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Intercorrências Clínicas

em procedimentos Orofaciais
Anamnese
Anamnese e Avaliação Física

A Anamnese é a base da consulta inicial, pois, além, de fornecer informações


importantes para o diagnóstico odontológico, ajuda o cirurgião-dentista a
estabelecer o perfil do paciente que será tratado.
Devemos seguir alguns parâmetros, são eles:
 Exame físico;
 Avaliação dos Sinais Vitais;
 Troca de informações com o Médico;
 Solicitação de Exames Radiográficos e Exames Complementares.
Anamnese e Avaliação Física

O exame físico inicia-se no primeiro contato com o paciente. Observamos a forma


do paciente se expressar e se comunicar, postura do paciente e perfil psicológico
do mesmo.
Neste exame observamos:

 Sinais Vitais através da aferição da P.A. e do uso do Oxímetro.


 Observamos problemas de fonética, pele e assimetrias.
 Realizamos exames dos linfonodos através da palpação.
 Especificamente com relação à HOF, devemos avaliar se o paciente é
hipercinético durante a sua comunicação - observar músculos mímicos.
Farmacologia
Farmacotécnica
Definição:
É a área da ciência farmacêutica que transforma as drogas em medicamentos.

Forma Farmacêutica:
 COMPRIMIDOS – únicos que podem ser fracionados mas apenas se estiverem sulcados.
 DRÁGEAS – facilitam a deglutição e resistem ao sulco gástrico (a medicacão só é exposta no
intestino).
 CÁPSULAS – única forma que permite a liberação das drogas de forma prolongada.
Vias de administração dos fármacos
ENTERAIS: quando a droga entra em contato com qualquer um dos segmentos do trato gastrintestinal.
 Sublingual
 Oral

PARENTERAIS: quando a droga NÃO interage com o trato gastrintestinal


 Intradérmica (injetada entre derme e epiderme com pouca absorção sistêmica, vacinas, testes de alergia)
 Subcutânea (aplicada na hipoderme, lenta absorção, utilizada para administração de vacinas, insulina,
preenchedores)
 Intramuscular (exemplo: toxina botulínica tipo A)
 Intravenosa (mais rápida via de administração)

LOCAL OU TÓPICA: aplicação direta no local onde deve agir a medicação (retal, ocular, intranasal, dérmica)

VIA INALATÓRIA: através do sistema respiratório


Vias de administração dos fármacos

Fonte: Fundamentos da enfermagem, 2017.


Farmacocinética

ABSORÇÃO – consiste na transferência do fármaco do local de aplicação para a corrente

circulatória.

DISTRIBUIÇÃO – após a absorção dos fármacos ocorre o início do processo de distribuição

dos mesmos aos diferentes tecidos do organismo.

BIOTRANSFORMAÇÃO – metabolização dos fármacos.

EXCREÇÃO – forma pela qual o fármacos são eliminados pelo organismo, geralmente

através dos rins, suor, fezes, leite materno, saliva e etc.


Exames Complementares
Exames complementares
1. HEMOGRAMA COMPLETO 9. FOSFATASE ALCALINA + GAMA GT
2. COAGULOGRAMA COMPLETO 10. TSH ULTRA SENSÍVEL
3. GLICEMIA JEJUM 11. CTX (MARCADOR BIOQUIMICO DO METABOLISMO ÓSSEO)
4. HEMOGLOBINA GLICOSILADA 12. PCR (PROTEíNA C-REATIVA)
5. CALCEMIA TOTAL 13. TGO e TGP
6. 25 OH - D / (25 HIDROXIVITAMINA D)
7. CREATININA
8. URINA TIPO I + UROCULTURA + ANTIBIOGRAMA
Exames complementares
1.) HEMOGRAMA COMPLETO

• SÉRIE BRANCA: Leucócitos normais. Se estiverem Alto ou Baixo = infecção ou leucemia

• SÉRIE VERMEMLHA: Hematócrito/ Hemoglobina (Operar quando referência for Maior 12)

• PLAQUETAS: Número Seguro acima de 50 mil.


Exames complementares
2.) COAGULOGRAMA : Conjunto de testes que analisa a hemostasia geral do paciente.

• CONTAGEM DE PLAQUETAS – as plaquetas são células da medula óssea responsáveis pela formação de

coágulos do sangue que impedem uma hemorragia sempre que necessário.

• TEMPO DE COAGULAÇÃO (retração do coágulo) – avalia a via intrínseca da coagulação. Valores

anormais indicam anemia, deficiência nos fatores de coagulação e presença de anti-coagulantes.

• TAP (Tempo de Atividade Protrombina) e seu derivado INR (Razão Normalizada Internacional) –

avaliam a via extrínseca da coagulação.

• TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada): avalia a eficiência da via intrínseca na medição

da formação do coágulo de fibrina, usado no controle da terapêutica anticoagulante pela heparina.


Exames complementares
Bases para Interpretação de Exames Laboratoriais na Prática Odontológica

Não basta observar os valores obtidos pelo paciente e compará- anos; crianças pálidas e hipoativas, má alimentação;
i e défict
Hemograma e Coagulograma:
los com os valores de referência, uma vez que isto geralmente de peso/idade5.
é feito pelo próprio paciente. Os valores de referência estão O hemograma completo é composto pelo eritrograma,
descritos na maioria dos exames laboratoriais, não sendo que fornece dados sobre contagem de hemácias (eritrócitos
obrigatório decorá-los. O importante a é saber o que signific
cada alteração encontrada e o que este achado laboratorial
trará de intercorrências durante o procedimento cirúrgico ou
ou glóbulos vermelhos), pela série plaquetária, e pelo
leucograma, que avalia os leucócitos (glóbulos brancos)9.

2.1.1 Eritrograma
Complexidade cirúrgica, intervenções
odontológicas de médio e grande
invasivo, ou ainda, que medidas pré-operatórias terão de ser
empregadas2. O eritrograma é o primeiro item do hemograma. Ele
Este estudo é relevante, pois muitoss profisi onai s relata as alterações nos eritrócitos (hemácias), através da
formados em Odontologia apresentam u dificl dade na contagem de eritrócitos (E); dosagem de hemoglobina (Hgb);
solicitação e interpretação de exames laboratoriais, sendo
que, muitas vezes, contribuem para o diagnóstico diferencial e
planejamento de procedimentos odontológicos. A importância
hematócrito (Hct); volume corpuscular médio (VCM);
hemoglobina corpuscular média (HCM); concentração de
hemoglobina corpuscular média (CHCM); e RDW, ajudando
porte; suspeita clínica de anemia;
presença de doenças crônicas como:
do tema para a odontologia seria sua aplicação na prática o diagnóstico de anemias e policitemias10..
diária, objetivando melhorar a qualidade do atendimento
s dos A contagem de eritrócitos - E é usada para detectar a
profisi onai s ci rur giões dentistas. quantidade desta célula em um microlitro (milímetro cúbico)

nefropatias, hepatopatias, lúpus


Este estudo teve como objetivo abordar conceitos básicos de sangue total. Os eritrócitos são células anucleadas,
de interpretação e de critérios para solicitação de exames bicôncavas
x e fleí vei s. A principal função deles é carregar
laboratoriais como hemograma e coagulograma completo. oxigênio - O2 dos alvéolos pulmonares para os tecidos e
remover destes o gás carbônico - CO2, levando-o para ser

eritematoso sistêmico, AIDS,


2 Desenvolvimento
eliminado nos pulmões. Os eritrócitos humanos possuem uma
O presente estudo foi desenvolvido por meio de revisão vida útil de aproximadamente 120 dias quando são fagocitados
de literatura obtida em base de dados: Biblioteca Virtual por macrófagos no baço e no fígado e substituídos por células,

neoplasias, alcoolismo, doenças


em Saúde - BVS – Bireme: LILACS, IBECS, MEDLINE em estado imaturo, chamadas reticulócitos11.
e BBO - PubMed, SciELO, Biblioteca Digital Brasileira de A dosagem de hemoglobina - Hgb é o melhor resultado
Teses e Dissertações - BDTD e na base Periódicos CAPES. do hemograma para concluir se um paciente está anêmico,

hemorrágicas do trato
As estratégias de buscas utilizadas incluíram as seguintes pois a hemoglobina é uma molécula de proteína presente no
palavras: hemograma, coagulograma, odontologia, além de interior dos eritrócitos. Nela, está contido o ferro, que permite
pesquisas que abordaram temas inerentes à Medicina, ao o transporte de oxigênio pelo sistema circulatório. A anemia é
Exame laboratorial e ao risco cirúrgico. Foram selecionadas a diminuição da capacidade de transporte do oxigênio. Sendo
referências entre os anos de 2000 e 2011, como base para o
desenvolvimento do presente trabalho.

2.1 Hemograma
assim, a avaliação direta da quantidade de hemoglobina
fornece a informação maise fiddi gna para a determinação de
presença de anemia no paciente9.
gastrointestinal; radio ou
quimioterapia recentes; uso de
O valor do hematócrito - Hct é o percentual do sangue que
O hemograma é uma ferramenta importante para a é ocupado pelos eritrócitos. Um hematócrito a de 45% signific
avaliação de diversas situações, devido à grande quantidade de que o sangue é composto por esta mesma porcentagem de
informações fornecidas6. Este exame é um dos mais indicados, eritrócitos10. O Hct representa a proporção entre a parte sólida
pela facilidade de sua realização e custo relativamente baixo.
Quando os valores encontram-se alterados, ou seja, acima ou
abaixo dos valores de referência, o resultado é considerado
e a parte líquida do sangue. Quando há anemia no paciente,
o Hct encontra-se diminuído por causa da falta de glóbulos
vermelhos12.
anticoagulantes; presença de
infecção.
anormal e pode se constituir numa contraindicação Os três primeiros dados, contagem de eritrócitos - E,
momentânea
i ou defintiva para execução dos procedimentos dosagem de hemoglobina - Hgb e hematócrito - Hct são
odontológicos cirúrgicos em consultório7. analisados em conjunto e avaliam a presença de anemia ou
Existem alguns critérios para a indicação de solicitação policitemia no paciente13.
de hemograma, que é recomendado principalmente em O volume corpuscular médio - VCM avalia o tamanho dos
avaliações pré-operatórias. As condições a serem observadas eritrócitos. Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas,
para a solicitação do hemograma são8: complexidade cirúrgica, ou seja, hemácias grandes. Um VCM reduzido indica
intervenções odontológicas de médio e grande porte; suspeita hemácias microcíticas ou de tamanhos diminuídos. Esse dado
clínica de anemia ou policitemia; presença de doenças crônicas ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo,
como: nefropatias, hepatopatias, lúpus eritematoso sistêmico, anemias por carência de ácido fólico e vitamina B12, e o
AIDS, neoplasias, alcoolismo, doenças hemorrágicas do alcoolismo apresentam hemácias grandes (macrocíticas),
trato gastrointestinal; radio ou quimioterapia recentes; uso de enquanto anemias i por deficên cia de ferro apresentam
anticoagulantes; presença de infecção; paciente acima de 60 hemácias pequenas - microcíticas14.

230 UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde 2014;16(3):229-37


Exames complementares
2.) COAGULOGRAMA :

TAP + TTPA = - Uso de anti-coagulantes/ Rivaroxabana


(Marevan®, Brilinta®, Xarelto® e Pradaxa®).
- Hepatopatias
- Paciente alcoólatra
- AAS (dimuni a atividade plaquetária).
Exames complementares

3.) GLICEMIA EM JEJUM

• GLICEMIA NORMAL: SUPERIOR 70mg/dl e INFERIOR 110mg/dl

• GLICEMIA ALTERADA: SUPERIOR 100mg/dl e INFERIOR 125mg/dl

• CONSIDERADA Diabetes mellitus: SUPERIOR 126 mg/dl

• HIPOGLICEMIA: INFERIOR 70mg/dl


Exames complementares
4.) HEMOGLOBINA GLICOSILADA (HbA1c)
• Avalia os níveis médios da Glicemia (dos últimos 3 meses)

MENOR 6,5 = Paciente Normal


MAIOR 6,5 = Diabetes mellitus
MAIOR 8,0 = NÃO OPERAR (paciente não cicatriza)

OBS: Importante avaliar exames complementares para obter parâmetros individuais de controle do
Diabetes mellitus.
Exames complementares

5.) CALCEMIA TOTAL


A Homeostase do Cálcio envolve a interação coordenada de 3 sistemas: (ossos, rins e intestino) e de dois
hormônios: Paratormônio e Calcitonina, além da Vitamina D.

 Vitamina D absorve Cálcio;

 PTH (Paratormonio), retira o Cálcio do osso e joga no sangue;

 Calcitonina forma osso, fixa o Cálcio no osso (interrompe a reabsorção óssea)


Exames complementares

6. ) 25 OH - D / (25 HIDROXIVITAMINA D)

A baixa ingestão de Vitamina D diminui a absorção e consequentemente o aproveitamento do Cálcio pelo

organismo. Para termos produção e absorção da Vitamina D pelo organismo é necessário o banho de sol.
Exames complementares

7.) CREATININA

 Avalia a função renal do paciente;

 A creatinina aumenta com a idade, está intimamente relacionada à massa muscula e piora a função renal;

 Rins são responsáveis pela excreção de alguns medicamentos, devemos avaliar a sobrecarga dos rins em

caso de necessidade de receitar.

 Evitar anti-inflamatórios: Idoso, Diabetes mellitus, Cardiopatas, Asmático, DPOC (Doença Pulmonar

Obstrutiva Crônica)
Exames complementares

8.) URINA TIPO I + UROCULTURA + ANTIBIOGRAMA

 Exame complementar usado para ajudar no dignóstico e também auxiliar na antibioticoterapia a ser utilizada.

 O exame de urina Tipo I com urocultura e antibiograma sempre deve dar resultado NEGATIVO, pois se houver

disseminação hematogênica, a infecção pode ir para a boca.

Exp: Diabetes mellitus (baixa imunidade; via de mão dupla).


Exames complementares

9.) TSH ULTRA SENSÍVEL:

 Hormônio Estimulador da Tireóide (sigla em inglês)

 O TSH ordena a tireóide a aumentar ou diminuir a sua produção de T3 e T4 dentro da hipófise.

 A hipófise precisa sempre manter uma concentração de TSH ideal, de modo que, simultaneamente, impeça a

tireóide de produzir poucos hormônios, mas também, não a estimule a produzi-los demais.
Exames complementares

10.) FOSFATASE ALCALINA + GAMA GT:

GGT + Fosfatase Alcalina = alteração HEPÁTICA (Exp: alcoolismo, pedra na vesícula)

ou

GGT NORMAL + Fosfatase Alcalina = alteração ÓSSEA (osteoporose, baixa Vitamina D)


GGT
Exames complementares

10.) FOSFATASE ALCALINA + GAMA GT: avaliação do fígado e vias biliares.

Fosfatase alcalina baixa:

Os níveis de fosfatase alcalina raramente estão baixos, no entanto esta enzima pode estar diminuída
nas seguintes situações:
 Hipofosfatasia, que é uma doença genética que provoca deformações e fraturas nos ossos;
 Desnutrição;
 Deficiência de magnésio;
 Hipotireodismo;
 Diarreia grave;
 Anemia severa.
Exames complementares

11.) CTX (TELOPEPTÍDEO CARBOXITERMINAL DO COLÁGENO TIPO I)

É um marcador bioquímico sérico que detecta a reabsorção óssea como Osteopenia e Osteoporose sob o

efeito de drogas como BISFOSFONATOS ou DENOSUMAB.


Exames complementares
11.) CTX (TELOPEPTÍDEO CARBOXITERMINAL DO COLÁGENO TIPO I)

Este exame permite avaliar o nível da atividade metabólica do osso mandibular/ maxilar e contribui para que

médicos e cirurgiões-dentistas decidam quando intervir cirurgicamente junto ao tecido ósseo.

MAIOR COMPLICAÇÃO = NECROSE ÓSSEA (cirurgias eletivas, cirurgias periodontais, exodontias e ortodontia).
Bisfosfonatos = descontinuidade de 3 meses para atuarmos (com liberação médica).
Denosumab = descontinuidade de 6 meses para atuarmos (com liberação médica).
Bisfosfonatos (BFs)

O que é um Bisfosfonato?

É uma droga anti-reabsortiva que aumenta a Densidade Mineral Óssea e protege o paciente contra

possíveis fraturas ósseas, ou seja, reverte a Osteoporose.


Bisfosfonatos (BFs)
MECANISMO DE AÇÃO:

1.) Os BFs, alteram o processo de reabsorção e remodelação óssea.

2.) Os BFs bloqueiam a diferenciação dos OSTEOCLASTOS e estimulam os OSTEOBLASTOS a

produzir o fator de inibição dos OSTEOCLASTOS.

RESULTADO: Esta ação farmacológica acarreta na diminuição da Reabsorção óssea. E como o

processo de metabolismo ósseo está baseado na Reabsorção e Deposição, a Remodelação óssea

fica comprometida. A remodelção acontece mas, em menor escala.


Bisfosfonatos (BFs)

Temos apenas 4 Bisfosfonatos disponíveis no Brasil e aprovados pela ANVISA:

• ALENDRONATO SÓDICO (Osteoform®, Fosamax®)


• RISEDRONATO SÓDICO (Actonel®, Orafix 150®) Via Oral
• IBANDRONATO de SÓDIO (Osteoban®)

• AC. ZOLEDRÔNICO (Zometa® 4mg, Aclasta®) Via Endo Venosa


Via Oral

Via Endovenosa
Denosumab
O que é o Denosumab?

É uma proteína monoclonal (um anticorpo) que reverte a osteoporose e inibe a proliferação de células

metastáticas nos pacientes oncológicos (age diminuindo a atividade osteoclástica), ou seja, impede a metástase.
Exames complementares
11.) CTX (TELOPEPTÍDEO CARBOXITERMINAL DO COLÁGENO TIPO I)

Interpretação do Exame CTX:

• CTX (MENOR 100pg/mL) = ALTO risco

• CTX (100 a 150pg/mL) = risco MODERADO

• CTX (MAIOR 150pg/mL) = BAIXO risco (SIM PARA A intervenção cirúrgica)


Procedimentos Clinícos Cuidados Antibióticos

• Suturas Oclusivas • Não receitar: Corticosteróides • Receitar por pelo menos


• Uso de clorexidina 0,12% • Solicitar exames complementares 14 dias
• Cuidado com próteses provisórias ou • Solicitar contato com o médico
definitivas (com adaptação responsável
inadequada) – evitar traumas

• Laser Cirúrgico • Evitar AINES • Antibióticos de amplo


• Laser PDT espectro
ARTIGO ORIGINAL

Riscos e complicações para os ossos da face decorrentes


do uso de bisfosfonatos
Risks and complications to the facial bones after bisphosphonates use

Sylvio Luiz Costa de Moraes Introdução

E
Chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Crânio- ntende-se por bisfosfonatos (BFs) os fármacos que possuem alta af nida-
-Maxilo-Facial do Hospital São Francisco (RJ)
de pela hidroxiapatita, sendo estes com atuação aos pirofosfatos (regu-
Alexandre Maurity de Paula Afonso
Roberto Gomes dos Santos
ladores f siológicos da calcif cação e reabsorção óssea) (1, 2). Em virtude
Ricardo Pereira Mattos dessas propriedades, os BFs são prescritos no tratamento de doenças que al-
Membros do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Crânio- teram o metabolismo ósseo (2, 3). A atuação dos BFs inicialmente ocorre pela
-Maxilo-Facial do Hospital São Francisco (RJ) inibição dos osteoclastos, ocorrendo também inibição dos osteoblastos (1).
Maiolino Thomaz Fonseca Oliveira No entanto, a utilização desses fármacos pode estar relacionada com diversas
Darceny Zanetta-Barbosa
Departamento de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e
complicações, sendo a Osteonecrose Induzida por Bisfosfonatos (OIB) uma
Implantodontia da FO da Universidade Federal de complicação de extrema importância na prática de inter venções cruentas no
Uberlândia (UFU) complexo buco-maxilo-facial.
Bruno Gomes Duarte O diagnóstico de OIB, em geral, deve incluir três características: 1) paciente
Residente de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- estar em tratamento atual com bisfosfonatos ou já ter feito uso do mesmo; 2)
-Facial do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB),
Rio de Janeiro, Brasil.
exposição de tecido ósseo na região crânio-maxilo-facial por mais de oito se-
manas e 3) paciente sem histórico de radioterapia na região dos maxilares (3).
Res u mo Os efeitos colaterais dos BFs interferem no processo de remodelação ós-
A descoberta dos bisfosfonatos (BFs) como fár-
macos relacionados à inibição da reabsorção óssea sea, portanto, todos os procedimentos dependentes desse processo passam a
os consagrou para o tratamento de pacientes porta- estar, no mínimo, alterados, senão comprometidos.
dores de osteoporose e de neoplasias com metásta- Frente a iminente possibi lidade de OIB em pacientes que são submetidos
ses ósseas, o que culminou com o seu uso ampliado.
O presente trabalho tem por objetivo expor a impor-
a tratamentos médicos com o emprego de BFs, torna-se necessária a ênfase
tância da identificação dos pacientes que fazem uso sobre o assunto com o objetivo de alertar os colegas da área de saúde para
dos BFs contribuindo assim para o adequado conhe- a necessidade da identif cação desses pacientes no momento da anamnese,
cimento sobre os riscos de complicações que acome- minimizando assim a morbidade consequente a procedimentos cruentos re-
tem esses pacientes. O trabalho enfoca o emprego
clínico dos BFs, os riscos que representam para os
alizados nesses pacientes (Figura 1).
ossos da face, consideradas as suas características,
bem como a importância de diagnosticar pacientes
que fazem uso desses fármacos, a fim de orientá-
-los sobre o adequado tratamento odontológico a ser
realizado, e desta forma contribuir para a redução da
complicação que tem evolução imprevisível e conse-
quências devastadoras para os pacientes.
Palavras-chave: cirurgia bucal; Odontologia; os-
teonecrose da arcada osseodentária associada aos
bisfosfonatos; osteonecrose.
Ab s t RAc t
The bisphosphonates (BFs) as a drug-related
inhibition of bone resorption consecrates its to the
treatment of patients with osteoporosis and cancer
with bone metastases, which culminated with its ex-
panded use. This study aims to explain the importan-
ce of identifying patients who make use of BFs there-
by contributing to the adequate knowledge on risks
related to these complications affecting patients. This
study focuses on the clinical use of BFs, the risks it Figura 1. A- Tomografia Computadorizada em corte axial de paciente do gênero feminino,
represents to the facial bones, considered its charac- com história de Câncer de Mama, submetida a tratamento com Ácido Zoledrônico há 12
teristics as well as the importance of diagnosing pa- anos, evidenciando alteração de trabeculado ósseo da mandíbula (eburnificação)
tients who use these drugs, in order to conduct them B- Foto trans-operatória da mesma paciente, portadora de OIB manifesta 30 dias após exo-
on the proper dental treatment to be held initially, and
dontia de elemento no arco central da mandibular. Em destaque observa-se a coloração
thus, to contribute to the reduction of complication
amarelada, correspondente ao osso desvitalizado
that means an unforeseeable and devastating conse-
quences for the patients.
Keywords: Oral Surgery; D entistry; bis-
Histórico
phosphonate-associated osteonecrosis of the Nos anos 60, descobriu-se que o pirofosfato de cálcio apresentava-se como
jaw; osteonecrosis. regulador f siológico da calcif cação e reabsorção óssea (1), presente na urina e
no soro (1). Como desvantagem dessa substância, cita-se a sua inativação por en-
zimas da mucosa gastrointestinal (1), o que inviabiliza o seu uso por via oral (1).
Em meados de 1960, foram desenvolvidos os BFs, que são análogos aos
pirofosfatos, sendo estes relacionados com a inibição da reabsorção óssea e

Revista Brasileira
114 de Odontologia
Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 70, n. 2, p. 114-9, jul./dez. 2013
Exames complementares

12.) PCR (Proteína C - Reativa)

• Indica a presença de inflamação ou infecção aguda no corpo.

• É produzida pelo fígado e está naturalmente presente no sangue de pessoas saudáveis em pequenas

quantidades. Quando uma inflamação ou infecção aguda se instala, as taxas da Proteína C-

Reativa podem subir vertiginosamente.


Exames complementares

12.) PCR (Proteína C - Reativa): inflamação ou infecção aguda no corpo


Referência: 1 a 10 mg/dL
PCR = - Infecções (infecção de urina, gripes, gengivite, abscessos dentais)
- Pós-operatório imediato cirúrgico (exodontia, implante)
- Neoplasias
- Doenças reumáticas
- Traumatismos
Exames complementares
Exames complementares

13.) TGO e TGP: São enzimas transaminases (aminotransferases) responsáveis pela metabolização de
algumas proteínas (L-aspartato, alfacetoglutarato e alanina).

 TGO = Transaminase Glutâmico-Oxalacética está presente no interior de diversas células do corpo


(fígado, miocárdio do coração, músculo esquelético, pâncreas, rins e glóbulos vermelhos.

 TGP = Transaminase Glutâmico-Pirúvica é encontrada unicamente nas células do fígado.

Atuam no diagnóstico diferencial de doenças do sistema hepatobiliar e do pâncreas (TGO e TGP)

ou colaboraram com a identificação de infarto de miocárdio e miopatias (TGP).


Exames complementares
Anestesia Local
Mecanismo de ação – Anestésicos Locais

TEORIA DO RECEPTOR ESPECÍFICO

MEMBRANA DO AXÔNIO PENETRAM NA BLOQUEIO DA PERDA DA


CÉLULA NERVOSA CONDUÇÃO NERVOSA PERCEPÇÃO DA DOR
Preparo da Pele ou Intraoral – Pré anestesia

Peles maquiadas água micellar e Intraoral: clorexidina


posteriormente clorexidina 2% ou 0,12%
álcool isopropilico 7%
Anestésico local – Lidocaína 2%

 Anestésico ‘’padrão ouro”;


 Início da ação 2 e 3 minutos;
 Tempo de ação sem vasoconstrictor é muito baixo;
 Tempo de ação pulpar de 1 hora e em técnicas tronculares e
infiltrativas de 3 à 5 horas;
 Metabolizada no fígado e excretada pelos rins.
Anestésico local - Mepivacaína

 Anestésico com potência similar à Lidocaína;


 Início da ação 1,5 e 2 minutos;
 Pode ser utilizada sem vasocoinstritor na consentração de 3% e
com vasoconstrictor na consentração de 2%;
 Sem vasoconstrictor com 3% - não utilizar em cirurgias
 Tempo de ação pulpar de 40 minutos e em técnicas tronculares e
infiltrativas de 3 à 5 horas;
 Metabolizada no fígado e excretada pelos rins.
Anestésico local - Prilocaína

 Anestésico com potência similar à Lidocaína;


 Início da ação 2 e 4 minutos;
 Comercializada com felipressina e/ou octopressin
 Tempo de ação similar Lidocaína.
 Metabolizada no fígado e nos pulmões e excretada pelos rins;
 Risco de metemoglobinemia em caso de sobredosagem.
 Para cardiopatas e diabéticos descompensados
Anestésico local - Articaína

 Anestésico com potência superior à Lidocaína;


 Início da ação 1 e 2 minutos;
 Tempo de ação similar Lidocaína.
 Metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo e excretada pelos rins;
Anestésico local – doses recomendadas

Anestésico Local Dose Recomendada Vasoconstritor Concentração


Lidocaína 7 tubetes epinefrina 1:100.000
Prilocaína 6 tubetes felipressina 0,03 UI/ml
Mepivacaína 7 tubetes epinefrina 1:100.000
Articaína 5 + tubetes
½ epinefrina 1:100.000
6 tubetes 1:200.000
Anestésico local – Vasocontritores

 Lembrar que nos casos de envolvam sangramento, deve-se preferir soluções com epinefrina.
 As soluções com felipressina e/ou octopressin atuam na circulação venosa por isso não são efetivos

na hemostasia.
Anestésico Tópico
Anestésico Tópico – Manipulado creme

 Lidocaína 23%
 Benzocaína 10%
 Tretacaína 7%
 Glicerina (pomada) - QSP 15mg
Anestésico Tópico – PLIAGLIS® creme

 Lidocaína 70mg + Tetracaína 70mg (PLIAGLIS®) + Veículo QSP


Anestésico Tópico – Aplicação na pele

 Para obtermos o resultado esperado do anestésico tópico devemos esperar o tempo


recomendado pelo fabricante em bula, gereralmente a partir de 20 minutos, para se
iniciar o efeito farmacológico desejado.

 Após a aplicação do anestésico tópico, e antes do início da aplicação da toxina


botulínica tipo A, preenchedor, ou qualquer outro tipo de biomaterial…., limpar a
região com: álcool 70% e gaze.
Analgésicos e Anti-inflamatórios
(AINES) Anti-inflamatórios Não Esteróides

AINES
Podemos define-los como inibidores da CICLOGENASE (COX1, COX2) e
atuam Previnindo a sensibilização dos nociceptores (receptores de danos
que enviam sinais ao SNC, onde é interpletada a dor);
 COX1 – “Inflamação fisiológica”
 COX2 - “Inflamação patológica”
(AINES) Anti-inflamatórios Não Esteróides
Ação Farmacológica Nome Genérico
Aspirina (AAS), Diclofenaco 50mg
Inibidores não seletivos COX1 e COX2 Piroxicam (FELDENE® 20mg ou FELDENE-SL 20 mg),
Ibuprofeno (ALIVIUM® 400 mg ou 600mg),
TORAGESIC-®SL 10mg

Inibidores seletivos da COX2 Nimesulida e Meloxicam (MELOCOX®, BIOFLAC®,


(inibem preferencialmente a COX2) MOVATEC®)

Inibidores específicos da COX2 Celecoxib (CELEBRA®100mg ou 200mg)

COX3 (pouca ação anti-inflamatória, com ação


potencialmente analgésica e antitérmica). Paracetamol (TYLENOL® 750 mg)
(AINES) - Cetoprofeno

Opções:

 Profenid® Retard 200mg


 Profenid® Protect 200mg com 20mg de Omeprazol
 Profenid® 100mg (via oral ou IM)
 Progenid® Gel – tópico
 Bi-Profenid® 150mg
Anti-inflamatórios: Corticosteróides

CORTICOSTERÓIDES
Podemos defini-los como inibidores da Fosfolipase A2 e atuam também,
Previnindo a sensibilização dos nociceptores;
 Controle da FOSFOLIPASE A2: mecanismo de ação que está relacionado à dor e
principlamente ao edema.
Anti-inflamatórios: Corticosteróides

CORTICOSTERÓIDES
 Dexametasona (DECADRON®),
 Prednisolona (PRELONE®)
 Betametasona (DIPROSPAN®)
 DEXA-CITONEIRIN® NFF
Anti-inflamatórios: Corticosteróides

Nome mg dose

Dexametasona (DECADRON®) 4mg 3x ao dia, durante 4 dias


Comprimidos via oral Permite dose de ataque de 8 mg

Betametasona (DIPROSPAN®) 1 ampola Dose única – intramuscular


Intramuscular

Prednisolona (PRELONE®) 20 mg 1x ao dia, durante 7 dias à 14 dias


Comprimidos via oral
Anti-inflamatórios: Corticosteróides

DEXA - CITONEURIN NFF® 3 DOSES IM – 1 dose por dia, durante 3 dias.


Cada dose corresponde à mistura de duas ampolas
Analgésicos – Dipirona (Novalgina®)

 Quando o nociceptor já se encontra sensibilizado,


os inibidores de cicloxigenase ou os da fosfolipase
A2, não são tão eficazes no controle da dor.
 Os analgésicos que deprimem diretamente os
nociceptor, atuam na dor já instalada.
Analgésicos – Gabapentina

 Droga atua na indução da síntese de GABA e Serotonina, e no linear da dor.


 Utilizada em DTM e Nevralgias.

Gapapentina DOSE
GABANEURIN® 300 mg ou 400 mg Dose escalonada inicial e final
Início 1x ou 2x ao dia, na primeira e segunda
semanas
4 semanas 3x ao dia
Finaliza com: uma semana 2x ao dia e uma
semana 1x ao dia.
Analgésicos de ação central

 Drogas representadas pelos opióides, substâncias derivadas do ópio, tendo a


morfina como referência destes analgésicos.

Paracetamol com Codeína DOSE


TYLEX ®30mg ou 7,5mg Medicação alternative para casos onde a dipirona não
é indicada

Tramadol DOSE
TRAMAL® Retard 100mg Dose única diária, mas cuidado com interação
medicamentosa com antidepresivos: fluoxetina,
sertralina.
E neurolépticos: clorpromazina, haloperidol
Toragesic® 10 mg

 É um anti-inflamatório (AINES) com potente ação


analgésica, usado para tratamento de até 5 dias.
 Indicado para dores agudas e de severa intensidade.
 Ação Rápida – Via Sublingual.
Analgésicos associado à relaxante muscular

 DORFLEX®: dipirona, caféína, citrato de orfenedrina.


 MIOFLEX A®: carisoprodol, cafeína, diclofenaco
 BESEROL®: carisoprodol, cafeína, diclofenaco, paracetamol
Relaxantes musculares - Miosan® 5mg ou 10mg

 Ciclobenzaprina (Miosan®) é um relaxante muscular que atua nas contrações involuntárias,


condições musculoesqueléticas agudas e de sintomatologia dolorosa.
 Para DTM e para pré aplicação de toxina botulínica tipo A

Ciclobenzaprina DOSE
MIOSAN® 5mg 2x ao dia por até 15 dias.
MIOSAN® 10mg 1x ao dia por até 15 dias.
Antibióticos
Antibióticos – Mecanismo de ação
O principal mecânismo de ação dos antibióticos é a TOXICIDADE SELETIVA.
A toxicidade seletiva baseia-se no ataque às estruturas celulares das bactérias que não estão
presentes nos seres humanos.
Estas estruturas são:
• Parede cellular e cápsula
• Divisão Binária com ausência dos processos de meiose
• Ausência de Mitocôndrias
• Ausência de núcleo individualizado com membrana nuclear
• Bactérias apresentam Ribossomas 70S, com subunidades 30S e 50S, enquanto as células
humanas apresentam 80S, com subunidades 40S e 60S.
Antibióticos – Mecanismo de ação
Antibióticos
 AVALOX® (MOXIFLOXACINO) 400mg:

O AVALOX® é indicado para o tratamento de adultos (com idade igual ou


acima de 18 anos) com:

• Infecções das vias respiratórias superiores e inferiores;


• Sinusite aguda;
• Infecções não complicadas de pele e tecidos moles (camadas mais superficiais
da pele);
• Infecções complicadas de pele e anexos (incluindo infecções de diabéticos
descompensados);
• Infecções , causadas por várias bactérias: abscessos.
Antibióticos

 KLARICID® (CLARITROMICINA) 500MG – 1x ao dia, 10 dias.


 Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções de vias
respiratórias superiores (exemplos: faringite e sinusite), infecções de
pele e tecidos moles.
Antibióticos

 LEVOFLOXACINO (TAMIRAM®) 750MG


 Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções de
vias respiratórias superiores (sinusite), pneumonias e infecções
nos rins
Antibióticos

 CLAVULIN® (AMOXICILINA 875mg + CLAVULANATO DE POTÁSSIO 125mg) 1000mg


 Dose recomendada na odontologia: 2x ao dia, durante 5 dias, podendo ser
extendido por até 10 dias.
Antibióticos

 CEFALEXINA 500mg – 4x ao dia durante 7 ou 10 dias


 CEFALEXINA 1g – 2x ao dia 7 ou 10 dias.
 Sinusites bacterianas causadas por estreptococos, S. pneumoniae e Staphylococcus aureus
 Infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes
 Infecções da pele e tecidos moles causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à Cefalexina;
 Infecções ósseas causadas por estafilococos e/ou P. mirabilis;
 Infecções dentárias causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à Cefalexina.
Antibióticos

 AZITROMICINA 500mg - 1x ao dia, durante 3 ou 5 dias


 Infecções do trato respiratório inferior (brônquios e pulmões) e superior (nariz,
faringe laringe e traqueia), incluindo sinusite (infecção nos seios da face), faringite
(inflamação da faringe) ou amigdalite (inflamação das amígdalas);
 Infecções da pele e tecidos moles (músculos, tendões, gordura);
Antibióticoterapia Profilática
Antibiticoterapia Profilática
Situação e Via de Administração do Antibiótico DOSE DOSE
Medicamento Adultos Crianças

Via Oral AMOXICILINA 2g 50 mg/Kg - Oral

Intra Muscular (IM) AMPICILINA 2g 50 mg/Kg - IM


CEFAZOLINA (Kefazol®) 1g 50 mg/ Kg - IM

Alérgicos à penicilina e/ou similares CLINDAMICINA 600 mg 20 mg/kg - Oral


AZITROMICINA 500 mg 15 mg/Kg - Oral
CLARITROMICINA 500 mg 15 mg/Kg - Oral

Alérgicos que precisam de Via (IM) CEFAZOLINA 1g 50 mg/Kg – IM


Classificação A.S.A.
Nomenclaturas utilizadas em medicamentos
OZONIOTERAPIA
OZONIOTERAPIA
História
• Resolução CFO 166/2015:

• Mecanismo de ação:

OZONIOTERAPIA
Conceitos
• Mecanismo de ação:

OZONIOTERAPIA
Conceitos
BENEFÍCIOS
DO OZÔNIO

Antioxidante Melhora Possui ação Melhora a oxigenação


celular a circulação Anti-inflamatória dos tecidos
BENEFÍCIOS
DO OZÔNIO

Acelera o Estimula o sistema Rejuvenescedor Fungos, vírus


metabolismo imunológico celular e bactérias
OZONIOTERAPIA
Dose e concentração
do gás ozônio
OBTENÇÃO DO
GÁS OZÔNIO
OZONIOTERAPIA
Dose e concentração
da água ozonizada
OBTENÇÃO
DA ÁGUA
OZONIZADA
OZONIOTERAPIA
Creme, sérum
e óleo ozonizado
CREME,
SÉRUM E ÓLEO
OZONIZADO
Protocolos de Tratamento de intercorrências
BICHECTOMIA
CUIDADOS E PROTOCOLOS
Protocolo de atendimento em
procedimentos invasivos:

BICHECTOMIA
Prevenção de intercorrência:

BICHECTOMIA
Prevenção de intercorrência:

BICHECTOMIA
Prevenção de intercorrência:

BICHECTOMIA
IMPORTANTE:
Comprimir os tecidos
para drenar coágulos
e evitar edemas
antes de suturar.
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1

• Paciente com 36 anos;

• Em tratamento odontológico não finalizado;

• Problemas endodônticos nos pré-molares.


BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 1
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

• Paciente TC (32a);

• Avaliação intraoral normal;

• Cirurgia ortognática há 5 anos.


BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

• Tempo operatório:
1h e 30min;

• Suspeita de rompimeto
do ducto salivar (solicitação
de exame para averiguação).
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Incisão para
colocação do dreno
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Preparo do dreno, para


auxílio da saída de saliva,
pela fibrose causada
pela bichectomia.
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Colocação de dreno,
próximo à saída
do ducto salivar.
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Aplicação de Gás ozônio (O3)


para melhorar a fibrose,
causada pela bichectomia
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Betametasona
ao redor do
local da incisão
da bichectomia
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Quantidade de saliva
que foi drenada após
a colocação do dreno
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2

Dois dias após a


colocação do dreno.
BICHECTOMIA
CASO CLÍNICO 2 – TRÊS MESES APÓS O PROCEDIMENTO (BICHECTOMIA)
ETIP
(Edema Tardio Intermitente e Persistente)
ETIP
CASO CLÍNICO 1

• Paciente incomodada com granulação


e edema do material preenchedor.

• Aplicação de Hialuronidase solução;

• Tratamento: O3 + Prednisolona 20mg


+ Alegra 180mg.
ETIP
CASO CLÍNICO 1
ETIP
CASO CLÍNICO 1

Resultado do tratamento após 21 dias.


ETIP
CASO CLÍNICO 2

• Aparecimento dos sintomas 3 meses


após a aplicação de preenchedores
na região da olheira, malar e ângulo
de mandíbula, utilizamos,
antibioticoterapia, corticosteroides e
anti-histamínicos.
ETIP
CASO CLÍNICO 2

• 4 dias depois do início do tratamento.


ETIP
CASO CLÍNICO 2

• 7 dias após início do tratamento.


ETIP
CASO CLÍNICO 2

• 21 dias após início do tratamento.


Tratamentos de hematomas com
Ozônio (O3 ) + uso de creme tópico.
Tratamento de Hematoma
com O3 + uso de creme tópico

• Ozonioterapia com gás de O3;

• Associado ao uso de creme de arnica +


óleo ozonizado, 3x ao dia;

• Tratamento 3 aplicações de gás de O3


com intervaldo de 24 horas entre cada
aplicação.
Tratamento de Hematoma
com O3 + uso de creme tópico
Tratamento de Hematoma
com O3 + uso de creme tópico (hirudoid)

Aplicação de
gás ozônio (O3) + creme hirudoid no
local do hematoma.
Tratamento de Hematoma
com O3 + uso de creme tópico
Cuidados técnicos de uso
de cânulas em rinomodelação
Associação de Ozônio (O3),
Hialuronidase e Laser de baixa
intensidade
1
Associação de
Ozônio (O3),
Hialuronidase e
Laser de baixa
intensidade
Caso Clínico 1
Caso clínico 1
Intercorrência
Preenchimento (Rinomodelação)

• Antibioticoterapia;
• Corticosteróide;
• O3 ;
• Laser de baixa intensidade.
Caso clínico 1
Intercorrência
Preenchimento (Rinomodelação)
Caso clínico 1

Linfonodos cervicais

Occiptal

Retroauricular

Bucal

Parótida

Cervical superior

Submandibular
Esternocleidomastoideo

Cervical profundo
Caso clínico 1
Laser de baixa intensidade

• Uso de laser de baixa


intensidade nos linfonodos
para auxiliar o estímulo das
células de resposta de
reparação tecidual.
Caso clínico 1
Caso clínico 1
início

7 dias

final
Associação de
Ozônio (O3),
Hialuronidase e
Laser de baixa
intensidade
Caso Clínico 2
Caso clínico 2
Caso clínico 2
Associação de
Ozônio (O3),
Hialuronidase e
Laser de baixa
intensidade
Caso Clínico 3
Caso clínico 3
Caso clínico 3
Caso clínico 3
Associação de
Ozônio (O3),
Hialuronidase,
IPRF e Laser
de baixa
intensidade
Caso Clínico
Preenchimento (Rinomodelação)
Caso clínico com 3 dias de aplicação de ácido hialurônico
• Venopunção para
obtenção de IPRF.
• IPRF preparado para
ser ozonificado.
• Ozônio (O3) + IPRF.
• IPRF pronto
para ser usado.
inicial

7 dias
4 dias
Associação
de Ozônio (O3),
e antibioticoterapia
Associação de
Hialuronidase,
Laser de baixa intensidade e
Antibioticoterapia
Associação de
Hialuronidase,
Laser de baixa intensidade e
Antibioticoterapia
Caso Clínico
Teste de compressão,
na região com suspeita
de ausência de circulação
Intercorrências com fios de PDO
Intercorrências
com fio de PDO
Caso clínico
Tratamento
Intercorrência com fio de PDO

• IPRF com Ozônio, após retirada


do fio de PDO colocado;

• Após 30 ou 40 dias, propor outra


conduta clínica: ácido hialurônico
na região
Tratamento de herpes
labial com ozônio
Tratamento de herpes labial
com ozônio
Caso clínico
• Sequência de 3 dias
de aplicação de
ozônio.
• Sequência de 3 dias
de aplicação de
ozônio.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Muito obrigado!

Instituto Nacional de Reabilitação Orofacial - INRO

Fone: +55 (11) 4509-9050

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