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Fisiologia Cardiovascular

Estudo Dirigido 1

1. Cite as funções básicas do sistema cardiovascular.


Resposta:
Transporte de gases, nutrientes e metabólicos
Transporte de água e eletrólitos (equilíbrio hidromineral)
Transporte de ácidos e bases, para regulação do PH
Transporte de calor para superfície corporal (regulação térmica)
Transporte de hormônios
Transporte do sistema de defesa celular e humoral

2. Faça um esquema do coração, com identificação das câmaras, válvulas, os


grandes vasos sanguíneos acoplados ao coração e o sentido da corrente
sanguínea.
Resposta:

3. Identifique, na figura abaixo, o tipo de potencial de ação cardíaco, as suas


fases e respectivas correntes iônicas.
Resposta:

Tipo lento:
Fase 0: corrente de entrada de Ca2+, tipo L (ICa,L)
Fase 3: corrente de saída de K+, com retificação tardia (IKR e IKS)
Fase 4: corrente ativada por hiperpolarização (If), corrente de entrada de
Ca2+, tipo T (ICa,T), e desativação de
Tipo rápido:
Fase 0: corrente de entrada de Na+ (INa)
Fase 1: corrente transiente de saída de K+ (Ito1)
Fase 2: corrente de entrada de Ca2+ (ICa,L)
Fase 3: corrente de saída de K+ com retificação tardia, rápido (I KR) e corrente
de saída de K+ com retificação tardia, lento (IKS)
Fase 4: corrente de K+ com retificação de entrada (I K1)

4. Na figura abaixo, que mostra os potenciais de ação dos diferentes tecidos


cardíacos, classifique-os em tipos Rápido e Lento e explique o critério de
classificação.

Resposta:
Tipo Rápido: músculo atrial, feixe de His, ramos do feixe de His, fibras de
purkinje e musculo ventricular
Tipo Lento: nó sinoatrial e nó atrioventricular
Critério: O potencial de membrana de uma célula depende, basicamente,
das concentrações dos vários íons. Outra característica marcante é sua longa
duração, pois sua repolarização é composta de etapas rápidas e lentas.

5. Qual é o marcapasso normal do coração? Quais outras estruturas cardíacas


são potencialmente marcapassos cardíacos? Por que em condições normais
elas não exercem o papel de marcapasso?
Resposta:
Nodo sinoatrial. Nodo ventricular, feixe de His e ramos do feixe de His. Pois em
condições normais, o nodo sinoatrial é o marcapasso dominante, devido ao
seu grupo de células com maior frequência intrínseca de disparo espontâneo
sinusal.
6. Descreva a seqüência normal da ativação cardíaca (via de condução
elétrica a partir do marcapasso cardíaco).
Resposta:
A atividade elétrica do coração se inicia no nodo sinoatrial e se espalha
pelos dois átrios como uma onda. O feixe de Bachmann é responsável por
conduzir a excitação em alta velocidade para o átrio esquerdo, fazendo com
que a ativação alcance o nodo atrioventricular. Após trafegar pelo nodo
atrioventricular a baixa velocidade, à frente a ativação alcança o feixe de His
e, posteriormente as fibras de Purkinje (ambas em condução rápida). A partir
daí, essa frente se propaga através da musculatura ventricular também a
velocidades razoavelmente altas. A ativação ventricular também se inicia no
endocárdio (rede de fibras de Purkinje faz contato com musculatura
ventricular), propagando-se em direção ao epicárido.
Entre os ventrículos e os átrios há o esqueleto fibroso, que impede que o
impulso seja propagado dos átrios para os ventrículos através das células
musculares cardíacas não especializadas. No coração humano, a sequência
de repolarização nos átrios é a mesma da despolarização. Nos ventrículos, no
entanto, a onda de repolarização se propaga do epicárido para o
endocárdio, uma vez que o epicárdio possui um potencial de ação levemente
mais rápido, iniciando sua repolarização primeiro.

7. Em qual estrutura cardíaca a condução elétrica dos átrios para os


ventrículos sofre retardo? Por que?
Resposta:
No nodo atrioventricular. Ocorre para que o ventrículo se encha
completamente antes que seu sangue seja bombeado.

8. Identifique as ondas, intervalos e segmentos do eletrocardiograma (ECG).


Que eventos elétricos correspondem às ondas do ECG?

Resposta:

A onda P caracteriza a despolarização atrial, o complexo QRS, a


despolarização ventricular, e a onda T, repolarização ventricular.
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Estudo Dirigido 2
1. A figura abaixo representa a ultra-estrutura de uma célula muscular
cardíaca. Identifique as estruturas indicadas pelas setas.

Resposta:

2. O que é sarcômero? Indique na figura acima um sarcômero e as bandas A e


I.
Resposta:
Unidade contrátil básica do musculo, organizada em estruturas repetidas. É
limitado por dois discos Z, entre os quais há regiões claras e escuras, as bandas
I e A respectivamente.

3. Quais tipos de filamentos constituem a miofibrila? Quais são as principais


proteínas de cada tipo de filamento contrátil?
Resposta:
Filamentos finos: compostos por actina, troponina e tropomiosina, e filamentos
grossos: compostos por miosina.
4. Quais são as respectivas funções dos túbulos T e retículo sarcoplasmático na
célula muscular cardíaca? O que é díade?
Resposta:
O reticulo sarcoplasmático é um sistema tubular composto pelos túbulos T, que
percorrem as miofibrilas longitudinalmente. Nos disco Z e na membrana
plasmática, formam cisternas que entram em contato com os túbulos T, que se
combinam formando a díade. O retículo sarcoplasmático é o armazenador e
regulador de Ca2+, tem papel fundamental na ativação da contração, pois o
sistema transverso induz a liberação de cálcio por meio da excitação elétrica
da célula, ativando a contração. O reticulo sarcoplasmático também
colabora com o processo de relaxamento da contração, ao bombear Ca 2+
ativamente para seu interior, diminuindo sua concentração mioplasmática. Os
túbulos T é um sistema que tem como função transmitir a despolarização para
o interior da célula, permitindo a contração uniforme da fibra e cujos ramos
envolvem as bandas A e I de cada sarcômero.

5. Explique como o potencial de ação cardíaco ativa a contração muscular


(acoplamento excitação contração)?
Resposta:
Atingido um potencial de membrana em torno de -55 a -35 mV, inicia-se a
entrada de cálcio na fibra. Este aumento da permeabilidade cria uma
corrente de cálcio, que ocorre durante o platô do potencial de ação. Na
membrana dos túbulos T, há canais de Ca2+ dihidropiridínicos (DHPR),
voltagens sensíveis, que aumentam a concentração deste íon no espaço
(couplon) entre os túbulos T e as cisternas do RS. Este influxo, no entanto, não é
suficiente para a que ocorra contração. O aumento da concentração de
cálcio no couplon então, provoca sua entrada no RS, por meio de receptores
de rianidina e estimula a liberação de cálcio pelas vesículas laterais do RS. Por
intermédio da ação do cálcio mioplasmático (já aumentado) sobre as
vesículas do RS, há maior liberação do cálcio aí armazenado. A concentração
de cálcio mioplasmático é, assim, suficientemente grande para que ocorra a
sua ligação à troponina, desencadeando a contração.

6. Qual é a função da ligação de íon cálcio à troponina C na contração


muscular cardíaca?
Resposta:
Com a entrada de Ca2+ na fibra, este íon se liga à troponina, a qual provoca a
movimentação da tropomiosina, liberando os sítios ativos da actina. Esta ptn
passa a interagir com a miosina, que ao hidrolisar ATP, atinge um estado
energizado e de alta afinidade à actina, com energia suficiente para a
movimentação da ponte actina-miosina. Após a movimentação, a ponte se
desfaz e a interação pode se realizar em outro local ativo enquanto houver
Ca2+ ligado à troponina e ATP disponível para a ATPase miosídica.
7. Explique a contração muscular pelo mecanismo de deslizamento dos
filamentos contráteis.
Resposta:
Depende da hidrólise de ATP para o fornecimento de energia necessária para
a geração do trabalho mecânico. Este ATP é geralmente gerado por meio de
mecanismos aeróbicos na mitocôndria. Durante a contração, ocorrem
alterações morfológicas nos sarcômeros devido ao deslizamento dos
filamentos finos sob os de miosina: as linhas Z se aproximam, a banda I e a
banda H diminuem, mas a banda A mantém seu tamanho. Em condição de
repouso, a interação da actina e miosina é bloqueada pela tropomiosina, que
se prende à troponina. Com a entrada de Ca2+ na fibra, este íon se liga à
troponina, a qual provoca a movimentação da tropomiosina, liberando os
sítios ativos da actina. Esta ptn passa a interagir com a miosina, que ao
hidrolisar ATP, atinge um estado energizado e de alta afinidade à actina, com
energia suficiente para a movimentação da ponte actina-miosina. Após a
movimentação, a ponte se desfaz e a interação pode se realizar em outro
local ativo enquanto houver Ca2+ ligado à troponina e ATP disponível para a
ATPase miosídica. Quanto maior for a liberação de Ca2+ no citosol, mais
cabeças se ligam à actina e maior é a força de contração.

8. Como são removidos os íons cálcio do meio sarcoplasmático durante o


relaxamento muscular?
Resposta:
Quando a concentração de cálcio é alta, este íon ativa a bomba de Ca 2+ do
RS, a Serca Ca2+ - ATPase (Coração: Serca 2a), que absorve o cálcio do meio,
armazenando-o no RS. Também atuam na diminuição da concentração de
Ca2+ intracelular, a bomba de cálcio sarcolemal e o trocador de cálcio.

9. Defina: ciclo cardíaco, sístole e diástole.


Resposta:
Sístole: cabeças ligadas à actina  contração
Diástole: cabeças livres  relaxamento
Ciclo cardíaco: Período compreendido entre o início de um batimento
cardíaco e o início do batimento seguinte e que pode ser, didaticamente,
dividido em fases.

10. Na figura dos eventos que ocorrem durante o ciclo cardíaco, identifique
sobre a figura:
i) as 3 curvas de pressão em a e b;
ii) os períodos de sístole e diástole e as fases do ciclo cardíaco;
iii) as aberturas e fechamentos das valvas cardíacas em a e b;
iv) as bulhas cardíacas no fonocardiograma;
v) as ondas, segmentos e intervalos do eletrocardiograma
Resposta:

11. Quais eventos mecânicos são responsáveis pelas primeira e segunda


bulhas cardíacas, respectivamente?
Resposta:
A primeira bulha caracteriza-se por ter maior duração e intensidade, deve-se
principalmente ao fechamento das válvulas AV. A segunda bulha é gerada
pelo brusco fechamento das válvulas semilunares.

12. Quais são os eventos elétricos associados às respectivas ondas do ECG?


Resposta:
A onda P caracteriza a despolarização atrial, o complexo QRS, a
despolarização ventricular, e a onda T, repolarização ventricular.

13. Defina:
a) débito cardíaco (DC).
b) volume sistólico (VS).
c) volume diastólico final (VDF).
d) volume sistólico final (VSF).
Resposta:
a) débito cardíaco: Representa a quantidade de sangue que cada ventrículo
lança na circulação em determinada unidade de tempo.
b) volume sistólico: O volume de sangue ejetado pelo ventrículo em cada
contração
c) volume diastólico final: O volume de cada ventrículo ao final da diástole.
(alto)
d) volume sistólico final: Volume restante em cada ventrículo após a sístole. (o
mais baixo)

14. Dê a relação entre DC, freqüência cardíaca (FC) e VS. Cite os 4 fatores
determinantes do débito cardíaco.
Resposta:
O volume de sangue ejetado pelo ventrículo em cada contração é chamado
de volume sistólico e seu produto com a frequência cardíaca gera o débito
cardíaco.
O débito cardíaco, então, está em constante regulação a qual depende da
relação frequência cardíaca e volume sistólico.
Fatores cardíacos: frequência e contratilidade, e fatores de acoplamento: pré
carga e pós carga.

15. Explique o controle da freqüência cardíaca e contratilidade miocárdica


pelo sistema nervoso autônomo e seus respectivos efeitos sobre o débito
cardíaco.
Resposta:
A primeira vista, aumentos da frequência cardíaca determinarão aumento do
DC. A relação, no entanto, não é tão simples, pois o débito sistólico não se
mantém constante quando ocorrem grandes variações da frequência.
- Ramo simpático: agonistas noradrenalina com receptores beta adrenérgicos
aumentam a frequência cardíaca (efeito cronotrópico positivo) e aumentam

contratilidade miocárdica).
- Ramo parassimpático: agonista acetil colina com receptores muscarínicos
M2 diminui a frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo) e diminui a
contratilidade cardíaca (efeito inotrópico positivo).
16. Explique a autoregulação do débito cardíaco pela pré-carga (lei de Frank-
Starling).
Resposta:
Segundo o mecanismo de Frank-Starling, quanto maior for a pressão de
enchimento da câmara ventricular desenvolvida pelo retorno venoso, maior o
estiramento desta câmara e, por isso, maior a força desenvolvida para ejetar o
sangue para as artérias e, portanto, maior o volume ejetado. Dentro de limites
fisiológicos, depreende-se da lei de Frank-Starling que o coração bombeia
todo o sangue que a ele retorna pelas veias. O maior estiramento desenvolve
maior força à medida que o comprimento dos sarcômeros se eleva, a região
de superposição entre actina e miosina é aumentada, favorecendo a
formação de maior número de pontes. No entanto, este comprimento tem
valores ótimos que, se superados, não mantém a relação entre estiramento e
força. Do ponto de vista funcional, a existência da relação de Frank-Starling é
fundamental para a homeostase cardiocirculatória, porque faz com que o
coração seja capaz de regular seu débito em cada sístole, em função do
retorno venoso que ocorreu durante a diástole imediatamente anterior.

17. Quais são os respectivos efeitos de mudanças (aumento ou redução) na


pré-carga e pós-carga sobre o débito cardíaco?
Aumento da pós carga (aumento da pressão aórtica) – menos sangue é
ejetado pelo ventrículo – débito sistólico diminui – aumenta o volume sistólico
final (mais sangue fica retido no ventrículo).
Aumento da pré-carga (=volume diastólico final) – débito sistólico diminui –
diminui o volume sistólico final.
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Estudo Dirigido 3

1. Dê a relação entre fluxo sangüíneo, pressão sangüínea e resistência


vascular.
Resposta:

Q= fluxo sanguíneo
deltaP= gradiente de pressão
R= resistência vascular
O fluxo sanguíneo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão
sanguínea e indiretamente proporcional à resistência vascular.

2. Diferencie fluxo laminar e fluxo turbilhonar? Explique o efeito da redução do


raio do vaso sobre a velocidade linear do sangue e tipo de fluxo sangüíneo.
Resposta:
Fluxo laminar: o sangue corre pelos vasos longos e lisos, porém, há uma
camada praticamente imóvel de sangue aderida à parede interna dos vasos.
A camada seguinte, em direção ao centro do vaso, já tem maior capacidade
de se mover. Conforme as camadas de sangue vão se aproximando do
centro do vaso, mais facilidade elas têm de correr. Fluxo turbilhonar: ocorre
quando a corrente laminar é perturbada. O fluxo pode tornar-se turbulento
quando sua velocidade aumenta muito, como quando ele passa por uma
obstrução no vaso, faz uma curva forte ou passa por uma superfície áspera.
Desta maneira, o sangue flui tanto transversalmente no vaso quanto ao longo
do seu comprimento. Isso gera turbilhões, que fazem com que o sangue flua
com resistência muito maior do que o fluxo laminar, pois os turbilhões
aumentam o atrito do fluxo vascular. A velocidade linear do sangue é
diretamente proporcional ao fluxo e inversamente proporcional á área de
secção transversal do vaso. (V=Q/A). Então, a redução do raio do vaso
aumentaria a velocidade do sangue, que quando aumenta muito, o fluxo
pode tornar-se turbulento.

3. Dê a relação de proporcionalidade entre resistência vascular e o raio do


vaso. Explique o efeito de mudanças no tônus muscular da parede do vaso
sobre a resistencia e fluxo sanguíneo.
Resposta:
A resistência vascular é inversamente proporcional à 4ª potencia do raio
do vaso. A regulação do fluxo sanguíneo se dá pela alteração do tônus
muscular das arteríolas em resposta a diferentes fatores: com origem nos
próprios vasos sanguíneos (ex. fatores endoteliais, mecanismo miogênico),
origem em tecidos vizinhos (fatores tissulares, relacionados ao metabolismo do
tecido ou outras vias bioquímicas, ex.: metabólitos do ácido araquidônico e
bradicinina), e fatores mecânicos (ex., forças compressivas durante a
contração muscular), também podem influenciar a resistência vascular.

4. Descreva os principais tipos de vasos na microcirculação e suas funções.


Resposta:
A maioria do sistema microvascular consiste e arteríolas, capilares e vênulas.
As arteríolas estão presentes entre as artérias e os capilares e são os menores
ramos arteriais, ou seja, os menores ramos por onde passa sangue
transportando O2. Elas exercem importante função na regulação da
resistência periférica total. Elas são o principal ponto de regulação da
resistência no sistema circulatório. Além disso, elas também possuem
receptores que, quando ativados, produzem relaxamento do músculo liso
vascular, ou seja, vasodilatação, o que diminui a resistência ao fluxo
sanguíneo. Os capilares são estruturas com parede muito delgada, onde
nutrientes, água, gases e solutos são trocados entre o sangue e os tecidos. As
substancias insolúveis em água (como O2 e CO2) cruzam a parede capilar. As
substâncias solúveis em água (como íons) cruzam a parede capilar através de
fendas ou poros (como nos capilares fenestrados).

5. Defina resistência periférica total (RPT) e indique qual segmento da


circulação sistêmica contribui com a maior fração da RPT.
Resposta:

É a resistência em toda a circulação sistêmica. Ela é determinada,


principalmente, pela resistência das arteríolas.

Redução na RPT: para a pressão atrial direita, o retorno venoso está


aumentado. Ou seja, a resistência das arteríolas está menor (menor RPT),
tornando mais fácil o fluxo de sangue do leito arterial para o leito venoso da
circulação e de volta para o coração. Provoca rotação horária na curva.
Aumento na RPT: para determinada pressão atrial direita, o retorno venoso
está diminuído. A maior resistência das arteríolas (maior RPT) torna mais difícil o
fluxo de sangue do leito arterial para o leito venoso da circulação e de volta
para o coração.

6. Descreva os tipos de controle (local, nervoso e hormonal) do fluxo


sanguíneo nos tecidos pelas arteríolas.
Resposta:
Controle local: controle metabólico onde ocorrem alterações em diferentes
fatores, que provocam alteração local do tônus muscular das arteríolas.
Controle nervoso: nas arteríolas, com inervação simpática, a mesma
substância pode causar efeitos diferentes, de acordo com o receptor que a
arteríola tiver. Se for um alfa-adrenérgico, ocorrerá constrição da arteríola. Se
for beta-adrenérgico ou colinérgico muscarínico, ocorrerá dilatação da
arteríola. Controle hormonal: o endotélio vascular libera substâncias
vasoativas.

7. Explique como as forças hidrostática e colóide-osmótica (oncótica)


determinam o movimento de água através da parede do capilar?
Resposta:
A força hidroestática é a pressão exercida pela presença física do líquido, de
sangue, e se encontra maior na luz do vaso. À medida que há extravasamento
de líquido (plasma) de dentro do vaso, as proteínas do sangue aumentam,
proporcionalmente. As proteínas exercem uma força, a pressão
coloidosmótica, que é a força de atração de água exercida pelas proteínas.
Na medida em que o sangue chega à porção arteriolar do capilar, a pressão
hidrostática do vaso é superior à pressão coloidosmótica, de forma que
contribui para o extravasamento de líquido para o interstício. Quando se
caminha para o lado venoso do capilar, a pressão hidrostática diminui muito,
pois boa parte do líquido já saiu, e a coloidosmótica aumenta muito. Mesmo
sem considerar outras forças, esse equilíbrio tende a fazer com que não ocorra
acúmulo de líquido no interstício.

8. Defina retorno venoso e descreva os respectivos efeitos do aumento ou


redução do volume sanguíneo, da complacência venosa e da resistência
periférica total sobre o retorno venoso e débito cardíaco.
Resposta:
Retorno venoso é o volume de sangue que retorna ao átrio direito por unidade
de tempo. O débito cardíaco é o volume diastólico final do ventrículo
esquerdo. Este volume depende do retorno venoso, que também determina a
pressão atrial esquerda. Num estado normal de repouso, o retorno venoso é
igual ao débito cardíaco. Uma diminuição no volume sanguíneo diminui o DC,
ao passo que um aumento no volume sanguíneo aumenta o DC. Uma
diminuição na resistência periférica aumenta o débito cardíaco, de modo que
um aumento na RP diminui DC. Desta forma, o DC pode ser regulado pela
resistência periférica e pelo volume sanguíneo.

9. Explique as funções das válvulas venosas, bomba muscular esquelética e


bomba respiratória no sistema venoso.
Resposta:
As válvulas das veias são estruturas direcionadoras do fluxo sanguíneo nas
veias, pois fecham-se totalmente quando o fluxo tende a ser retrógrado,
dispostas de forma que o sangue só consegue fluir em direção ao coração.
A bomba muscular impede que as pressões venosas fiquem muito elevadas, a
musculatura esquelética se contrai em torno das veias, comprimindo-as; o que
contribui para o retorno venoso. Na bomba respiratória, a pressão da
cavidade torácica tem efeito sobre a parede da veia cava, o aumento do
volume da parede torácica comprime a veia cava, ajudando o sangue a fluir
por ela em direção ao coração,
10. Na figura abaixo, identifique a curva de pressão sanguínea e indique:
pressão sistólica (PS), pressão diastólica (PD), e pressão de pulso (PP). Calcule
e trace uma linha horizontal indicando o valor aproximado da pressão arterial
média (PAM).

Resposta:

PAM ≈ PD + ⅓ PP
PP = PS – PD
PP = 120 – 80
PP = 40
PAM = 80 + ⅓40)
PAM = 80 + 13,3
PAM = 93,3

11. Dê a relação de proporcionalidade da Pressão Arterial Média com Débito


Cardíaco e Resistência Periférica Total. Utilize-a para explicar o controle da
pressão arterial pelos sistemas:
a. Barorreceptor
b. Quimiorreceptor
c. Renina-angiotensina-aldosterona
d. Rins-líquidos corporais
Resposta:
PAM = DC x RPT.
a) A frequência de disparo desses potenciais de ação das terminações
nervosas dos barorreceptores é diretamente proporcional ao grau de
estiramento da parede arterial, que naturalmente reflete a pressão sofrida
pelo vaso, PA.
b) A diminuição da PAM, reduz o fluxo sanguíneo nos corpúsculos, diminuindo,
portanto, o pH, a pCO2 e a pO2. Desta forma, os quimiorreceptores são
ativados, aumentando a taxa de disparo de impulsos, os quais são
enviados para o centro vasomotor (bulbo).
c) Participa ativamente da regulação neuro-hormonal da PA comandada
pelos barorreceptores. Uma baixa na PAM, diminui o fluxo para os rins,
diminuindo o volume filtrado.
d) Quando a perda de líquidos (excreção, respiração, transpiração,
defecação) é menor do que o ganho (ingestão); o volume de sangue é
aumentado. Consequentemente, a PAM, o fluxo sanguíneo e a urina são
aumentados. O aumento do volume excretado, no então, diminui o
volume sanguíneo, normalizando a PA.

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