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1. CARACTERÍSTICAS DA SOP:
3. FISIOPATOLOGIA DA SOP:
Se manifesta clinicamente na vida adulta, após a maturação do eixo
hipotálamo-pituitária-adrenal. Sendo uma disfunção multigênica e
endócrina caracterizada pelo aumento na liberação pulsátil de GnRH.
RESUMO
A SOP possui característica endócrina, o aumento da liberação do
GnRH, um hormônio do hipotálamo que estimula diversos eixos
hipotalâmicos e hipofisários. Há uma relação entre o hipotálamo e a
hipófise, sendo que o GnRH contribui de forma intensa para isto.
No hipotálamo:
Nos ovários:
Na célula ovariana, a ligação do LH ao seu receptor na célula da
teca, ocorre a entrada do colesterol dentro da célula, visto que são
RESUMO
hormônios esteroidogênicos. O colesterol é transformado em
pregnenolona que vai se transformar em 17-hidroxipregnenolona que se
transforma em DHEA, o dehidroepiantrosterona. O DHEA sofre ação da
enzima 3beta-desidrogenase até formar a androstenediona.
O estudo foi realizado com 330 mulheres, sendo 165 com SOP e 165
no grupo controle, com idade entre 14 a 45 anos. Foram avaliados
parâmetros bioquímicos (hormônios, marcadores, andrógenos, insulina
glicose e perfil lipídico), índice de massa corporal.
5. EXAMES BIOQUÍMICOS:
Quais os principais exames bioquímicos para analisar o quadro
clínico de uma mulher com SOP?
6. SÍNDROME METABÓLICA:
Artigo de revisão sistemática e meta-análise:
RESUMO
De acordo com o artigo, a prevalência da Síndrome Metabólica varia
de acordo com o critério escolhido, sendo uma prevalência de 23,5% no
critério NCEP-APT III. Foi demonstrando que o risco de mulheres com SOP
serem diagnosticadas com Síndrome Metabólica aumentou em 2,6 vezes
utilizando o critério NCEP-ATP III.
Portanto, as mulheres com SOP apresentam maior prevalência de
Síndrome Metabólica quando comparadas as mulheres sem a doença.
Ressaltando a importância de estratégias de prevenção para a SM,
sobretudo, em relação ao HDL baixo e aumento da circunferência da
cintura, os quais são parâmetros comuns em mulheres com SOP e SM,
visando reduzir a gordura visceral, aumentar o HDL (responsável pelo
transporte reverso do colesterol, para tentar reduzir o risco
cardiovascular).
6. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
Existem vários formas de tratamento da SOP, sendo a principal o
equilíbrio entre a alimentação a prática de exercícios físicos e o uso de
fármacos, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para a Síndrome dos Ovários Policísticos, de 2019. O uso de fármacos,
principalmente, se a mulher estiver metabolicamente desregulada. Sendo
que o uso do fármaco depende das alterações prevalentes no quadro
clínico, não necessariamente o tratamento requer o uso de fármacos.
Metformina
É o principal medicamento utilizado, um anti-hiperglicêmico oral de
primeira linha, utilizado no tratamento de diabetes do tipo 2.
RESUMO
Anticoncepcional
Muito utilizado na SOP, sendo um dos tratamentos iniciais. No
entanto, será que deve ser o 1° medicamento de escolha?
No ciclo menstrual, o 1° dia da menstruação é caracterizado pela
fase folicular. Por volta do 14°, temos o pico ovulatório, começando a fase
lútea. A fase folicular é marcada por dois hormônios, FSH, o qual aumenta
a expressão de aromatase para produzir estrogênio. Ao final da fase
RESUMO
folicular, há elevação da concentração de estrogênio, aumentando a
expressão de receptores de LH na célula da teca, a célula que recebe o LH.
Após o pico do LH, por volta do 14° dia na mulher com o ciclo de 28 dias,
há formação do folículo e início do corpo lúteo.
A fase lútea é caracterizada pelo aumento da progesterona e do
estradiol, sendo os níveis de progesterona bem maiores. Quando não
ocorre a fecundação, há redução da progesterona e estradiol, ocorre a
descamação do endométrio e início da menstruação, iniciando um novo
ciclo.
7. TRATAMENTO NUTRICIONAL:
Mio-inositol:
O mio-inositol, um isômero do inositol, atua estimulando a síntese
de hormônios tireoidianos nos folículos e melhora a sensibilidade à
insulina.
RESUMO
O mio-inositol pode ser obtido pela alimento ou ser sintetizado no
organismo pela glicose-6-fosfato.
A berberina:
RESUMO
Trata-se de uma isoquinolina alcalóide proveniente de uma erva
chinesa, a coptis chinensis. A berberina possui amplo mecanismo de ação,
portanto, possui diversos efeitos metabólicos positivos.
Magnésio:
O magnésio é um mineral que participa de mais de 300 reações
metabólicas no corpo. Exerce antagonismo ao cálcio, sendo que o cálcio é
essencial para a maturação, diferenciação e ativação das células do
sistema imune. O magnésio também está relacionado ao metabolismo dos
carboidratos, principalmente, em enzimas quinases que são dependentes
de magnésio, da via glicolítica. Ainda, trata-se de um potente anti-
inflamatório por bloquear o NF-KB, um fator transcricional pró-
inflamatório, que aumenta a síntese de citocinas pró-inflamatórias.
RESUMO
A vitamina E também possui ação anti-inflamatória, principalmente,
pela supressão no NK-KB, da STA6 e da STA3, que estimulam o aumento
da resposta inflamatória.
Cromo:
RESUMO
Vitamina D:
RESUMO
RESUMO
A ação da vitamina D:
O FSH se liga ao seu receptor, estimula a produção de 3-BHSD (3β-
hidroxisteróide desidrogenase) que estimula a produção de progesterona
na célula da granulosa. Também aumenta a aromatase que estimula,
principalmente, a conversão de androstenediona em estrona e de
testosterona em estradiol. Além disso, o AMH se liga ao seu receptor que
estimula os fatores SMAD 1/5/8 e SMAD 1/5/8-P, que aumentam a
RESUMO
expressão de genes para receptor de AMH e genes que estimulam o
aumento de receptor de FSH.
A vitamina D, por outro lado, reduz a ativação dos fatores
transcricionais, a síntese de genes relacionados ao AMH, inibe o aumento
da expressão de receptor de FSH. Também, aumento o estímulo da 3-
BHSD, que aumenta a produção de progesterona.