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JUIZADO ESPECIAL
COMARCA DE GOVERNADOR VALADARES
SENTENÇA
T
Explanaram que ao chegarem no imóvel alugado, foram informados pelo responsável do imóvel
que seriam transferidos devido a um vazamento.
Asseveraram que foram surpreendidos por pessoas desconhecidas no apartamento
o qual foram recolocados, e que após discussões foram informados por estes que o aludido
imóvel não se encontrava disponível para locação, vez que, o locador não possuía autorização
para o fazê-lo. Disseram que contataram Cleiton, o locador, foram atendidos tardiamente e que
aquele apresentava sintomas de embriaguez.
Por fim, arrazoaram que se hospedaram em uma pousada, no montante de
R$150,00(cento e cinquenta reais), bem como, ao comunicarem com a demandada, esta lhe
restituiu os danos materiais suportados.
A requerida, em contestação, sustentou a inexistência de má prestação de serviços,
eis que, ao ser contatada buscou efetuar todas as diligências necessárias para atenuar os danos
suportados pelos demandantes. Frisou ainda, que trata-se tão somente de uma plataforma de
anúncios, não podendo ser responsabilizada por conduta de seus hospedadores.
Constata-se que os requerentes esclareceram em sua exordial que após contatarem
a demandada, lhes foram restituídos os danos materiais suportados, quais sejam,
R$150,00(cento e cinquenta reais) atinentes aos gastos com hospedagem na Pousada Via do Sol,
R$226,00(duzentos e vinte e seis reais) referentes a locação efetuada em seu sítio eletrônico,
bem como, lhe proporcionou por mera liberalidade o importe de R$180,00(cento e oitenta
reais), para permanecerem mais um dia na cidade, hospedados no Hotel Plaza Mar.
Em detida análise ao feito, observa-se a inexistência de elementos ensejadores de
condenação da requerida, eis que, não restou evidenciado qualquer recusa imotivada pela parte
requerida em sanar o problema dos autores em âmbito administrativo, não havendo de se falar
em ocorrência de pretensão resistida. Assim sendo, não se verifica qualquer ato ilícito praticado
pela demandada capaz de ocasionar danos morais à personalidade dos consumidores.
Nesse sentido, colaciono o seguinte julgado:
T
os valores dos serviços pagos e que não foram utilizados efetivamente, anteriores ao
mês de novembro de 2009, encontram-se prescritos (fls. 13/15). Trata-se de novo
posicionamento adotado por esta Turma recursal quanto à prescrição nas ações de
cobrança indevida, devendo incidir o prazo de 3 anos, conforme disposto no art. 206,
§3º, IV, do Código Civil. 5 - Quanto aos danos morais, tenho-os como não
ocorrentes. Trata-se de uma alteração de posicionamento nos julgados desta
Turma Recursal, com a intenção de resgatar a ideia da pretensão resistida para
que seja possível a indenização como forma de punição da ré. Não tendo
aportado aos autos nenhuma comprovação da tentativa da autora em
solucionar a questão administrativamente, e não havendo qualquer outra prova
que indique a ocorrência de danos aos atributos de sua personalidade, não
restam configurados os danos morais. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71004484598, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Julgado em 02/07/2013)(grifei)
Isso posto e por tudo o mais que dos autos constam, julgo improcedente o pedido
inicial, com resolução de mérito, nos termos do art.487, I do CPC.
Sem custas e honorários advocatícios, nos termos do art.55 da Lei 9099/95.
Com o trânsito em julgado, em nada sendo requerido, procedam-se as devidas
anotações, e após, arquivem-se.
P.R.I.
Governador Valadares, _______/_______/2018.