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Farmacologia

ASE 7 – Problema 04 Hormônio do Crescimento, GnRH e Ocitocina

Objetivo 01 Sobre o hormônio do crescimento, compreender:


● Indicações para o tratamento com hormônio do crescimento;
● Efeitos colaterais da terapia;
● Mecanismo de ação dos antagonistas do hormônio do crescimento;
Fonte: Katzung

Hormônio do Crescimento (Somatotropina) Introdução


O GH, um hormônio da adeno-hipófise, além de sua clara relação com o crescimento na
infância e adolescência, atua no metabolismo de lipídios e carboidratos, bem como na massa
muscular magra e densidade óssea. O IGF-1 (Fator de crescimento semelhante a insulina) ou
somatomedina C medeia suas funções. Indivíduos em fase de crescimento com deficiência desse
hormônio tem estatura inferior da prevista, aumento da gordura corporal e diminuição da massa
muscular.

1 Farmacocinética

A. Estrutura: GH pepitidio de 191 aminoácidos com estrutura semelhante à prolactina.


B. Absorção, metabolismo e excreção: o GH endógeno tem meia-vida de 20 a 25 min depurado
pelo fígado. O GH recombinante é administrado via subcutânea, 6 a 7 vezes por dia.

2 Farmacodinâmica
O GH medeia seus efeitos por meio de receptores de superfície JAK/STAT, atuando no
crescimento, composição corporal e no metabolismo de lipídeos, carboidratos e proteínas.

A. Efeitos no crescimento: mediados pelo aumento da produção de IGF-1, grande parte produzida
no fígado. No osso, cartilagem, músculo, rins e outros tecidos tem efeitos parácrinas e autócrinos,
estimulando o crescimento longitudinal do osso até o fechamento das epífises

B. Efeitos Metabólicos: efeitos anabólicos no músculo e efeitos catabólicos no tecido adiposo.

3 Farmacologia Clínica

A. Deficiência do hormônio do crescimento: pode ser genética devido alguma síndrome ou


adquirida devido algum trauma hipofisário-hipotalâmico ou tumor. As deficiências de GH
costumam aparecer na infância como baixa estatura e adiposidade leve.
O diagnóstico da deficiência do GH segue dois critérios: (1) velocidade de crescimento
abaixo do normal e (2) resposta abaixo do normal aos níveis séricos de administração de
secretagogos do GH. # A terapia com rhGH permite que crianças com baixa estatura alcancem a
estatura normal na vida adulta. Indivíduos adultos com deficiência de GH apresentam com
frequência obesidade, redução da massa muscular, astenia e diminuição do débito cardíaco.

B. Tratamento de pacientes pediátricos de baixa estatura com hormônio do crescimento


O uso mais comum do GH é para pacientes com baixa estatura na infância. Diversos fatores
contribuem para uma criança não atingir os níveis esperados de altura. Diversas síndromes
genéticas são recomendadas a utilização do hormônio.
# Baixa estatura idiopática (BEI): uso controverso em pacientes sem uma cusa aparente para a
baixa estatura.
C. Outros usos Clínicos
Devido seus efeitos metabólicos, o GH é utilizado acarretando catabolismo final para
pacientes com AIDS.

4 Toxicidade e contraindicações
Efeitos colaterais raros e constituem pseudotumor cerebral, deslizamento da epífise da
cabeça do fêmur, escoliose, edema. O hormônio de crescimento aumenta a atividade das enzimas do
citocromo P450, podendo reduzir os níveis séricos de fármacos metabolizados.

Objetivo 02 Sobre o GnRH, compreender o uso no tratamento da infertilidade;


Fonte: Rang

Introdução
O hormônio liberador de gonadotrofinas é um decapeptídeo que controla a secreção de FSH
e LH. Andrógenos, estrógenos e progestágenos inibem a secreção de GnRH. Esse hormônio na
forma sintética é chamado de gonadorrelina com agonistas busserelina, leuprorrelina,
gosrrelina, nafarrelina.

Uso clínico e farmacocinética


Agonistas de GnRH são administrados por infusão subcutânea em pulsos para assemelhar a
secreção pulsátil fisiológica estimulando a liberação de gonadotrofinas e induzindo a ovulação.
Eles podem ser absorvidos via administração nasal. Por outro lado, a utilização contínua tem efeito
inverso inibindo a síntese de gonadotrofinas e posterior espermatogênese e ovulação.
# Os agonistas de GnRH são utilizados no tratamento da infertilidade e não para estimular a
ovulação (sendo alcançado utilizando os preparados de gonadotrofinas), mas para suprimir a
hipófise antes da administração de FSH e HCG.

Tratamento da Infertilidade
Os agonistas de GnRH são utilizados na supressão da hipófise para induzir a ovulação, nas
técnicas de fertilização in vitro. Já no caso dos homens, às vezes é usada para sanar a baixa
contagem de espermatozoides (oligospermia) resultado do hipogonadismo hipogonadotrófico.

Objetivo 03 Compreender o mecanismo de ação da Ocitocina, assim como seu uso clínico.
Fonte: Rang

A motilidade do útero
O músculo uterino contrai-se ritmicamente, tanto in vitro quanto in vitro, e suas contrações
originam-se em si mesmo. As células miometriais da região fúndica agem como marcapasso e
aumentamos potenciais de ação conduzidos. A atividade eletrofisiológica das células marca-passo e
regulada pelos hormônios sexuais que aumento o ritmo das contrações.
O útero não gravídico contrai mais nas fases lútea e menstrual do ciclo. No início da
gravidez o estrógeno inibe a ação da ocitocina. Já no final da gravidez as contrações se tornam mais
fortes e frequentes.

1 Ocitocina
É um hormônio neurohipofisário que regula a atividade miometrial, sendo estimulada a
secreção por dilatação do colo do útero e a sucção do lactente. Ela é utilizada para induzir ou
aumentar o trabalho parto devido uma disfunção do miométrio.
A. Mecanismo de ação: A ocitocina contrai o útero. O estrógeno induz a síntese dos receptores de
ocitocina e, consequentemente, o útero a termo e altamente sensível a esse hormônio.
Administrada
em infusões intravenosas baixas para induzir o trabalho de parto, a ocitocina causa contrações
coordenadas regulares que migram do fundo para a cérvix. Doses baixas relaxam o miométrio
enquanto que altas doses aumentam a frequência das contrações, e há relaxamento incompleto entre
elas.

B. Ejeção do Leite: A ocitocina contrai as células mioepiteliais na glândula mamária, o que causa o
"jato de leite" - expressão de leite pelos alvéolos e ductos, agindo em associação com a prolactina.
C. Farmacocinética: injeções intravenosas ou intramusculares, ela é inativada pelo fígado e pelos
rins, e pela ocitocinase placentária circulante.

D. Efeitos adversos: Os efeitos adversos da ocitocina incluem hipotensão dose-dependente, devido


ã vasodilatação, com taquicardia reflexa associada. Seu efeito semelhante ao do hormônio
antidiurético na eliminação de água pelos rins causa retenção de água e, a menos que a ingestão da
mesma seja diminuída, consequentemente hiponatzremia.

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