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§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, § 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, § 1º As autoridades consulares brasileiras
obedece à lei do país em que tiverem os nubentes agências ou estabelecimentos antes de serem os também poderão celebrar a separação consensual
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro atos constitutivos aprovados pelo Governo e o divórcio consensual de brasileiros, não
domicílio conjugal. brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. havendo filhos menores ou incapazes do casal e
observados os requisitos legais quanto aos prazos,
devendo constar da respectiva escritura pública as
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as disposições relativas à descrição e à partilha dos
brasileiro, pode, mediante expressa anuência de organizações de qualquer natureza, que eles bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao
seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do tenham constituido, dirijam ou hajam investido de acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a funções públicas, não poderão adquirir no Brasil nome de solteiro ou à manutenção do nome
adoção do regime de comunhão parcial de bens, bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação. adotado quando se deu o casamento.
respeitados os direitos de terceiros e dada esta (Incluído pela Lei nº 12.874, de
adoção ao competente registro. 2013) Vigência
(Redação dada pela Lei nº 6.515, § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a
de 1977) propriedade dos prédios necessários à sede dos
representantes diplomáticos ou dos agentes § 2o É indispensável a assistência de advogado,
consulares. (Vide Lei nº 4.331, de devidamente constituído, que se dará mediante a
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou 1964)
ambos os cônjuges forem brasileiros, só será subscrição de petição, juntamente com ambas as
reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da partes, ou com apenas uma delas, caso a outra
data da sentença, salvo se houver sido antecedida Art. 12. É competente a autoridade judiciária constitua advogado próprio, não se fazendo
de separação judicial por igual prazo, caso em que brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil necessário que a assinatura do advogado conste
a homologação produzirá efeito imediato, ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. da escritura pública.
obedecidas as condições estabelecidas para a (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência
eficácia das sentenças estrangeiras no país. O
Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete
regimento interno, poderá reexaminar, a conhecer das ações relativas a imóveis situados Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos
requerimento do interessado, decisões já no Brasil. indicados no artigo anterior e celebrados pelos
proferidas em pedidos de homologação de cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº
sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, satisfaçam todos os requisitos legais.
a fim de que passem a produzir todos os efeitos
concedido o exequatur e segundo a forma (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
legais. (Redação dada pela
estabelecida pela lei brasileira, as diligências
Lei nº 12.036, de 2009).
deprecadas por autoridade estrangeira
competente, observando a lei desta, quanto ao Parágrafo único. No caso em que a celebração
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do objeto das diligências. dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades
chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos consulares, com fundamento no artigo 18 do
filhos não emancipados, e o do tutor ou curador mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias
aos incapazes sob sua guarda.
estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, contados da data da publicação desta lei.
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não (Incluído pela Lei nº 3.238, de
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei 1957)
considerar-se-á domiciliada no lugar de sua brasileira desconheça.
residência ou naquele em que se encontre.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e
o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da judicial, não se decidirá com base em valores
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as
vigência. jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do
consequências práticas da decisão.
país em que estiverem situados.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença (Regulamento)
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes
domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis requisitos:
que ele trouxer ou se destinarem a transporte para Parágrafo único. A motivação demonstrará a
outros lugares. necessidade e a adequação da medida imposta ou
a) haver sido proferida por juiz competente;
da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo
ou norma administrativa, inclusive em face das
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que possíveis alternativas. (Incluído pela Lei nº
b) terem sido os partes citadas ou haver-se
tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa 13.655, de 2018)
legalmente verificado à revelia;
apenhada.
c) ter passado em julgado e estar revestida das Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa,
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações,
formalidades necessárias para a execução no controladora ou judicial, decretar a invalidação de
aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
lugar em que foi proferida; ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada suas consequências jurídicas e administrativas.
d) estar traduzida por intérprete autorizado; (Incluído pela Lei nº 13.655, de
no Brasil e dependendo de forma essencial, será
esta observada, admitidas as peculiaridades da lei 2018) (Regulamento)
estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal
ato. Federal. (Vide art.105, I, i da
Constituição Federal). Parágrafo único. A decisão a que se refere o
caput deste artigo deverá, quando for o caso,
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se indicar as condições para que a regularização
constituida no lugar em que residir o proponente. Parágrafo único. ocorra de modo proporcional e equânime e sem
(Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).
prejuízo aos interesses gerais, não se podendo I - buscará solução jurídica proporcional, Parágrafo único. Os instrumentos previstos no
impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, equânime, eficiente e compatível com os caput deste artigo terão caráter vinculante em
em função das peculiaridades do caso, sejam interesses gerais; (Incluído pela Lei nº relação ao órgão ou entidade a que se destinam,
anormais ou excessivos. (Incluído 13.655, de 2018) até ulterior revisão.
pela Lei nº 13.655, de 2018)