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Medicina
FISIOPATOLOGIA DO DMG:
• Gestação Normal:
- Aumento da resistência insulínica:
- Placenta com função endócrina → produção de lactogênio
placentário, prolactina e cortisol → diminuem a ação da insulina nos
receptores → aumento da produção de insulina
• No DMG há aumento insuficiente da produção de insulina →
• Diabetes tipo 1 → defeito na secreção de insulina hiperglicemia.
• Diabetes tipo 2 → resistência à insulina. • O hPL, PRL e o cortisol são sintetizados em teores crescentes com
a gestação, exercendo forte antagonismo à ação da insulina.
➔ Classificação do Diabetes durante a Gravidez (Priscila White): • Alterações Metabólicas:
• Em 1949, considerou os seguintes parâmetros: - Resistência à ação periférica da insulina: bloqueio periférico da
- Idade materna no início da doença insulina pelos hormônios.
- Duração do diabetes - Catabolismo acentuado: O concepto requer glicose e aminoácidos
- Necessidade do uso de insulina para seu controle para sua nutrição e para seu crescimento. Dependendo da
- Presença de complicações vasculares nos diferentes órgãos magnitude da queda em nível materno de aminoácidos e glicose, pode
ocorrer hipoglicemia. Mecanismos de adaptação:
- Lipídeos para fornecimento de energia → cetogênese.
- Declínio na concentração plasmática de glicose e - Próximo à termo há uma tendência à estabilização do diabetes
aminoácidos • Puerpério:
- Aumento da gliconeogênese hepática - Queda brusca da necessidade de insulina por uma redução abrupta
- Anabolismo Facilitado: para compensar as perdas do organismo dos hormônios contrainsulínicos produzidos pela placenta.
materno:
- Elevação mais acentuada da glicemia materna → maior
transferência placentária dessa substância No diabetes Gestacional, o risco de anomalias fetais NÃO está aumentado,
- Maior conversão de glicose em triglicerídeos assim como de abortamento, porque a hiperglicemia surge no 2° trimestre,
- Queda mais acentuada do nível de glucagon plasmático → após o período de organogênese.
facilita a ocorrência de processos anabólicos como a síntese de
triglicerídeos e de glicogênio. •
TRATAMENTO:
• Tto não farmacológico (1° linha de tto):
- Terapia Nutricional:
- Bem elaborada/individualizada
- Objetivos: - Atingir meta glicêmica
- Ganho de peso adequado - Caminhada
- Prevenir desfechos desfavoráveis - Contraindicações da Atividade física:
- Calcular IMC pré-gestacional - Doença Cardíaca com alterações hemodinâmicas
- Hábitos, acesso a alimentos, condições socio-econômicas, - Doença Pulmonar restritiva
culturais. - Anemia Grave
- Pré-eclâmpsia/HAC
- TPPT atual
- Gestação Múltipla
- Incompetência Istmo-cervical
- Amniorrexe Prematura
- Maior preocupação → pct com sobrepeso e obesidade pré-gestacional.
- Placenta prévia
• Dieta:
- Sangramentos
- 1800 – 2000 kcal/dia
• Controle Glicêmico:
- Dividir em grupos alimentares:
- Glicemia de jejum < 95 mg/dL
- Carboidratos: 40-55%
- 1h < 140 mg/dl
- Proteínas: 15-20%
- 2h < 120 mg/dl
- Lipídeos: 30-40%
- Glicemia capilar diária – 4x (jejum, pós-café, pós-almoço,
- Fracionar em 5 refeições – Distribuir valor energético
pós-jantar)
(recomenda-se as de maior valor energético – almoço e jantar)
• Exercício Físico:
→ Insulinoterapia:
- Aeróbico – 5x/semana – exercícios de baixo impacto
• Indicada quando não há controle glicêmico com dieta e exercício físico
- Natação
• 20% das gestantes com DMG
- Hidroginástica
• Doses individualizadas
• São várias combinações – lenta/rápida • Ajuste de dose se necessário ou uso de insulina regular para
• Observar: controle adicional
- Tempo para início de ação da insulina usada • Controle Glicêmico:
- Pico de ação - Jejum < 95 mg/dl
- Duração da ação - Pré-prandial < 100 mg/dl
- 1hr pós-prandial < 140 mg/dl
- 2hr pós-prandial < 120 mg/dl
→ Hipoglicemiantes Orais:
• Uso de HO surge como alternativa à insulina
• Insulina:
- Geralmente usa a NPH (ação lenta) e a Regular (ação rápida)
- Maior custo
• NPH e Regular são as mais utilizadas - + seguras/baixo custo/fácil
- Educação da paciente/cuidados com a medicação/insumos
manuseio
- Condições sócio-econômicas
• Inicia com NPH:
- Medo do uso da medicação.
- Dose inicial: 0,5 UI/Kg/dia
• Glibenclamida e Metformina - + estudados
- ½ pela manhã
• Preocupação:
- ¼ almoço
- Passagem transplacentária
- ¼ às 22hrs
- Associação com malformação fetal
- Mensurar a glicemia capilar (6x): jejum/pós-café/pré-
- Efeitos a longo prazo.
almoço/pós-almoço/pré-jantar/pós-jantar.
• Glibenclamida:
• Acompanhamento semanal
- Sulfonilureia de 2° geração
- Posologia: 2,5 – 5 mg (1-2x/dia)
- 30-60 min antes da refeição • Hipoxemia:
- Aumenta liberação de insulina pela célula beta-pancreática - Aumento do metabolismo fetal com consumo de O2
- Melhora utilização periférica de glicose. - Acidose metabólica
- Diminuição do uso da medicação. - Alterações na distribuição do Fe
• Metformina: - Policitemia
- Biguanida • Desconforto respiratório no Neonato:
- Posologia: 500-850 mg/dia (máx: 2500 mg/dia) - Hiperglicemia materna atrasa a síntese de surfactante
- Melhora a sensibilidade à insulina - Hiperinsulinemia fetal dificulta a maturação pulmonar por
- Indicado apenas em casos em que não se alcançou controle corticoides.
adequado com dieta + exercícios físicos, e o uso de insulina não é • Hipertrofia cardíaca/cardiomiopatia
viável. • Hiperbilirrubinemia:
- Falta de adesão ao uso de insulina • Lesões do parto:
- Sem acesso à insulina - Distocia de ombro
- Dificuldade na administração da insulina - Fratura de clavícula
- Necessidade de altas doses de insulina diárias sem controles - Fratura de úmero
glicêmico adequado. - Lesões do canal de parto
- Asfixia
COMPLICAÇÕES – DMG: - Lesões de plexo braquial
• Macrossomia Fetal
- Efeito anabolizante da insulina DIABETES MELLITUS NA GESTAÇÃO:
- Circunferência abdominal do feto no P75/PEF > ou = P90 → GIG • DM vem aumentando em mulheres em idade fértil
• Hipoglicemia precoce no neonato • DM1: 0,1% da população gestante
- Produção de insulina aumentada no neonato • DM2: 2 a 3%
• A hiperglicemia no início da gestação pode aumentar o risco de • Dieta planejada e distribuída ao longo do dia para evitar grandes
aborto precoce, defeitos congênitos graves e retardo no crescimento variações da glicemia
fetal. • Endocrinologista e nutricionista
• 1° trimestre → tendência à hipoglicemia (êmese gravídica)
- Ajuste de dose da medicação
- Glicemia capilar – controle glicêmico
- Dieta + exercícios físicos
• 2° trimestre e 3° trimestre: aumenta necessidades de insulina
• Puerpério: Diminui necessidade de insulina – Retorno para níveis pré-
gestacionais.
RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO:
• Diabetes Mellitus Gestacional:
- Dieta/EF sem comorbidades → < 40 semanas e 6 dias (bem
acompanhada)
- Com medicação ou comorbidades → 39 semanas – 39 semanas
e 6 dias. - Normal: liberar mas orientar sobre o risco de DM no futuro
- Difícil controle → 34 – 38 semanas e 6 dias. - Alterada: acompanhar com endocrinologista e nutricionista
• Diabetes Mellitus Pré-gestacional: • Importante o seguimento pós-parto e reclassificação das pacientes
• A detecção e tratamento precoce das alterações glicêmicas que
persistem após o parto, reduz o risco de complicações futuras para essas
mulheres.
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