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PERIMENOPAUSA
Período de tempo variável, entre 4 a 8 anos, que engloba até um ano após a menopausa, e durante o qual, quando
presente, é mais florido o quadro clínico
ALTERAÇÕES HORMONAIS DA PERIMENOPAUSA
STRAW: STAGES OF REPRODUCTIVE AGING WORKSHOP
Baseado em:
Padrões mentruais
Achados endocrinológicos
Sintomas
DIAGNÓSTICO
Idade superior a 45 anos Idade >40 e <50 anos Idade <40 anos
Perimenopausa Perimenopausa Presença de alteração do
Alteração intervalo Alteração intervalo intervalo intermenstrual
intermenstrual intermenstrual
Associado ou não a sintomas Associado ou não a sintomas E/OU
menopausicos menopausicos
Menopausa Menopausa Sintomas menopausicos
12 meses de amenorreia na 12 meses de amenorreia na
ausência de causas biologicas ausência de causas biologicas ou
ou fisiologicas fisiologicas
Insuficiência ovárica precoce
Exames complementares Exames complementares
NÃO são necessários HCG Estudo complementar deverá
Prolactia ser realizado
TSH
DIAGNÓSTICO – CASOS ESPECIAIS
Estrogénios
equinoconjugados Oral e vaginal 0,625 mg 0,45 mg
(EEC)*
Etinilestradiol Oral 15 µg
* Com efeito sobre os recetores de estrogénios, pode ser utilizada no controlo da sintomatologia vasomotora isoladamente
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS
Utilização do SIU de levonorgestrel associado a estrogénio oral, transdérmico ou percutâneo
O NICE aconselha as mulheres a parar a TH quatro semanas antes de uma cirurgia; contudo, também adverte que tal não é imprescindível desde
que se faça profilaxia da doença tromboembólica
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
BENEFÍCIOS E RISCOS
MAMA
INDICAÇÕES
Alterações de humor/depressão
Podem melhorar com a
Perturbações do sono terapêutica hormonal
Disfunção sexual
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
ABSOLUTAS
RELATIVAS
Diabetes
Meningioma benigno (específico do progestativo)
Hipertrigliceridémia (>400mg/d) – contraindicação à
Risco intermédio ou elevado de carcinoma da mama
estrogenioterapia oral
Risco elevado de doença cardiovascular
Doença da vesícula biliar – contraindicação à
estrogenioterapia oral Porfiria
Risco Cardiovascular
Sociedade de Endocrinologia sugere o
Risco de Cancro da Mama
uso de calculadoras de risco
A dose, duração e via de administração, deve ser uma decisão partilhada entre o médico e a mulher
A dose a adotar deve ser a mais baixa possível com eficácia terapêutica e a duração do tratamento vai depender dos
objetivos e do perfil de risco/benefício, que deve ser reavaliado anualmente
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
REGIMES TERAPÊUTICOS
80-90% das mulheres irá ter hemorragia de privação mensalmente (normalmente após término do progestativo)
Maioria das mulheres, eventualmente, preferem mudança para regime contínuo
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
REGIMES TERAPÊUTICOS
Alterações do humor
Mais comuns na perimenopaus, decrescendo a incidência na pósmenopausa
Risco de 30% para depressão de novo.
Se história de depressão prévia, risco de novo surgimento 60%
+
Progesterona micronizada 100mg/dia ou Acetato de medroxiprogesterona 2,5mg/dia
Maioria das mulheres ficam amenorreicas, mas há uma minoria que se mantem com spotting irregular e persistente
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
REGIMES TERAPÊUTICOS
MENOPAUSA CIRÚRGICA
Contracetivo oral com baixa dose de estrogénio alívia sintomas menopausa + contraceção + controlo da hemorragia
Contraindicações:
Fumadoras
Hipertensas
Obesas
Enxaquecas
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
FOLLOW-UP E MONITORIZAÇÃO
AJUSTE DE DOSE
Se sintomas vasomotores completamente aliviados manter dose durante alguns anos tentar ajuste 3-4 anos após controlo
sintomático (dependendo da paciente)
Se início de terapêutica aos 40 anos e sintomas muito severos esperar 5 anos até primeiro ajuste (não para parar)
MONITORIZAÇÃO DO ENDOMÉTRIO
Mulheres pósmenopausicas com HUA Biópsia endometrial para descartar hiperplasia endometrial ou carcinoma
Mulheres na perimenopausa com intervalos intermenstruais mais longos ou mais curtos Não é necessário estudo prévio
MAMOGRAFIA
Segundo rastreio
As recomendações do IMS para mulheres sobre TH com alta densidade mamária sugerem mamografia com ecografia mamária
anual
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
DURAÇÃO DE UTILIZAÇÃO
Se mantiverem sintomas severos sugerir terapias não hormonais se insastisfatório retomar terapêutica hormonal
Cessação abrupta dos estrogénios reoma de sintomas vasomotores e outros associados à menopausa
A redução gradual ou a suspensão súbita da terapêutica indiferentes na recorrência dos sintomas a longo prazo.
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
OUTRAS TERAPÊUTICAS
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
OUTRAS TERAPÊUTICAS
HORMONAS BIOIDÊNTICAS
TIBOLONA
As contraindicações ao uso dos SERMs são idênticas às do uso de TH com estrogénios, com exceção do cancro da mama
Raloxifeno
Pode induzir o aparecimento ou agravamento da sintomatologia vasomotora pelo seu efeito antagonista nos RE no cérebro
A sua principal indicação é a prevenção e tratamento da osteoporose na pós-menopausa.
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
OUTRAS TERAPÊUTICAS
MODULADORES SELETIVOS DOS RECEPTORES DE ESTROGÉNIO
ANDROGÉNIOS
Os androgénios podem estar indicados em situações ginecológicas específicas, nomeadamente na área da medicina
sexual
Podem ainda ser usados em combinação com estrogénios na terapia da pós- -menopausa para eliminar a hemorragia
endometrial e/ou aumentar a líbido
A administração de mais de 200-300mg de testosterona por mês está associada a hirsutismo, acne, amenorreia,
clitoromegália e diminuição da frequência vocal
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
OUTRAS TERAPÊUTICAS
ANDROGÉNIOS
A Síndrome Genito-Urinária da Menopausa (SGUM) é uma das consequências da carência estrogénica que resulta da
falência ovárica associada à menopausa
Os sintomas mais frequentes são:
Secura vaginal
Irritação e prurido
Dispareunia
Infeções urinárias de repetição
Androgénios (intravaginais)
Podem constituir alternativa ao tratamento da SGUM
Melhoria dos sinais e sintomas de atrofia vaginal sem os potenciais riscos associados com o aumento dos níveis de estradiol
TERAPÊUTICA HORMONAL DA MENOPAUSA
TERAPÊUTICA LOCAL
Critérios de diagnóstico:
Determinação da Densidade Mineral Óssea avaliada por densitometria óssea, com valor de T-score ≤ -2,5 SD
Presença de fratura de fragilidade/baixo impacto
BIFOSFONATOS
Drug-holiday: pausa realizada na toma de bifosfonatos para diminuir os seus efeitos secundários
OSTEOPOROSE
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
É a única terapêutica disponível com eficácia demonstrada na redução de fraturas em pacientes com osteopenia
Efeito protetor no risco de fratura parece manter-se com a paragem da terapêutica (só provado com EEC e AMP)
OSTEOPOROSE
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
VITAMINA D E CÁLCIO
Uma dieta rica em cálcio e uma exposição solar adequada são fundamentais para manter a homeostasia da remodelação
óssea
Países com boa exposição solar apresentam genericamente défices de Vitamina D consideráveis
Necessidades diárias:
Vitamina D 600 e as 800 IU Suplementar todas as mulheres
Raramente satisfeitas
Cálcio após os 50 anos de idade 1200mg/dia pós-menopausicas
OSTEOPOROSE
TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA
VITAMINA D E CÁLCIO