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Todo ano a Sociedade Americana de Diabetes publica, em 01 de janeiro, uma revista com as diretrizes de cuidados ao paciente diabético.
O primeiro capítulo da revista fala sobre as mudanças (então para quem já leu a revista, que tem em média 200 páginas, basta ler o
primeiro capítulo. A Sociedade Brasileira de Diabetes também publica uma revista que nada mais é do que uma tradução da revista da
Sociedade Americana, porém com um pouco mais de atraso.
Anamnese e exame físico não mudam. Conduta terapêutica e orientações atualizam todo ano
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O consumo de álcool deve ser evitado pelos diabéticos porque as
bebidas alcoólicas podem alterar as taxas de açúcar no sangue, tanto
aumentando os valores da glicemia como diminuindo e causando
hipoglicemia
HISTÓRIA PREGRESSA DA MOLÉSTIA ATUAL ○ Fumo
● Data do diagnóstico, precisa ou aproximada ○ Hipertensão arterial
● Sintomatologia no momento do diagnóstico e atual ○ Obesidade
○ O DM pode ser muito sintomático já no início ○ Dislipidemia
(como na DM1) ou ter períodos de até 10 ○ Histórico familiar
anos assintomático (DM2) ● História e tratamento de outras condições, incluindo
○ A primeira manifestação de DM2 pode ser história de patologias do humor
devido a 3 grupos de sintomas: ● História reprodutiva e uso de contraceptivos
○ 1) Da descompensação metabólica - poliúria,
polidipsia, polifagia, perda acentuada de peso ANTECEDENTES FAMILIARES
e turvação visual ● História familiar de diabetes e outras patologias
○ 2) Das complicações agudas - cetoacidose, endócrinas
coma hiperosmolar, infecções ● Construir árvores genealógica
○ 3) Das complicações crônicas - tanto
microvasculares (perda de visão, insuficiência EXAME FÍSICO
renal, úlcera de pé) quanto macrovasculares ● Peso e altura; cálculo do IMC
(IAM, AVC) ● Cintura e cálculo da relação cintura/altura
● Resultados das glicemias, no diagnóstico e no ● Nas crianças e adolescentes comparar com as normas
seguimento ● Estágio de maturação sexualde Tanner
● História de peso, estado nutricional e hábitos ● Verificação da PA sentado ou deitado e em pé
alimentares ● Fundoscopia
● Tratamentos anteriores: nutrição, monitorização ○ Em todo paciente com DM2, como não se tem
pessoal do diabetes, atitudes e crenças de saúde certeza de quando se iniciou, faz-se o rastreio
● Tratamento atual: medicações, plano alimentar, das complicações crônicas na 1a consulta. Uma
registro de glicemias recentes das formas é pela fundoscopia, para estudar a
● História de exercício microcirculação
● Crescimento e desenvolvimento nas crianças e ○ Em crianças com DM1, esse exame é feito
adolescentes depois dos 5 anos de doença (não é preciso
● Frequência, severidade e cauda de complicações fazer logo na 1a consulta), ou quando estiver
agudas: entrando na adolescência ou engravidar
○ Cetoacidose ● Exame da cavidade oral
○ Hipoglicemia ○ Importante para identificar alguma infecção
○ História de infecções: pele, pés, (periodontite)
odontológicas e genitourinárias ● Exame da tireóide
● Exame cardíaco
ANTECEDENTES PESSOAIS ● Exame do abdômen
● Estilo de vida ● Avaliação dos pulsos arteriais periféricos com
● Fatores psicossociais, culturais e econômicos que palpação e ausculta
possam influenciar o manuseio do diabetes ● Exame das mãos
● Uso de cigarro, álcool e ou substâncias controladas; ○ Procura-se neuropatia periférica simétrica
questionário CAGE distal. Para isso, pede-se para o paciente
● Uso de drogas ilícitas; questionário de drogas fazer o sinal da prece.
● Uso de medicações que podem afetar os níveis ○ No caso de neuropatia, o paciente tem
glicêmicos perda da mobilidade articular e não
● Fatores de risco para aterosclerose: consegue encostar os dedos uns nos outros
(quadro avançado), além de atrofia da ■ A principal causa é o diabetes, mas
musculatura das mãos, rigidez articular e não é a única
perda da força e sensibilidade ○ Exame neurológico
○ Sinais de doenças que possam causar
diabetes secundário: hemocromatose, doença
pancreática, acromegalia, doença de Cushing
Sinal da prece:
Acantose Nigricans
Dedos em garra
Na segunda imagem, a ferida fez uma solução de continuidade. Neuropatia autonômica → anidrose, que leva à formação
Na terceira, a pele foi rompida e houve proliferação de germe de fissuras no pé
anaeróbio
Exame neurológico
● Inspeção: atrofia interóssea, anidrose, rachaduras,
deformidades, calosidades, pontos de pressão
○ Deformidades: dedos em martelo; dedos em
garra; proeminências ósseas
○ Patologia ungueal
○ Neuropatia: pele seca, calosidades, veias
dilatadas, atrofia da musculatura com
proeminência dos tendões, dedos em garra Neuropatia motora → atrofia das unhas; dedos em garras3
○ Pé neuropático: rachado com úlceras
○ Úlceras neuropáticas ocorrem principalmente
em pontos de pressão - o indivíduo pisa em
algo pontudo, o que forma um calo. Embaixo do
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calo, desenvolve-se a úlcera Associado à retração e ao encurtamento dos tendões.Diabéticos
com neuropatia (redução da sensibilidade) e pessoas com neuropatia
○ É o chamado mal perfurante plantar, típica de
devido a outras doenças, ao utilizar sapatos inadequados e por não
neuropatia diabética perceber que os dedos estão apertados, podem ter lesões e dedos
em garra
Úlcera neuropática
Rubor ao pender
Palidez à elevação
Classificação do pé em risco
EXTRA: Fasciite necrotizante
Categoria Risco Frequência de
avaliação
Pé neuropático Pé isquêmico