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DOENÇAS DE TRATO GASTROINTESTINAL I Prof.

José Aroldo Filho


goncalvesfilho@nutmed.com.br

SAÚDE ORAL
O processo de cárie começa com a produção de
O desenvolvimento dental primário ocorre nos primeiro ácidos como um subproduto do metabolismo das bactérias
trimestre gestacional, sendo o processo de mineralização da cavidade oral.
iniciado ao redor do 4º. mês e continua através dos anos
da pré-adolescência. A descalcificação da superfície do esmalte continua
até que a ação tamponante da saliva seja capaz de elevar
Os dentes são formados pela mineralização de uma o pH.
matriz protéica. Na dentina a proteína é o colágeno, já o
esmalte consiste em proteína similar à ceratina. Eventos: formação da placa, produção de ácidos e
deterioração dos dentes.
Além disso, os sais de cálcio e fósforo são depositados
em cristais de hidroxiapatita e o fluoreto, adicionado à O fluxo salivar remove os alimentos ao redor dos
hidroxiapatita, fornece resistência à cárie em ambos os dentes e por meio de um sistema tampão, neutraliza o
períodos de desenvolvimento pré e pós-natal. metabolismo ácido bacteriano.

I. CÁRIE DENTAL A produção salivar diminuída (decorrente de estado


como sono, síndrome de Sjögren, efeito colateral do jejum,
A cárie dental é um processo infeccioso evitável da secundária à irradiação do pescoço ou por uso de
cavidade oral, na qual metabólitos ácidos orgânicos medicações) é conhecida como xerostomia, e pode ser um
produzidos pelos microrganismos da cavidade oral leva à fator que auxilia à formação de cáries.
desmineralização gradual do esmalte, seguida por rápida
destruição proteolítica da estrutura dental. São medicações que causam xerostomia:
- anticonvulsivantes;
Os principais objetivos nutricionais no que diz - antidepressivos;
- anti-histamínicos;
respeitos à carie dental consistem em promover alterações
- anti-hipertensivos;
nos hábitos alimentares, privar as bactérias de substratos, - diuréticos;
reduzir a acidez bucal, manter o pH o mais neutro possível - narcóticos;
(7,0) e manter as superfícies dentárias em contato - sedativos;
constante com flúor, de acordo com a orientação de - tranqüilizantes.
dentista.
Existem diferentes padrões de cárie que descrevem a
Possui etiologia multifatorial e estão envolvidos os localização e a superfície dos dentes afetados. Mais
seguintes fatores: comuns são:
- susceptibilidade do hospedeiro;
-microrganismos como Streptococcus mutans, - cáries de raiz, acomete a superfície da raiz dos dentes
Lacotbacillus casein, Streptococcus sanguis. secundários à retração gengival, é o principal padrão de
- presença de CHO fermentáveis; cárie em idosos.
- tempo para fermentação até pH <5,5.
A retração gengival é decorrente de doença periodontal.
Fatores relacionados à cariogenicidade: Essa superfície radicular não possui esmalte sendo mais
vulneráveis.
 ALIMENTOS CARIOGÊNICOS  diminuem o pH<5,5,
produzindo ácidos. Ex: caramelos e balas.
- cáries linguais, acomete a superfície voltadas para a
 ALIMENTOS CARIOSTÁTICOS  não são
língua (visto muito em pacientes com vômito induzido).
metabolizados pela placa e não diminuem o pH para níveis
<5,5. Ex.: proteínas e gorduras.
O uso do fluoreto é o agente anticárie disponível mais
 ALIMENTOS ANTICARIOGÊNICOS  impedem a placa efetivo. Mecanismo de ação:
de reconhecer o alimento. EX.: gomas de mascar ricas em
poliálcool (manitol, xilitol).
- é incorporado no esmalte e na dentina, formando a
 Líquidos  limpeza; fluorapatita, junto com o cálcio e fósforo, sendo mais
 Fibra (celulose)  limpeza e irrigação; resistente à ação ácida;
 Consistência  líquida é menos cariogênica que a - produz a remineralização das superfícies dentais com
normal (tempo de aderência menor); lesões de cáries iniciais;
 Seqüência e combinação de alimentos; - ajuda a deter os efeitos prejudiciais das bactérias na
 Higienização; cavidade oral, interferindo na ação de ácidos.
 Aderência à superfície dos dentes;
 Substrato adequado e dente suscetível; CUIDADO PREVENTIVO
 Fatores dietéticos de prevenção.
Em tratamento clínico-nutricional das cáries, e.
A dieta deve ser normoglicídica, sem concentração alimentos anticariogênicos, inclui-se os queijos Cheddar
de sac arose, normolipídica, normo a hiperprotéica (0,8 – envelhecido, Monterey Jack e suíço, em função da
caseína, cálcio e fosfatos encontrados nos queijos. Além
1,2g/kg).
disso, gomas de mascar ricas em alcoóis de cinco
carbonos, como o xilitol, também possuem efeito protetor.
Aumentar a ingestão de líquidos. Fibras em especial
celulose. Aumentar o fracionamento e diminuir o
volume. Temperaturas sem extremos.
1
volume. Temperaturas sem extremos. Condimentos
diminuir, inclusive sal e alimentos picantes. Ácidos e
bebidas gasosas – evitar.

VI.CÁRIE DE PRECOCE DA INFÂNCIA (MAMADEIRA)

A cárie de mamadeira descreve o padrão de


alimentação por mamadeira, devido à alimentação
prolongada, rica em açúcar, preferencialmente à noite.
Acomete os dentes anteriores superiores de menores de 2
anos.

As características incluem lesões de cárie e presença


de lesões nas superfícies dos dentes não associadas com
alto risco de cáries. O tratamento consiste em dieta e
educação nutricional de pais e provedores de cuidados.
II. GENGIVITE
VII.EDÊNTULOS
A gengivite é uma forma precoce de inflamação e
infecção da gengiva ao passo que a periodontite é A terapia nutricional tem como objetivo proporcionar
decorrente da perda gradual da ligação do dente ao osso. consistência adequada para alimentação do paciente com
O fator etiológico é a placa bacteriana. Um dos fatores ausência de dentes ou em uso de próteses removíveis, o
etiológicos é a presença da placa no sulco gengival, que inclui alimentação de branda a pastosa.
produzindo toxinas que destroem o tecido e levam às
perdas dentárias. A falta de vitamina C, folato e zinco
aumenta a permeabilidade da barreira gengival no sulco VIII.CÂNCER DE BOCA
gengival, aumentando a suscetibilidade para doenças
periodontais. Normalmente, a mastigação, deglutição, salivação e
paladar são afetados. Extensas cáries dentárias (cáries de
 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2 – 1,4g/kg radiação), necroses ósseas (osteorradionecrose) e
- promover a cicatrização, atender às necessidades infecções por patógenos oportunistas podem ocorrer.
aumentadas – inflamação, infecção e febre) e Quando a QT é instituída como tratamento, podem ocorrer
normoglicídica (sem concentração de sacarídeos náuseas, vômitos e anorexia. Deve-se monitorar a disfagia,
simples para evitar fermentação e dada a sua dificuldades de mastigação, prevenir a desnutrição,
cariogenicidade), lipídeos normais. adaptar a dieta aos efeitos indesejáveis do tratamento QT,
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas RT e/ou cirúrgico.
(Vitamina C, A e complexo B).
 Temperatura: morna a fria, sem extremos.

III.GLOSSITE

 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2g/kg) e


normoglicídica (sem concentração de sacarídeos
simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade), lipídeos normais.
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas
(complexo B).
 Temperatura: ambiente a fria, sem extremos.
 Evitar bebidas carbonatadas.

IV.QUEILOSE

 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2g/kg -


promover a cicatrização, atender às necessidades
aumentadas) e normoglicídica (sem concentração de
sacarídeos simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade), lipídeos normais.
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas
(complexo B).
 Temperatura: morna a fria, sem extremos.
 Evitar bebidas carbonatadas.

V.MUCOSITE E ESTOMATITE

A dieta deve ser normoglicídica, sem concentração


de sacarose, normolipídica, normo a hiperprotéica (1,0 –
1,2g/kg).

Aumentar a ingestão de líquidos. Fibras abrandadas


pela cocção. Aumentar o fracionamento e diminuir o

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 Ingestão de churrasco (Dan, 2009)

Fatores de risco não nutricionais:

 Tabagismo e alcoolismo (Efeito Sinégico!)


 Exposição prolongada aos raios de sol.
 Má higiene bucal (Dan, 2009)

Fatores de Preventivos para Câncer de Cabeça e


Pescoço:

Dieta rica em vitaminas A, C e E, consumo freqüente


de frutas e verduras cruas, laticínios e óleos vegetais :
EFEITO PROTETOR!

Tratamento: Ressecção cirúrgica - preferencial,


irradiação regional ou quimioterapia.

Efeitos Nutricionais dos Tratamentos:

Tratamentos antineoplásicos para carcinoma de


cabeça e pescoço como a radioterapia, pode promover
significativa perda de peso, com consequente má nutrição,
desidratação, internação hospitalar, redução da eficácia do
tratamento, redução na qualidade de vida e da sobrevida
(Dan, 2009).

Estudos demonstraram associação entre o IMC e a


evolução clínica nesses pacientes. Pacientes com o IMC >
a 25 Kg/m² obtiveram melhor resposta ao tratamento.
Portanto o IMC pode ser um importante indicador a ser
considerado na avaliação clínica para determinar o
tratamento antineoplásico mais adequado para os
DOENÇAS DA BOCA E OROFARINGE pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
 CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO A ressecção radical e a reconstrução cirúrgica para
tratamento do câncer oral, faringe e laringe
Tipo de câncer que é mais comum em homens (3x frequentemente reduz a capacidade dos pacientes para
mais que em mulheres) e na população asiática. Local alimentação com ingestão oral adequada e, dependendo
mais afetado é a laringe, seguido da cavidade oral, faringe da técnica cirúrgica utilizada, é necessário repouso oral por
e glândulas salivares (Chemin). tempo variado, que pode chegar a 30 dias se ocorrer
complicações (Dan 2009).
O diagnóstico geralmente é tardio (Dan, 2009). A
maioria dos pacientes já apresenta perda de peso e Se o paciente com câncer oral for incapaz de comer
desnutrição, causados pela dificuldade de alimentação por períodos prolongados, o suporte nutricional pode ser
decorrente da massa tumoral, obstrução, infecção e fornecido por alimentação através de sonda, se o resto do
ulceração oral, ou alcoolismo (Krause). trato GI permanecer funcional. Alimentação por
gastrostomia pode ser utilizada se a alimentação de longo
prazo por sonda for necessário. Se a alimentação oral for
Pode ser classificado de acordo com a sua localização possível após a cirurgia, as recomendações alimentares
(Chemin): gerais incluem alimentos líquidos e tenros, de fácil
mastigação e deglutição e refeições frequentes de
Orofaringe: Base de língua, amígdalas, palato mole, úvula densidade calórica relativamente elevada. São preferíveis
e paredes da faringe; carboidratos complexos aos açúcares simples (Krause
Nasofaringe: Parte posterior da cavidade nasal e as 2010).
paredes da faringe. Inferiormente, a nasofaringe termina
formando uma linha imaginária abaixo do palato mole. Devido à localização da neoplasia ocorrem
Hipofaringe: Menos comum a ocorrência de neoplasia. problemas com a mastigação, secreção de enzimas pelas
glândulas salivares e deglutição dos alimentos, associados
Fatores de Risco para Câncer de Cabeça e Pescoço: aos efeitos da radioterapia (cáries dentárias,
osteorradionecrose e infecções locais) e da quimioterapia
Fatores de risco nutricionais: (náuseas, vômitos e anorexia).

 Alto consumo de alimentos defumados ou tratados Aspectos fisiopatológicos no pós –operatório:


com sal e nitritos: > relação com Ca de nasofaringe.  Resposta inflamatória, dor e imobilidade
(Chemin)  Substituição estrutural da mucosa
 Alto consumo de carnes vermelhas (suínas e  Alteração da motilidade do EES
processadas), ovos, manteiga e gorduras totais: >  Redução da função motora e sensitiva da boca.
relação com Ca de cavidade oral, orofaringe e laringe.
(Chemin) Objetivos da terapia Nutricional:
 Uso da erva-mate (Chimarrão) é outro fator de risco  Prevenir e corrigir perda de peso e desnutrição
para câncer de orofaringe. (Chemin e Dan, 2009)  Favorecer a cicatrização da incisão cirúrgica

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 Facilitar ingestão adequada (realizar modificações) DOENÇAS DO ESÔFAGO
 Evitar broncoaspiração.
Os distúrbios do esôfago podem ser causados por
Tabela 1 – Indicação e recomendações de NE no pós - transtorno do mecanismo de deglutição, obstrução,
operatório de ressecções de Boca, orofaringe e esôfago inflamação ou função anormal do esfíncter. (Krause)
(Dan, 2009). As doenças mais freqüentes são as doenças do
refluxo gastroesofágico e a hérnia hiatal. (Chemin)

 DISFAGIA (Dan 2009 / Chemin 2011)

Definição:

Desordem na deglutição e/ou potencial desabilidade


em deglutir com prejuízos na segurança, eficiência e
na qualidade de comer e beber.

É uma das queixas mais freqüentes dos pacientes


com afecções do TGI alto, principalmente os cirúrgicos,
além de odinofagia e refluxo gastroesofágico.

Os objetivos da dietoterapia para pacientes com


disfagia são:
 Prevenir a aspiração e sufocação;
 Facilitar uma alimentação e deglutição segura e
independente;
 Melhorar e/ou manter o estado nutricional e a
hidratação.

A adaptação da dieta visa:


 Atingir as necessidades calórico-proteicas;
 Minimizar os sintomas e dor e/ou desconforto.

A deglutição acontece em três fases:


1- Oral
 AMIGDALECTOMIA (Krause) 2- Faríngea
3- Esofágica
As amígdalas são tecidos linfáticos e fazem parte do
sistema imunológico; As cirurgias, atualmente, são pouco Embora, a doença esofágica conduza o raciocínio de
freqüentes. focar apenas na fase 3, é demonstrado que os outros
segmentos também podem apresentar algum
Objetivos da amigdalectomia (tonsilectomia): comprometimento. Na doença esofágica com presença de
 número e freqüência de infecções do ouvido, disfagia/odinofagia a conduta é:
amigdalites e sinusites.  Modificação na textura se necessário;
 Indicação de suplementos nutricionais.
Conduta nutricional
 Preferir: alimentos frios, tenros, sabor suave e A utilização de modificadores de consistência, além de
consistência amolecida e úmida - proteção contra favorecer a deglutição, aumenta o aporte calórico e diminui
sangramento; o risco de aspiração.
 Primeiras 24h: Utilizar alimentos de melhor
aceitação como: bebidas lácteas (leite, leite maltado De acordo com o Dan, a textura é modificada de
e gemadas), sorvete, pêra e pêssego ou damasco; acordo com o grau de disfagia, como:
 No 2º dia: Introdução de líquidos mornos e
alimentos macios, após este período introdução de Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4
alimentos quentes. Normal
 Dieta normal instituída de 3 a 5 dias. Grau de Grau de Grau de Qualquer
purê: purê, alteração maciez: alimento
 CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAIS (Chemin) preparações mecânica: Sólidos de
homogêneas Semi-sólidos, macios, textura
Impossibilidade variável de mastigação no pós- e pudins frutas e carnes, frutas e sólida
operatório por período variável: em torno de 10 dias. No vegetais vegetais
pós-op. o paciente pode apresentar náuseas e vômitos por
deglutir muita quantidade de sangue. Quando a doença esofágica está acompanhada da
desnutrição (perda ponderal >10% do Peso Habitual por
Conduta Nutricional período  a 6 meses) torna-se necessária a associação de
 Aumentar fracionamento; outras vias para administração de nutrientes e calorias
 Fornecer via oral líquida (suplementada e (sondas nasoenterais ou ostomias).
incrementada para atingir o VET) ou enteral com
o uso de sondas passadas durante a cirurgia;  Chemin 2011, tendo em vista que a disfagia
 A partir da possibilidade de mastigação a orofaríngea afetará principalmente a ingestão de líquidos,a
consistência da dieta deve progredir até geral. preocupação com a oferta hídrica é um ponto importante.
A reposição via enteral ou endovenosa, deverá ser
considerada.

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Deve ser avaliada a textura e a viscosidade dos
líquidos ingeridos. A maior preocupação com pacientes com refluxo de
A viscosidade é um aspecto importante da longa duração é o desenvolvimento do esôfago de Barrett
alimentação oral, uma vez que expressa a resistência do (células que recobrem a parte distal do esôfago se tornam
líquido ao fluxo. Líquidos espessados podem ser anormais e pré-malignas), que é responsável pela
utilizados, pois permitem melhor controle oral sobre o bolo incidência crescente de Adenocarcinoma de esôfago
alimentar e proporcionam um tempo maior para que o (Krause).
reflexo da deglutição seja desencadeado. Líquidos ralos
tendem a ser aspirados. A disfagia que ocorre no refluxo depende do tamanho
do bolo alimentar, do diâmetro luminal, da contração
Classificação dos líquidos conforme viscosidade: peristáltica, da inibição da deglutição e do relaxamento e
- Ralo: líquidos regulares, sem alteração (ex: leite); contração do EES e EEI, e pode ser classificada como
- Néctar: líquidos levemente espessados, mas finos o orofaringeana (alterações da deglutição) e esofagiana
suficiente para poder ser ingeridos aos goles, sem colher (Tipo obstrutiva - diminuição do lúmen esofageano e tipo
(ex: leite batido com fruta e mingau ralo); motora - alteração da peristalse ou no EEI). (Chemin)
- Mel: líquido espessado que deverá ser consumido com
colher (ex: mingau grosso); Fatores causais da esofagite AGUDA: Ingestão de agente
- Pudim: apresentam aparência sólida, devem ser corrosivo, radiação, inflamação viral e intubação. A, Krause
consumidos com colher, mas rapidamente desfazem-se na (2010) coloca os fatores causais descritos abaixo
boca (ex: flan). (esofagite crônica) como fatores causais da esofagite
aguda.
 ACALÁSIA (Cuppari, 2005)
Fatores causais da esofagite CRÔNICA/REFLUXO: Hérnia
Também chamada de dissinergia esofágica é um hiatal, pressão reduzida do EEI, tabagismo, pressão
distúrbio da motilidade do esôfago inferior. A destruição do abdominal aumentada, esvaziamento gástrico retardado e
plexo de Auerbach causa diminuição da inervação vômitos recorrentes (Krause).
colinérgica da musculatura esofágica. Isso leva a
hipertonia e não relaxamento do esfíncter esofagiano * O fumo e o uso crônico de aspirina ou AINES
inferior, resultando em disfagia e dificuldade de deglutição. também podem aumentar o risco de esofagite em pessoas
A tendência é que a disfagia piore, permitindo somente a suscetíveis (Krause).
passagem de líquidos.
Fatores que influenciam a pressão do EEI: esclerodermia,
Durante a alimentação, o esôfago passa a acumular tabagismo, dietas e relaxantes da musculatura lisa,
os líquidos ingeridos e com a pressão da gravidade ocorre gestação, anticoncepcionais orais(progesterona) e estágio
a abertura do EEI, com a passagem de pequenos volumes final do período menstrual (Krause)
para o estômago.
Fatores que interferem na GRAVIDADE da esofagite:
Toda esta dificuldade em alimentar-se provoca piora Composição, freqüência e volume do refluxo gástrico;
do estado nutricional. A dieta deve ser hipercalorica, resistência da mucosa; velocidade de esvaziamento do
hiperprotéica e a consistência adequada ao grau de esôfago e velocidade de esvaziamento gástrico (Krause)
disfagia. Se houver disfagia para líquidos  iniciar nutrição
enteral Recentemente foram descritas diferenças entre
DRGE erosiva e não erosiva e DRGE diurna e noturna. A
 REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) E DRGE erosiva noturna é considerada associada a
ESOFAGITE sintomas mais graves e mais prolongados. A DRGE
noturna está relacionada a alteração da fisiologia e
O refluxo do conteúdo gástrico para o esofago ocorre anatomia durante o sono por diminuição das secreções
geralmente em indivíduos saudáveis e alguns até salivares e da deglutição, diminuindo a motilidade GI e
apresentam sintomas clássicos como azia periodicamente. exposição prolongada a ácidos e posição supina (Krause).
Entretanto, de 7% a 8% da população apresenta azia
diária, resultante do refluxo freqüente do conteúdo Tratamento Nutricional
gástrico, e algumas vezes duodenal, para o esôfago
(Krause). Objetivos: (Krause e Cuppari, 2005)
1- Prevenir o RGE
Os fatores predisponentes envolvem a hérnia hiatal,
2 - Evitar dor e irritação da mucosa
os hormônios envolvidos com a gravidez e
3 - Diminuir a acidez das secreções gástricas.
anticoncepcionais orais (progesterona), a obesidade, a
4 - Corrigir e manter o peso ideal.
úlcera péptica com a presença da bactéria Helicobacter
pylori , a esclerose sistêmica progressiva e o uso de
Objetivos: (Chemin)
antiinflamatórios não esteróides (Chemin).
1 - Recuperar o estado nutricional;
2 - Promover educação nutricional;
O quadro clínico cursa com pirrose, disfagia
3 - Evitar o refluxo gastroesofágico;
regurgitações, dor retroesternal baixa ou atrás do apêndice
4 - Evitar a progressão das lesões já presentes;
xifóide co irradiação e sialorréia (Chemin). E ainda
5 Minimizar ou evitar os efeitos colaterais e as
eructações e espasmo esofageano (Krause).
interações droga – nutriente.
Manifestações como irritação da faringe, pigarro,
rouquidão e agravamento de sintomas asmáticos também
podem ocorrer (Krause).

Doença prolongada esofagite (inflamação do


esôfago),erosão, ulceração, hemorragia, perfuração,
estenose e disfagia.

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Características da Dieta:

CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL


Krause  Fase aguda, esofagite grave: evitar líquidos
Consistência da dieta Cuppari e Chemin 2011  Fase aguda: líquida ou semi-líquida, com evolução até geral com melhora da disfagia

Dan  Até 10 refeições/dia


Fracionamento Cuppari e Chemin 2011  6 a 8 refeições ao dia de pequenos volumes
Chemin  Aumentado  evitar a distensão, o desconforto e o  da pressão abdominal
Volume Chemin  Diminuído e concentrado, evitando a distensão intra-abdominal e a estimulação do acido gástrico.
Temperatura Dan  mornas, evitando-se extremos
Chemin  Normal, de acordo com a preparação.
Líquidos Cuppari e Chemin 2011 Entre as refeições

Cuppari  Suficiente para manter o peso ideal, se necessário promover a perda de peso
VET Chemin  ANP, evitando a obesidade, com o intuito de  a pressão intra-abdominal e, com isso,  a pressão
do EEI, que resultará em diminuição do refluxo.
Lipídios Cuppar e Chemin 2011  Hipolipídica (< 20% das calorias totais)
Cuppari  Colecistoquinina e secretina  pressão do EEI (Obs.: gastrina  pressão do EEI)
Proteínas Chemin  Hiperprotéica, em decorrência da liberação de gastrina, que auxiliar no  da pressão do EEI e na
cicatrização.
Sacarídeos Chemin  Normo tendendo a hipoglicídica, para evitar a fermentação e o desconforto abdominal.
Vitaminas Chemin  ANP e às interações com fármacos.
Minerais Chemin  ANP, dando importância ao ferro, em decorrência da interação medicamentosa que pode causar
anemia (antiácidos).
Evitar medicamentos Teofilina
que  pressão do EEI -adrenérgicos
(Chemin)
Diminuem a pressão EEI: gorduras, álcool e carminativos (hortelã e menta), refeições grandes e de alto teor de
gordura (Krause e Dan). Segundo Cuppari/ Chemin 2011: café, mate, chá preto, chocolate. Apenas Cuppari:
teobromina e xantinas.

Irritam a mucosa inflamada: frutas cítricas, sucos cítricos, tomate (Cuppari, Dan, Chemin 2011), refrigerantes,
condimentos (pimenta vermelha e do reino). Em raras condições: alimentos ásperos (batatas fritas, bolachas
crocantes e cascas secas)

Excluir alimentos que: Estimulam secreção ácida: café, bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja e vinho), chocolate, refeições volumosas
ricas em gordura e proteínas (Krause) Segundo Cuppari e Chemin, alimentos com alto teor de purinas (consome de
carne)

Acentuam o refluxo (Dan): álcool, alimentos xantinados (chocolate, café, chá-mate ou preto), bebidas alcoólicas,
licorosas, principalmente à base de menta e hortelã, alimentos e preparações gordurosas.
OBS: Estes alimentos devem ser evitados e quando consumidos devem ser acompanhado de outros alimentos (Dan)

Chemin  Caldos concentrados em purinas  excitantes da mucosa GI,  secreção ácida.


Infusos concentrados   pressão do EEI e são excitantes da mucosa GI,  secreção ácida e produzem
dispepsia.
Alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos e fermentáveis  para evitar distensão abdominal, desconforto e
 da pressão intra-abdominal.
Refrigerantes a base de cola, chocolate, suco de laranja, tomate e carminativos (hortelã e menta)   pressão
do EEI.
Café e bebidas alcoólicas   secreção ácida.

Optar por alimentos que: Dan e Chemin  Evitam o refluxo: leite desnatado (libera gastrina e  pressão EEI)

Evitar ficar deitado após as refeições, elevar a cabeceira  evitar refluxo, aspiração e outras complicações
(Cuppari/Chemin)
Elevar cabeceira da cama em 10 a 15 cm, para diminuir a probabilidade do refluxo noturno(Krause, 2010)
Fazer refeições até/ 3 a 4 horas (Krause, 2010)) / 02 horas (Cuppari) antes de dormir (medida mais eficaz)
Evitar usar roupas apertadas  aumentam a pressão intra-abdominal e diminuem a pressão do EEI (Cuppari /
Chemin)
Modificação Evitar o tabagismo (reduz a pressão do EEI) (Krause / Chemin) Chemin fala ainda que  o refluxo,  resposta
comportamental secretora à gastrina,  a habilidade da cimetidina e de outros fármacos usados para diminuir a secreção ácida
noturna.
Evitar a obesidade e se apresentar excesso de peso, emagracer (Cuppari e Krause, 2010)
Evitar atividade física vigorosa após alimentar-se  diminui a pressão do EEI (Krause/Chemin)
Manter horários regulares de alimentação, para não comer demais (Cuppari)
Antagonistas de receptor de histamina-2
Tratamento clínico Inibidores da bomba de prótons – (Tratamento mais eficaz)
(Krause) Antiácidos
Agentes pró-cinéticos – São usados em pessoas com retardo do esvaziamento gástrico.
Tratamento cirúrgico Fundoplicatura (Pacientes com doença grave que não responderam ao tratamento medicamentoso após 3 a 6 meses)

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Resumindo, segundo a KRAUSE (2013)  Além da  CÂNCER DE ESÔFAGO (Dan 2009)
modificação comportamental, que inclui comer dentro de 3
a 4 horas antes de se deitar, deitar após as refeições, Pacientes com câncer avançado de esôfago
evitar roupas apertadas e evitar o tabagismo, fique atento: desenvolvem disfagia progressiva e persistente e, por isso,
podem desenvolver desnutrição.
Para diminuir a EVITAR:
exposição do  Refeições grandes O tratamento de eleição para câncer de esôfago é a
esôfago ao conteúdo  Gordura da dieta ressecção cirúrgica acompanhada, quando indicado, por
gástrico RT e QT pós – operatória. Essas terapias também podem
 Álcool
ser utilizadas no pré – operatório para reduzir a massa
Para diminuir a EVITAR tumoral a ser removida.
acidez das  Café
secreções gástricas  Bebidas alcoólicas Tratamento cirúrgico: esofagectomia total ou distal +
fermentadas remoção do nervo vago + gastrectomia proximal.
Para prevenir dor e a  Evitar qualquer alimento que
irritação Complicações mais comuns:
piore os sintomas
Deiscência de sutura e vazamento pela anastomose
Estenose da anastomose
 HÉRNIA HIATAL Retardo do esvaziamento gástrico, devido a vagotomia
Fístula esofágica
Provocada por uma protrusão de parte do estômago Quilotórax (acúmulo de líquido quiloso no espaço pleural)
sobre o músculo diafragmático, causando um alargamento
da abertura diafragmática, deixando o esôfago passar e se Recomenda-se, sempre que possível, a inclusão de
juntar ao estômago (Chemin). A presença de hérnia de gastrostomia ou jejunostomia no ato cirúrgico.
hiato não é sinônimo de RGE, ela apenas aumenta o risco
(Krause). Quando iniciada a dieta via oral, esta deve ser:
 Composta por alimentos “pouco fermentativos” como:
Tipos de Hérnia Hiatal: chá, ovo quente, gelatina, sopas e sucos;
 Fracionamento de 5 ou mais refeições,
 Deslizamento (mais comum)  Consistência líquida e sua evolução de acordo com a
 Paraesofágica tolerabilidade do paciente, entretanto a dieta de
consistência pastosa homogênea parece ser melhor
tolerada por estes doentes.

Quando o repouso da região da anastomose exigido for


superior a 10 dias:
 Realizar uma jejunostomia no ato cirúrgico.
 A dieta via jejunostomia deverá ser mantida até que o
doente atinja 60% das necessidades diárias via oral.

Atenção! Alguns parágrafos adiante, Dan coloca: A


transição completa para a via oral dependerá da sua plena
aceitação, ou, no mínimo de 75% das suas necessidades
pela via oral.
Fig 1. Hérnia Hiatal por deslizamento e paraesofágica
 O desmame da dieta enteral deve ser lento e quando a
Fatores envolvidos (Chemin): nutrição parenteral estiver associada esta deverá ser
suspensa assim que houver provisão adequada de
1 - Incopetência do hiato diafragmático (velhice – fouxidão nutrientes pela via digestiva.
do tecido). Combinado ao:
De acordo com Dan, deve-se atingir pela via oral e/ou
2 - Aumento da pressão intra-abdominal (Obesidade, enteral de 1000 a 1500kcal/dia e aproximadamente 60g de
constipação, gravidez, vômitos persistentes e etc.) proteínas, ou, fornecimento de 2/3 das recomendações
Os pacientes podem ou não apresentar sintomas. Quando diárias.
ocorrem, são semelhantes aos do RGE e esofagite,
podendo apresentar, ainda, soluço, hematêmese e Os pacientes que são impedidos de utilizar a via oral
melena, dispnéia, tosse, vertigem, taquicardia e palpitação devido a presença de anastomoses pós-cirúgicas, podem
apresentar maiores dificuldade para a realimentação oral,
A terapia nutricional é similar àquela para RGE e devido a problemas adaptativos cirúrgicos e a ansiedade
esofagite. Os objetivos do tratamento dietoterápico são:  do paciente. Entretanto, as dietas de consistência “única”,
pressão intra-abdominal e o peso corporal, dificultando o homogeneizada parecem ser melhor toleradas do que as
RGE, evitar elementos excitantes e irritantes,  pressão do de consistência variada (Ex: sopa em pedaços).
EEI, facilitar o esvaziamento gástrico e modificar o seu
conteúdo com dieta semelhante à da esofagite (Chemin). Recomendações para estes pacientes:
O tratamento cirúrgico não é sempre indicado; o controle
com medicações e dieta é o tratamento preferido.  Chupar balas, pirulitos para reestimular o processo
de deglutição;
 Utilização de mamadeira também poder ser indicada na
dependência da idade e/ou consentimento do paciente;
 Postura ereta durante a alimentação

7
Esquema de realimentação pós esofagectomia (Cap): gastroesofágico, gastrite, úlcera péptica, esvaziamento
Repercussão Nutricional da cirurgia digestiva para o gástrico retardado, doença de vesícula biliar ou câncer.
tratamento do Câncer – Dan, 2009):
1º ao 8º dia – Nutrição enteral via jejunostomia Terapia Nutricional:
8º ao 10º dia - Realizar deglutograma. Se liberado, iniciar
VO com dieta líquida ou líquida sem resíduos. Quando a dispepsia não está relacionada a um
10º dia em diante (sem complicações) – Evoluir dieta para processo patológico específico, alterações na dieta e no
papa, pastosa e branda. Hipercalórica, hiperproteica e estilo de vida podem amenizar os sintomas.
suspender jejunostomia quando VO atingir necessidades
nutricionais do paciente.  Evitar volumes excessivos de alimentos, elevado
consumo de gordura, açúcar, cafeína, especiarias
Krause adiciona: Nas cirurgias de boca e esôfago, se a via e álcool.
oral for possível após a cirurgia:  Alimentar-se lentamente;
 Mastigar bem os alimentos;
- Utilizar alimentos líquidos ou de textura macia e úmidos  Não beber e comer em excesso;
para facilitar mastigação e deglutição;  Associar suporte emocional;
 Limitar bebidas alcoólicas;
- Refeições frequentes e pequenas, com alta densidade  Realizar refeições frugais e dietas com baixa DC,
calórica; associando com exercícios leves (aumentam o
movimento dos alimentos através do TGI e
- Preferir carboidratos complexos aos simples; aumenta a sensação de bem-estar) (Krause,
2010).
- Usar solução de saliva artificial ou aumentar consumo de
líquidos para evitar a boca seca.  GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA
- Para melhorar a variedade da dieta, utilizar frutas
Rompimento da integridade da mucosa ocasionada
liquidificadas;
por anormalidades infecciosas, químicas ou neurais.
Causa mais comum: Infecção por Helicobacter pylori.
- Realizar bochechos com solução salina para melhorar a
mucosite, e anestésicos tópicos para aliviar a dor.
Apenas 10 a 15% daqueles infectados pelo organismo
desenvolvem ulceração sintomática.
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
Características do H. pylori (Dan e Krause):
Vários elementos podem provocar danos à barreira
 Bactéria gram-negativa, flagelada;
mucosa gástrica. Em relação aos alimentos, observa-se
 Resistente ao meio ácido;
que:. (Chemin)
 A colonização é feita abaixo da superfície mucosa
- Ocorre produção de UREASE (produz amônia,
 Alimentos muito quentes  levam à congestão
alcalinizando os arredores imediatos).
da mucosa gástrica,  a secreção ácida e  o
 Induz inflamação por resposta imune humoral e
tempo de esvaziamento gástrico; sistêmica.
 Condimentos picantes   secreção ácida e  Libera citotoxinas que destroem o epitélio;
causam irritação na mucosa;  Relaciona-se com a gênese do câncer gástrico
 Pimenta vermelha e páprica  contém
capsaína (irritante da mucosa,  secreção ácida e Os fatores que afetam a ocorrência e a gravidade dos
leva a perda de potássio); sintomas são:
 Pimenta preta  produz irritação gástrica,   Idade do paciente no início da infecção;
secreção ácida e dispepsia;  Concentração dos organismos e sua cepa
 Pimenta chilli e mostarda  produzem eritema específica;
e lesão gástrica;  Estilo de vida;
 Carboidratos concentrados  estimulam  Saúde geral do paciente.
osmorreceptores, gerando retardo no
esvaziamento gástrico; A erradicação do organismo resulta na eliminação
 Alimentos ricos em gordura   do do estado inflamatório e dos sintomas (Krause)
esvaziamento gástrico;
 Distensão excessiva do estômago ou duodeno O uso crônico de aspirina ou outros AINES,
 ocasiona inibição do esvaziamento gástrico; esteróides, abuso de álcool, substâncias erosivas, tabaco
 Fatores psicossomáticos ou estímulos também podem comprometer a integridade da mucosa
ambientais  podem diminuir ou aumentar a gástrica. A nutrição e a saúde geral precárias podem
motilidade gástrica (por vias eferentes simpáticas contribuir para o início e a gravidade dos sintomas e da
e parassimpáticas). cicatrização.
 INDIGESTÃO e DISPEPSIA (Krause)
Relembrando...
Células parietais  Produzem HCl e FI.
Definidas como desconforto do trato gastrointestinal
Células principais  Produzem pepsinogênio
superior com sintomas de dor abdominal vaga, inchaço,
convertido em pepsina na presença de HCl.
náusea, regurgitação e eructação.
Epitélio superficial  Revestido de células que
O retardo do esvaziamento gástrico e o aumento da
secretam Muco e HCO3.
sensação de enchimento são características comuns do
problema (Krause, 2010).
Três substâncias agem sobre os receptores das
Células parietais estimulando a secreção de ácido:
Os sintomas prolongados podem estar relacionados
ACETILCOLINA, HISTAMINA e a GASTRINA.
com problemas subjacentes, como o refluxo

8
Células G  Produzem gastrina. o Aguda Corrosiva  Provocada pela ingestão de
substâncias corrosivas como álcalis e ácidos,
Estímulos: Aumento do Ph Gástrico e presença de em geral, acompanhada de esofagite aguda
proteínas. A inibição da Gastrina pelo HCl é mediada pela corrosiva.
somatostatina – produzida pelas células D (ficam lado a
lado com as células G). Sintomas: dor em queimação, náuseas e vômitos, diarréia,
rigidez abdominal, sede intensa, prostração e choque.
Fatores de Defesa da Mucosa Gástrica e Duodenal:
MUCO  Aumenta com a distensão gástrica Tratamento: Dieta via oral zero e, depois da fase aguda,
Contém bicarbonato e é produzido pela ação dieta semelhante à úlcera, hidratação venosa, analgésico,
das prostaglandinas. sedativo, antiácido.

BICARBONATO  Fica retido entre a mucosa e a camada o Aguda tóxica  desencadeada pelo uso de
de muco. drogas à base de salicilatos, barbitúricos e etc.

RENOVAÇÃO CELULAR  Repara células Crônica  Inflamação difusa ou parcial da mucosa


comprometidas e evita a progressão da lesão. gástrica, com o antro sendo o local primariamente
atingido. Divide-se em superficial (pressão e
FLUXO SANGUÍNEO  Nutre o epitélio e remove o ácido empachamento, anorexia, náuseas, vômitos, pirose);
que poderia se difundir através da Mucosa. atrófica (indisposição gástrica, anorexia, náuseas e
vômitos, podendo ou não haver dor, hematêmese);
PROSTAGLANDINAS  Estimula a formação do Muco, a hipertrófica (dispepsia, pirose, edema,
síntese de bicarbonato, o fluxo sanguíneo e a regeneração hipoalbuminemia, hipersecreção gástrica).
da Mucosa.
Tratamento – Superficial – antiespasmódico, antiácido e
TIPOS DEGASTRITE (Krause) regulador fisiológico digestivo (SOS).
Atrófica – regulador fisiológico digestivo,
 Gastrite aguda: Rápido início da inflamação e antiespasmódico e sedativo ou tranqüilizante (SOS).
sintomas; Hipertrófica – antiácido, regulador fisiológico
digestivo, anitespasmódicos e sedativos ou tranqüilizantes
 Gastrite crônica: Pode ocorrer durante meses ou (SOS).
décadas, com redução e exacerbação dos sintomas.
Especial  após gastrectomia. Ocorre diminuição
A gastrite crônica, comum em idosos, resulta em da capacidade gástrica, gerando saciedade precoce,
atrofia e perda das células parietais do estômago, sendo perda de peso e desnutrição.
caracterizada pela perda de secreção de ácido clorídrico e
do fator intrínseco. Os pacientes podem apresentar baixos Tratamento – Pós-gastrectomia: Alimentação em baixo
níveis de B12 e/ou altos de homocisteína, devendo-se volume e suplementação via parenteral (SOS) de K em
então avaliar os níveis de séricos de B12. Considera-se solução fisiológica, vitamina A (30.000 UI), B1 (3 mg), B2
ainda, que este tipo de gastrite possa ter origem auto- (5mg), C (200mg), etc.
imune, porém grande parte esteja relacionada à infecção a Anemia perniciosa: suplementação de B12
longo prazo por H. pylori. (Cuppari e Krause) (100 g) e ferro (20mg).
Pseudotumoral: semelhante à da úlcera.
Sintomas da gastrite: Pode apresentar vários sintomas,
incluindo: náuseas, vômitos, mal-estar, anorexia, Conduta Dietoterápica (Chemin)
hemorragia e dor epigástrica.
Varia de acordo com a etiologia e os sintomas. Deve ser
Tratamento Médico: adaptada ao medicamento em uso e tem como objetivos:
 Erradicação dos organismos patogênicos, como
H. pylori e remoção de qualquer agente  Recuperar o estado nutricional do paciente;
provocador;  Favorecer o trabalho gástrico, reduzindo a
 Uso de antibióticos, antiácidos, antagonistas dos secreção gástrica, evitando o progresso das
receptores H2 e inibidores da bomba de prótons. lesões e a hemorragia;
 Promover o esvaziamento adequado do
TIPOS DE GASTRITE (Chemin) estômago para permitir que o revestimento
mucoso se regenere;
Aguda  Simples ou exógena, corrosiva e tóxica.  Evitar ou minimizar os efeitos colaterais e as
interações;
o Aguda Simples ou Exógena: Pode ser provocada  Proporcionar hidratação adequada do paciente;
pela ingestão de álcool e drogas, bem como  Promover a educação nutricional do paciente;
infecções.
Sintomas: Anorexia, desconforto epigástrico, náuseas, Os autores Chemin (2011)/Cuppari (2014) possuem as
vômitos e, ocasionalmente, com hematêmese, mal estar, seguintes recomendações gerais:
calafrio, cefaléia, dor epigástrica em queimação, diarréia e
dor em cólica (enterite), cãibras musculares, edema e
hiperemia da mucosa, prostração e desidratação (caso
grave).

Tratamento: tratar as infecções e os distúrbios


hidroeletrolíticos. Dieta via oral zero, até desaparecerem
os sinais agudos da dor, náuseas e vômitos.

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Especificação Recomendação dor abdominal ou o desconforto são mais característicos,
VET Ajustado às necessidades do paciente embora a anorexia, a perda de peso, náuseas, vômitos e
(ANP) azia possam ocorrer com freqüência (Krause).
Distribuição CHO 50-60%; PTN 10-15%; LIP 25-
calórica 30% Complicações
Consistência Geral ou adaptada às condições da
cavidade oral Pode complicar com perfuração e hemorragia,
Fracionamento 4-5 refeições (evitar jejum prolongado) infecção, divertículos, penetração em estruturas vizinha e
Alimentos com Fibras – agem como tampão, obstrução pilórica. A melena (fezes enegrecias, tipo piche)
efeito positivo reduzindo a concentração de ácidos é uma achado comum associado à úlcera no idoso, pode
biliares no estômago e diminuindo o ser sugestiva de hemorragia gastrointestinal aguda ou
tempo de trânsito intestinal, levando a crônica (Krause)
menor distensão.
 Bebidas alcoólicas – irritante de Características e Comparações entre Úlceras Gástricas
Evitar mucosa; e Duodenais (Krause, e Chemin):
 Café (mesmo que descafeinado) - Úlceras gástricas Ùlceras duodenais
aumenta a produção ácida -Mais comum na pequena - Maioria próxima ao piloro
gástrica; curvatura; -Aumento da massa parietal
 Refrigerantes – aumento da - Ocorrem ao longo da grande - Secreção ácida ;
produção ácida (à base de cola e curvatura (Krause) -Redução de bicarbonato;
de limão); provocam distensão -Associadas a gastrite difusa, -Obstrução é mais comum;
(gasosos); inflamação das células -Pode ocorrer metaplasia
oxínticas e atrofia das células gástrica relacionada À
 Pimenta vermelha – capsaicina –
produtoras de ácido e infecção por H.pylori.
irritante de mucosa;
pepsina; - Tratamento com bloq. De
 Mostarda em grão chili e chocolate
- Em alguns casos ocorrem receptor H2 ou inibidor da
– irritantes.
com baixa produção de ácido; bomba de prótons –
Frutas ácidas Respeitar a tolerância do paciente. - secreção ácida normal ou supressão de ácido.
Ambiente Calmo, agradável, comer devagar e diminuída (Chemin) - Mais comum em
mastigar bem. -Hipomotilidade antral, Homens(3x mais)
estase, e aumento do refluxo - 4x mais comum que a
 ÚLCERA PÉPTICA duodenal são comuns; úlcera gástrica. (Chemim)
- Hemorragia e mortalidade –
Úlcera que ocorre como resultado da índices mais elevados
desestruturação dos mecanismos de reparo e defesa
normais da mucosa. Mais de um mecanismo deve estar Aspectos gerais quanto às úlceras gástricas e duodenais
mal funcionante para que a úlcera sintomática se (Chemin):
desenvolva. Ela envolve duas regiões principais: Gástrica AINE  tem relação com os dois tipos de úlcera, pois
e duodenal (Krause), e ainda, o terço inferior do esôfago inibem a produção das prostraglandinas, com eliminação
(Chemin) Fig.2 dos seus efeitos protetores e aumento da lipogênese.
Também  produção de muco e bicarbonato
Aspirina: ácido fraco que penetra na célula formando
salicilato, altamente lesivo à célula.
Tabagismo  associado ao  da secreção ácida e do
refluxo duodeno gástrico.
Cafeína   a secreção ácida
Bebida alcoólica  estimula o ácido gástrico
Úlceras de estresse  comuns na região média do corpo
gástrico.

Tratamento médico (Krause)

 Úlcera péptica:
Fig.2 Ùlcera péptica Erradicar H. pylori  Combinação de 2 antibióticos +
bismuto ou inibidor de bomba de prótons (ex.: Omeprazol).
Suspender uso de tabaco, álcool , AINE e aspirina 
Diferentemente da gastrite e de outras lesões
superficiais, a úlcera péptica clássica apresenta erosão Interfere na terapia e  risco de complicações.
através da mucosa da camada muscular para dentro da
submucosa ou da própria camada muscular. Há Úlcera de Estresse:
evidências de inflamação e processo de cicatrização ao Podem ocorrer como uma complicação decorrente de
redor da lesão (Krause). queimaduras graves, trauma, cirurgias, choque,
insuficiência renal e radioterapia. Tem potencial
As causas primárias da Úlcera péptica são as hemorrágico significativo. A isquemia gástrica pode ser a
infecções por H. pylori, uso abusivo de aspirina e de outros etiologia de base.
AINE’s e as chamadas úlceras de estresse (Krause).
 Uso de inibidores de bomba de prótons, bloq. De
Derivados do fumo – Reduzem secreção de bicarbonato, receptores H2 e antiácidos  Para prevenir a úlcera nos
diminui o fluxo de sangue da mucosa, exacerba a pacientes de alto risco.
inflamação e está associado a complicações pelo H. pylori.  Evitar grandes doses de corticosteróides, quando
Excesso de etanol - Danificam a mucosa gástrica, pioram possível.
os sintomas e interferem no processo de cicatrização.
 Úlcera associada ao uso de AINE’s:
Os indivíduos com úlcera apresenta-se com sinais
semelhantes àqueles associados a dispepsia e gastrite. A
10
 Suspensão do medicamento ou a redução da Especificações: Características
dosagem, quando possível. Consistência Líq. Completa – pastosa (fase aguda)
 Erradicação de H. pylori  Grande parte dos Branda-Normal (fase de recuperação)
pacientes com este tipo de úlcera também apresentam  Alterada em situações obstrutivas ou
infecção por H. pylori concomitante. na fase aguda (Dan).
Exitantes da EVITAR: bebida alcoólica e derivados de
Terapia Nutricional mucosa gástrica cola, cigarro, carminativos, alim.
Flatulentos e ricos em enxofre, infusos
Conduta dietoterápica ANTIGA: Dieta Sippy. concentrados e alim. Fermentáveis.
Constituída a base de leite, ovos e nata  Objetivava a LEITE Não indicado para aliviar a dor ou
diluição e a neutralização dos ácidos estomacais. queimação.
Estudos posteriores mostraram o efeito lácteo de
Probióticos Tratamento e/ou prevenção da
aumento da produção de ácidos incrementado pela
(Lactobacilos) colonização por H. pylori (Dan).
hidrólise da proteína do leite.
Uso regular de alimentos protetores que
Problemas ocasionados pela dieta Sippy:  teor de
Outros contenham antioxidantes fenólicos como
gordura e colesterol na dieta, síndrome leite-álcali, alcalose
(Krause, 2010) o mirtilo Podem ter a capacidade de
aguda com insuficiência renal temporária e hipercalcemia . erradicar o H. pylori.
Tempo longo de tratamento: Mín. 160 dias(Chemin).
Açafrão  Pode, também, inibir a adesão
do H. pylori ao estômago.
Conduta dietoterápica ATUAL:
Obs: Os dados não referenciados são da Chemin.
Redução do tempo de tratamento para no Máx. 23 dias
Fase Aguda: 5 a 8 dias
Resumindo (KRAUSE, 2013)  Incluir o uso da curcumina
Fase recuperação: 10 a 15 dias
(e não apenas açafrão), como efeito protetor à adesão do
Fase pós-ulcerosa: Alta com recomendações
H. pylori. Na terapia clínico-nutricional, observar os
principais pontos:
Finalidade: Normalizar o EN do paciente,  sintomatologia
Diminuir o consumo  Bebidas alcoólicas
na fase agudizada, repouso fisiológico do estômago, evitar
a distensão abdominal,  efeitos colaterais de fármacos e  Especiarias, especialmente
corrigir hábitos alimentares (Chemin). pimentas vermelhas
 Café e cafeína
Características gerais da dieta Aumentar o consumo  Ácidos graxos da série W3 e
W6 (observar relação e conteúdo
Especificações: Características de W6-GLA)
VET ANP  Boa nutrição para erradicação
N/Hiper Até 1,2g/Kg (fase aguda)
do H. pylori
Proteínas Até 1,5g/Kg(fase de recuperação)
10 a 15% do VET (Cuppari) Comportamental  Evitar uso de tabaco
Sacarídeos Sem [di] para evitar a fermentação
50 a 60% de HC no VET; (Cuppari) Alimentos que devem ser evitados:
Sem [ at]. Minimizar a saciedade precoce
Lipídios e a hiperlipoproteinemia o Leite PURO  Estímulo à secreção ácida. Cálcio e
25 a 30% do VET (Cuppari) proteínas ocasionam o rebote ácido (20 a 40 minutos
Vit. E Minerais ANP após sua ingestão). Usar como parte integrante da dieta
Caldos [purinas] Isentos (Chemin, Dan, Cuppari).
Modificada por cocção – facilita o
o Café (mesmo que descafeinado)   produção de ácido
processo digestório (Chemim).
gástrico, resultando em irritação da mucosa (Cuppari e
Rica em fibras – Evidências de um
Krause).
Fibras efeito protetor. Atuando no tempo de
esvaziamento gástrico (Dan). o Álcool  Aumenta a secreção ácida gástrica (Dan) e é
Rica em fibras – Efeitos benéficos: Age irritante da mucosa GI (Cuppari). O consumo de
como tampão, reduz a concentração de quantidade elevada pode causar, no mínimo, lesões
ácidos biliares no estômago e  o tempo superficiais de mucosa e piorar doenças já existentes ou
de trânsito intestinal, o que leva a menor interferir no tratamento da úlcera.
distensão (Cuppari).
Cerveja e vinhos:  significativamente as secreções
Líquidos N/Hiper gástricas e dever ser EVITADOS na presença de doença
Evitar alim. Muito quente (leva a sintomática.
Temperatura congestão da mucosa,  secreção ácida
e  tempo de esvaz. Gástrico. o Condimentos picantes:
 (fase aguda) Pimenta vermelha (possui capsaicina): Irritante GI (Dan e
Normal (fase de recuperação) Cuppari);
 Refeições pequenas e freqüentes Pimenta preta: Irritante GI (Cuppari);
podem confortar, mas podem  a Mostarda em grão, Chilli e chocolate: são irritantes
secreção ácida. Porém, há concordância (Cuppari);
Fracionamento que estes pacientes devem evitar o Pimentas malagueta (chili), de caiena e pimenta preta (do
consumo de refeições grandes (Krause); reino) – Em doses elevadas aumentam a secreção ácida,
 4 a 5 refeições ao dia (evitar longos causam pequenas erosões superficiais e inflamação da
períodos de jejum (Cuppari). mucosa (Krause).

Volume  (fase aguda) -  desconforto abd. OBS: A Krause, coloca que, pequenas quantidade de
Normal (fase de recuperação) pimenta malagueta (chili) ou da sua substância cápsico,

11
pode aumentar a proteção da mucosa por aumentar a alimentares, mas pode ser necessária a dieta
produção de muco, mas grandes quantidades podem líquida ou NPT.
causar dano superficial da mucosa, especialmente se
consumidas com álcool ou outros irritantes.
 CÂNCER DE ESTÔMAGO (Chemin)
o Refrigerantes derivados de cola:  produção ácida,
provocam distensão abd. e dispepsia. Porém, sua acidez A patogenia do câncer gástrico é multifatorial,
não causa úlcera e nem interfere na sua cicatrização envolvendo fatores genéticos e ambientais. A incidência é
(Krause). inversamente proporcional ao status socioeconômico da
população.
o Frutas e sucos de frutas ácidas: Assim como os
refrigerantes, os sucos de frutas não causam úlcera e Mudanças no ambiente social,  da ingestão de sal e 
nem interferem na sua cicatrização (Krause). do consumo de frutas e vegetais, assim como melhor
preservação alimentar com utilização de refrigeradores e
OBS: Pacientes com úlcera duodenal apresentam congeladores, são medidas que contribuem para a
esvaziamento gástrico retardado, se beneficiam com o uso redução da incidência deste tipo de câncer.
de soluções com baixa osmolaridade, com pouco ou
nenhum dissacarídeos e pouco sal. Alimentos com   Dietas ricas em alimentos com alta [ ] de
osmolaridade retardam ainda mais o esvaz. gástrico (Dan). conservantes ( Alimentos conservados em sal,
picles e defumados) contendo nitratos e nitritos
Fase pós – ulcerosa (Chemin): são de alto risco para o câncer de estômago – o
sal pode agir como irritante e os nitratos e nitritos
 Dieta ANP e aos fármacos em uso; podem ser convertidos em carcinógenos (N-
 Manter atividades habituais, diminuir os fatores nitrosaminas) ativos.
agressivos físicos e psíquicos, evitar excessos
alimentares, desajustes de horário, abuso de Sabe-se que o ácido ascórbico e o betacaroteno agem
agentes medicamentosos sem prescrição médica, como antioxidantes, e o ácido ascórbico ainda inibe a
bebidas alcoólicas, etc. formação endógena de compostos nitrosos.

 CÂNCER DE ESTÔMAGO (Krause e Dan, 2009) A tabela a seguir mostra os componentes da dieta e
evidências de associação com risco para Câncer Gástrico
As neoplasias Malignas do estômago podem levar à de acordo com o American Istitute for Câncer Research.
desnutrição como resultado de perdas excessivas de
sangue e proteínas ou mais comumente, por obstrução,  Risco Nenhuma  Risco
interferindo na ingestão alimentar. Evidência relação
Convincente Vegetais e
Fatores que AUMENTAM o risco de carcinoma: (evidência frutas
forte) Refrigeração
 Infecção crônica por H. pylori; Provável Álcool
 Fumo; (evidências Café Sal
 Abuso de álcool; existem, mas Chá preto Conservação
são fracas e Vitamina C Nitratos em sal
 Obesidade;
menos (vegetais)
 Baixa ingestão de fibras consistentes)
 Alto consumo de alimentos salgados, em Possível Carotenóides
conservas ou inadequado em micronutrientes. (estudos Gênero Allium
apóiam (alho, cebola, Açúcar Amido
 O consumo de frutas, vegetais e selênio parece ter um relação, mas alho poro, Vitamina E Churrasco
papel modesto na prevenção deste câncer (Krause, 2010). evidências cebolinha) Retinol Grelhados
Os sintomas são lentos e o crescimento do tumor muito são Cererais integ.
rápido, portanto na maioria dos casos o diagnóstico é limitadas) Chá verde
Insuficiente
tardio, impossibilitando sua cura.
(poucos Fibras Carne defumada
estudos e Selênio N-nitrosaminas
Sintomas: Perda de apetite, fraqueza, dor abdominal, limitados) Alho
emagrecimento, aquilia gástrica (ausência de ácido
clorídrico e pepsina) ou acloridria. Sintomas: Perda de peso, dor abdominal, anorexia e
fraqueza.
Tratamento: Cirúrgico (Gastrectomia parcial ou total),
radical ou paliativo (alivia os sintomas GI quando a cirurgia Tratamento: Iminentemente cirúrgico (Gastrectomia total
curativa não é mais possível), quimioterapia e/ou ou parcial) com remoção das cadeias ganglionares.
radioterapia.
Terapia Nutricional
Fatores que influenciam a mortalidade: Idade e EN do
paciente, estágio e localização do tumor (Dan). Os objetivos da Terapia pré – operatória são mostrados a
Terapia Nutricional seguir:
- Minimizar os efeitos do jejum, garantir o fornecimento de
Determinada pela localização do tumor, pelo distúrbio
energia e prevenir a deficiência específica de nutrientes;
funcional e pelo estágio da doença.
- Recuperar ou estabilizar o estado nutricional;
 Após tratamento cirúrgico (Gastrectomia parcial
- Aumentar o potencial de resposta orgânica favorável à
ou total), pode ocorrer algumas complicações ou
terapia antineoplásica;
dificuldades com a alimentação, como a
- Acelerar a recuperação dos efeitos colaterais da terapia
Síndrome de Dumping .
antineoplásica: crirugia, radio ou quimioterapia;
 No câncer avançado – O paciente deve receber
- Melhorar a qualidade de vida com a manutenção das
uma dieta adaptada, observar preferências
atividades diárias.

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 A piloroplastia ou gastrojejunostomia (BII) permite o
ATENÇÃO! As condutas a seguir são condizentes com o esvaziamento gástrico adequado, porém pode acarretar:
período pós – operatório, porém a Chemin coloca que síndrome de dumping, diarréia, perda de peso em cerca de
são sugestões para se atingir os objetivos PRÉ – 6% dos pacientes (Krause) e esteatorréia em 30 – 40%
OPERATÓRIOS da tabela anterior. dos pacientes (Dan).

 Adequar às necessidades de macro e 3) Vagotomia com antrectomia – Além da remoção do


micronutrientes; estímulo à secreção ácida gástrica, tem-se a ressecção do
 Evitar ou controlar a Síndrome de dumping; antro e piloro com reconstrução a BI
 Prevenir ou tratar o quadro de má-absorção (gastroduodenostomia) (Fig.5) ou BII (gastrojejunostomia)
lipídica (esteatorréia); (Fig.6). Quanto maior a ressecção, mais rápida é a
 Prevenir ou tratar os défcits absortivos dos passagem do alimento para o intestino (Dan).
micronutrientes (Vit. B12, ácido fólico, ferro e ATENÇÃO! Reconstrução a BII  Cursa mais
cálcio). comumente com síndrome de dumping, esteatorréia, perda
de peso, vômitos e proliferação bacteriana do que a
reconstrução a BI (Krause).
CIRURGIAS GÁSTRICAS
4) Gastrectomia parcial ou total – A gastrectomia parcial no
Indicações: tratamento das úlceras é realizada para remoção da
 Úlcera péptica complicada com hemorragias, porção ulcerada. As gastrectomias parcial e total (Fig.7)
perfuração, intratabilidade – Atualmente, com a também podem ser utilizadas para tratamento do câncer
eficácia dos tratamentos medicamentos, as gástrico.
cirurgias ocorrem com menor freqüência.
 Câncer ou obstruções.

Procedimentos cirúrgicos:

Vagotomia  Desnervação Vagal. Utilizadas no


tratamento para úlceras pépticas.

Diminui o estímulo das células parietais


Reduz a resposta celular a Gastrina Fig. 5 – Gastrectomia parcial (Gastroduodenostomia – BI)


Diminui secreção ácida

Fig. 6 – Gastrectomia parcial (Gastrojejunostomia – BII)

Fig.3 – Anatomia Gástrica

1 – Vagotomia de célula parietal: Afeta apenas a área da


secreção ácida gástrica. O antro e o piloro permanecem
inervados pelo nervo vago e desta forma o esvaziamento
gástrico permanece normal. Técnica operatória muito difícil
( Krause).

Fig. 7 – Gastrectomia Total (Anastomose Esôfago-jejunal)

Terapia Nutricional no Pós – operatório (Chemin)

Iniciar terapia nutricional o mais precocemente possível


 Preservar ou recuperar o EN.
Jejunostomia: adotada no ato cirúrgico para permitir a
Fig.4: Vagotomia de célula parietal nutrição, preservar a função intestinal e favorecer a
cicatrização. Usada em casos de cirurgias que exigirão
2 - Vagotomia troncular com piloroplastia (aumento do maior tempo para cicatrização (Krause).
esfíncter pilórico): Interrompe a inervação vagal das
células parietais e também a da vesícula, pâncreas e ATENÇÃO! Dan recomenda utilizar dieta parenteral até
intestino delgado. Cursa com disfunção pilórica e antral, e o retorno da mobilidade intestinal.
também esvaziamento gástrico precário (retardado para
sólidos e acelerado para líquidos).  Nas gastrectomias subtotais, normalmente a via oral
é a opção de escolha (Chemin).

13
 Dieta via jejunostomia pode ser iniciada dentro de  Supercrescimento bacteriano
24h após a cirurgia com auxilio de bomba infusora.  Rápido trânsito intestinal (Má absorção do alimento
Preferir fórmulas ISOTÔNICAS. ingerido).
Velocidade inicial: 20 ml/h.
Fórmulas elementares  diluídas até 280 – 300 mOsm ATENÇÃO! Administrar B12 intramuscular a partir do
2º ou 3º mês pós – operatório.
Após adaptação intestinal, fórmulas mais concentradas
(1,5 a 2 Kcal/ml) podem ser bem toleradas. Se necessário, também prescrever vit. D, complexo B,
cálcio e Ferro para prevenir deficiências.
Com o retorno da peristalse, iniciar dieta via oral de
líquidos claros (chás, água de coco, caldos de COMPLICAÇÕES
vegetais) evoluindo para líquida completa. O
primeiro líquido permitido é a água (gelo).  Síndrome de Dumping
Alguns pacientes toleram melhor os líquidos em Comum nas gastrectomias totais ou subtotais, na
temperatura ambiente ou morna do que alimentos frios. manipulação pilórica e na fundoaplicatura.
Introduzir, de maneira progressiva, alimentos de Resultado da perda de regulação normal do
consistência pastosa, hiperproteica, hipolipídica e esvaziamento gástrico  Rápida passagem do
com poucos condimentos. ATENÇÃO!! Krause concentrado alimentar do estômago para o intestino
recomenda, após a dieta líquida, introdução de (Krause e Chemin).
pequenas quantidades de alimentos macios, de
amido e BAIXO TEOR DE PROTEÌNAS. Incidência: Varia dentre 5% após cirurgias menores
até 40% em gastrectomias totais (Krause).
Eliminar carboidratos simples e alternar alimentos
sólidos com líquidos para prevenir ou controlar a As intervenções dietéticas podem reduzir ou
diarréia e a síndrome de dumping. eliminar os sintomas na maioria das pessoas !
Em casos de limitação da via oral, introduzir dieta ATENÇÃO! A Krause divide a síndrome de dumping em 3
enteral para prevenir perda de tecido magro e estágios.
instalação da desnutrição.
Primeiro estágio: Sintomas de plenitude abdominal e
Na impossibilidade de via oral ou enteral por nausea dentro de 10 a 20 min após a refeição.
complicações no pós-operatorio, a nutrição
parenteral estará indicada. (Krause e Chemin) Causa: Mudança do volume da circulação sistêmica para
dentro do intestino delgado como resultado da ingestão de
Recomendações na evolução dietoterápica: alimentos hipertônicos – Rubor em face, taquicardia,
sensação de desmaio, sudorese e necessidade de sentar-
Na fase inicial se ou deitar-se.
Refeições freqüentes e em pequeno volume; Atualmente, acredita-se que os pacientes com esses
Evitar alim. fermentativos e [carboidratos simples]; sintomas iniciais apresentam uma diminuição na
resistência vascular periférica e talvez acúmulo visceral de
Lipídios – 23 a 30% do VET, evitar [ ] sangue.
Proteínas – 20% do VET de AVB
Se necessário, utilizar suplementos hipercalóricos via Estágio intermediário: Sintomas dentro de 20 min a 1
oral – Observar osmolaridade. hora após a refeição.

Após fase inicial Causa: Aumento da má absorção de carboidratos e outros


gêneros alimentares e a fermentação subseqüente desses
Consistência branda nos próximos 15 a 30 dias; alimentos no cólon – Sintomas “colônicos” . Inchaço
De 3 a 6 meses após a cirurgia: dieta equilibrada e abdominal, flatulência aumentada, cólica e diarréia.
individualizada;
Líquidos: somente 30 a 60 min. antes ou depois das Estágio Final: Sintomas dentro de 1 a 3 horas após a
refeições. Máx. 100 a 200ml/vez refeição.
 Em casos de diarréia aumentar ingestão hídrica para
no mín 1200 ml/dia; Causa: Hipoglicemia reativa (alimentar). Rápida hidrólise e
Comer devagar e mastigar bem os alimentos; absorção do carboidrato  Produz elevação exagerada no
Permanecer em ângulo de 30 a 45° após as refeições; nível de insulina com um declínio subseqüente da glicose
Não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas; sanguínea - Sudorese, ansiedade, fraqueza, tremores,
sensação de fome.
Após gastrectomia total, ocorre alteração no
metabolismo protéico, mostrando: redução plasmática de As alterações rápidas na glicose sanguínea e a
AA essenciais e da relação AA essencial/não-essencial e secreção de peptídeos intestinais, polipeptídeo
elevação plasmática de glutamato e citrulina. Isso é insulinotrópico de glicose e polipeptídeo 1 semelhante ao
resultado na má absorção de proteínas, induzindo glucagon parecem ser, pelo menos, parcialmente
proteólise persistente, no pós – operatório tardio de responsáveis pelos sintomas.
gastrectomia total (Dan, 2009).
ATENÇÃO! De acordo com o Dan o 1º Estágio e estágio
Causas de desnutrição pós gastrectomia (Krause e Dan, intermediário , compreendem uma mesma fase e ocorre no
2009): período de 10, 15 ou até 30 minutos após a refeição.
 Ingestão oral inadequada Chemin não menciona fases.
 Estase gástrica

14
ATENÇÃO!! Em outro capítulo (Repercussão Nutricional
da cirurgia digestiva para o tratamento do Câncer), Dan , Dumping tardio: Ocorre entre 90 a 120 min após a
2009 diferencia a Sd. de dumping em 2 fases: sudorese. Os sintomas estão relacionados à hipoglicemia.
Dumping precoce: Ocorre entre 15 a 30 min após a Sudorese, taquicardia, desmaios.
alimentação. Os sintomas estão relacionados à
hipovolemia (desvio de líquidos). Taquicardia e tonturas.

Fig. 8 – Síndrome de dumping

Tratamento médico (Krause) Conduta Nutricional


 Análogos de somatostatina – utilizado para reduzir o
esvaziamento gástrico em pacientes com rápido Objetivo: Restabelecer o estado nutricional e a qualidade
esvaziamento gástrico ou síndrome de dumping; de vida.

 Acarbose – É um inibidor da hidrolase α-glicosídeo, Diretrizes de cuidado nutricional para os pacientes


normalmente utilizado no diabetes melito tipo 2, pois com síndrome de dumping (Krause, Dan e Chemin)
inibe a digestão e absorção do amido de milho,
sacarose e maltose; OBS: Recomendações sublinhadas: Mencionadas apenas
na Krause. Recomendações em negrito: Mencionadas
 Enfraquece a hiperglicemia ou a hipoglicemia alimentar apenas na Chemin.
relacionada a Sd. de dumping, mas pode piorar os gases
do cólon e a diarréia.
 Pequenas refeições ao longo do dia; 6 a 8 refeições/ dia
 Alimentos ricos em proteínas e moderados em gorduras são recomendados; Alta densidade calórica e protéica;
 Carboidratos complexos podem ser incluídos se tolerados;
 A ingestão de alimentos ricos em fibras (pectina e gomas) diminui a velocidade do trânsito, diminui a absorção de glicose
e diminui a resposta insulinêmica; Deve-se tomar cuidado com a obstrução por excesso de fibra, principalmente se não
ingerir água em quantidade suficiente;
 Pobre em fibras insolúveis (Dan, 2009)
 Deitar-se após as refeições e evitar a prática de exercícios durante 1h após as refeições; Manter postura ereta ao se
alimentar;
 Não consumir líquidos junto às refeições. Ingerir pequenas quantidades de líquidos durante o dia entre as refeições;
 Intolerância de lactose – preferir queijos e iogurtes são melhor tolerados - (6g ou menos por refeição);
 Pode ser necessário suplementos de vitamina D e cálcio quando a ingestão de laticínios é reduzida;
 Pode ser utilizado produto comercial de lactase – Para aqueles com significante má absorção de lactose
 Esteatorréia – Utilizar triglicerídeos de cadeia média (TCM) porque são ser melhor tolerados;
 Gorduras – 35 a 45% das calorias
 Rica em proteínas (20%do VET);
 Pobre em carboidratos simples (lactose, sacarose e dextrose – são hidrolisados rapidamente)

Na hipoglicemia: Doces concentrados e hipertônicos devem ser ingeridos.

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Outras complicações nutricionais associadas à gastrectomia parcial ou total
COMPLICAÇÃO CAUSA

PERDA DE PESO Ingestão inadequada, sintomas;


(Perda de 20-40% do peso – Dan)
OSTEOPOROSE Rápida passagem pelo duodeno ou sua exclusão do trânsito, baixa ingestão;
Deficiência de vitamina D e cálcio (baixa ingestão e esteatorréia) (Dan)
ESTEATORRÉIA Aumento da velocidade do trânsito intestinal, perda da lípase gástrica ou
insuficiência pancreática ou biliar (Krause);
Cerca de 10%pacientes após cirurgia gástrica possuem esteatorréia (Krause)
Presente em 70 – 80% de pacientes após gastrectomia total (Dan)
Presente em 50 – 60% após gastrectomia parcial a BII (Dan)
SÍNDROME DE DUMPING Rápido esvaziamento gástrico;
INTOLERÂNCIA A LACTOSE; Entrada de alimentos no intestino delgado abaixo do nível habitual e aumento
da velocidade do trânsito intestinal,
Perda da secreção ácida, trânsito intestinal acelerado, perdas sanguíneas,
redução do contato com locais de absorção (duodeno), baixa ingestão alimentar
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA) (principalmente de carnes)
Complicação metabólica mais comum e está presente em 30% dos pacientes
(Dan).
A deficiência se torna evidente em 78% dos pacientes após 1 ano da
gastrectomia total (Dan, 2009)

Diminuição do fator intrínseco, pelo crescimento exacerbado das bactérias no


DEFICIÊNCIA DE B12 (ANEMIA delgado proximal ou na alça aferente, pois competem com o hospedeiro pela
PERNICIOSA) utilização da B12. – Administração parenteral da vitamina – mais eficiente.
Estudos mostraram que a suplementação enteral também foram eficientes. Nos
pacientes em que a suplementação oral não atingir os resultados pretendidos,
torna-se necessária, particularmente em doentes previamente desnutridos, a
reposição mensal intramuscular de Vitamina B12 ( 3 a 5000 UI) (Dan, 2009)
REFLUXO GASTRODUODENAL E Refluxo das secreções biliares (Dan)
GASTRITE ALCALINA PÓS-
GASTRECTOMIA DISTAL
Deficiência de B1
POLINEUROPATIA Estudos mostraram a redução de B1 principalmente 6 meses após
gastrectomia, em casos que não houve suplementação.

Relação geral dos distúrbios do TGI superior, os sintomas típicos e as conseqüências nutricionais
DISTÚRBIOS SINTOMAS CONSEQUÊNCIAS NUTRICIONAIS
Esofagite e DRGE Refluxo gástrico, azia, eructação aumentada Desconforto durante e após a alimentação, alteração de
e espasmo doloroso. hábitos alimentares e ingestão reduzida.
Hérnia hiatal Azia assintomática ou prolongada após Possível desconforto após alimentar-se e pode piorar
refeições pesadas sintomas da DRGE
Câncer oral ou Dor assintomática ou epigástrica, Dificuldade de mastigação, deglutição, alteração de
esofágico dificuldade de mastigação ou deglutição, texturas, pode precisar de TNE e perda de peso é comum.
esvaziamento gástrico demorado.
Indigestão, Desconforto GI após alimentação Desconforto abdominal, dieta alterada, ingestão diminuída,
dispepsia, gastrite intolerâncias alimentares.
Úlcera duodenal Dor 2-5 horas após refeição, alívio após Desconforto abdominal, dieta alterada, ingestão diminuída,
alimentar-se intolerâncias alimentares.
Úlcera gástrica Desconforto epigástrico ou dor quando se Desconforto abdominal: ingestão diminuída e perda de peso
alimenta
Gastrectomia Saciedade precoce, náuseas, inchaço, Refeições menores e freqüentes, tolerância diminuída a
diarréia (Sd. Dumping) lactose, alteração da dieta, perda de peso, má absorção e
diarréia

EXERCÍCIOS: 02) O fator que não provoca anemia pós-gastrectomia é:


(Residência / HUPE – 1997)
01) No tratamento da úlcera péptica são usados (A) Redução da digestão péptica
medicamentos antiácidos por tempo prolongado que (B) Deficiência de fator intrínseco
interferem na absorção de certos nutrientes, cabendo ao (C) Alteração na síntese de secretina
nutricionista avaliar e acompanhar a possível deficiência (D) Perdas sanguíneas durante a cirurgia
de: (Residência / HUPE – 1996) (E) Diminuição na produção de ácido clorídrico
(A) Ferro
(B) Potássio 03) Paciente submetido à gastrectomia parcial a BII pode
(C) Magnésio ter déficit na absorção das seguintes substâncias:
(D) Vitamina D (Residência / HUPE-1998)
(E) Vitamina B2 (A) lipídios e ferro;
(B) sódio e selênio;
(C) potássio e alumínio;
16
(D) cálcio e vitamina B6; 11) Rosa, 63 anos, vai a consulta no ambulatório de
(E) vitamina C e vitamina B12. nutrição, encaminhada pelo gastroenterologista, com
diagnóstico de úlcera gástrica e infecção pelo Helicobacter
04) Após cirurgia gástrica, freqüentemente os pacientes pylori. A erradicação do Helicobacter pylori faz parte do
perdem peso atingindo níveis bem abaixo do anterior a tratamento. Um dos mecanismos de ação desta bactéria é:
cirurgia. Este fato parece resultar tanto da redução da (Residência HUPE-2006)
ingestão calórica como de uma discreta má-absorção. (A) colonização do intestino delgado
Nestes casos, além de rica em proteína, a dieta deverá ser (B) produção de amônia e diminuição do pH gástrico
classificada, em relação a lipídio e carboidrato, (C) alcalinização do meio, favorecendo sua sobrevivência
respectivamente, como: (Residência / HUPE-2000) (D) aumenta a acidez gástrica e destruição do muco
(A) moderada e moderada protetor
(B) moderada e pobre
(C) moderada e rica 12) Levando em consideração o quadro anterior, Rosa
(D) pobre e pobre será orientada quanto às alterações dietéticas e mudanças
(E) rica e rica comportamentais que vão auxiliar no tratamento e na
melhoria dos sintomas da úlcera. Rosa é fumante e será
05) A gastrite atrófica, que resulta na atrofia das células aconselhada a interromper este hábito, porque o fumo:
parietais do estômago, caracteriza-se por: (Residência / (Residência HUPE-2006)
HUPE-2002) (A) aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior
(A) deficiência de zinco; (B) reduz a secreção de bicarbonato pancreático
(B) má absorção de B12; (C) retarda o esvaziamento gástrico
(C) inalterabilidade do fator intrínseco; (D) aumenta o ph duodenal
(D) aumento da secreção de ácido clorídrico.
Seu Antônio tem 52 anos é pedreiro e foi encaminhado para o
06) Os pacientes submetidos a ressecções gástricas ambulatório de nutrição de um hospital com o diagnóstico de
apresentam risco de desenvolver síndrome de “dumping”. refluxo gastresofágico. A terapia nutricional para este tipo de
Uma das orientações para reduzir os episódios desta refluxo, tem como um de seus objetivos diminuir o estímulo a
síndrome é: (Residência – HUPE) secreção ácida gástrica.
(A)Beber líquidos às refeições
(B)Consumir três refeições diárias 13) Para alcançar este objetivo, o nutricionista que atende
(C)Deitar-se logo após as refeições ao seu Antônio deve recomendar que ele evite os
(D)Consumir dieta rica em gordura seguintes alimentos: (Residência – HUPE / 2007)
(E)Ingerir pequena quantidade de proteína (A) condimentos e refrigerantes
(B) carminativos e excesso de proteínas
07) Considere um paciente com Síndrome de Dumping (C) café e bebidas alcoólicas fermentadas
após gastrectomia parcial. Nesse caso, a dieta (D) excesso de gordura e alimentos com pH ácido
recomendada deve ser caracterizada como: (Residência –
14) No tratamento da úlcera péptica é recomendado:
HUPE/2002)
(A) evitar o consumo de álcool por diminuir a absorção de
(A)Hipoprotéica e hipolipídica vitaminas do complexo B;
(B)Hipocalórica e hipoglicídica (B) Restringir os alimentos ácidos que agridem
(C)Hiperglicídica e hiperprotéica superficialmente a mucosa gástrica;
(D)Hipercalórica e hiperprotéica (C) Eliminar o café devido ao seu efeito no aumento da
secreção ácido gástrica;
08) Na dieta para tratamento da Síndrome de “Dumping”, (D) Restringir ou abolir o fumo dado o seu efeito no
com o objetivo de lentificar a absorção de carboidratos e relaxamento do EEI.
reduzir a resposta glicêmica, é indicada a inclusão de:
(Residência – HUPE/2003) 15) A Síndrome de “Dumping” é uma resposta fisiológica
complexa à presença de alimento não digerido no jejuno,
(A)Pectina
ocorre freqüentemente após vagotomia e
(B)Gordura
gastrojejunostomia. Você não prescreveria para esses
(C)Líquidos
pacientes:
(D)Dextrose
(A) dieta rica em proteínas;
(B) pectina;
09) A vagotomia é um procedimento cirúrgico utilizado no (C) dieta moderada em gordura;
tratamento da úlcera péptica. Um dos seus efeitos é a (D) dieta rica em carboidratos simples;
diminuição da secreção ácida gástrica, que pode prejudicar (E) líquidos entre as refeições.
a absorção de: (Residência – HUPE/2004)
(A)Ferro 16) Em pacientes gastrectomizados em pós-operatório
(B)Zinco tardio e que já se alimentam por via oral, com alguma
(C)Cobre frequência observa-se a ocorrência de hipoglicemia, 1 ou 2
(D)Magnésio horas após as refeições. De modo a evitar esta
intercorrência, o cuidado nutricional do paciente que vem
10) Em casos de esofagite sem refluxo gastroesofagiano, apresentando sintomas de hipoglicemia, nestas condições,
deve ser excluído da dieta o seguinte alimento: deve-se ter como objetivo: (SES-RJ-2001)
(A) reduzir a secreção de glucagon após as refeições;
(Residência – HUPE/2004)
(B) retardar a absorção dos carboidratos contidos nas
(A)Chá preto refeições;
(B)Leite desnatado (C) aumentar o conteúdo total de carboidratos da dieta;
(C)Suco de laranja (D) Estimular a gliconeogênese.
(D)Doce concentrado

17
17) Na cirurgia de gastrectomia, o cuidado nutricional para 23) Na seleção de alimentos para o paciente com úlcera
evitar a Síndrome de dumping estabelece: (UFPR-2004) péptica é importante considerar que o pH do suco de
(A) Não utilizar fibras, pelo retardamento na digestão da laranja em relação ao pH gástrico é: (CEARÁ)
gordura; (A) Menos ácido
(B) Não estimular o fracionamento da dieta (B) Igualmente ácido
(C) Utilizar carboidratos em percentual mais baixo (C) Um pouco mais ácido
(D) Consumir líquidos nas refeições (D) Muito mais ácido
(E) Adotar dieta rica em carboidrato e pobre em gorduras
24) Gastrite é um termo genérico que refere-se à
18) Assinale a alternativa onde todos os alimentos pioram inflamação e lesão tecidual resultante da erosão da
os sintomas na presença de refluxo gastroesofágico: (SÃO camada mucosa e exposição das células subjacentes às
JOSÉ) secreções gástricas e às bactérias. A gastrite atrófica se
(A) Leite de vaca desnatado, maçã, chocolate e café caracteriza por: (Maricá – 2007)
(B) Chocolate, café, bebida alcoólica, alimentos (A) reação inflamatória localizada e estenose do piloro
gordurosos (B) hemorragia difusa e atrofia do antro
(C) Leite de vaca desnatado, suco de maçã, café, bebida (C) atrofia e perda das células parietais
alcoólica (D) hemorragia difusa e atrofia do fundo
(D) Maçã, chocolate, bebida alcoólica, alimentos (E) atrofia e perda das células da região do piloro
gordurosos
25) Um paciente com câncer do trato
19) A Síndrome de dumping ocorre pela perda da gastrointestinal,submetido à cirurgia Billroth II, apresenta
regulação do esvaziamento gástrico e das respostas uma: (Maricá – 2007)
gastrointestinais e sistêmicas após uma refeição, (A) esôfagojejunoanastomose
adotando-se como cuidado nutricional: (UFRJ- 2006) (B) gastroduodenoanastomose
(A) Ingerir líquidos junto com as grandes refeições (C) esôfagoduodenoanastomose
(B) Doces após grandes refeições (D) gastrojejunoanastomose
(C) Maior quantidade de leite (E) esôfagoileoanastomose
(D) Uso de TCM nos casos de esteatorréia
(E) Alimentos ricos em proteínas e lipídios 26) Marque a alternativa que descreve os alimentos que
diminuem a pressão do esfíncter esofagiano inferior (EEI)
20) A anemia pode se desenvolver após cirurgia gástrica. e pioram os sintomas do refluxo gastroesofágico: (Maricá –
Das afirmativas apresentadas abaixo não é considerada 2007)
uma causa de anemia na gastrectomia parcial: (A) gorduras, álcool, hortelã
(BOMBEIROS-2001) (B) proteínas, açúcares e café
(A) O rápido esvaziamento do estômago impede a mistura (C) gorduras, açúcares e álcool
completa do alimento com o ácido clorídrico gástrico, (D) frutas cítricas, café e álcool
impedindo a formação ferrosa absorvível (E) massas, chás e açúcares
(B) A mucosa gástrica reduzida impede a produção do
fator intrínseco em quantidades adequadas para 27) A síndrome de dumping: ( Bahia-SES-2005)
permitir a completa absorção da vitamina B12 (A) é um complexo de sintomas induzido pelo
(C) O crescimento bacteriano excessivo no intestino esvaziamneto gástrico retardado.
delgado proximal ou alça aferente se liga a vitamina (B) é a resposta da passagem rápida de uma refeição
B12 e compete com o organismo pela absorção hipertônica pelo intestino.
(D) O ferro ao desviar-se do jejuno, onde 50% da (C) se caracteriza por dor abdominal e diarréia cerca de 3
absorção do ferro ocorre, pode justificar a anemia horas após a refeição.
(E) Ingestão deficiente de ferro, vitamina B12 e ácido (D) não pode ser evitada pela dieta.
fólico (E) pode ser evitada com a ingestão de refeições de alta
osmolaridade.
21) De acordo com a Krause, um dos cuidados que os
pacientes com esofagite devem ter é evitar certos 28) Na síndrome de dumping, para o paciente é incorreto:
alimentos que podem reduzir a pressão do esfíncter (Campinas-2002)
esofagiano inferior. Um destes alimentos é o: (Adaptado da (A) deitar-se após se alimentar
Petrobrás- 2006) (B) evitar tomar líquidoscom as refeições;
(A) abacaxi (C) usar triglicrídeos de cadeia média se apresentar
(B) café esteatorréia;
(C) refrigerante; (D) consumir pequenos volumes e fracionar mais
(D) suco de limão vezes/dia as refeições.
(E) hortelã (E) ingerir doces concentrados e leite.

22) A radiação em cabeça e pescoço realizada no 29) Disfagia é: (Campinas-2002)


tratamento oncológico produz redução na ingestão por (A) fluxo diminuido da saliva;
causar: (Niterói- 2000) (B) dificuldade de deglutição;
(A) enterite; (C) dificuldade de mastigação;
(B) esofagite (D) dentes perdidos;
(C) mucosite (E) fluxo aumentado de saliva
(D) Amigdalite
30) Para diminuir a probabilidade do refluxo gástrico, o
indivíduo: (Campinas-2002)
(A) deve deitar-se imediatamente após alimentar-se;
(B) deve consumir dieta rica em gordura e proteína
(C) deve comsumir apenas 3 refeições ao dia;
(D) deve consumir dietarica em gordura;
(E) não deve se deitar até 3 horas após alimentar-se.

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31) Dentre os cuidados nutricionais nos casos de refluxo
gastroesofágico, na fase aguda deve-se recomendar o 37) A esofagite usualmente ocorre como um resultado do
consumo de: (Secretaria de Saúde do Estado do RJ-2009) efeito irritante do refluxo gástrico ácido sobre a mucosa
(A) carminativos esofágica. Certos alimentos e fatores diminuem a pressão
(B) alimentos crocantes do EEI. Assinale o alimento que não exerce este papel:
(C) refrigerantes (São Gonçalo 2010)
(D) tomate A) Azeite
(E) dieta líquida B) Álcool
C) Chocolate
32) São cuidados nutricionais recomendados para D) Carminativos
pacientes com síndrome de dumping: (Secretaria de E) Leite desnatado
Saúde do Estado do RJ-2009)
(A) refeições copiosas 38) Um paciente eutrófico com diagnóstico de refluxo
(B) ingestão de líquidos junto com as refeições gastroesofágico deve seguir uma dieta com as seguintes
(C) alimentos ricos em lipídios características: (Petrobrás 2010)
(D) alimentos ricos em proteínas (A) normocalórica, normoproteica, normoglicídica e
(E) alimentos pobres em fibras normolipídica.
(B) normocalórica, normoproteica, hiperglicídica e
33) Paciente foi submetido à cirurgia gástrica devido a hipolipídica.
câncer gástrico. No pós–operatório, iniciou quadro de (C) normocalórica, hiperproteica, normoglicídica e
plenitude abdominal, náuseas, cólica abdominal, sudorese hipolipídica.
e esteatorréia. A resposta fisiológica apresentada e a (D) hipercalórica, hiperproteica, hipoglicídica e
conduta nutricional indicada são respectivamente: normolipídica.
(Especialização INCA/2009) (E) hipercalórica, hiperproteica, normoglicídica
(A) Síndrome Zollinger Ellison / Evitar líquidos durante ehipolipídica.
refeições
(B) Síndrome de dumping / Usar Triglicerídeo de cadeia 39) O refluxo gastroesofagiano e uma queixa comum nos
média consultorios de Nutricao. Assinale a alternativa que
(C) Úlcera de Curling / Comer em pequenas quantidades descreve adequadamente as caracteristicas quimicas e
(D) Anemia Perniciosa / Fazer dieta hiperprotéica fisicas da conduta dietetica recomendada por Reis (2003)
para essa patologia. (PM 2010)
34) A doença do refluxo gastroesofágico apresenta como (A) Normo tendendo a hiperglicidica; consistencia
quadro clínico pirose, disfagia, regurgitação e dor liquida completa.
retoesternal. (B) Normo a hipolipidica; temperatura normal
O alimento que pode ser ingerido sem restrição, pois não da preparacao.
reduz a pressão do esfíncter esofagiano inferior é o(a) (C) Normoprotidica; fracionamento diminuido.
(Petrobrás 2010) (D) Hiperglicidica; volume aumentado.
(A) leite desnatado.
(B) suco de laranja. 40)Pacientes submetidos à gastroplastia redutora com
(C) tomate. bypass gástrico Y de Roux (Marinha, 2010)
(D) chocolate.
(E) hortelã. (A)Devem receber alimentação por VO, 72 horas após a
cirurgia
35) A úlcera péptica é uma ulceração aguda ou crônica (B) Devem receber alimentação precoce, 12 horas após a
que pode ocorrer em porções do trato gastrointestinal cirurgia através de cateter nasoenterico
expostas às secreções gástricas. Um paciente, na fase ©Devem iniciar dieta com ingestão de líquidos na
aguda da doença, com 40 anos de idade e peso corporal quantidade de 130 a 150ml por hora, durante o dia
de 70 kg, deve ingerir uma quantidade máxima de (D)Devem receber diatea pastosa, sem doces e pobre em
proteína, em gramas, por dia, igual a: (Petrobrás 2010) gordura, aproximadamente 5 semanas após a cirurgia
(A) 84 (E)Apresentam, com freqüência, deficiência de vitaminas
(B) 91 lipossolúveis.
(C) 105
(D) 126 41) A conduta nutricional para pacientes disfágicos
(E) 140 apresenta como um dos seus objetivos a alimentação
segura, prevenindo a ocorrência de broncoaspiração.
36) A Síndrome de Dumping é uma das complicações que Neste sentido, é correto afirmar que: (Marinha ,2010)
um paciente que sofrera uma cirurgia de redução de peso (A)Todos os pacientes disfágicos são capazes de ingerir
do tipo Fobbi – Capella pode apresentar. Portanto, para líquidos com segurança.
evitá-la, o cuidado nutricional para este paciente deve (B)Nos casos de disfagia moderada, deve-se utilizar dieta
contemplar uma dieta: (São Gonçalo 2010) líquida.
C) Os espessantes alimentares comerciais devem ser
A) hiperproteica, hipoglicídica, normolipídica, com utilizados em substituição aos naturais, para alcançar a
fracionamento restrito; consistência desejada das preparações.
B) hiperproteica, rica em TCM e carboidratos simples e (D)Deve-se utilizar refeições e bebidas frias ou quentes
com fracionamento restrito; para estimular os músculos envolvidos na deglutição.
C) hipoproteica, rica em carboidratos complexos, (E) A ingestão de água após a alimentação deve ser
principalmente fibras solúveis, a fim de retardar o estimulada para facilitar o transito do bolo alimentar.
esvaziamento gástrico e pouco volume;
D) hiperproteica, normolipídica, rica em fibras solúveis, a
fim de retardar o esvaziamento gástrico e com volume
restrito;
E) normoproteica, hipolipídica, hiperglicídica, com
fracionamento aumentado e volume reduzido.

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42) João, 55 anos, pardo, motorista, foi submetido há 15 GABARITO
dias à cirurgia de vagotomia mais antrectomia, devido à
úlcera péptica. Nega tabagismo e relata etilismo(4 garrafas 1 2C 3 4 5 6 7 8 9 10
de cerveja/dia – parou de beber após consulta médica). No A A B B C D A A C
momento apresenta diarréia, dor abdominal e sintomas 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
associados com hipoglicemia. O diagnóstico é de Sd de C B C C D B C B D D
Dumping. Nesse caso, o controle dietoterápico será: 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
(Residência INCA 2010) E C A C D A B E B E
A) Ingerir líquidos às refeições 31 32 33- 34- 35- 37- 38- 39- 40-
B) Baixa osmolaridade alimentar – –D B A A 36- E C B D
C) aumentar volume das refeições E D
D) Aumentar açúcares simples 41 42 43 44 45
-D -B – -E -E
43) Para redução do refluxo gastroesofágico deve-se C
adotar a seguinte conduta (FIOCRUZ 2010): Houve
Recurso!! Questão 43) A questão acima não apresenta itens
(A) evitar alimentos ricos em fibras. condizentes com conduta para REDUÇÃO do RGE.
(B) comer pelo menos uma hora antes de dormir. Apesar do item C não ser considerado errôneo, ele
(C) consumir dieta nutricionalmente completa. apresenta uma conduta vaga, que não especifica
(D) caminhar após as refeições. exatamente itens da alimentação relacionados com o
(E) usar roupas apertadas após a refeição. aumento/intensidade do refluxo. Uma dieta
nutricionalmente equilibrada em macro e micronutrientes,
44) Nos casos de gastrite crônica, devido ao papel do não necessariamente está livre de alimentos (ex:
ácido gástrico no aumento da disponibilidade de alguns carminativos, suco de frutas cítricas, café, chocolate, etc.)
nutrientes, é comum a deficiência de (FIOCRUZ 2010): ou características (Ex: fracionamento, volume e
(A) zinco, ferro e folato. temperatura) que acentuam o refluxo. Desta forma, solicito
(B) cobalamina, piridoxina e selênio. anulação da questão 47, visto que esta apresenta
(C) alfa-tocoferol, magnésio e cálcio. NENHUMA CONDUTA ESPECÍFICA direcionada à
(D) folato, manganês e iodo. REDUÇÃO do refluxo.
(E) vitamina B12, ferro e cálcio. O item A também está errado. Lembrem-se que as fibras,
de forma geral, solúveis + insolúveis, não retardam o
45) Para pacientes com úlcera gástrica, é indicada dieta transito ao ponto de aumentarem o refluxo. Se o item
(IABAS 2010): mencionasse “evitar alimentos ricos em fibras solúveis”
A)Rica em lipídios (ex: pectina), este sim estaria correto.
B)Pobre em potássio
C)Branda
D)Pobre em sódio
E)Rica em fibras

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