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Definição e epidemiologia
Fatores de risco
Idade > 35 anos, embora alguns autores sugiram uma idade maior de 25 anos
já como fator de risco;
IMC>25kg/m2:sobrepeso e obesidade;
Antecedente pessoal de DM gestacional;
Antecedente familiar de DM em parentes de primeiro grau;
Macrossomia ou polidramnia em gestação anterior;
Óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior;
Malformação fetal em gestação anterior;
Uso de medicamentos hiperglicemiantes, como corticoides e diuréticos
tiazídicos;
Co-morbidades como SOP e HAS;
Ganho excessivo de peso na gestação;
Suspeita clínica ou USG mostrando macrossomia/polidramnia na gestação
atual;
Classificação da DM na gestação
Fisiopatologia
Na gestação o organismo materno prioriza a glicose para que ela seja passada
para o feto, com isso esta mulher apresenta hipoglicemia de jejum uma hiperglicemia
pós-prandial. Isso varia de acordo com a IG da paciente:
Diagnóstico
Na primeira consulta de pré-natal solicitamos uma glicemia de jejum e
dependendo do resultado seguimos diagnósticos e condutas distintas:
Complicações
Conduta
Controle glicêmico periconcepcional: É essencial que seja feito um controle
glicêmico adequado no período periconcepcional para aquelas pacientes que
já são DM previamente a gestação, para poder realizar um controle efetivo
da glicemia antes de engravidar;
Controle glicêmico e clínico na gestação: está indicado para todas as
diabéticas. Deve ser feito com dieta e atividade física por 15 dias na DMG e
ajustar insulina nas DM prévias para obter o controle glicêmico.
o Para as pacientes com DMG que estamos fazendo dieta e atividade
física, deve ser feito um controle glicêmico 2x ao dia, alternando os
horários e anotando os valores por 2 semanas. São 8 opções de
horários para alternar: jejum, 2h após o café, antes do almoço, 2h
após o almoço, antes do jantar, 2h após o jantar, 22h e 3h da manhã.
Esse mesmo regime se aplica a pacientes após ajuste de insulina;
o Se a paciente não tem como fazer o controle ambulatorial ou tem
altos níveis glicêmicos, podemos internar para realizar o controle
glicêmico com 8 aferições nos horários citados acima. Ela recebe alta
quando os níveis estiverem todos abaixo de 150 e acompanhamento
ambulatorial garantido;
Monitorar função renal trimestral, proteinúria e fundo de olho trimestral;
Dieta: 40-50% de carboidratos, 30-40% de gorduras, 20% de proteínas.
Distribuir tudo em 6 refeições. A associação da dieta com atividade física
mantem o controle glicêmico em 60% dos casos;
Insulinoterapia: indicada para todas as gestantes que já usavam antes da
gravidez, para as que usavam hipoglicemiantes orais e para aquelas que não
conseguem controlar com dieta e atividade física.
o Metas glicêmicas com insulina: GJ até 95, pré-prandial até 100 e pós-
prandial até 120;
o Dose inicial: 0,5 UI/kg. Essa dose deve ser metade NPH e metade
regular (varia na literatura). Em jejum e antes do almoço: NPH +
regular, antes do jantar: apenas regular, antes de dormir (22h): NPH.
Seguimento
O seguimento deve ser com consultas quinzenais até 30-34 semanas, e depois
semanais. Além disso, devemos fazer:
Urocultura trimestral;
USG morfológica do 2º trimestre;
Ecocardiograma fetal entre 24-28 semanas;
Mobilograma a partir de 28 semanas;
Rastreio, prevenção e estimativa do risco de pré-eclâmpsia, uma vez que
essas pacientes tem maior risco de desenvolver a patologia;
Perfil biofísico fetal mensal a partir de 28 semanas;
Interrupção da gestação
o Compensada e sem insulina: 40 semanas;
o Compensada com insulina: 38 semanas;
o Descompensadas: depende da vitalidade fetal e da mãe
o Lembrar de indicar cesariana eletiva em casos de fetos com mais de
4000-4500g.
Controle glicêmico intraparto