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CAUSAS:
● tumores os prolactinomas são a principal causa de
hipofisários:
hiperprolactinemia patológica. São denominados macroprolactinomas quando
menores que 1 centímetro e macroprolactinomas quando tem 1 ou mais
centímetros. Outros tumores da região hipotálamo-hipofisária podem cursar
com hiperprolactinemia, seja por produção aumentada da PRL (adenomas
hipofisários mistos produtores de PRL e GH ou de PRL e ACTH), seja por
comprometimento da haste hipotálamo-hipofisária (adenomas hipofisários
clinicamente não-funcionantes e craniofaringiomas). Nesta última situação,
são chamados de pseudoprolactinomas, já que não secretam PRL, mas
interferem com o aporte de dopamina do hipotálamo para a hipófise.
● Lesões infiltrativas, vasculares
● Pós-radioterapia
● Sela vazia
● uso de medicações
● insuficiência renal ou hepática
● idiopática
● SOP
● Hipotireoidismo
● Lesões irritativas da parede torácica (herpes zoster, toracotomia,
queimadura, mastectomia)
● Patologias do cordão medular.
● Em alguns casos no: gonadoblastoma, teratoma ovariano, carcinoma
broncogênico e hipernefroma.
LIBERAÇÃO E INIBIÇÃO DA PROLACTINA
● Liberação:produzida e secretada pelos lactotrófos hipofisários –
cujo número aumenta radicalmente ao final da gestação.
Entretanto, sua secreção não se limita à adeno hipófise,
sendo identificadas muitas fontes extra-pituitárias de
liberação no cérebro, glândula mamária, fibroblastos
cutâneos, placenta, decídua, âmnio, útero, entre outros. Vale
ressaltar que essa secreção é regulada pelos neurônios
tuberoinfundibulares, localizados no núcleo arqueado do
hipotálamo, além do hormônio liberador de tireotrofina
(TRH), serotonina,peptídeo intestinal vasoativo, a
vasopressina e a ocitocina.
● Inibição: dopamina é o principal inibidor da liberação da
prolactina. Junto com a noradrenalina, somatostatina,
histamina, óxido nítrico, ácido gama-aminobutírico, dentre
outros, atuam realizando a homeostasia da prolactina e
mantendo o equilíbrio da secreção desse hormônio
AÇÕES DA PROLACTINA:
● estimula o desenvolvimento e a diferenciação do tecido mamário durante a gestação
● estimula a síntese de proteínas do leite, lipídios e carboidratos, porém esse efeito
ocorre apenas após o parto, com a queda dos níveis de estrogênio e progesterona
● funções no metabolismo, com ênfase ao metabolismo
glicídico e funcionamento do tecido adiposo.
● atuação pancreática, está envolvida na maturação,
desenvolvimento e função das ilhotas pancreáticas e das
células .
● ações insulinotrópicas: incluindo a sobre regulação da
expressão e atividade glucokinase – que é uma enzima que
metaboliza a glicose nas células – e, consequentemente, a
secreção da insulina. Ou seja, a PRL aumenta a secreção e a
sensibilização à insulina (devido a influência das células ).
● atua no feedback negativo da dopamina – que contribui para
melhorar a homeostasia energética e de glicose.
● tecido adiposo: abrangendo a adipogênese, a lipólise e a
liberação de adipocinas, como a adiponectina e a leptina.
● Parece influenciar no desenvolvimento de distúrbios como a
diabetes mellitus e a obesidade.
EPIDEMIOLOGIA: alteração do eixo H-H mais comum nas mulheres. E a alteração mais
comum na amenorréia secundária (20-30%) e nos casos e de amenorréia e galactorréia
(75%)
FISIOPATOLOGIA
SINAIS SINTOMAS:
DIAGNÓSTICO:
● Avaliar distúrbios menstruais e sexuais
● Avaliar sinais e sintomas de expansão parasselar como cefaleia, diplopia ou
hemianopsia bitemporal e distúrbios neurológicos
● descartar gestação
● excluir uso de medicações que possam elevar os níveis de PRL, incluindo drogas
ilícitas, suspendendo-as, quando possível, por três dias e realizando nova dosagem
do hormônio
● investigar a presença de doenças como cirrose, insuficiência renal
● investigar a presença de SOP e hipotireoidismo
● solicitar a dosagem da PRL sérica basal: elevações de até cinco vezes o limite
superior da referência do teste, deve ser confirmada com uma segunda dosagem
TRATAMENTO:
● Medicamentosa: suspende o remédio ou entra com COC (corrigir alterações
hormonais e perda de massa óssea) e agonistas dopaminérgicos
● Prolactinomas: agonistas dopaminérgicos ( bromocriptina e a cabergolina)
● Microprolactinomas e assintomáticas: não trata, só acompanha
● Macroprolactinomas: trata em todos os casos
● idiopática: iniciar com dose alta de agonistas dopaminérgicos e diminui aos poucos,
pode suspender depois de dois anos com valores normais
ACOMPANHAMENTO:
1. Medir níveis de prolactina um a dois meses após início do tratamento
2. Adequar gradativamente a dose do agente dopaminérgico, guiada pela
clínica e dosagem de prolactina, até reversão da sintomatologia e do
hipogonadismo
3. Repetir RM dependendo da causa e da necessidade clínica, mais
frequentemente nos macroadenomas. Campo visual em macroadenomas
com risco de compressão do quiasma óptico ou com perda de campo visual.
4. Avaliar perda óssea na amenorréia hipoestrogênica prolongada.
aumento da prolactina pode ser primário, por exemplo, o causado por prolactinoma, ou
secundário, em razão de elevação no TRH. De maneira geral, na hiperprolactinemia
secundária, os níveis de prolactina são inferiores a 100 ng/mL.
Adverse body composition and lipid parameters in patients with prolactinoma: a case-control
study. Posawetz et al. BMC Endocrine Disorders (2021) 21:81