Você está na página 1de 5

ADENOMAS HIPOFISÁRIOS FUNCIONANTES

Adenomas hipofisários:
 Secretores:
o Excesso hormonal
 Não secretores:
o Não há excesso de hormônios
o Quadro clínico compatível com lesões compressivas
 Adenoma de cada hormônio
o Prolactinoma
o TSHoma
o Corticotrofinoma
o Somatotrofinoma
o FSHoma
o LHoma
o Adenoma clinicamente não funcionante (ACNF)
 Maioria LH e FSH +
 Null Celll (IHG negativa)

PROLACTINOMA
 Nível normal de prolactinemia: 20ng/mL
 Hiperprolactinemia
o Causas:
 Fisiológicas:
 Gravidez – 35-600ng/mL – causado pelo aumento do estradiol
 Estimulação do mamilo – amamentação
 Stress (física ou psicológica) – raramente fica maior que
40ng/mL
 Patológicas
 Prolactinoma (adenoma lactotrófico) – níveis de prolactinemia
pode variar para 50000ng/mL, enquanto outras causas
raramente excedem 200ng/mL
 Redução da inibição dopaminérgica
 Doenças presentes no hipotálamo ou na hipófise ou próximas
delas que interferem na secreção da dopamina ou na sua
chegada ao hipotálamo
 Medicamentos – 25-100ng/mL (exceção a risperidona – droga
antipsicótica – que está associada a concentrações altas como
200ng/mL de prolactina)
 Antipsicóticos – medicamentos que mais causa
hiperprolactinemia
o Antagonista de receptor dopaminérgico D2
(risperidona, phenothiazines e haloperidol)
 Inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS)
 Metroclopramida e domperidona (drogas para motilidade
gástrica)
 Metilperidona (anti-hipertensivo)
 Mutação da linha germinativa com perda de função – mutação no
receptor do gene de prolactina resultando em insensibilidade à
prolactina
 Hiperprolactinemia idiopática
 Estrogênio
 O estrogênio se liga ao seu receptor na célula lactotrófica,
fazendo com que um elemento da sua resposta intracelular se
ligue ao gene da prolactina
 Hipotireoidismo
 Aumento da produção de THR  estímulo da produção de
prolactina também
 Diminuição do clearence da prolactina
 Macroprolactinemia (agregado de prolactina e anticorpos IgG
– anticorpos antiprolactina)
 Falência renal crônica
 Tumor benigno da célula lactotrófica, proveniente de uma expansão monoclonal de
uma única célula que sofreu mutação somática
 Relativamente comum: 30 a 40% dos adenomas de hipófise
 Mais comum em mulheres de 20 a 40 anos
 Quando acontecem em homens, normalmente são maiores, por conta da falta de
sintomas ou atraso na procura do sistema de saúde
 Quadro clínico
o Pre-menopausa
 Hipoganadismo
 Infertilidade
 Oligomenorreia ou amenorreia
 Inibição da secreção de LH ou do FSH, via inibição da liberação
de GnRH
 Cefaleia
 Densidade óssea reduzida
 Galactorreia
o Pós-menopausa
 Cefaleia
 Visão embaçada
 Obs.: normalmente por conta do crescimento de um prolactinoma
o Homens
 Hipogonadismo hipogonadotrofico
 Diminuição da libido
 Infertilidade
 Impotência
 Ginecomastia
 Galactorreia
 Diagnóstico
o Hiperprolactinemia
 >20 ng/mL em homens
 >30 ng/mL em mulheres
 Pequenas elevações (21 a 40 nd/mL) devem ser realizadas novos
exames pois alimentação pode aumentar levemente a concentração
de prolactina
o Dificuldades
 Macropolactina
 Diminui o clearence da prolactina
 Agregado de prolactina com IgG
 Deve-se pedir ao laboratório para pré-tratar o soro com
polietileno glicol para precipitar a macroprolactina antes do
imuno ensaio para a prolactina no sobrenadante
o Deve-se excluir causas medicamentosas ou causas extra hipofisários
o Deve-se realizar exames neurorradiológicos da região da hipófise –
prolactinoma
o História do paciente
 Gravidez
 Medicamentos
 Cefaleia, sintomas visuais, hipotireoidismo e história de doença renal
o Exame físico
 Procurar por problemas no quiasma óptico (perda visual do campo
bitempoeral), lesões na parede torácica e sinais de hipotireoidismo e
hipogonadismo
o Laboratório
 Teste para hipotireoidismo e insuficiência renal
Hipersecreção
 Prolactina sérica
 IGF1
 ACTH plasmática
 Quando há suspeita de adenoma gonadotrófico ou
tireoidotrófico:
o LH e FSH
o T4 total e livre
o TSH
o Exames de imagem
 RM da hipófise com contraste

o
 Tratamento
o Agonistas dopaminérgicos  diminui a concentração sérica de prolactina e
diminui o tamanho da maioria dos prolactinomas
o Primeira escolha: Cabergolina (dostinex) uma ou duas vezes na semana
o Bromocriptina duas vezes ao dia – tem maior chance de causar náuseas
o Microadenomas
 Cabergolina – 0,25mg/2x semana ou 0,5mg/1x semana podendo
aumentar até 1,5mg quando não obtém resposta (doses maiores de
2mg sugere-se ultrassonografia cardíaca a cada 2 anos para avaliar
doenças de valva cardíacas)
 Bromocriptina – 1,25mg/1x dia (primeira semana) depois 1,25mg/2x
dia podendo aumentar até 5mg/2x dia
 Em casos que não toleram o tratamento com essas drogas (efeitos
adversos), pode-se realizar cirurgia transesfenoidal, ou, quando não
se deseja fertilidade, reposição de estradiol e progesterona em
mulheres e testosterona em homens
o Macroadenomas
 Deve-se iniciar o tratamento com os agonistas dopaminérgicos,
aumentando a dose de 3 em 3 meses, se necessário, até obter a
prolactinemia normalizada
 Quando normalizada, e sem sinais de crescimento do adenoma na
RM, dosar depois de 6 meses, e se normal de 1 em 1 ano
 Dosar sempre que houver qualquer sintoma
 Pode diminuir a dose gradualmente em casos de normalização da
prolactinemia por mais de 1 ano e diminuição do tamanho do
adenoma;
 Adenomas iniciais entre 1 a 1,5cm e com prolactinemia normal há 2
anos e sem visualização de adenoma na RM por mais de 2 anos pode
descontinuar o agonista dopaminérgico
 Adenomas iniciais maiores de 2cm e com visualização na RM durante
o tratamento não devem ter o tratamento descontinuado
 Em caso de resposta inadequada ou intolerância à droga: cirurgia
transesfenoidal e radioterapia administrada em casos em que há
resquícios significantes do adenoma

Você também pode gostar