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CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
SEÇÃO III
ENDOCRINOLOGIA TIPOS DE DIABETES
R: letra E.
QUADRO CLÍNICO
A) CONCEITOS GERAIS
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LADA (Late-Onset Autoimmune Diabetes of RASTREAMENTO
Adulthood) → Destruição lenta das ilhotas pancreáticas.
Lembra o DM tipo 1, mas de início tardio (após os 30 anos). (é para DM tipo 2... DM tipo 1 não tem
No início, pode responder a antidiabéticos orais.
rastreamento!!)
Obs. 2: em caso de testes discordantes, ficamos com o › Síndrome dos ovários policísticos;
maior e o repetimos.
› História de doença cardiovascular;
Obs. 3: a ADA recomenda apenas os critérios › História prévia de glicemia alterada ou intolerância à
glicêmicos (isto é, não usaremos a HbA1c) em
glicose ou HbA1c > 5,7%;
situações de turnover alterado de hemácias:
gestantes, perda sanguínea recente ou transfusão e › Mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional;
alguns quadros anêmicos.
› Outras condições associadas à síndrome metabólica
(ex.: acantose nigricans).
PRÉ-DIABÉTICOS
2...)
Com qualquer um dos testes glicêmicos. Os exames, caso
normais, devem ser repetidos a cada três anos.
› Glicemia de Jejum Alterada: 100-125 mg/dl.
› Intolerância à Glicose: glicemia 2h pós-75 g de glicose ATENÇÃO!!! De acordo com a principal referência em
VO de 140-199 mg/dl. Medicina Preventiva (USPSTF), a indicação de rastreamento
seria restrita aos pacientes dos 40 aos 70 anos, que
› HbA1c: 5,7-6,4%. tenham sobrepeso ou sejam obesos.
Estes pacientes devem ser monitorizados regularmente e Atualmente, foram incluídos pacientes pós-transplante em
adotar mudanças no estilo de vida. A metformina deve ser regime imunossupressor estabilizado e na ausência de
considerada naqueles com idade < 60 anos, IMC > 35 infecção aguda. O TOTG seria o exame preferencial nesses
kg/m² e mulheres com história prévia de diabetes pacientes.
gestacional.
SÍNDROME METABÓLICA
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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA SÍNDROME › DM tipo 1 : insulinoterapia
METABÓLICA (NCEP-ATPIII) – pelo menos três
dos cinco critérios abaixo são necessários (Ver insulinas na Tabela 1 – padrão-ouro = bomba de
infusão contínua).
› Adultos são orientados a realizar atividade aeróbica Quais são as melhores drogas em obesos? Metformina,
METAS
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Gerais: Dose média: 0,5-1,0 U/kg/dia. Entre os principais
esquemas de insulina temos:
› PA < 14 x 90 mmHg (ou < 130 x 80 pela Diretriz Brasileira
de HAS); Tratamento intensivo (múltiplas aplicações: basal-bolus)
› Triglicerídeo < 150 mg/dl; HDL > 40 (H) e > 50 (M). A › Duas aplicações de NPH (antes do café da manhã e
abordagem do LDL pela AHA é determinada não mais a
ao deitar) + três aplicações de insulina regular antes
partir de alvos, mas do risco cardiovascular, quando se
das refeições (café, almoço e jantar);
deve definir a intensidade da terapia com as estatinas.
No Brasil, preconiza-se LDL < 100 ou < 70 mg/dl (DM de › Podemos substituir a NPH pela dose única de
risco elevado) - (ver em “Cardiologia”). glargina que, por não fazer pico, também causa
menos hipoglicemia.
Glicemia:
Bomba de infusão contínua: padrão-ouro.
› HbA1c: < 7 g/dl, sendo mais rigoroso em jovens (6-6,5) e
menos rigoroso com idosos e portadores de ATENÇÃO: dois clássicos nas provas de residência são o
comorbidades (7,5-8); efeito Somogyi e o fenômeno do alvorecer (ocorrem
nos esquemas de duas doses de NPH + regular):
› Glicemia pré-prandial 80-130 mg/dl;
TRATAMENTO DO DM TIPO 2
ESTRATÉGIA
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O tratamento é iniciado com a metformina. Se o alvo não › Quando indicar?
for atingido em até 3-6 meses, devemos adicionar outras
drogas, sendo a escolha definida pela presença de doença – Pacientes refratários à dieta + exercício + terapia oral
cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), Doença Renal combinada;
Crônica (DRC) e/ou Insuficiência Cardíaca (IC):
– Pacientes com glicemia ≥ 300 e/ou HbA1c ≥ 10% na
primeira consulta (pelo menos no início do
› DCV aterosclerótica predomina: preferência ao agonista
tratamento);
GLP-1 (na ausência de doença cardiovascular
estabelecida, a classe também deve ser considerada se – Sintomas francos: emagrecimento, poliúria, polidipsia
houver indicadores de alto risco, como ou cetose (alguns desses, na verdade, são LADA);
Em pacientes sem ASCVD, DRC ou IC, a escolha do – Nos virgens de tratamento, magros, com glicemias
segundo agente deve ser pautada em três fatores: mais altas (provável LADA): começar esquemas
semelhantes aos do DM tipo 1.
› Para evitar a hipoglicemia: preferência para inibidor
– Nos pacientes cirúrgicos, suspender antidiabéticos no
SGLT2, agonista do receptor de GLP-1, inibidor DPP-4 e
dia da cirurgia (ou antes no caso da clorpropamida).
glitazonas
No dia da cirurgia, pela manhã, 1/3-1/2 da dose
› Para evitar ganho de peso: escolha entre inibidor SGLT2 original de NPH (ou dripping durante cirurgias
e agonista do receptor de GLP-1. longas).
INSULINOTERAPIA NO DM TIPO 2
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SULFONILUREIAS Exemplos de drogas
Gliburida.
Queda da glico-Hb
Glicazida.
1,0-2,0%.
Glimepirida.
Efeito sobre o peso corporal
Mecanismo de ação
Neutro/redução.
Aumento da secreção de insulina (efeito mantido).
Comentários
Queda da glico-Hb
Droga de escolha em diabéticos tipo 2 obesos.
1,0-2,0%.
*Evitar nas "insuficiências", sobretudo as
INIBIDOR DA ALFA-GLUCOSIDADE
Hipoglicemia.
BIGUANIDAS
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Exemplos de drogas Exemplos de drogas
Acarbose. Repaglinida.
Comentários Aumento.
TIAZOLIDINEDIONAS (GLITAZONAS)
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Exemplos de drogas Exemplos de drogas
Pioglitazona. Sitagliptina.
ANÁLOGOS DE GLP-1
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Exemplos de drogas Exemplos de drogas
Exenatida. Dapagliflozin.
Liraglutida. Canagliflozin.
Dulaglutida. Empagliflozin.
Lixisenatida. Ertugliflozin.
INIBIDORES SGLT2
Atenção para a função renal: empagliflozina e
canagliflozina liberados quando ClCr ≥ 45 ml/min/1,73m² e
dapagliflozina quando ≥ 60 ml/min/1,73m².
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B) COMPLICAÇÕES CRÔNICAS Epidemiologia
(MICROVASCULARES)
› Causa mais frequente de cegueira entre 20-74 anos.
Fatores de risco
Rastreamento
Classificação e conduta
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Epidemiologia
Fatores de risco
Rastreamento
› Intervalo: anual.
Histopatologia
Evolução
Classificação e conduta
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Principais medidas: controle da albuminúria com IECA ou
AA II, inibidores de SGLT2, controle da PA, glicemia e
Epidemiologia
dislipidemia; cessar tabagismo.
Detectada em até 50% dos diabéticos de longa data.
3) NEUROPATIA DIABÉTICA
Formas clínicas
Rastreamento
› Intervalo: anual.
Neuropatia autonômica:
Tratamento
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› Dor neuropática: anticonvulsivante como a
pregabalina ou antidepressivo inibidor seletivo de Epidemiologia
recaptação de norepinefrina e serotonina
(duloxetina). Outras opções: antideDressivos › A principal causa de amputação não traumática de
tricíclicos (amitriptilina, nortriDtilina. imiDramina. membros inferiores.
desipramina), venlafaxina, gabapentina,
carbamazepina, tramadol e agentes tópicos (creme Fatores causais
de capsaicina a 0,075% - a substância da pimenta).
Como pesquisar?
Como tratar?
COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES
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› São doenças relacionadas essencialmente à
aterosclerose (IAM, AVE, isquemia de membros HIPOGLICEMIA
inferiores etc.).
Epidemiologia
› São mais comuns no DM tipo 2, menos dependentes da
hiperglicemia e mais relacionadas a outros fatores como
A principal causa de coma em diabéticos = 100% dos
HAS, dislipidemia, tabagismo e obesidade abdominal.
usuários de insulina desenvolvem algum grau de
› Essas doenças (em especial o IAM) são as principais hipoglicemia em um ano.
causas de óbito no diabetes.
Fatores precipitantes
de 20 hemorragias
› Hipoglicemia grave, fora do hospital: glucagon SC (o
retinianas em cada um dos
paciente deve andar com a seringa e avisar aos amigos).
quatro quadrantes
retinianos, ensalsi‐ › Hipoglicemia grave em alcoólatras ou desnutridos:
chamento venoso em dois repor tiamina IV antes da glicose.
quadrantes ou microanor‐
malidades vasculares › Hipoglicemia oligossintomática: consumo imediato de
intrarretinianas em um alimento doce pelo paciente.
quadrante.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Retinopatia diabética Presença de neovasos e/ou
proliferativa hemorragia vítrea ou pré-
retiniana.
Tab. 3
C) COMPLICAÇÕES AGUDAS
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› Glicemia > 250 mg/dl.*
Fisiopatologia
› Cetose (cetonemia/cetonúria +3 ou +4).**
Presença de hormônios contrainsulínicos (cortisol,
› Acidose metabólica (pH < 7,3; HCO3 < 15).***
glucagon, epinefrina) na ausência total de insulina,
levando a um estado de hipercatabolismo e à formação
hepática dos corpos cetônicos (acetona, acetoacetato, Tratamento
beta-hidroxibutirato).
Diagnóstico*
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***Caso haja muitos vômitos (que causam alcalose), o pH
NOTA: existe um protocolo norte-americano, Emergency
pode não estar ácido, e o bicarbonato normal. Preste atenção
Valuable Approach and Diabetes Education (EVADE),
no ânion- gap. Se pH normal com AG elevado,
para abordagem dos casos leves a moderados de CAD.
provavelmente há sobreposição de acidose e alcalose
Com ele, foi possível reduzir a taxa de internação
metabólica. Outra situação interessante é quando a acidose
hospitalar para esses pacientes. Na teoria, é semelhante ao
metabólica vem com AG normal. Isso é comum logo após o
que já conhecemos, com ênfase em uma equipe
início da insulinoterapia, que pode depurar rapidamente os
multidisciplinar e objetivos mais direcionados.
cetoânions.
Observações:
Tempo Terapia
› Existe uma tendência hoje de não se fazer mais bolus
de insulina. Nesse caso, a dose de insulina deve ser um 1ª hora 10-20 ml/kg IV em bolus de SF 0,9% ou
pouco maior (0,14 U/kg/h). Na ausência de uma bomba Ringer.
infusora, é permitida a administração subcutânea de
Iniciar drip de insulina a 0,05-0,1 U/kg/h.
análogos de insulina de ação mais rápida (lispro/aspart)
a cada 1-2 horas. A administração IM também é
2ª hora NaCl 0,45% + infusão contínua de insulina.
aceitável;
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Perceberam que, na 1ª hora (diferente dos consensos de Fisiopatologia
diabetes), além da reposição volêmica, já está indicada a
insulinoterapia e que o potássio apenas entra na 2ª hora!
Presença de hormônios contrainsulínicos (cortisol,
Pois é, por conta disso (apesar de conceitualmente não
glucagon, epinefrina) na ausência parcial de insulina, que
estar adequado) nas provas de pediatria teremos que
consegue prevenir a formação hepática dos corpos
"aceitar" essa conduta por conta da referência. cetônicos, mas não a hiperglicemia e a hiperosmolaridade.
Paciente, oito anos, é trazido ao Serviço de Diabético tipo 2, idoso, sem acesso espontâneo à
Emergência Pediátrica do HUAP com quadro de água (acamado, neurodebilitado), apresentando
cetoacidose diabética. Submetido à investigação, infecções, IAM e AVE.
apresenta os seguintes resultados laboratoriais:
gasometria arterial: pH = 7,08; PO2 = 122; PCO2 = 15; Diagnóstico
bicarbonato = 10; BE = -6,5; glicemia: 721 mg/dl; sódio:
122 mEq/L; potássio: 3,1 mEq/L. A conduta médica › Glicemia > 600 mg/dl.
imediata deve ser a reposição hídrica (20 ml/kg/hora)
com soro fisiológico ou Ringer lactato, acrescida de: › Osmolaridade efetiva > 320 mOsm/L.
e) Insulina venosa, em infusão contínua (1-2 acidose e uma tendência maior à hipernatremia pela
Un/kg/hora). desidratação).
Tratamento
R: letra D.
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Síntese
(FIGURA 3)
a) A presença de tireotoxicose associada a bócio difuso, sopros e 3) Transporte (TBG – globulina ligadora de tiroxina).
oftalmopatia nos faz pensar em doença de Graves.
b) O hipotireoidismo subclínico deve ser tratado na presença de 4) Metabolismo (desiodases... A tipo 1 é inibida nas
sintomas e hipercolesterolemia. doenças sistêmicas).
c) Apesar de eventualmente possuírem a mesma clínica, as tireoidites
diferem da doença de Graves por apresentarem RAIU baixa. Regulação
d) A PAAF não consegue distinguir o adenoma do carcinoma folicular
de tireoide. Principais mecanismos:
e) A NEM 1 está tipicamente associada aos casos familiares de
carcinoma medular de tireoide. › Eixo hipotálamo-hipófise-tireoide (FIGURA 4);
A) FUNÇÃO TIREOIDIANA
FUNÇÃO TIREOIDIANA
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Testes
Conceitos
Função:
Tireotoxicose: quadro resultante do excesso de hormônios
› Dosagem de TSH, T3 e T4 (TSH é o mais sensível); tireoidianos.
› Captação tireoidiana de iodo radioativo em 24h (RAIU – Hipertireoidismo: tireotoxicose decorrente de uma
aumentada no hipertireoidismo e reduzida nas hiperprodução de hormônios tireoidianos.
tireoidites, tireotoxicose factícia e hipotireoidismo);
1) DOENÇA DE GRAVES
B) HIPERTIREOIDISMO
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Exoftalmia ou proptose bilateral, edema periorbitário, e
É a principal causa de hipertireoidismo,
hiperemia conjuntival. Nos casos avançados, lagoftalmia
respondendo por até 80% dos casos!!
(incapacidade do paciente fechar o olho enquanto dorme)
e oftalmoplegia.
Epidemiologia
Três tipos principais: (1) antirreceptor do TSH (TRAb), que 2 = S oft tissue involvement (tecidos moles
pode antagonizar (TRAb-bloq) ou estimular o TSH (TSI); (2) afetados, edema periorbital).
antitireoperoxidase (anti-TPO); e (3) antitireoglobulina
(anti-TG). 3 = P roptosis (proptose > 22 mm).
Oftalmopatia
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Diagnóstico laboratorial (1) Drogas antitireoidianas (tionamidas:
propiltiouracil-PTU e metimazol-MMZ)
Hipertireoidismo primário (TSH baixo + T4 livre
aumentado). Inibem a TPO, bloqueando a síntese de novos hormônios.
Outro efeito possível seria a imunossupressão. O PTU
Obs.: na tireotoxicose por Graves e Bócio nodular tóxico: ainda inibe a conversão periférica em altas doses.
T3 livre > T4 livre. Costumam ser o primeiro tratamento no Brasil
(especialmente o MMZ) – exceto bócio volumoso,
Casos duvidosos: TRAb e anti-TPO. toxicidade medicamentosa ou não aderência.
Tratamento
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Preparo (para muitos sintomáticos, idosos ou cardiopatas,
a fim de reduzir o risco de tireoidite por irradiação): drogas Drogas coadjuvantes
antitireoidianas por pelo menos um mês antes da
aplicação do radiofármaco, seguida de sua suspensão pelo (1) Betabloqueadores (controle das manifestações
menos dois dias antes da aplicação. Caso instalada, o adrenérgicas); e (2) lítio (nos pacientes alérgicos a
tratamento da tireoidite deve ser feito com AINE. tionamidas).
Tireoidectomia subtotal ou quase total (boa para pacientes Curso independente do tratamento do hipertireoidismo,
jovens, bócios volumosos, suspeita de malignidade, podendo ser agravada pelo iodo radioativo.
gestantes alérgicas a tionamidas e pacientes que não
queiram fazer iodo radioativo). Tratamento: suporte nos casos leves (colírios e óculos
escuros, cabeceira elevada); interromper tabagismo;
Preparo pré-operatório: drogas antitireoidianas (seis corticoterapia nos casos graves (compressão do nervo
semanas antes) + iodeto de potássio – lugol (7-10 dias óptico, quemose; ulceração de córnea). Radioterapia e
antes). cirurgia de descompressão orbitária são opções.
Depende! De uma forma geral, costuma-se tentar primeiro Tratamento: glicocorticoide tópico de alta potência.
a terapia antitireóidea com PTU ou MMZ durante 12-24 Octreotide parece benéfico. Não é recomendada cirurgia.
meses. A terapia ablativa costuma estar indicada nos casos
de: recidiva ou recaída após tratamento medicamentoso; Gestantes
bócio volumoso; toxicidade medicamentosa; não
aderência ao tratamento. Para escolher a terapia ablativa
Terapia de escolha: drogas, com preferência pelo
(iodo ou cirurgia), releia os conceitos que acabamos de
propiltiouracil (não teratogênico) no 1º trimestre e MMZ no
estudar!
restante da gravidez (risco de hepatite pelo PTU).
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Definição Causado pelo desenvolvimento de múltiplos nódulos, de
tamanhos variados, produtores de hormônios tireoidianos.
Quadro clínico
Tratamento
(1) Alteração no estado mental, variando desde agitação e
psicose franca até estupor e coma. Terapia de escolha: cirurgia (tireoidectomia subtotal) ou
radioiodo em caso de risco cirúrgico elevado (não ocorre
(2) Hipertermia. remissão espontânea com drogas antitireoidianas).
Tratamento
Nódulo tireoidiano autônomo hiperfuncionante.
2) BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO Outras opções incluem cirurgia para jovens e nódulos
muito grandes (lobectomia + istmectomia) e injeção
percutânea de etanol guiada por USG.
4) HIPERTIREOIDISMO SECUNDÁRIO
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Definição Definição
Hormônios liberados pela destruição da glândula ou por TSH suprimido porém T4 livre e T3 normais. Definição
uma fonte extratireoidiana exógena ou endógena. puramente LABORATORIAL (ou seja, o paciente pode ter
sintomas).
Diagnóstico
Associações
T4 livre aumentado + TSH aumentado ou normal + TC ou
RM de sela túrcica para detecção de adenoma de hipófise. Aumenta o risco de FA e osteoporose.
Achado característico
Principais causas
(1) Tireoidites.
Diagnóstico diferencial
C) HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDISMO
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Abaixo de dois anos, risco de cretinismo, caracterizado
Conceito por: (1) Retardo mental; e (2) baixa estatura. Em alguns
casos observa-se surdo-mudez.
Síntese e secreção insuficiente ou ação inadequada dos
hormônios tireoidianos. Após os dois anos, não ocorre retardo mental, sendo
comum o atraso no desenvolvimento puberal.
Etiologia
"Quanto maior a idade, maior semelhança com o quadro
Hipotireoidismo primário: clínico dos adultos".
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Tratamento
Indicações de tratamento
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Epidemiologia
Etiopatogenia
Importância
Autoanticorpos
OBJETIVOS:
Tireoidite indolor caracterizada por quadro de
› Reconhecer clinicamente as tireoidites e suas causas.
tireotoxicose (durante 2-8 semanas) seguido de
hipotireoidismo subclínico.
› Reconhecer as apresentações hormonais nas
tireoidites.
Atenção: nas provas (e na vida) muitas vezes a
› Saber tratar as diversas formas de tireoidites. presença de uma doença autoimune como tireoidite
de Hashimoto é a dica para o diagnóstico de uma
outra doença autoimune associada, como anemia
perniciosa, doença de Addison, vitiligo...
TIREOIDITES
Malignidade
Definição
Risco de linfoma de tireoide!
Lesão inflamatória das tireoides, com liberação de
hormônios tireoidianos (já sintetizados previamente – por Diagnóstico
isso não aumenta a captação à RAIU), evoluindo
posteriormente com hipotireoidismo. Nas tireoidites
Laboratório de hipotireoidismo + anti-TPO elevado. Na
crônicas como Hashimoto, geralmente não há sintomas de
presença de aspecto nodular, a biópsia tireoidiana pode
tireotoxicose, ao contrário do que é observado nas
ser necessária, revelando um infiltrado linfocítico folicular.
agudas/subagudas.
Tratamento
TIREOIDITE DE HASHIMOTO (tireoidite
crônica autoimune) Reposição de levotiroxina ad eternum, com maior
necessidade na gravidez, doenças disabsortivas, uso de
hidróxido de alumínio e menor necessidade no idoso.
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Etiopatogenia Pós-parto
Causada por um fenômeno autoimune autolimitado. É uma tireoidite autoimune subaguda indolor, ocorrendo
dentro do primeiro ano após o parto. É autolimitada, com
Quadro clínico alta chance de recorrência no próximo puerpério.
Captação de iodo 131 baixa, pois não há produção Tuberculosa e fúngica: imunodeprimidos.
levotiroxina.
Medicamentosa
Etiopatogenia
Fibrosante de Riedel
Achado laboratorial
OBJETIVOS:
› Reconhecer a abordagem do nódulo tireoidiano.
Característico: elevação da VHS > 50 mm/h e, às vezes,
acima de 100!!! › Saber caracterizar, diagnosticar e tratar os principais
tumores malignos da tireoide.
Tratamento
CARCINOMA PAPILÍFERO
OUTRAS TIREOIDITES
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Epidemiologia
Patologia
*Classificação TNM e simplificada de Degroot: classes I
Achado típico: corpos psamomatosos. (intratireoidiano); II (metástase nodal cervical); III (invasão
extratireoidiana); IV (metástase à distância).
Outros: células cuboidais, com citoplasma abundante de
núcleos claros ou em vidro fosco (grooving nuclei), Tratamento
corpúsculos de inclusão intranuclear periféricos, cromatina
fina e não condensada (núcleo em olhos da Órfã Annie). Neoplasia de melhor prognóstico.
Subtipos: de acordo com a presença de projeções < 1 cm, baixo risco (achado incidental): tireoidectomia
papilares, estrutura folicular (variante folicular do parcial (lobectomia + istmectomia). Alguns autores
papilífero) ou uma combinação das duas. Outros descritos, sugerem apenas lobectomia se baixo risco extremo
menos frequentes (1%), mas de pior prognóstico e de (unifocal, intratireoidiano).
ocorrência em pacientes mais velhos são o de células altas,
insular, colunar, esclerosante difuso, células claras,
1-2 cm: controverso, sendo a tireoidectomia total o mais
trabecular e pouco diferenciado.
preconizado.
Quadro clínico
Complicações da tireoidectomia
Acompanhamento
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Cintilografia de corpo inteiro seis meses após e dosagem
de tireoglobulina de seis em seis meses. Tireoglobulina Epidemiologia
positiva (> 1-2 ng/ml) significa recidiva tumoral. Na
tireoidectomia parcial, a tireoglobulina deve situar-se entre Até 10% das neoplasias de tireoide.
3-5 ng/ml (na vigência de terapia supressora).
Paciente típica: mulher > 40 anos.
CARCINOMA FOLICULAR
É o tipo histológico mais associado à deficiência de iodo.
Patologia
Quadro clínico
Diagnóstico
Igual ao Ca papilífero.
Tratamento
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O protocolo pós-tireoidectomia é semelhante ao descrito
para o Ca papilífero. Definição
Pelo Harrison, pacientes com Ca folicular ou papilífero < 4 Originado das células parafoliculares ou células C,
cm de baixo risco podem ser submetidos a lobectomia + produtoras de calcitonina.
istmectomia, na ausência de doença metastática.
Indicações de tireoidectomia quase total: pacientes de alto Epidemiologia
risco, com tumores > 4 cm, ou na presença de metástases
ou invasão extratireoidiana. O principal objetivo da Representam 5-10% dos tumores malignos da tireoide.
tireoidectomia quase total (o Harrison não fala em total) Mais comum entre a quinta e sexta décadas.
seria proporcionar a esses pacientes de alto risco a
possibilidade de realizar terapia de radioablação e
80% esporádicos.
seguimento com tireoglobulina sérica.
Diagnóstico
Tratamento
Acompanhamento
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CARCINOMA ANAPLÁSICO OU
INDIFERENCIADO
Epidemiologia
Principalmente idosos.
Comportamento
Diagnóstico
Tratamento
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A) PRINCIPAIS DOENÇAS DA Etiopatogenia
SUPRARRENAL
Principal causa em todas as idades = terapia com
glicocorticoide!!!
SÍNDROME DE CUSHING
2ª causa no adulto = Doença de Cushing.
= EXCESSO DE GLICOCORTICOIDES.
Geralmente um microadenoma hipofisário (< 1 cm)
secretor de ACTH.
OUTRAS:
ACTH ectópico
CRH ectópico
Clínica
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3. Diabetes = cortisol promove resistência à insulina. < 5 = suprimido = doença suprarrenal;
Diagnóstico
Tumor benigno = cirurgia.
alcoolismo.
Benigno = adrenalectomia unilateral (laparoscopia).
CONFIRMAÇÃO DA S. CUSHING
Maligno = cirurgia oncológica (aberta).
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Etiopatogenia Etiopatogenia
Diagnóstico Clínica
ESPECÍFICO.
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1- Cortisol matinal basal muito baixo (< 3 é
praticamente patognomônico).
Etiopatogenia
2- Teste da estimulação com ACTH sintético Principal causa = deficiência de 21-hidroxilase (não
(cosintropina) = dosar cortisol após 1h (pode ser feito a sintetiza cortisol e aldosterona = aumento do ACTH,
suprarrenal).
Perdedora de sal (mais comum) e não perdedora de
3- Dosar ACTH plasmático: baixo = causas sal = depende da atividade residual da 21-hidroxilase.
Na crise aguda = hidrocortisona IV (tem efeito Meninas = genitália ambígua = hipertrofia do clitóris +
mineralocorticoide). fusão labial.
= DEFICIÊNCIA DE CORTISOL ±
CONFIRMAÇÃO = cortisol plasmático baixo + 17-OH-
ALDOSTERONA + EXCESSO DE
progesterona plasmática alta.
ANDROGÊNIO.
Tratamento
FEOCROMOCITOMA
= EXCESSO DE ADRENALINA (TUMOR
ADRENAL) OU NORADRENALINA
(TUMOR EXTRA-ADRENAL =
PARAGANGLIOMA).
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1- Metanefrinas (melhor).
Etiopatogenia
2- Catecolaminas livres.
Neoplasia das células cromafins = medula
suprarrenal e tecido cromafim extra-adrenal = órgão
3- Ácido vanil-mandélico (pior).
de Zuckerkandl (abaixo da artéria mesentérica) e
gânglios para-aórticos.
TESTES PLASMÁTICOS (quando a probabilidade do dx é
elevada ou crianças).
Hipersecreção de catecolaminas!!!
Familiar = bilateral.
2- Catecolaminas plasmáticas.
FAMILIAR
Localização do Tumor:
Curativo = adrenalectomia!!!
Regra dos "10": 10% malignos; 10% bilaterais; 10% extras-
suprarrenais; 10% pediátricos; 10% familiares.
Cuidados pré-op. = bloqueador alfa-1 adrenérgico até
obter hipotensão postural (geralmente progressão de
Clínica
dose em duas semanas).
Paroxismo = pico hipertensivo + taquicardia + sudorese Cuidados intra-op. = fentolamina (antagonista alfa-1
+ cefaleia + palidez + ansiedade. venoso) na crise hipertensiva ± nitroprussiato de
sódio e betabloqueador venoso.
Pistas diagnósticas
Diagnóstico
Confirmação Bioquímica:
Clínica
Diagnóstico
SCREENING BIOQUÍMICO
Tratamento
B) PRINCIPAIS DOENÇAS DA
PARATIREOIDE
HIPERPARA 1 ÁRIO
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Tratamento
Etiopatogenia
5- Doença óssea = osteíte fibrosa cística = aumento do 4- Declínio da massa óssea (T-escore < -2,5 DP) e/ou fratura
turnover ósseo. vertebral prévia;
Hipercalcemia grave (> 15) = estado confusional agudo. 2- Rouquidão (lesão laríngeo recorrente unilateral).
PTH plasmático: alto = hiperpara, baixo = câncer (dosar 3- Espasmo de glote (lesão laríngeo recorrente
peptídeo "PTH-símile"). bilateral).
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Etiopatogenia Etiopatogenia
Hipocalcemia persistente: Doença renal crônica e As doenças acima e: intoxicação por lítio, vitamina D e
raquitismo. A; sarcoidose, câncer.
Clínica
FOSFATO:
Diagnóstico
Tratamento
Clínica
Crise hipercalcêmica do hiperpara e dos carcinomas.
CRISE HIPERCALCÊMICA
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Etiopatogenia PARA LER EM CASA!
a) Mieloma múltiplo.
Casos crônicos: TC de crânio = calcificação dos
gânglios da base. b) Hiperparatireoidismo primário.
c) Hipercalcemia da malignidade.
Tratamento
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› Vamos revisar um conceito importante com a questão... Temos
uma paciente de 68 anos com hipercalcemia e PTH no limite
superior da normalidade segundo os dados da questão, sem
outros achados laboratoriais. A grande dúvida ficou entre as
opções B e C, e muitos alunos deixaram de marcar
hiperparatireoidismo primário devido ao PTH e fósforo normais!
Pegadinha! Erraram! Escolha de muitos candidatos, a
hipercalcemia da malignidade (por produção do peptídeo PTH-
símile ou invasão óssea estimulando atividade osteoclástica)
geralmente cursa com PTH baixo, já que a síntese e a liberação
deste hormônio estão inibidas na presença de hipercalcemia. Ou
seja, o PTH sérico fornecido pela questão, no limite superior da
normalidade ("mais para alto do que para baixo") é um forte
dado CONTRA o diagnóstico de hipercalcemia da malignidade!
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Mulheres = estrógenos + progestágenos. Para ovular =
Etiopatogenia estimulação com GnRh pulsátil (bomba infusora no
subcutâneo).
Causa mais comum = adenoma macro-hipofisário (> 1
cm, com invasão do hipotálamo). Homens = enantato de testosterona IM (3-3 semanas).
ACTH = teste do CRH (pico de ACTH e cortisol). Sempre dosar hormônios tireoidianos!!! Hipotireoidismo
pode cursar com aumento de prolactina.
Craniofaringioma = calcificação suprasselar (TC ou Cirurgia = só nos casos refratários ou intolerantes a essa
RM). droga (preferir procedimento transesfenoidal).
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Etiopatogenia
Clínica
Criança = gigantismo
Adulto = acromegalia
Diagnóstico
Tratamento
Ressecção transesfenoidal
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