Sistema Endócrino
Depois do sistema cardíaco, é um dos sistemas
mais importantes a ser estudado, uma vez que, o
sistema endócrino engloba a segunda doença
degenerativa mais comum que se desenvolve com
a idade, que é a Diabetes Tipo II (que aparece com
a idade; a tipo I é típica da infância).
Diabete Melito
Também chamada de diabete tipo II ou diabete
mellitus.
Definição: baixa produção de insulina pelo
pâncreas.
Fatores de risco:
- É uma doença de caráter hereditário (não é
genética, transmitida pelo gene, mas é de caráter
familial). Com isso, é importante investigar se na
família há casos de diabetes.
Nível Normal de Glicose: 60 a 110 mg (110 a 120
mg, já é caraterizado como bordeline e o paciente
é caracterizado como pré-diabético).
Avaliação do Paciente para Tratamento
Odontológico
Na anamnese, busca-se checar se o paciente
diabético está controlado ou compensado, ou,
dependendo das respostas, busca-se saber se um
paciente, dependendo das respostas, se ele tem
indício, sintomas de diabetes e, se tiver, deve-se
encaminhar o paciente a um médico.
Na avaliação do paciente diabético para
tratamento odontológico, deve-se levar em
consideração:
1. Sinais e sintomas sugestivos de diabete;
2. História de diabete na família (se uma
família possuir uma pessoa com diabetes,
não necessariamente seus descendentes
terão diabetes);
3. Época do início da diabete;
4. Tipo de terapia requerida:
- Controle da dieta
- Hipoglicemiantes orais
- Insulinoterapia
5. Complicações do diabete (para saber como
controlar essas complicações no manejo
odontológico).
1. Sinais e Sintomas Sugestivos de Diabete:
Sintomas: polidipsia (indivíduo bebe muito
líquido), poliúria (urina muito), polifagia (indivíduo
se alimenta muito, mas há perda de peso em
contrapartida) (os 3 P; os 3 Polis + a perda de
peso)
Sinais: glicosúria (muito açúcar na urina; isso é
checado através das tiras, que se coloca na urina
e, se ela alterar a cor, é porque há presença de
açúcar na urina).
Na anamnese, se o paciente responder
positivamente para duas dos sintomas acima, o
seu diabetes não está controlado; não está
compensado. E, se o paciente nunca foi
diagnosticado com diabetes e apresentar uma
resposta positiva, pede-se para que ele faça uma
avaliação médica, pois ele pode estar
desenvolvendo diabetes, principalmente se no seu
histórico os genitores ou um dos genitores tiver
histórico de diabetes.
A pessoa diabética tem uma limitação grande que
é a sua dieta e, como não tem sintomas a
princípio, muitas vezes, nem fazem uso de
medicação ou fazem uso e depois param. E, isso
descompensa o quadro do paciente e resulta em
altas dosagens de glicose no sangue.
2. História de diabete na família
A diabete é uma doença de caráter familial,
devendo ser investigada no histórico familiar do
paciente na anamnese.
A diabete afeta de 3 a 4% de todos os adultos.
 3. Época do Início do Diabete
A época de aparecimento dessa doença é
importante, por se tratar de uma doença crônico-
degenerativa (crônico, pois seu tratamento é para
o resto da vida. Degenerativa, pois cada vez que a
diabete se descompensa, seja pela quebra da
dieta ou pela falta de medicação, a glicemia atinge
altos índices e vai degenerando muitos órgãos,
afetando a visão, as terminações; as áreas mais
periféricas do corpo, como as mãos, os pés, os
dedos do paciente. A medida que a doença vai
avançando, os vasos sanguíneos vão ficando mais
atrésicos, mais finos, apertados, dificultando a
chegada do sangue nas áreas mais periféricas,
resultando em pé diabético, chegando até a ter
que amputar em alguns casos, pois se não chega
sangue, não chega oxigênio, células de defesa e os
órgãos vai se degenerando e a cicatrização e a
regeneração demoram a acontecer. O mesmo
acontece com o globo ocular e os rins. Por isso,
que o rigoroso seguimento da dieta e da
medicação é necessário para o controle da
diabetes. O tempo do início da diabetes é
importante, pois quanto mais tempo tiver, mais
tempo tem-se para esses eventos de degeneração
acontecerem).
Além disso, a diabetes é de difícil controle por
parte do paciente.
Implicação direta na terapia requerida, pois
quanto mais descontrolada for a diabete e se o
hipoglicemiante oral não estiver conseguindo
resolver o problema, resta-se somente a insulina.
4. Tipo de Terapia Requerida – I
O tipo de terapia depende do quadro do paciente,
se ele é diabético e está entre 110-120 mg,
considerado pré-diabético (a qualquer momento
pode desenvolver a diabete, então, controla-se ele
mais), em que o controle se dá apenas pela dieta e
exercícios físicos, pois aumentando o
metabolismo, há uma queima maior dos açúcares.
Por isso que, sempre no paciente diabético, é
solicitado que ele faça caminhadas, pelo menos.
Como ele está em níveis glicêmicos ´normais`, não
há necessidade de uso de hipoglicemiante oral.
4. Tipo de Terapia Requerida – II
Também há o paciente que além de ter que fazer
exercícios físicos e ter que fazer a dieta, precisa
também tomar hipoglicemiantes orais. Esse é o
perfil de paciente mais comum na clínica
odontológica e que pode ter que fazer o controle
da diabete pelo resto da vida, mas isso precisa de
muita disciplina, pois a pessoa pode sair da dieta,
mas ela tem que voltar.
4. Tipo de Terapia Requerida – III
O paciente que não consegue mais controlar a
diabete com hipoglicemiante oral, é dependente
da insulinoterapia. Além do uso da insulina, esse
paciente deve fazer controle da dieta e exercícios
físicos. Esse perfil de paciente requer um cuidado
maior na clínica odontológica, por fazer uso da
insulina, que é administrada duas vezes ao dia e é
de dosagem individual e, cada vez que for
administrar a insulina, tem-se que medir a
glicemia antes (requer insumos, como a agulha
para furar o dedo e as tiras para medir), pois pode
haver a variação de glicemia durante o dia. Só
que, obter esses insumos fica caro e, com isso, o
paciente muitas vezes, não mede a glicemia antes
de administrar a insulina e, pode resultar em uma
administração maior do que a necessária. Por isso
que, o paciente diabético pode ter complicações
sérias em termos de controle, que é individual, e o
seu não exercimento adequado.
Nas clínicas integradas da PUC e no bloco cirúrgico
há o glicosímetro e, se houver necessidade de um
paciente insulinodependente de fazer a dosagem,
podemos medir a glicemia antes do evento, se for
um procedimento invasivo um pouco mais
complexo.
Essa medição da glicemia não precisa ser em
todos os pacientes. Na anamnese, pergunta-se ao
paciente insulinodependente se ele mede a
glicemia duas vezes por dia, antes da
administração da insulina. Se a resposta for
negativa, se ele medir esporadicamente, nesses
casos, há necessidade de se fazer a dosagem da
glicemia na clínica.
5. Complicações do Diabete
As duas principais complicações do paciente compensado, fazendo uso de algum tipo de
diabético são com relação à infecção e à medicação. E, o dentista também deve usar algum
cicatrização que é retardada. medicamento no paciente antes do procedimento
cirúrgico.
 Infecção: os vasos ficam atrésicos (por
causa do comportamento das células
endoteliais, que vão ficando uma junta
Ações do cirurgião dentista para tratamento
das outras) e, isso, causa uma
odontológico do paciente diabético
obstrução dos capilares e da
vascularização periférica, fazendo com
que não chegue sangue ao local ou que
1. Redução do estresse
chegue muito pouco (redução do
aporte sanguíneo). No sangue, temos  Consultas de pouca duração, mas de
células de defesa e que alimentam qualidade;
tecidos, como as hemácias que  Maior número de sessões;
carregam hemoglobina, O2, que é  Estresse (dor também) aumenta níveis de
importante na nutrição dos tecidos e adrenalina e consumo de insulina,
na cicatrização. Outro achado resultando em um aumento da glicemia;
importante que causa infecção é que,  Explicar para o paciente o procedimento a
dentro dos leucócitos, os neutrófilos ser realizado.
representam perto de 60% de todas as
células de defesa. Então, como o
paciente diabético mantém sempre 2. Instruções sobre a Dieta e Medicação
níveis elevados de glicose, pode
 O paciente deve ser instruído a fazer sua
comprometer a função dos neutrófilos,
dosagem de insulina (salvo, se o médico
que são a primeira linha de defesa do
fizer alteração na dosagem de insulina
organismo e, se altera a função deles,
antes ou após o procedimento, mas fica a
eles ficarão com a função de fagocitose
critério do médico) ou hipoglicemiante e a
comprometida e, a infecção acontecerá
se alimentar normalmente antes do
com muito mais facilidade.
atendimento. Com o jejum, sem se
alimentar, o paciente pode ter crise de
 Cicatrização Retardada: é cicatrização
hipoglicemia.
demorada. Ocorre por dois motivos.
Diminuição do aporte sanguíneo, com
isso há redução da chegada de O2 nos
3. Redução do risco de infecção em
tecidos, que atua na nutrição das
procedimentos invasivos
células, para que ocorra a cicatrização.
E o comprometimento da função  O tratamento odontológico de
fagocitária e linfocitária interfere na procedimentos invasivos em pacientes
produção de fibroblastos, que formam compensados (controlados) deve ser
colágeno, para a reparação de tecidos. realizado sob antibioticoterapia profilática.
 Anestésico Local: em pacientes
controlados, não há nenhuma
Com isso, o dentista vai ter que utilizar de algumas
contraindicação, a não ser que ele também
formas para reduzir ou impedir que ocorra a
seja hipertenso (dependendo do quadro de
infecção secundária e que a cicatrização ocorra
hipertensão, pode-se usar anestésico com
normalmente. NÃO se faz nenhum procedimento
vasoconstritor adrenalina ou com
que produz sangue em pacientes diabete
vasoconstritor que não seja adrenalina).
descompensado. O paciente tem que estar

Hipoglicemia
É o contrário do paciente diabético.
É uma doença rara. O mais comum de se
encontrar são quadros de hipoglicemia, devido a
longos períodos de jejum, sem se alimentar. É
importante identificar na crise de hipoglicemia, os
sintomas e os sinais.
Mesmo o paciente diabético, às vezes, ele pode
ter crises de hipoglicemia, pois quando está
fazendo adequação da dosagem de insulina, ele
pode ficar um tempo maior sem se alimentar,
principalmente no período da manhã ou à tarde.
Sinais e Sintomas Sugestivos de Hipoglicemia
As crises de hipoglicemia, terá sempre os mesmos
sinais e sintomas, como:
 Fraqueza, nervosismo, tremores,
palpitações e sudorese;
 Letargia (pessoa fica mole, sensação que
vai desmaiar);
 Agitação e confusão (depois desses
sintomas acima, a pessoa fica agitada e
confusa).
Esse quadro é resolvido facilmente administrando
algo bem doce ao paciente, ou seja, fornecendo
glicose a ele. Isso, mesmo em um paciente
diabético em um quadro de hipoglicemia.
Pergunta-se ao paciente se ele ficou muito tempo
sem se alimentar.
Gravidez
Não é uma doença, mas requer alguns cuidados.
Avaliação da paciente
Na gestante, para tratamento odontológico,
avalia-se a história do trimestre.
Classifica-se em 1°, 2° e 3° trimestre. O 1°
trimestre seria do 1° ao 3° mês. O 2° trimestre
seria do 4° ao 6° mês. O 3° trimestre seria do 7° ao
9° mês.
Nessa fase, avalia-se a gestante, mas também se
avalia o feto, para instituir o tratamento
odontológico.
O 1° trimestre corresponde a formação da criança;
diferenciação dos folhetos embrionários; células
indiferenciadas que começam a se diferenciar em
tecidos, estruturas. Com isso, nesse período,
qualquer alteração quer seja medicamentosa,
quer seja por causas medicamentosas, quer seja
ação dos raios ionizantes, são teratogênicos e,
com isso, deve ser tomado mais cuidados. O feto é
mais susceptível à influência teratogênica e ao
aborto. Com isso, devido a possíveis anestesias e
procedimentos invasivos, é interessante uma
avaliação e orientação da médica da paciente, mas
tem-se que eliminar a dor. Pode-se também, em
conversas com a médica da gestante, fazer o alívio
da dor naquele momento e, após o parto, realizar
o tratamento odontológico.
No 2° trimestre já estão formadas as estruturas.
Como o abdômen não adquire grandes
dimensões, conseguimos coloca-la em posição
ergonômica para o dentista. Já passou a fase toda
de diferenciação dos folhetos, não se tem mais
tanta célula indiferenciada, então seria o melhor
trimestre para se realizar o tratamento
odontológico.
O 3° trimestre já um dificultador do atendimento.
O abdômen já está grande, bem como o feto,
assim, não há posição ergonômica para o dentista;
trabalha-se numa posição que a gestante permite;
numa posição que for boa para ela. E, no final da
gestação, a gestante está mais propensa a
quadros de lipotimia, hipertensão, em função das
condições da modificação da sua estrutura, pois o
feto já atingiu grandes dimensões. Esse trimestre
oferece mais risco a gestante; ela corre maiores
riscos de desmaio, hipertensão e anemia.
Algumas complicações podem aparecer na
cavidade bucal da gestante no primeiro trimestre,
fica mais acentuada no segundo trimestre e pode
ir toda a gravidez, como a alteração gengival,
também chamada de gengivite gravídica. Pois o
distúrbio hormonal que ocorre durante a gravidez,
faz com que os tecidos periodontais fiquem mais
susceptíveis a ação d aplaca bacteriana.
Alguns casos podem ser mais severos e podem até
ter crescimentos teciduais em algumas regiões
gengivais, chamados de granulomas gravídicos.
Dependendo do tamanho que atingem, pode ser
necessário sua retirada durante a gravidez,
mesmo sabendo que a gengivite gravídica vai se
manter. E, outros podem aguardar o final da
gestação, para saber se vai ser necessária sua
retirada ou não. A maior parte é retirada.
 Sabendo que o distúrbio hormonal pode
causar gengivite, a profilaxia dentária
deve ser realizada do primeiro ao último
mês de gravidez, para não ter as
complicações da evolução da doença
periodontal.
 Tratamentos dentários eletivos (de
escolha, como o tratamento endodôntico,
mas a dor deve ser aliviada) devem ser
adiados.
 Vasoconstritores em anestésicos locais e
todos os medicamentos que causam
depressão respiratória são relativamente
contraindicados, pois necessita de uma
consulta ao médico.
 Consentimento médico para instituir
medicamentos.
Sistema
Geniturinário
Pacientes insuficiência renal aguda não é tão
importante na conduta odontológica, pois ele
apresenta cálculo renal e, a prioridade desse
paciente seria retirar esse cálculo, pois aliviaria
sua dor.
RIM
O rim participa de várias funções:
 Equilíbrio hidroeletrolítico;
 Regulação do equilíbrio ácido-base;
 Excreção de resíduos nitrogenados e
drogas;
 Metabolismo de vários hormônios – Vit. D,
prostaglandinas, eritropoietina.
Eritropoietina (EPO)
É um hormônio glicoproteico produzido
naturalmente nos seres humanos e nos animais
pelos rins e fígado (em menor quantidade).
Regula a eritropoiese, nome que se dá a produção
de células vermelhas do sangue, hemácias.
A EPO é secretada essencialmente pelo córtex
renal – aproximadamente 90% da produção.
Produção de EPO é estimulada pela baixa de
oxigênio nas artérias renais. Atua sobre as células
eritroblásticas da medula óssea, isto é, as células
precursoras dos glóbulos vermelhos por
intermediação de receptores específicos.
Se um paciente tiver comprometida sua produção
de eritropoietina, não vai formar também glóbulos
vermelhos, pois não vai estimular as células da
medula óssea que produzem glóbulos vermelhos.
Então, esse paciente vai ter um quadro de anemia
frequente.
A eritropoietina estimula a proliferação das
células-tronco precursoras de glóbulos vermelhos
(ou hemácias), ao nível da medula óssea,
aumentando a sua produção de uma a duas
semanas.
Se um paciente estiver com comprometimento
renal, ele não vai estimular a produção de células
vermelhas, que é o principal carreador de O2, com
isso, ele vai ter também um quadro de anemia.
Insuficiência Renal Crônica
O rim tem como função também de manter o
equilíbrio hidroeletrolítico. Então, pacientes com
problemas renais, normalmente possuem também
um quadro de hipertensão.
Com isso, pacientes com insuficiência renal
crônica, devem consultar o paciente quando for
realizar procedimentos nele, pois todos os
medicamentos que esse paciente faz uso, devem
ser listados no prontuário.
Deve-se consultar se esse paciente também possui
hipertensão.
Deve-se ter sempre em mente que, esses
pacientes podem ter tempo de sangramento
prolongado. A quantidade de plaquetas é
dimensionada com base na quantidade de
hemácias. Se tem paciente com pouca quantidade
de hemácias, além de um quadro de anemia
frequente com insuficiência renal crônica, ele vai
ter quantidades de plaquetas proporcionais e um
quadro de sangramento também.
O quadro de insuficiência renal crônica pode
evoluir e chegar a um ponto em que o rim não
consegue exercer mais sua função principal, que é
filtragem e excreção de bases nitrogenadas e tudo
o que não for necessário para o indivíduo e, com
isso, o paciente precisa de uma máquina que é
ligada a ele e que faz tudo o que o rim faz; uma
diálise do sangue (hemo); uma hemodiálise.
Hemodiálise
Quando o sangue sai do corpo, entra na máquina,
depois ele tem que voltar para o corpo e, para
isso, ele não pode coagular. Com isso, é acrescido
nessa máquina, uma água (de pureza obtida por
osmose reversa) e acrescido um anticoagulante a
esse paciente.
Com esse paciente, deve-se ter cuidados em se
consultar o médico responsável por ele, perguntar
os dias da diálise, pois nos dias da diálise, NÃO se
pode realizar nenhum procedimento dentário,
pois pode-se ter uma hemorragia dos tecidos
desse paciente ao mínimo toque, pois ele está
com anticoagulantes circulando em sua corrente
sanguínea.
Quanto à data do melhor dia para se realizar
procedimentos, há uma discussão grande. Alguns
autores dizem que o dia seguinte à hemodiálise
seria indicado, pois o sangue está livre de
impurezas, está com poder de regeneração
melhor, mas como pode ser necessário a
administração de anestésico, ele ficará circulando
na corrente do paciente até a próxima
hemodiálise. Outros profissionais dizem que o
melhor dia seria perto da execução da
hemodiálise. Com isso, é indicado consultar o
médico do paciente.
No paciente que faz hemodiálise, todos os
medicamentos devem ser relacionados e ele deve
receber uma profilaxia antimicrobiana antes de
realizar procedimentos dentários nele, para não
ter uma infecção secundária.
Transplante Renal
Para se receber um transplante, o paciente deve
se enquadrar dentro de vários requisitos. Além
disso, o paciente pode estar em primeiro lugar da
fila para se receber um transplante e, de repente,
ir para terceiro, pois chegaram outros casos com
prioridades, como idade, questão de
sobrevivência, entre outros.
Antes de realizar um transplante, o paciente deve
fazer TODOS os tratamentos odontológicos
necessários. Com isso, poucos pacientes
transplantados irão ao consultório odontológico
com alguma demanda.
Se o paciente transplantado precisar de
atendimento odontológico, geralmente ele vai ser
atendido no hospital que ele fez o transplante.
Mas, caso ele chegue ao consultório odontológico,
alguns cuidados devem ser tomados, como, para o
órgão transplantado não ser rejeitado, o paciente
está tomando muito imunossupressor, para
suprimir seu sistema imune e, durante o
procedimento odontológico, o médico irá fazer
uma adequação dos imunossupressores, para
fazer o procedimento odontológico. E, para não
haver infecção secundária, pois é um paciente que
está imunossuprimido, a profilaxia com
antimicrobiano é fundamental.
O médico do paciente transplantado deverá ser
consultado. Todos os medicamentos devem ser
relacionados – drogas imunossupressoras. Doses
de esteroides devem ser ajustadas e também
deve-se fazer a profilaxia com antimicrobiano.
Drogas que NÃO devem ser usadas em pacientes
com Insuficiência Renal Crônica, pacientes que
fazem Hemodiálise, e pacientes com Transplante
Renal:
 Tetraciclina: eleva os níveis de ureia;
 Aspirina e anti-inflamatórios não-
esteróides – ação antiplaquetária;
 Drogas nefrotóxicas.
Sistema Neurológico
Do ponto de vista semiológico, o sistema nervoso
passa pelo tipo de medicamento que o paciente
faz uso, pois a avaliação do sistema neurológico
aqui, não passa pelas doenças que comprometem
os movimentos ou locomoção (mov. Involuntário
ou que o paciente não consegue se mover).
 Pacientes especiais.
O sistema neurológico nesse caso, seria a
avaliação de alterações neurológicas e que são
controladas com uso de medicação. São pacientes
normais, ou seja, em termos de locomoção, não
possui problemas e nem possuem mov.
Involuntários. Ou seja, são pacientes que
trabalham e estudam e, a maior parte deles, como
as doenças neurológicas são muito
estigmatizadas, nem relatam que fazem uso de
medicação para controlar distúrbios neurológicos.
Quando não está relacionada a fisionomia do
paciente, ela pode estar relacionada a convulsão
e, ela pode ocorrer das doenças neurológicas. E,
muitas vezes, os pacientes não relatam que fazem
uso de anticonvulsionantes. Antigamente, esses
medicamentos anticonvulsionantes tinham um
importante efeito colateral na cavidade bucal, pois
causavam gengivite dilantínica, que é um
crescimento da mucosa gengival que até chegava
a cobrir a parte vestibular ou lingual dos dentes e
que frequentemente o paciente tinha que passar
por cirurgias para retirar parte dessa gengiva.
Mas, se o paciente fizesse um controle radical da
placa, essa gengivite dilantínica não se
manifestava. A partir daí, os pacientes que faziam
controle da placa não falavam que tomavam
medicamentos para o sistema nervoso e até hoje
isso se prevalece.
Mas, hoje em dia, os medicamentos para o
sistema nervoso não possuem esse efeito
colateral.
As doenças neurológicas são diversas, mas a
manifestação clínica pode ser a mesma, que é a
convulsão.
É importante o dentista saber se paciente faz uso
de medicamento para o sistema nervoso ou se já
teve convulsão, devido a frequência das crises que
o paciente pode ter, em razão ao estresse que
pode desencadear, para que o dentista não seja
pego de surpresa.
São poucos os pacientes que relatam que fazem
uso de anticonvulsivantes.
Quando a convulsão está sob controle de
remédios, pode-se tratar o paciente que ele não
irá ter nenhuma complicação, independente do
anestésico que seja escolhido.

Avaliação do Paciente com Distúrbios

Neurológicos para Tratamento Odontológico
 Tipo de alteração neurológica (muitos
pacientes associam essa alteração a
depressão, mas não é a mesma coisa);
 Tempo da doença neurológica;
 Medicamentos em uso pelo paciente;
 Para tratamento odontológico, o paciente
deve estar controlado (fazendo uso da
medicação adequada) para executar o
tratamento;
 Deve haver planejamento dos
procedimentos odontológicos, para não
submeter o paciente ao estresse, que pode
desencadear um quadro de convulsão no
paciente não controlado;
 Consultar o médico do paciente.