condição de refugiados) e acolhimento das pessoas refugiadas e demanda
engajamento institucional e conscientização social. Sendo uma possibilidade de diálogo
social, a Arte, é capaz de auxiliar na conscientização sobre a temática. A Fotografia pode ser
um veículo interessante neste sentido, uma vez que eterniza e torna coletiva visões de mundo,
podendo apresentar aos cidadãos novas formas de enxergar, sensibilizar e focar em
determinada situação, como a que encontram-se as pessoas refugiadas. Desta maneira, essa
pesquisa objetiva analisar o papel da Fotografia, como Arte Visual, na proteção e
conscientização sobre as pessoas refugiadas, a partir de obras selecionadas.
5. METODOLOGIA
A pesquisa de Iniciação Científica desenvolve-se por meio da pesquisa bibliográfica e
normativa, mediante levantamento bibliográfico, com revisão de literatura, e coleta e análise
de dados.
A pesquisa bibliográfica iniciou-se com a leitura de cartilhas ACNUR. Esse material inseriu-
nos nos direitos e obrigações básicas dos refugiados no Brasil. Assim como, criamos
fichamentos - de todas as leituras - a fim de solidificar o lido e aprendido, para facilitar futuras
consultas e citações.
Iniciamos também a criação de glossário pessoal com termos aprendidos, a fim de fixá-los e
analisar a evolução diante a temática.
Em seguida, concretizando procedimentos para metodologias ativas de aprendizado,
realizamos um curso da Organização Internacional para as Migrações (OIM) a respeito das
migrações forçadas e internacionais, a legislação brasileira voltada ao refúgio e a ação de
instituições sociais. Logo, como complemento, lemos as cartilhas da OIM e as apostilas da
ONU sobre as migrações no Brasil contemporâneo.
Posteriormente, procedemos à leitura da obra “O direito internacional dos refugiados e sua
aplicação no ordenamento jurídico” de Liliana L. Jubilut, informando-nos do percurso

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histórico do refúgio; a imprescindibilidade do acolhimento das pessoas refugiadas; as
organizações, proteções internacionais; convenções e leis voltadas para a proteção destes; a
atuação do Brasil diante a institucionalização do refúgio; mudanças nas qualificações do
refúgio e ações das comunidades internacionais.
Passamos então a buscar novas bibliografias. Para os procedimentos das pesquisas e análises
usamos palavras chaves, tais quais: refúgio, migrantes forçados, Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados, Organização Internacional para as Migrações, Comitê
Nacional para os Refugiados, direitos do refugiado, Direito Internacional. Assim como, a
leitura das obras indicadas pela Orientadora.
Focamos a leitura nas seguintes obras: “60 anos de ACNUR: Perspectivas para o futuro” de
André C.Ramos, Gilberto Rodrigues e Guilherme A. de Almeida; “Muito Longe de Casa:
Memórias de um menino soldado” de Ishmael Beah e “Refugiados - O Grande Desafio
Humanitário” de Gilberto Rodrigues. Bem como nos artigos: “O racismo e a xenofobia no
fenômeno migratório analisados pela égide do pensamento colonial e a (in)atividade do poder
público frente a estas esferas” de Natália Flores D. Pozza; “A arte como incentivadora de
proteção: o diálogo social de Banksy e os migrantes forçados e refugiados” de Carla L. Jubilut
e Liliana L. Jubilut; “Direitos humanos e a proteção dos refugiados LGBTI” de Patrícia
Gorish; “CONARE: 14 anos de existência” de Renato Leão; “Trabalho decente na
organização internacional do trabalho e direitos fundamentais e sociais no estado democrático
de direito” de Gustavo Garcia; “Mulheres refugiadas e vulnerabilidade: a dimensão da
violência de gênero em situações de refúgio e as estratégias do ACNUR a essa violência” de
Simone Andrea Schwinn. (COMPLEMENTAR)
Houve a leitura, ainda, da Lei 9.474 de 22 de julho de 1997, que define e delimita os
reconhecidos como refugiados no Brasil. Bem como, foi assistido o documentário “Um país
para recomeçar-Um documentário sobre a vida de refugiados no Brasil". Tendo estes
usufruído de pontos de vista empíricos e sentimentais como ferramentas para aproximação da
temática do refúgio, narrando os imensos problemas encontrados no país de origem e
violações dos direitos humanos, e, empecilhos para um recomeço, mesmo havendo uma nova
oportunidade de viver. Ao decorrer de todas as leituras, informações e dados, foi adotado um

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procedimento padrão de anotá-los no Diário de Bordo, como também, quando necessário, no
glossário. (COMPLEMENTAR)
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira etapa da Iniciação Científica foi essencialmente excogitado introdutoriamente as
bases conceituais sobre o instituto do refúgio, o conceito de refugiado e sua relação com as
Artes Visuais.
Conforme a cartilha “Protegendo Refugiados no Brasil e no mundo” da ACNUR, refugiados:
“estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados à sua
raça, nacionalidade, grupo social ou opinião política. Também são considerados refugiados
aquelas pessoas que foram obrigadas a deixar seus países devido a conflitos armados, violência
generalizada e graves violações dos direitos humanos” (ACNUR, 2018).
Os movimentos migratórios têm acompanhado a história do ser humano. (CLARO,2011, p..
241, 242). A Segunda Guerra Mundial foi o evento em que se gerou um marco nos números de
refugiados, sobretudo por, além da catástrofe da guerra, ter acarretado em uma crise
humanitária. Desta forma, deu-se início ao processo de institucionalização do refúgio. Embora
as garantias da Convenção da ONU de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados fossem aplicadas
somente à Europa e às consequências repercutidas da Segunda Guerra, tornaram-se um marco à
proteção moderna. (ALARCÓN, 2011b,p. 115-128). Como afirma Liliana Lyra, em “O Direito
Internacional dos Refugiados e sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro”: “Durante
esse período, o mundo contava com milhões de refugiados: alguns estavam adaptados nos
Estados que os acolheram, outros sem lugar ou alguém para retornar. Foi em face dessa
catástrofe humanitária e sob os auspícios da recém fundada Organização das Nações Unidas
[ONU] que se estabeleceu uma entidade genuinamente universal para cuidar dos refugiados”
(Jubilut, 2007, p. 26). A fim de proteger os que sofrem perseguições de outros Estados e
origens, não tem-se somente o instituto do refúgio atuando, bem como o asilo. Essencialmente,
o direito do asilo possibilitou a criação do instituto do refúgio.(CARVALHO RAMOS, , 2011,
p.. 15-44). Segundo “60 anos de ACNUR: perspectivas de futuro”: “Até o século XX, o Direito
Internacional não possuía

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instituições ou regras voltadas especificamente aos que, após fugir de seu Estado de residência,
buscavam abrigo em outro país. O tratamento dado aos refugiados dependia, então, da
generosidade (ou não) das leis nacionais, em especial aquelas relativas à concessão de asilo”
(Ibid, p. 24-25). Sobretudo por o instituto do asilo datar da Antiguidade, atualmente limitar-se a
América Latina, tratados regionais e ser específico a questões políticas, não desenvolve a
proteção integral dos indivíduos, da mesma forma que carece em apresentar uma descrição clara
da concessão de asilo. (JUBILUT, 2007, p. 50.) Similarmente visando a solidariedade e
humanidade à proteção, nasce o refúgio, este por sua vez surge no século XX, contendo tratados
internacionais, com hipóteses objetivas de reconhecimento do status de refugiado, o non-
refoulement e comprometimentos obrigatórios dos países receptores, ademais motivações por
raça, nacionalidade, religião, opinião política, pertencimento a grupo social. (CARVALHO
RAMOS, 2011, p. 24-27) É garantido o direito do asilo, no artigo XIV da Declaração Universal
dos Direitos Humanos,
nos seguintes termos:
1. Todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em
outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada
por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
Os Estados não podem negar asilo quando há uma base fundamentada, no entanto, as hipóteses
discricionárias de reconhecimento para concessão do direito não são claras. (JUBILUT, 2007,
p.40,49,50). Bem como, quando há perseguição legitimamente motivada por crimes de direito
comum, atos contrários aos objetivos e princípios e da Organização das Nações Unidas exclui-
se o direito de asilo. (CARVALHO RAMOS, 2011, p. 24, 31). O asilo, é instituição que ampara
os perseguidos por motivos políticos, sendo consagrado no Direito Internacional Público.
(WALDMAN, 2018, p. 11, 24). O asilo possui as seguintes características distintivas (que serão
úteis na diferenciação, brasileira, do instituto do refúgio):
1. é um instituto voltado à acolhida do estrangeiro alvo de perseguição política atual;

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2. é direito do Estado e não do indivíduo, sendo sua concessão discricionária, não sujeita
à reclamação internacional de qualquer outro Estado ou ainda do próprio indivíduo
solicitante;
3. sua natureza jurídica é constitutiva, ou seja, não há direito do estrangeiro: ele será
asilado apenas pós a concessão, que tem efeito ex nunc;
4. pode ser concedido inclusive fora do território, nas modalidades do asilo diplomático
e do asilo militar;
5. no Brasil, não há órgão específico ou trâmite próprio: há a livre circulação da
diplomacia na análise do caso concreto.” (CARVALHO RAMOS, 2011, p. 24).
O refúgio, por sua vez, surgiu em virtude da necessidade de proteger os russos, contudo, logo
este órgão passou a abranger o cuidado de quaisquer refugiados. (JUBILUT, 2007, p. 17). Desse
modo, foi originado o Escritório Internacional Nansen para Refugiados, outrossim houve a
Declaração Universal de Direitos Humanos, a Convenção de Genebra
relativa aos direitos dos Refugiados e a Convenção de 1951, impulsionando e estabelecendo os
direitos dos refugiados, assim como seus deveres básicos. Em detrimento da limitação territorial
da Convenção 1951, na qual os direitos e deveres dos refugiados restringiam-se aos pertencentes
de fluxos antecedentes a 1951 e territórios europeus, em 1967 foi editado o Protocolo Adicional
à Convenção sobre Refugiados, revogando as limitações. Posteriormente, foi aprovada a
Convenção da Organização da Unidade Africana sobre refugiados, estabelecendo a “definição
ampla de refugiado”, a qual incluiu como refugiado o estrangeiro que deixou o país em razão de
graves violações dos direitos humanos. Definição ampla de refugiado que foi inclusive adotada
pela Declaração de Cartagena, que juntamente com a Convenção de 1951 e Protocolo de 1967,
prevê proteger quem foge de situação de grave e generalizada violação de direitos humanos. A
ONU estabeleceu o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) em 1950.
(CARVALHO RAMOS, 2011, p. 25).O ACNUR iniciou sua missão no Brasil em 1977,
protegendo os refugiados de forma integral, portanto trabalhando em uma nova lei brasileira
específica para os refugiados.(JUBILUT, 2007, p. 86, 171) Somente com a vinda do ACNUR e
fluxo de refugiados ao país, que criou-se a Lei n. 9.747/97. (HAYDU, 2011, p. 132-134). Assim

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como, a Constituição de 1988 tem protagonismo nos direitos dos tratados de direitos humanos
concretizados pelo Brasil, fundamentando a proteção. A normatização do refúgio e asilo no
Brasil, embora não proteja a todos, permite prever-se que o refúgio é acometido em casos
regulares, enquanto o asilo político de modo excepcional e em situações de interesses
governamentais a favor da diplomacia brasileira. Isso dá-se pois o refúgio é a principal forma de
acolhimento de estrangeiros em situações de bem-fundada perseguição ou violação de direitos
humanos, ao passo que o asilo está isento de descrições de concessão claras e órgãos voltados
para seu funcionamento. (CARVALHO RAMOS, 2011, p. 42).
Indubitavelmente, não basta estar sob situação de perseguição, violação dos direitos humanos,
integridade física ou de vida ameaçados para ter-se os direitos de um refugiado, é
imprescindível solicitar o pedido de refúgio. Enquanto o solicitante de refúgio aguarda o
reconhecimento, é permitida a permanência em território brasileiro sem multas ou
investigações por ingresso irregular, tendo por direito acesso à documentação de identidade,
protocolo provisório, carteira de trabalho provisória, a saúde e a educação. Da mesma forma que
o solicitante de refúgio fica amparado pela constituição de discriminações, violências e livre
trânsito pelo território brasileiro, este por sua vez tem que respeitar todos cidadãos, leis,
entidades, organismos e renovar o Protocolo Provisório de solicitação de refúgio, juntamente.
Os pedidos de refúgio são analisados pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), da
mesma forma que as políticas públicas e esclarecimentos de termos legais voltados ao refúgio.
O Ministro da Justiça atua nas decisões dos recursos dos solicitantes de refúgio no Brasil.
(BRASIL. LEI No 9.474, DE 22 DE JULHO DE 1997). Enquanto a Polícia Federal é
encarregada de emitir os pedidos do refúgio, documentos aos solicitantes e refugiados, informar
os solicitantes de refúgio quanto ao resultado, assim como em direcionar os pedidos negados ao
CONARE. A medida que, concomitantemente, organizações civis como o Caritas
Arquidiocesana no Rio de Janeiro, Arquidiocesana de São Paulo e Instituto de Migrações e
Direitos Humanos no Brasil promovem a integração e proteção dos refugiados. O modelo de
trabalho conjunto para proteção, assistência, apoio e integração do refugiado é a chave para o
êxito brasileiro. O tripartismo, isto é, a ação concomitante da sociedade civil organizada, o

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ACNUR e o Estado brasileiro, torna o sistema em prol da promoção dos direitos do refugiado
efetivo. (LEÃO, 2011a, p. 168-169).
A legislação brasileira atual na temática dos refugiados é considerada de vanguarda, tendo em
vista que contempla as definições da ONU, o Estatuto dos Refugiados, tal como incisos da
Declaração de Cartagena(VEDOVATO, 2011, p. 308). Ademais, a Constituição Federal de
1988 têm como fundamentos a dignidade humana, tolerância, solidariedade e liberdade.
(ALARCÓN, 2011, p. 112). Todavia, mesmo com os ideais de liberdades, direitos sociais e
proteção, o amparo aos refugiados é ínfimo, impossibilitados de refazerem suas vidas
plenamente. “O Brasil, que consagrou um leque de dispositivos principiológicos para abordar as
relações internacionais, medita urgentemente sobre as condições que impossibilitam a
efetividade dos direitos humanos” (Ibid, p. 128.). Acolher os refugiados não é somente questão
de solidariedade, na modernidade constitucional torna-se um conceito do Direito Humanitário
que vem sendo construído e positivado gradualmente desde o início do século XX. Em virtude
do Direito Internacional, foi criado um princípio fundamental, o non-refoulement, em que o país
receptor é proibido de expulsar ou devolver ao país de origem um indivíduo em risco de
perseguição baseado na raça, religião, nacionalidade, pertencimento a grupo social, opinião
política ou graves violações aos direitos humanos. (WALDMAN, 2018, p.. 29,31). A integração
dos refugiados no Brasil cerca-se de barreiras, tais quais a ausência de emprego, moradia,
serviços básicos e a discriminação. “Por falta de campanhas consistentes e de informação,
grande parte da população brasileira não sabe ao certo quem é um refugiado e com frequência
os reconhece como fugitivos da justiça, tornando a integração na sociedade e no mercado de
trabalho ainda mais difíceis” (HAYDU, 2011, p. 142, 143). As pessoas refugiadas e demais
migrantes são postos na zona do “não ser”, principalmente com o fator da colonialidade frente a
sua existência, segregando os indivíduos. Fanon, em “O racismo e a xenofobia no fenômeno
migratório analisados pela égide do pensamento colonial frente a estas esferas” é citado e
explica em como a racionalização da sociedade marca os corpos, por meio da cor, práticas
étnicas, linguísticas, religiosas e culturais, impedindo uma integração e pertencimento. Embora
tenha-se uma intensificação nos fluxos migratórios, perpetua-se a aversão e estranhamento do

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que é de fora. É gerado cenários de racismo e xenofobia, intrinsecamente ligados com as raízes
da colonialidade. “Foi apontado pelo na época presidente da Organização Internacional para as
Migrações, Richard Perrochoud, que um dos maiores desafios no cenário das migrações a nível
global seria a incapacidade dos Estados de estabelecer procedimentos que fossem capazes de
proteger o direito humano do migrante, desde seu acesso à justiça, até a forma de lidar com as
intolerâncias que o atacariam.” (POZZA, 2016, p. 6).
Para garantia dos direitos do refugiados, tem-se a busca pela proteção integral, e “Essa busca se
concretiza por meio de inúmeras frentes de ação, como, por exemplo, (i) a busca do
comprometimento de Estados com os tratados internacionais, (ii) o desenvolvimento de
normativas internas para proteção, (iii) a conscientização da sociedade que acolhe a essas
pessoas, (iv) a tentativa de eliminar as causas que impelem as migrações forçadas e (v) a busca
de efetivação dos direitos das pessoas nestas condições” (JUBILUT, 2011, p. 163). A partir do
final do século XX, há um papel mais ativo do Judiciário para efetivação dos direitos humanos,
com este atuando em papéis nacionais e internacionais, estabelecendo e titularizando os direitos
humanos(JUBILUT, 2011,. p. 163,164.) Isto é, a definição da Convenção de 51 aplica-se às
hipóteses de obrigações estatais para garantir-se os direitos dos refugiados, sendo o Poder
Judiciário meio para garantia da proteção integral, através da: “ judicialização do refúgio em
cinco grupos: 1) casos sobre o resultado do processo de solicitação de refúgio [...]; 2) casos em
que se debate o próprio conceito de refugiado e sua aplicação enquanto direito; 3) casos que
envolvem o gozo de direitos humanos dos refugiados; 4) casos envolvendo conflitos de direitos,
em geral entre a proteção dos refugiados e a população em geral [...]; e 5) casos nos quais os
princípios do Direito Internacional dos Refugiados, em especial o do non-refoulement, são o
objeto central”. (JUBILUT, 2011, p. 175). Entretanto, para separação dos poderes e seus
deveres, ou seja, o Poder Judiciário concretizando os direitos humanos, faz-se necessário haver
divulgação da temática, a fim de estabelecer-se a relação entre estes, o caráter jurídico e Direito
Internacional de Proteção da Pessoa Humana a serem cumpridos, juntamente para
conscientização da população. (Ibid, p. 163-178).
Bem como, outra estratégia para a proteção e integração dos refugiados é o Tripartitismo,

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modelo no qual age a sociedade civil organizada, ACNUR e Estado Brasileiro. Neste, visando a
dignidade humana, faz-se necessário a atuação de políticas de diálogo social para cooperação,
como manifestado na Declaração da OIT sobre a Justiça Social para uma Globalização Justa de
2oo8: “num mundo de crescentes interdependências, complexidades e com internacionalização
da produção, o diálogo social e a prática do tripartismo entre governos e representantes de
trabalhadores e empregadores dentro e fora das fronteiras nacionais são cada vez mais
relevantes para o alcance de soluções e para a construção da coesão nacional e do Estado de
Direito[...]” (GARCIA, 2017, p. 3). De modo que, a institucionalização do tripartismo é a chave
da proteção integral, já que consolida a temática do refúgio, a garantia de direitos e integração,
consagrando um esforço-conjunto. (LEÃO, 2011b, .p. 168, 169).
Assim como, com intuito de consagrar o direito da proteção e integração dos refugiados, urge-se
de melhorias na efetivação do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do Direito
Internacional dos Refugiados; na cooperação entre a sociedade civil organizada, ACNUR e
Estado brasileiro; ampliação dos recursos financeiros para implementação de políticas e
campanhas de conscientização; engajamento de escolas e faculdades com a causa e estudo do
refúgio. (Ibid, p. 72, 74, 91.)
A vulnerabilidade das pessoas refugiadas é perpetuada pela ausência de informações sobre a
temática, impedindo-os de consagrarem o direito da proteção, integração, acesso a emprego,
moradia e cuidados básicos. Portanto, com intuito da efetivação dos direitos das pessoas
refugiadas, por meio do conhecimento e resolução do problema social internacional, a Arte
torna-se imprescindível.
Por meio da Arte cria-se um diálogo social, que conscientiza por meio de linguagens intuitivas e
sensíveis. A interação da Arte com a realidade torna-se um processo que se retroalimenta, ao
mesmo tempo que o cotidiano influencia a arte, a Arte muda o cotidiano (JUBILUT e
JUBILUT, 2017, p. 50-52). Sendo esta, tanto uma ferramenta capaz de gerar reflexões e
manutenção social, quanto de críticas, como um instrumento de proteção das pessoas refugiados
e demais migrantes. De tal forma que, a Arte gere fomento da temática do refúgio e
identificação cultural, ampliando a percepção pública a respeito. “a Arte funciona como um

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instrumento para destacar valores, princípios, problemas e se transforma em ferramenta
essencial para o diálogo social. Em face da atual “crise migratória”, portanto, a Arte pode
contribuir com a proteção, sobretudo de migrantes forçados e de refugiados”(Ibid, p.50-52).
Assim sendo, a fotografia como arte visual contém a faculdade de contribuir na causa do
refúgio. Por meio do registro da luz faz-se possível conscientizar, ampliar a temática, criar
novas formas de enxergar, sensibilizar, comover, criticar e reportar ausência de direitos
humanos, compartilhando convenções sociais e eternizando a visão do fotógrafo.
Historicamente, a fotografia fora uma das invenções primordiais de interesse dos antropólogos
(AMANTE, GANITO, 2017), sendo protagonista na representação narrativa de povos, culturas,
ambientes e espaços sociais, assim “reproduz até ao infinito (o que) só aconteceu uma vez: ela
repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente” (Barthes, 2015).
De modo que a fotografia rompe com o distanciamento de realidades e tempo ao expor frente-a-
frente o negligenciado social, como do refugiado.
Ademais, demasiado reflete-se a respeito da fotografia de guerra e espetacularização do
sofrimento, morte e miséria alheia; com exposição de menores de idade e exagero da
dramatização imediata, isto é, a foto-choque:
“A fotochoque, tal como conceituada por Barthes, bastante utilizada pelo jornalismo,
traz forte carga de emoção. A imagem emocional por excelência é a imagem publicitária
que geralmente exacerba o estímulo às emoções, visando o consumo e, assim como a
imagem de propaganda política, quer persuadir e provocar adesão”(BUITONI, 2011)
O choque do receptor tornara-se objetivamente meio de ampla distribuição do produto
fotografia, voltando-se a valorização da violência como visto na representação do refugiado
sírio na mídia ocidental. ( JALES, PINTO, 2019) Conforme palavras de Sontag, em 2003:
“A caçada de imagens mais dramáticas (como, muitas vezes, são definidas) orienta o
trabalho fotográfico e constitui uma parte da normalidade de uma cultura em que o
choque se tornou um estímulo primordial de consumo e uma fonte de valor.”
Na obra “A Cultura da imagem e sociedade espetáculo” trata-se de como a onipresença das
câmeras desmaterializa as fotografias e anestesia o público frente ao sofrimento alheio. Em uma

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geração com capacidade de fotos ilimitadas, não nutre-se tamanha pré-elaboração e análise da
semântica desejada, visando quantidade frente a qualidade: gerando massificação; assim, o
público vê-se com uma quantidade exponencial de informações, impedindo-o de apropriar o
olhar ao solicitado.
Assim, faz-se essencial o fotojornalismo crítico(COELHO, MORAES, 2016), para ver-se além
de lentes fotográficas e aprofundar o engajamento social em causas humanitárias. Declinando-se
do valor mercadológico a priori como transmissão e compartilhamento da dor alheia e
atribuindo um valor crítico ao contexto histórico-social presente no registro: minimizaria-se os
preconceitos sociais e reforço de estereótipos aos povos representados; humanizaria-se as
vítimas; conduziria o julgamento coletivo à conscientização; denunciaria-se com dignidade
acarretando em visibilidade ao vulnerável.(JALES, PINTO, 2019)
Em conformidade com teóricos, o fotojornalismo inicia-se na Guerra da Criméia, em 1854, a
fim de cativar a população com a face heróica da guerra, retratando o que consideravam
humanamente verdade.(CAETANO, 2014) Na atualidade, juntamente há fotógrafos
comprometidos com a verdade e elucidação da ausência dos direitos humanos a certos setores
sociais, tais quais os refugiados, povos brasileiros negligenciados, vítimas de conflitos armados
e migrantes forçados; registrando e coletivizando a visão de estar diante da morte, esperança
frente ausência de direitos, miséria, doenças e pobreza, a luta por uma qualidade de vida digna e
o não reducionismo do indivíduo a vítima.
Criamos uma tabela a partir do trabalho de fotógrafos nacionais e internacionais humanitários,
objetivando demonstrar a influência da fotografia na proteção e conscientização sobre o refúgio,
estabelecendo as respectivas características fotográficas e essência dos registros:

Fotógraf Gênero Cores e Enquadrament Efeito Foco/


o Luz o Característica

Abdul Documental Cores e Objeto de Imersão e Retrata o


Saboor luz interesse no percepção trânsito e
naturais, primeiro de vivência vivência dos
ocasionalme plano do retratado refugiados,

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nte preto e ou plano conscientizando
branco aberto sobre sua
realidade

Alex Preto e Objeto de Forte uso Retrata


Majoli Documental/ branco,com interesse do flash naturalmente a
luz artificial principalmen narrativa do
Neorrealista te refúgio e
no centro migração

Ameer Al Cores e luz Objeto de Captura Retrata o


Habi Documental/ naturais interesse no de conflito armado
centro e instantes da Síria,
Jornalismo primeiro decisivos integrando o
plano povo

Anas Fotojornalismo Cores Objeto de Mudança Retrata além da


Alkharbo naturais e interesse do foco morte, a
utli vibrantes, centralizado tradicional resistência e
luz frontal e e primeiro esperança em
lateral plano continuar a vida

Dan Fotojornalismo Cores Objeto de Sobre- Retrata a


Eldon vibrantes e interesse camadas miséria,
luz natural, centralizado de fotos pobreza e
ocasionalme ou e pinturas intervém,
nte lateralizado caracteristicam
subexposta ente mistura
formas de artes

Giles Preto e Objeto de Eventuais Retrata a


Duley Documental/ branco, luz interesse registros vulnerabilidade
natural geralmente analógicos e efeitos da
Retratos centralizado (Olympus) guerra, sendo
anti-guerra

Jacob Fotojornalismo Cores e luz Objeto de Captura de Retrata a luta


Ehrbahn naturais interesse em instantes de refugiados e
primeiro e decisivos migrantes por
segundo uma vida digna
planos

J. R. Fotorreportage Preto e Composição Alto Retrata os

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Ripper m/Documental branco, luz em contraste, negligenciados
natural elementos ocasionalment no Brasil,
múltiplos, e superexposto povos
objeto de inviabilizados e
interesse explorados
variável

Artístico/ Preto e Objeto de Leve Retrata a


Omar Surrealismo branco, luz interesse no superexposiçã humanidade no
Imam natural centro e em o refugiado não
primeiro reduzindo-o a
plano vítima,
criticando a
tradicional
fotografia
“humanista”

Sebastião Documental Preto e Objeto de Hiper Retrata a


Salgado branco, luz interesse no profundidade miséria,
natural e centro e de campo e condições
difusa regra dos alto contraste humanitárias
terços com realismo
objetivo

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÃO
A ausência da efetivação das leis e acordos sobre o refúgio, assim como a pouca consciência da
sociedade civil a respeito do tema, obsta a proteção e integração das pessoas refugiadas. Diante
disso, urge uma maior propagação e debate sobre o problema social, tanto por meio do Estado e
municípios, quanto das instituições, ONGS e população. Logo, a Arte desempenha um papel
fundamental em evitar a perpetuação do abandono da proteção das pessoas refugiadas, já que
viabiliza o partilhamento da informação a todos de forma acessível, como por meio de
fotografias. Ademais, a Arte como linguagem social em geral, e em específico a fotografia,
torna-se uma maneira de registrar e trazer um foco ao negligenciado, de forma que influencie o
olhar sobre o representado. Por conseguinte, com um maior atentamente a situação das pessoas
refugiadas e consciência da sociedade civil, torna-se possível uma modificação do cenário. A
princípio, nos últimos meses, aprofundei-me na situação internacional e nacional das pessoas
refugiadas, seus direitos, instituições e barreiras. Por fim, a próxima etapa consiste em
desenvolver a relação do refúgio com a fotografia, como são representados e a importância de

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tal foco.(COMPLEMENTAR)
8. REFERÊNCIAS (Indicar as obras, documentos, artigos científicos e demais materiais
bibliográficos/eletrônicos utilizados nesta primeira etapa de acordo com as Normas da
ABNT)
ACNUR. Cartilha para Solicitantes de Refúgio no Brasil, 2015 <Disponível em:
https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2018/02/Cartilha-para-Solicitantes-de-Ref
%C3%BAgio-no-Brasil_ACNUR-2015.pdf> . Acesso em: 2020.

ACNUR. Protegendo refugiados no Brasil e no mundo, 2018 <Disponível em:


https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/Publicacoes/2018/
Cartilha_Protegendo_Refugiados_No_Brasil_2018.pdf> . Acesso em: 2021.

ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Valores constitucionais e Lei 9.474 de 1997. Reflexões sobre
a dignidade humana, a tolerância e a solidariedade como fundamentos constitucionais da
proteção e integração dos refugiados no Brasil. In: RAMOS, André, RODRIGUES, Gilberto,
ALMEIDA, Guilherme. 60 anos de ACNUR Perspectivas de futuro. São Paulo: Editora CL-A
Cultural, 2011. p. 111-129.

AMADO, Carolina. Os olhares de pessoas refugiadas ocuparam as ruas, para que não
desviemos os nossos. P3: 2021. <Disponível em:
https://www.publico.pt/2021/07/21/p3/fotogaleria/olhares-pessoas-refugiadas-ocuparam-ruas-
para-que-nao-desviemos-nossos-406462 > Acessado em: agosto. 2021

ARAÚJO, Alberto. J.R Ripper, por um outro compartilhamento das imagens. Amazônia
Real:2019. <Disponível em: https://amazoniareal.com.br/j-r-ripper-por-um-outro-
compartilhamento-das-imagens/ > Acesso em: junho.2021.

BEAH, Ishmael. Muito longe de casa Memórias de um menino-soldado. Trad. Cecilia Giannetti.
São Paulo: Companhia das Letras, 2015. <Disponível em:

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https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13641.pdf>. Acesso em: dez 2020.

BORGES, Anelise. Ameer Alhalbi, un fotógrafo sirio exiliado en París. Euronews: 2020.
<Disponível em: https://es.euronews.com/2020/06/18/ameer-alhalbi-un-fotografo-sirio-exiliado-
en-paris > Acesso em: agosto.2021.

BRASIL. LEI No 9.474, DE 22 DE JULHO DE 1997. <Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9474.htm> . Acesso em: 2020.

CAETANO, Francielle. Imagens de violência no fotojornalismo: a dor do outro como lugar


comum na Faixa de Gaza. UFRGS: 2014. Disponível em:
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CARAPETO, Adriana. Refugiados, fronteiras e imagem: contributos a partir da etnografia


visual. U. Lisboa: ISCSP, 2017. Disponível em:
https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/14071/1/Refugiados%2C%20fronteiras%20e
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captures-another-side-of-daily-life-in-war-torn-country-all-people-see-is-the-conflict-1.1199067
> Acesso em: abril. 2021.

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internacional dos “refugiados ambientais”. In: RAMOS, André, RODRIGUES, Gilberto,
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GENESTAR, Alain. PRIX POLKA DU PHOTOGRAPHE DE L’ANNÉE 2016: AMEER ET SES


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REVISTA SENTIDO. UM PAÍS PARA RECOMEÇAR - Documentário sobre a vida dos


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SCHWINN, Simone Andrea. Mulheres refugiadas e vulnerabilidade: a dimensão da violência


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TIBERTI, Mateus. Diários gráficos de Dan Eldon: maneiras de representar o mundo.


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ARQUITETURA E
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content/uploads/2015/01/IC_completa_MateusSTiberti.pdf > Acesso em: setembro. 2021.

UNESP Ciência ciência: pesquisa, arte e opinião. Conflitos na África: ferramentas e técnicas
auxiliam a análise. Editora Unesp. <Disponível em:
http://www.unespciencia.com.br/revista/UC094/UC94.pdf > Acesso em: jan.2021.

UNICEF. Anas Alkharboutli, Syria: Too colorful to be true? <Disponível em:


https://www.unicef.de/anas-alkharboutli/206514 > Acesso em: jan.2021.

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VEDOVATO, Luís Renato. Direito dos refugiados e realidade: a necessária diminuição das
distâncias entre o declarado e o alcançado. In: RAMOS, André, RODRIGUES, Gilberto,
ALMEIDA, Guilherme. 60 anos de ACNUR Perspectivas de futuro. São Paulo: Editora CL-A
Cultural, 2011. p. 289-312.

WALDMAN, Tatiana. Uma Introdução às Migrações Internacionais no Brasil


Contemporâneo-Módulo 1. OIM Brasil, 2018, 1o Edição.

WALDMAN, Tatiana. Uma Introdução às Migrações Internacionais no Brasil


Contemporâneo-Módulo 2. OIM Brasil, 2018, 1o Edição.

WALDMAN, Tatiana. Uma Introdução às Migrações Internacionais no Brasil


Contemporâneo-Módulo 3. OIM Brasil, 2018, 1o Edição.

WALDMAN, Tatiana. Uma Introdução às Migrações Internacionais no Brasil


Contemporâneo-Módulo 4. OIM Brasil, 2018, 1o Edição.

WALDMAN, Tatiana. Uma Introdução às Migrações Internacionais no Brasil


Contemporâneo-Módulo 5. OIM Brasil, 2018, 1o Edição.

WORLD PRESS PHOTO. Ameer Alhabi. <Disponível em:


https://www.worldpressphoto.org/ameer-alhabi> Acesso em março.2021.

9. PARECER SUBSTANCIAL DO ORIENTADOR – avaliação da participação do discente


na pesquisa e qualidade do relatório

A discente realizou as atividades de Iniciação Científica do Ensino Médio com dedicação e


empenho. Tem respondido ao que lhe é solicitado e demonstrado iniciativa e capacidade para
realizar as atividades, buscando material de forma independente. Tem desenvolvido

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habilidades de pesquisa acadêmica e demonstrado constante interesse pelo tema. O relatório
parcial foi extremamente bem-desenvolvido, com alto nível de maturidade acadêmica e
científica, destacando a discente de seus pares.

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