Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gestacional
Curso: Medicina
7º período
Profa.: Dra. Gabriela Chaves
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
• Intolerância aos carboidratos, em variados graus de intensidade, iniciada durante
a gestação, e que pode ou não persistir após o parto (ADA,2012)
• Puerpério
- Ocorre uma queda brusca da necessidade de insulina por uma redução abrupta
dos hormônios contrainsulínicos produzidos pela placenta
Fatores de risco
Diagnóstico
• A glicemia de jejum for ≥ 92mg/ dL e ≤ 125mg/dL
• Líquido amniótico:
- A Polidramnia ocorre em 25 % das grávidas diabéticas
- Possivelmente, resulta do aumento da diurese fetal,
devido a hiperglicemia
Complicações fetais
• Anomalias Congênitas:
• Defeitos cardíacos
• Fechamento do tubo neural
• Síndrome de regressão caudal
- Relação direta com a elevação da glicemia de jejum
e da hemoglobina glicosilada antes da gravidez ou
no primeiro trimestre
- Os níveis de hemoglobina glicosilada no inicio da
gestação devem ser menores que 7 %, havendo
aumento progressivo do risco de mal formações
fetais com a elevação dos seus níveis
Complicações fetais
• Distócias de espáduas: dificuldade de liberação dos ombros fetais
durante o parto vaginal de feto em apresentação cefálica
• Além dos valores de glicemia, o crescimento fetal também pode ser empregado
como critério para indicar insulinoterapia. O tratamento insulínico estará
recomendado se, em ecografia realizada entre 29 e 33 semanas de gestação, a
medida da circunferência abdominal fetal for maior ou igual ao percentil 75
Insulinoterapia
• De acordo com a ADA e a ACOG:
• Glicemia jejum >95 a 100mg/dl
• Pós-prandial de 1h >130 a 140mg/dl
• 2h >120mg/dl
Insulinoterapia
• Dose inicial de insulina deve ser em torno de 0,5 UI/kg, com ajustes
individualizados para cada paciente. Se necessário, associar insulinas de
ação intermediaria e rápida.
• Em geral dois terços da dose são administrados como insulina de ação
intermediária e um terço como insulina de ação rápida. Dividem-se as
doses em dois terços pela manhã e um terço à noite.
• Durante a evolução da gravidez, doses crescentes de insulina são
necessárias, especialmente a partir do final do terceiro trimestre de
gestação.
• Reduções bruscas das necessidades de insulina no último trimestre
devem levar à hipótese de insuficiência placentária.
Acompanhamento obstétrico
Interrupção da gestação
• As gestantes com ótimo controle metabólico e que não apresentem
antecedentes obstétricos de morte perinatal ou macrossomia, ou
complicações associadas, como hipertensão, podem aguardar a
evolução espontânea para o parto a termo.
• Não é recomendável que a gestação ultrapasse 40 semanas nas
pacientes controladas com dieta e 39 nas que utilizam insulina.
• A partir de 39-40 semanas, a indução do parto deve ser planejada.
• A Diabetes Gestacional não é indicação para cesariana, e a via do parto
é uma decisão obstétrica.
MONTENEGRO, CAB; REZENDE, J. Obstetrícia. 12ª edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
2013.
Interrupção da gestação
• Se mesmo com dieta e insulinoterapia, não se obtém controle
metabólico adequado, o parto está indicado a partir de 37 semanas.
• Se o parto for prematuro, deve-se evitar tocólise, já que essas substancias podem
agravar o controle glicêmico, causando cetoacidose
• O uso de corticóides para a maturação pulmonar parece não ter efeito adverso
Controle glicêmico pós-parto
• Se começou a usar insulina só durante a gravidez, suspender a insulina
e avaliar por glicemia capilar ou glicemia sérica:
- Se normal, reavaliar entre 6 e 12 semanas pós-parto com TOTG75
- Isso é importante porque 50% das pacientes que desenvolvem
Diabetes Gestacional desenvolverão Diabetes franco dentro de 20
anos
- Por isso, mesmo que este rastreio pós-parto seja normal, devem ser
reavaliadas a cada 3 anos
Controle glicêmico pós-parto
• Isso também vale para as pacientes que desenvolveram Diabetes Gestacional e
não utilizaram insulina
• Se alterada, iniciar a insulina em 1/3 da dose utilizada no fim da gestação
• Se usava insulina antes de engravidar, voltar para a dose utilizada previamente a
gestação
Referências bibliográficas
• BRASIL. Ministério da Saúde. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. FEDERAÇÃO
BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DIABETES. Cuidados obstétricos em diabetes mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: MS,
2021.