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3º Grupo
3º Grupo
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
Objectivos ....................................................................................................................................... 3
1.1.Etiologia .................................................................................................................................... 4
1.3.Diagnóstico ............................................................................................................................... 6
Conclusão...................................................................................................................................... 10
Bibliografia ................................................................................................................................... 11
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Introdução
Objectivos
Gerais:
Específicos:
Acomete um milhão de mulheres por ano nos Estados Unidos e trata-se de causa
significativa de infertilidade, gravidez ectópica, dor pélvica crônica e outras condições de alta
morbimortalidade do sexo feminino, (Lareau e Beigi, 2008). A importância epidemiológica e
clínica, além de suas graves complicações, faz com que toda mulher seja investigada para DIP
diante de sua suspeita pela história clínica ou o exame ginecológico e previamente a
procedimentos transcervicais.
1.1.Etiologia
Segundo Romanelli, et all (2013) assegura que o agente etiológico mais comum da DIP é
a Chlamidia trachomatis, especialmente em mulheres de 20 a 24 anos. Cerca de 70% das
mulheres infectadas pela Chlamydia são assintomáticas, 15 a 80% delas evoluem para DIP,
sendo que 10 a 20% apresentarão infertilidade tubária. A resposta imunológica à Chlamydia
parece estar envolvida na fisiopatologia da evolução para DIP e consequente infertilidade, pois
polimorfismo genético na produção de citocinas e tipo de antígeno leucocitário humano parecem
associar-se à evolução, independentemente de antimicrobianoterapia. O microrganismo também
produz toxina responsável pelas lesões e evolução para infertilidade16. Estima-se que a
incidência dessa infecção por esse agente em adolescentes seja de 30%, o que justifica políticas
educacionais de prevenção.
1.2.Quadro clínico
Segundo Mello, et all (2011), A DIP apresenta um quadro clínico muito variável. O
sintoma mais comum é a dor abdominal baixa, podendo ou não estar associada à leucorréia,
dispareunia, náusea e vómitos. A dor geralmente é bilateral e com duração menor que duas
semanas. Outros sintomas sugestivos de DIP são dor anexial, dor à mobilização do colo e
secreção purulenta endocervical. Dor e macicez em hipocôndrio direito geralmente acompanham
infecção por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, que podem evoluir com
acometimento hepático.
Um terço ou mais das pacientes com DIP apresentam sangramento uterino anormal. Outros
sintomas inespecíficos como uretrite, proctite, febre e calafrios também podem ser observados.
Algumas pacientes desenvolvem DIP sem apresentar nenhuma manifestação clínica. Para Helbe
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e Cunha, (2010) No exame físico: temperatura axilar> 38 °C; dor à palpação e descompressão
brusca dolorosa no baixo-ventre; dor à palpação do colo uterino e dos anexos; palpação de tumor
anexial doloroso (abcesso tubo-ovariano); abaulamento doloroso do fundo de saco vaginal
(abcesso pélvico); canal cervical com corrimento branco, amarelado ou sangramento induzido.
1.3.Diagnóstico
De acordo com Mello (2010), O diagnóstico de DIP deve sempre ser considerado em
mulheres sexualmente ativas com dor abdominal baixa ou dor pélvica. O exame físico deve
incluir exame abdominal, exame especular, toque vaginal bimanual e exame a fresco da secreção
vaginal. Além da anamnese e exame físico, é necessário realizar investigação adicional para
avaliar acometimento sistêmico e firmar o diagnóstico. Como não há nenhum sintoma, sinal ou
achado laboratorial sensível e específico o suficiente para firmar sozinho o diagnóstico de DIP, o
mesmo costuma ser feito de maneira multifatorial, (Mitchell, 2013). O diagnóstico também pode
ser complementado por ultrassonografa pélvica transabdominal e transvaginal, e tomografa
computadorizada ou ressonância magnética. A laparoscopia permite o diagnóstico mais preciso,
embora não comprove a endometrite nem salpingite luminar.(Helbe e Cunha:2010)
Mello (2010) diz que existem casos que podem não ser achados os sintomas ou sinais
laboratoriais sensível e específico o suficiente para firmar sozinho o diagnóstico de DIP, para
estes casos o mesmo costuma ser feito de maneira multifatorial de acordo alguns critérios para
determinar o diagnostico, que é preciso o seguinte (tabela 1):
1.3.1.Diagnóstico Diferencial
Apendicite: geralmente há presença de anorexia e a dor inicia após 14º dia do ciclo
menstrual.
Gestação ectópica: há irregularidade menstrual, ausência de febre, HCG positivo,
ecografia suspeita.
Abortamento séptico: há história de gestação e manipulação uterina.
Torção ou ruptura de cisto ovariano: ausência ou elevação discreta da temperatura
associada à dor pélvica.
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Tabela 2. Tratamento antibacteriano por via parenteral na doença infamatória pélvica aguda.
CDC-2007
Tabela 3. Tratamento antibacteriano por via oral na doença inflamatória pélvica aguda. CDC-
2007
1.4.1.Situações Especiais
Conclusão
A DIP é umas das infecções mais frequentes que ocorrem em mulheres não grávidas em idade
reprodutiva, trata-se da complicação mais significativa das DSTs. Segundo o Ministério da
Saúde, mais de 10% das mulheres em idade reprodutiva tem história de DIP com custos altos
para a sociedade. Nos Estados Unidos, cerca de 800,000 de casos são diagnosticados por ano.
Trata-se de uma doença de clínica variada, muitas vezes assintomática, o que dificulta seu
diagnóstico precoce. Em virtude das sequelas graves, tanto agudas quanto crônicas, em especial
no âmbito reprodutivo das pacientes, deve-se sempre suspeitar do diagnóstico de DIP em
pacientes jovens sexualmente ativas com dor pélvica, especialmente naquelas com risco para
DSTs, e o tratamento empírico com antibióticos deve ser iniciado o mais precocemente possível.
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Bibliografia
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estudos de saúde clínica. A vaginose bacteriana e as bactérias anaeróbias estão
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2. Halbe, Hans Wolfgang e Cunha, Donaldo Cerci; Doenca inflamatoria pelvica, disciplina
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pelvica-Sao Paulo,2010
7. Mitchell C, Prabhu M. Doença inflamatória pélvica: conceitos atuais em patogênese,
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2011.