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PROTEÇÃO

CONTRÃ
SOBRECORRENTE
Este E-book da Abracopel Regional – Alagoas.
Sumário

O que é Sobrecorrente? ............................................................. 3

Curto-Circuito............................................................................. 3

Sobrecarga ................................................................................. 4

PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE


Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes ....................... 4

Como funciona o Disjuntor Termomagnético ............................ 6

Categoria de disjuntores ............................................................ 7

Curvas ........................................................................................ 7

Disjuntor Motor ......................................................................... 8

Conclusão ................................................................................. 10

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Disjuntor Termimagnético ......................................................... 5

Figura 2 Disjuntor Nema x Disjuntor DIN ................................................. 7

Figura 3 Modelos de Curvas .................................................................... 8

Figura 4 ................................................................................................... 9
PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE

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O que é Sobrecorrente?
A sobrecorrente é circulação de excesso de corrente no circuito de um aparelho
elétrico. Ou seja, de uma corrente que excede o valor nominal. Com isso a
sobrecorrente é definida como sendo qualquer corrente elétrica que flui por um
equipamento com magnitude acima da qual o equipamento foi projetado para
funcionar. As sobrecorrentes podem ser sob a forma de uma sobrecarga ou curto-
circuito.

PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE


 Há dois tipos de sobrecorrentes: o curto-circuito e a sobrecarga.

Curto-Circuito
O curto-circuito pode ser direcionado à classe de “Falta”, isto é, uma condição não
programada e indesejada que ocorre em circuitos elétricos em razão da ocorrência de
defeitos, falhas ou erros.

Em geral, tal situação conduz para a parada instantânea do equipamento, visto


que todos os elementos interligados ao sistema sofrem com uma súbita elevação da
tensão ou da corrente.

Sendo assim, o curto-circuito pode ser percebido quando a resistência elétrica no


circuito diminui drasticamente, a ponto de a corrente elétrica que o atravessa chegar
a uma grande intensidade, e a tensão na rede cai e se aproxima de zero.

𝐸
𝐼=
𝑅
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Sobrecarga
A sobrecarga é um problema também
comum e se revela quando a carga que
passa por uma rede elétrica é superior
àquela para qual ela foi projetada
inicialmente. Essa situação sobrecarrega
o sistema e causa quedas de tensão
intermitentes pela entrada das proteções.

Enquanto no curto-circuito é preciso um


aumento repentino e de grande intensidade, na
sobrecarga o problema pode se configurar até
mesmo com um leve aumento, desde que não
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suportado pelo sistema.

Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes


De acordo com as situações anteriores, utiliza-se dispositivos de proteção com
função de proteger a rede contra os efeitos de correntes elevadas. Estes dispositivos
devem interromper a corrente que circula no circuito, automaticamente, sempre que
a intensidade de corrente atingir valores que podem causar danos.

Usualmente os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes em redes de baixa


tensão são dimensionados para proteger os condutores da rede, havendo entretanto,
situações em que atuam com correntes menores das que o condutor suporta, para
proteger equipamentos conectados na rede.

Os dispositivos mais comuns utilizados para esse determinado tipo de situação,


são os fusíveis e disjuntores.

Para entendermos a aplicação de tais dispositivos, necessita primeiramente tomar


conhecimento de alguns conceitos, como: corrente nominal, curva tempo-corrente,
capacidade disruptiva.

A Corrente nominal é definida como sendo o máximo valor eficaz da intensidade


de corrente que pode circular por um dispositivo de proteção sem causar sua
operação, que interrompe a corrente que o percorre.

Curva Tempo-Corrente é definida como sendo a curva que fornece o tempo gasto
pelo dispositivo operar, ou seja interromper o circuito, em função da corrente que o
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percorre. Evidentemente, quanto maior for a corrente menor será o tempo
despendido para a operação do dispositivo.

Capacidade disruptiva consiste na capacidade de dispositivo extinguir uma arco-


elétrico no momento em que acontece a interrupção de corrente no circuito

Um dos dispositivos mais utilizados na proteção contra sobrecorrente é o DTM


(Disjuntor Termomagnético), que ao contrario do fusível, não é descartado logo após
sua atuação.

DTM: Eles protegem a instalação contra sobrecarga e curtos-circuitos, evitando


incêndios por aquecimento excessivo. São instalados nas fases. não protege os
equipamentos contra surtos de energia (função do DPS) e nem as pessoas contra

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choques elétricos (DR).

F IGURA 1 DISJUNTOR TERMIMAGNÉTICO

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Como funciona o Disjuntor Termomagnético
Os disjuntores de baixa tensão contem 2 sistemas de proteção:

O primeiro, que opera para correntes de sobrecarga, é fundamentado na ação


mecânica de lâminas bimetálicas, que dispostas em série com o circuito, se curvam
quando a corrente que as atravessa supera a corrente nominal, fazendo com que o
disjuntor desarme;

O segundo opera apenas quando elevadas correntes de curto-circuito atravessam


o dispositivo produzindo atração magnética, resultante do campo produzido por essa
corrente passante, sobre placas ferromagnéticas dispostas em posições adequadas,
fazendo com que o disjuntor desarme

Assim, o dispositivo de ação térmica destina-se a interromper sobrecargas


relativamente de pequena intensidade e longa duração, pois devido a inércia térmica
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das lâminas bimetálicas é dispendido um certo tempo para aquecer e atuar, enquanto
que o magnético atua tão logo circule intensidade de corrente suficiente para atrair
as placas ferromagnéticas.

Note que o rearme do disjuntor depois da operação da proteção térmica só pode


ser realizado depois do esfriamento das lâminas bimetálicas, que impedem o engate
enquanto estiverem deformadas pela ação do aquecimento que motivou o
desligamento.

Para aumentar a capacidade disruptiva do disjuntor há, em seu interior, uma


câmara de extinção de arco que se presta a confinar, dividir e extinguir o arco elétrico
formado entre os contatos do disjuntor imediatamente à abertura mecânica dos
contatos.

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F IGURA 2 DISJUNTOR NEMA X DISJUNTOR DIN

Categoria de disjuntores
O dimensionamento do disjuntor é uma questão de segurança com eletricidade,
por esta razão deve-se tomar alguns cuidados para dimensioná-los. Para cada tipo de
carga, faixa de corrente de ruptura e tempo de ruptura existe uma categoria adequada
de disjuntor a ser usado, essas categorias ditam a curva de ruptura específica de cada
uma.

Quando se tem um equipamento sensível a picos de corrente é necessário que o


disjuntor tenha um tempo de resposta de ruptura muito rápida, para que assim o

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equipamento não seja danificado, nesse caso a curva de corrente usada pertence a
uma categoria. Em outros casos como na partida de motores, o tempo necessário para
a partida do mesmo é relativamente grande, por isso a resposta de ruptura deve ser
mais lenta, nesse caso é necessário um outro tipo de curva de corrente.

Curvas
As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de
corrente que o dispositivo suporta.

Características curva B

Usado em circuitos de cargas resistivas em geral. Ex: chuveiros, aquecedores


elétricos, circuitos TUG (Tomada de uso geral).

Corrente de ruptura 3 a 5 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A , curva
entre 30 e 50A

Características curva C

Usado em circuitos de cargas indutivas em geral. Ex: Ar condicionado, bombas,


circuitos de iluminação, sistemas de comando e controle.

Corrente de ruptura 5 a 10 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A , curva
entre 50 e 100A.

Características curva D

Usado em circuitos industriais. Ex: motores de grande porte, grandes


transformadores, máquinas de solda.

Corrente de ruptura 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal. Ex: I N = 10A ,


curva entre 100 e 200A.

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE

F IGURA 3 M ODELOS DE CURVAS

Disjuntor Motor
O Disjuntor Motor é um dispositivo de proteção e manobra de motores elétricos,
proporcionando proteção contra curtos-circuitos, sobrecorrente e falta de fase com
uma atuação extremamente rápida, na casa dos milissegundos. Assim, esse é um
componente que proporciona uma grande proteção e poder de manobra à motores
elétricos, já que possui uma chave para manobra do motor elétrico.

Outra grande funcionalidade desse dispositivo é a sua capacidade de lidar com a


corrente de partida de um motor elétrico. Ao dar partida em um motor, há um grande
pico de corrente para tirar o motor do estado de repouso e coloca-lo em movimento,
já que isso demanda muita energia. Um disjuntor comum, não é capaz de trabalhar
com esse pico de corrente, que danifica os seus componentes internos. Já o disjuntor
motor, possui uma câmara de extinção para o arco elétrico formado no contato no
momento da partida do motor. Portanto, o componente é capaz de realizar a partida
em motores elétricos sem danificar os seus contatos internos.

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F IGURA 4

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE
Conclusão
Como podemos ver, os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes são
dispositivos essenciais para a segurança da instalação elétrica contra o princípio de
incêndio, que pode ser gerado pela sobrecarga ou pelo curto-circuito. Ambos geram
aumento de temperatura nos fios que podem ser o ponto de ignição de um incêndio
que se não controlado resulta em incêndio de grandes proporções e muitas vezes,
além da perda patromonial, ceifa vidas, principalmente de pessoas com problemas de
locomoção como crianças e idosos, como podemos ver nos dados apresentados pela
Abracopel no Anuário estatístico de acidentes de origem elétrica.
PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE

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PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE
Neste contexto, e dentro do planejamento / projeto de uma instalação
elétrica, nunca substitua um dispositivo de proteção contra cobrecorrente (seja
disjuntor ou fusível) por um de maior valor, sem antes alterar ou ao menos avaliar a
capacidade de condução da instalação elétrica, seja os condutores , seja os
dispositivos de conexão como tomadas por exemplo.

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