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Para q eu vou querer controlar um paciente com diabetes? 1º, q a longo prazo, p/
ela, é importante. 2º, q se for no inicio da gestação, a preocupação é n só com a gestante,
mas com o feto q pode vir a ter malformação. Se for mais a diante, como o diabetes
induzido pela gestação, eu vou ter q me preocupar mto com a morte fetal, q está
relacionado a macrossomia, que já foi falado.
Então vou precisar fazer algumas avaliações. Essas avaliações é parte daquele
principio básico de gravidez de alto risco: você vai dobrar o número de consultas
normalmente utilizadas – se vc faz consultas mensais até a 22ª semanas, passa a ser
quinzenal; até a 36ª será semanal, e assim por diante. Além de fazer a avaliação fetal.
ALIMENTAÇÃO DA MÃE: não quero q ela passe fome, quero q ela não engorde em
excesso. Se eu não fornecer glicemia em excesso p/ a mãe, melhor é. Vai me facilitar o
controle fetal. Mto básico, igualzinho fora da gestação. Diabetes tipo 2 tem 2 formas, uma
vai aumentar a resistência periférica a insulina, induzida qdo há aporte alto de glicose, e
uma das formas de tratamento é dar o aporte de glicose de forma controlada, de 1800 a
2000 calorias/dia. Uma outra coisa q pode ser feita é gastar parte disso q está ingerindo:
fazer exercício físico.
Depois de ter feito o diagnóstico, o controle da paciente é com glicemia pós-
prandial, chamada de GPD – é aquela 2h depois das refeições. A glicemia deve estar
sempre abaixo de 120. Lembra q eu falei com vocês q o diabetes tipo 2 é aquele q vai ser
secundário ao aumento da resistência periférica a insulina. Eu só tenho estresse e
aumento da resistência periférica a insulina qdo tiver um aporte de glicose alto. Então a 1ª
coisa q a gente vai fazer depois q diagnosticou é fazer o perfil glicêmico – uma associação
de 5 dosagens de glicemia ao longo do dia: jejum, 2h depois do café, 2h depois do
almoço, 2h depois da janta e na hora de dormir. O problema disso daqui é q as pessoas
internam a paciente para fazer, e aí no prontuário está anotado que a paciente é
diabética, e ela receberá, então, dieta para diabéticos. Ou seja, não vai ter nenhum valor
alterado. Qdo ela volta para casa, tem a dieta desbalanceada, alterando todo o perfil.
Então tem q fazer uma dieta para paciente q ela seja capaz de manter em casa. E qdo ela
está seguindo aquela dieta é q se vai fazer o perfil glicêmico.
Valores de referencia: jejum abaixo de 100 (ideal abaixo de 93); e todos os outros valores
abaixo de 120 na 2ª hora. Se você pegar qualquer um desses valores aumentado,
pergunta o q comeu na refeição anterior e adequa a dieta, caso esteja desregulada. Caso
seja uma refeição balanceada e adequada, mas mesmo assim a glicemia 2h pós prandial
foi alta, vai ser necessário entrar com insulina.
Então o perfil glicêmico serve para avaliar se há necessidade de insulina e se
houver, como a insulina será dada. Você vai ver q no livro fala que 2/3 da dose é de
manhã e 1/3 da dose é a noite. Isso é absurdo! Se eu pego um paciente com glicemia de
jejum muito alterada, se eu der só 1/3 a noite, não vai resolver. Então, você vai dar a
insulina com base no perfil glicêmico. Mas antes de dar a insulina, procurar saber o que a
paciente estava alimentando para ver se é possível mudar alguma coisa com a dieta. Se
houver qualquer complicação materno-fetal, obviamente, eu vou precisar internar a
paciente.
Como fazer a monitorização? No US de 1º trimestre seria interessante confirmar a
IG. Pq? Pq vai me servir n só para ter uma base com 1 ou 2 dias no máximo de erro, mas
vai me indicar tb qual q é o percentil do feto. A partir do momento q eu souber qual o
percentil, qdo eu for fazer uma analise do crescimento do feto eu poderei saber se ele
está crescendo acima do esperado. Qto mais precoce eu tiver dados de antes dele
apresentar o processo de hipertrofia, qdo ele estiver só na hiperplasia, melhor é, pois
aumenta a percepção das alterações.
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Naquelas pacientes que, no 1º trimestre, você viu a glicemia de jejum toda alterada,
ela não corre risco de malformação, principalmente cardíaca? O q você vai fazer é o
eletrocardio-fetal, com 18 semanas e o US morfológico entre 22 e 24 semanas.
Depois os outros exames têm a ver com avaliação de crescimento e de vitalidade
vital. Lembrando q, a não ser q eu tenha uma diabética com problemas de vasculopatia,
os outros valores do perfil biofísico estarão normais. Só na diabética com vasculopatia
está indicado o perfil biofísico. O q estou querendo dizer? Não se pode usar o perfil
biofísico para avaliar que o feto está bem. Mas lembrando que o diabetes está relacionado
com outras comorbidades, como hipertensão e pré-eclampsia, então eu posso apresentar
essa alteração não pelo diabetes, mas pelos fenômenos vasculares.
Pergunta: esses exames você vai fazer se a gestante for diabética antes da gravidez, por
exemplo. E ai, se você fez um diagnóstico de diabetes durante a gestação, você vai fazer
os exames dali pra frente (US entre 11 e 14 semanas para datação; ECO com 18
semanas; US morfológico entre 22 e 24 semanas), mesmo não tendo feito os outros? Sim,
pq esses primeiros exames são para detectar malformações. Se ela tem diabetes induzida
pela gestação, já não tem mais relação com malformações.
O PARTO
Tem uma autora brasileira chamada Ana Maria Bettio, q é a brasileira q mais estuda
diabetes gestacional. Ela fala q o parto é preferencial via obstétrica, portanto, deixar a
paciente entrar em trabalho de parto. Ela não fala q gestação de alto risco é indicativo de
cesárea. Só aumenta risco materno e fetal. Não há necessidade de induzir parto se
paciente estiver com diabetes bem controlado, sabe como ela controla as pacientes?
Interna todas as pacientes com diabetes com 25 semanas e elas passam o resto da
gestação internadas e monitorizadas, portanto o controle fica fácil demais. Não é isso aqui
a realidade para 99% das pessoas. N justifica vc expor uma mãe e um feto ao risco de
uma internação. Mas se vc tiver com uma pct e ela estiver absolutamente bem controlada,
é indicação obstétrica, pode esperar a bolsa romper e entrar em trabalho de parto.
Se o feto tiver crescimento anormal, o sinal q vc vai ter é de polidrâminia, q tem a
ver com diminuição da diurese fetal. Se ele está com a glicemia mto aumentada, ele tem
uma diurese osmótica, ai vai fazer mais xixi e o liquido aumenta. Às vezes você pode
pegar um feto q ainda não é macrossômico, mas tá lá com polidrâmnio e isso já é
alteração. Tem q ficar esperto com isso ai. Aí você vai antecipar esse parto.
Vai antecipar qdo? Vai depender. Acima de 34 semanas e descontrole materno, é
indicação de interrupção do parto. Isso será avaliado a insulina da paciente, se a paciente
n tomava insulina antes da gestação, eu não vou dar insulina p/ ela no dia do parto. Se ela
já era diabética insulino-dependente antes da gestação, vou pegar aquela dose da manha
e dar 1/3 antes do parto, e vou fazer à cesariana. Depois do parto, num caso ou no outro,
vou fazer glicemia capilar a cada 2 horas e vou corrigir a glicemia com a insulina regular.
Pq isso? Pq na resposta endócrino-metabólica eu n preciso ter hiperglicemia? Eu
preciso ter uma glicemia idealmente entre 150 e 180 após cirurgia imediata. Que é
altamente necessário p/ a cicatrização. Qdo vc começa a passar de 200, já começa um
descontrole. Ai vc vai começar a aumentar a chance de infecção; e qdo passa de 250 vai
atrapalhar até a granulação e cicatrização. Então o ideal é manter entre 150 e 180. Depois
de 24h, o nível de insulina tem que diminuir.
Como eu avalio maturidade pulmonar? Temos que lembrar que o diabético tem um
atraso da produção de surfactante pelos pneumócitos tipo 2. Então, qdo vc considera 37
semanas p/ o parto em gravidez de alto risco, em diabéticos vc vai considerar 38
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semanas. Há um atraso maior. Talvez em um diabético mto bem controlado eu pense em
fazer o parto com 37 semanas, mas em um não controlado eu vou pensar muito.
Como avalia maturidade pulmonar? Varias formas. Através de ecogenicidade,
compara o fígado com pulmão. Pode fazer uma amniocentese e dosar essas 2 gorduras
(lecitina e esfingomielina), avaliando a relação entre elas, q se for maior q 2, é indicativo
de maturidade. Só q isso é um indicativo de maturidade fora do diabetes gestacional. No
diabetes gestacional, seria ideal dosar o fosfatidilglicerol maior q 3%.
Há discordância, entre os autores, do uso ou n de corticoide na gestação. A contra
indicação é relativa. Corticoide serve entre 24 – 34 semanas, em um feto q vai nascer
entre 48h e 7 dias. Alguns autores vão falar q o uso é contra indicação absoluta, pq ele
aumenta a glicemia. Se vc tem um feto nessa situação e tenha q fazer o parto por algum
motivo q n seja a descompensação glicêmica, vc pode pensar em usar corticoide. Se for
fazer o parto pq n esta conseguindo manter um controle glicêmico, n dá corticoide. Ex:
paciente com DM, ta no intervalo de 24 a 34 sem, evoluindo além do DM com pré-
eclampsia, mas ela ainda n esta descompensada demais, nem o feto esta mto
comprometido, eu n consigo esperar 48h. O motivo do parto é por descontrole glicêmico?
Não, então eu posso dar cortiocoide.
O CFM soltou uma resolução, que embora com 37 semanas já seja a termo, você
não pode fazer cesariana eletiva antes da 39ª semana.
Para eu entrar com insulina eu tenho que fazer um perfil glicêmico, eu vou entrar
com a dose de 0,7 até 1,2 UI/kg/dia. Alguns autores entram numa dose menor do que
essa, p/ justamente n fazer hipoglicemia (a hiperglicemia momentânea n mata. A
hipoglicemia momentânea mata).
O DM gestacional ele não ocorre devido aos hormônios contra-insulinares que são
produzidos na placenta? E durante a gravidez ela aumenta, então esses hormônios tb
aumentam a produção. Então ao longo da gestação a dose de insulina vai ter q aumentar.
O acompanhamento do controle glicêmico é feito pela dosagem de GLICEMIA PÓS-
PRANDIAL 2H. Se eu to conseguindo manter a glicemia estável, sem precisar de
aumentar a insulina, eu chego a conclusão de q a placenta n esta funcionando de forma
adequada, ela ta funcionando como uma vasculopatia, o feto esta com sofrimento
placentário/fetal. Ele pode estar tendo o diabetes descompensado q deveria fazer ele
crescer de tamanho, mas associado a isso ele esta tendo uma outra patologia, q esta
restringindo o aporte de oxigênio dele. HÁ NECESSIDADE DE AJUSTE DE INSULINA
DURANTE A GESTAÇÃO.
P.: com qual frequência q... (n entendi o resto)? R: eu vou dosar... (tb não entendi).
Com 24h do pós-parto, se ela n fazia uso de insulina antes, ela n vai usar mais. No
dia do parto eu suspendo a insulina da manhã e faço o parto, e vou dosando a glicemia
capilar de 2 em 2h e vai mantendo esse perfil glicêmico entre 150 – 180 mg/dl (máximo),
depois disso no 2º dia já pode tirar. Se ela já era insulinodependente, eu vou dar 1/3 da
dose no dia do parto pela manhã, e vou mantendo a cada 2h a glicemia capilar, mantendo
entre 150- 180. No 2º dia ela já tem q voltar com o mesmo nível de glicemia e dose de
insulina q ela tinha antes da gestação. Lembrando q feto >4kg é indicação de cesariana,
devido a distorcia de ombro.