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Moisés Vicente Inoque Guilundo

ESTUDO DA MIGRAÇÃO DA REDE CORPORATIVA IPv4 A IPv6:


Estudo de caso do Centro de Informática da Universidade Pedagógica –
Campus de Lhanguene

Licenciatura em Informática

Universidade Pedagógica

Maputo

2019
i

Moisés Vicente Inoque Guilundo

ESTUDO DA MIGRAÇÃO DA REDE CORPORATIVA DE IPv4 A IPv6:


Estudo de caso do Centro de Informática da Universidade Pedagógica –
Campus de Lhanguene

Monografia científica apresentada ao Departamento de


Informática, Escola Superior Técnica, da UP-Sede, para
a obtenção do grau académico de Licenciatura em
Informática.

Supervisor:
Prof. Doutor Urânio Stefane Mahanjane.

Universidade Pedagógica

Maputo

2019
ii

Índice pág.

Listas de tabela ........................................................................................................................... v


Listas de figuras ........................................................................................................................ vi
Lista de abreviaturas e siglas.................................................................................................... vii
Lista de abreviaturas e siglas (Cont.) .......................................................................................viii
Lista de abreviaturas e siglas (Cont.) ........................................................................................ ix
Declaração .................................................................................................................................. x
Dedicatória ................................................................................................................................ xi
Agradecimentos........................................................................................................................ xii
Resumo .....................................................................................................................................xiii
Abstract ................................................................................................................................... xiv
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ...............................................................................................15
1.1 Problema de Pesquisa .......................................................................................................15
1.2 Justificativa .......................................................................................................................16
1.3 Objectivos .........................................................................................................................17
1.3.1 Objectivo Geral .........................................................................................................17
1.3.2 Objectivos Específicos ..............................................................................................17
1.4 Questões de Pesquisa ........................................................................................................17
1.5 Hipóteses...........................................................................................................................18
CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................19
2.1 Redes de Computadores ...................................................................................................19
2.2 Internet ..............................................................................................................................19
2.3 Histórico e arquitectura da rede TCP/IP ...........................................................................19
2.4 Protocolo ...........................................................................................................................22
2.5 Protocolo da Internet Versão Quatro (IPv4) .....................................................................22
2.5.1 Formato do Cabeçalho do IPv4 .................................................................................23
2.5.2 Endereçamento do Protocolo de Internet versão quatro ............................................25
iii

2.5.3 Tipos de Endereços IPv4 ...........................................................................................26


2.5.4 Esgotamento e Medidas IPv4 ....................................................................................27
2.6 Protocolo de Internet Versão Seis (IPv6) .........................................................................29
2.6.1 Cabeçalho de Extensão do Protocolo IPv6................................................................30
2.6.2 Formato do Cabeçalho de IPv6 .................................................................................30
2.6.3 Endereçamento IPv6..................................................................................................32
2.6.4 Estrutura do Endereçamento do IPv6 ........................................................................33
2.6.5 Tipos de Endereços IPv6 ...........................................................................................33
2.6.5.1 Unicast.......................................................................................................................33
2.6.5.2 Anycast ......................................................................................................................35
2.6.5.3 Multicast ....................................................................................................................36
2.6.6 Segurança do Protocolo IPv6 ....................................................................................37
2.6.7 Mobilidade IPv6 ........................................................................................................37
2.7 Tipos de Simuladores .......................................................................................................37
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................39
3.1 Métodos de Pesquisa.........................................................................................................39
3.2 Técnicas de Pesquisa ........................................................................................................39
3.3 Instrumentos de recolha e análise de dados ......................................................................40
3.4 População alvo ..................................................................................................................41
3.5 Amostra.............................................................................................................................41
3.6 Delimitação da pesquisa ...................................................................................................41
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA ...
PESQUISA....................................................................................................47
4.1 Levantamento da situação actual da rede UPNet na versão do IPv4 ................................47
4.1.1 Apresentação da UPNet na UP – Campus de Lhanguene ................................................47
4.1.2 Levantamento da situação actual da UPNet sob ponto de vista de Hardware ..................47
4.1.3 Software que suporta a UPNet..........................................................................................48
4.1.4 Segurança da rede .............................................................................................................48
iv

4.1.5 Gestão e roteamento de pacotes da rede UPNet ...............................................................49


4.1.6 Acessso a Rede UPNet .....................................................................................................49
4.1.7 Cenário exemplificado a actual rede da UPNet – Campus Lhanguene ............................50
4.2 Identificação das características técnicas de protocolo de Internet IPv6 ..........................50
4.3 Redesenho da rede UPNet com IPv6 – Campus Lhanguene ............................................51
4.4 Resultado da simulação virtual da rede UPNet com IPv6 ................................................51
4.5 Desenho das estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6 .................................51
4.5.1 Método de Pilha Dúpla ..............................................................................................52
4.5.2 Método de Tunelamento ............................................................................................53
4.5.3 Técnicas usadas para migração da UPNet .................................................................54
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES .............................55
5.1 Conclusões ........................................................................................................................55
5.2 Recomendações ................................................................................................................56
5.3 Limitações.........................................................................................................................56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................57
APÊNDICES ............................................................................................................................60
ANEXO ....................................................................................................................................75
v

Listas de tabela
Tabela 1: Cabeçalho de IPv4 .......................................................................................................... 23
Tabela 2 : Formato de endereço IPv4 ............................................................................................. 26
Tabela 3: Cabeçalho de IPv6 .......................................................................................................... 31
Tabela 4: Cabeçalho IPv4 - Remoção de campos para o IPv6 ....................................................... 31
Tabela 5: Técnica da Pilha Dúpla................................................................................................... 52
vi

Listas de figuras
Figura 1: Descrição das arquitecturas OSI e TCP/IP ..................................................................... 20
Figura 2: Demonstração do NAT ................................................................................................... 28
Figura 3: Mapa da localização do Centro de Informática da UP ................................................... 43
Figura 4: CIUP - Centro de Informática da UP .............................................................................. 44
Figura 5: Organograma do CIUP ................................................................................................... 44
Figura 6: Topologia actual da Rede UPNet.................................................................................... 48
Figura 7: Cenário exemplificado a actual rede da UPNet com IPv4 - Campus de Lhanguene...... 50
Figura 8: Cenário proposto para a rede UPNet com IPv6 – Lhanguene ........................................ 51
vii

Lista de abreviaturas e siglas


AfriNIC – African Network Information Centre
API – Application Programming Interface
ARP – Address Resolution Protocol
BGP – Border Gateway Protocol
CCNA – Cisco Certified Network Associate
CIRD – Classless Inter-Domain Routing
CISCO – Corps Information System Control Officer
CIUEM – Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane
CIUP – Centro de Informática da Universidade Pedagógica
CTA – Corpo Técnico Administrativo
DDAP – Departamento de Desenvolvimento de Aplicações e Projectos
DHCP – Dynamic Host Configuration Protocol
DNS – Domain Nome Services
DSS – Direcção de Serviços Sociais
EN1 - Estrada Nacional número 1
ESCOG – Escola Superior de Contabilidade e Gestão
ESTEC – Escola Superior Técnica
FACN – Faculdade de Ciências Naturais
FEFD – Faculdade de Educação Física e Desporto
FTP – File Transfer Protocol
GNS3 – Graphical Network Simulator-3
GNU – Gnu’s Not Unix
HTTP –Hypertext Transfer Protocol
IANA – Internet Assigned Number Authority
ICMP - Internet Control Message Protocol
ICT – Information and Communication Technologies
ID – Identity
IETF - Internet Engieneering Task Force
IHL –Internet header Length
viii

Lista de abreviaturas e siglas (Cont.)


IP – Internet Protocol
IPsec – Internet Protocol Security
IPv4 – Protocolo de Internet versão quatro
IPv6 – Protocolo de Internet versão seis
IPX – Internetwork Packet Exchange
ISATAP – Intra-Site Automatic Tunnel Addressing Protocol
ISP – Internet Service Provider
LACNIC - Latin America and Caribbean Network Information Centre
LAN – Local Area Network
MPLS – Multi-Protocol Label Switching
MS - Microsoft Office
NAS – Network Attached Storage
NAT – Network Address Translation
NetAcad – Networking Academy
OSI – Open System Interconnection
OSPF – Open Shortest Path First
Pág – Páginas
PAT – Port Address Translation
PC – Personal Computer
QoS – Qualidade de Serviços
RARP – Reserve Address Resolution Protocol
RFC - Request For Comments
RIP – Routing Information Protocol
SIGEUP – Sistema de Gestão da Universidade Pedagógica
SLA – State Link Advertisement
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol
TCP – Transmission Control Protocol
TCP/IP – Transmission Control Protocol/ Internet Protocol
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
ix

Lista de abreviaturas e siglas (Cont.)


ToS – Type of Service
TTL – Time To Live
UP - Universidade Pedagógica
UPNet – University Pedagogical Network
VoIP – Voice over IP
WAN – Wide Area Network
x

Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Maputo, 11 de Fevereiro de 2019


_______________________________________________
(Moisés Vicente Inoque Guilundo)
xi

Dedicatória

Dedico este trabalho a minha família Guilundo, em especial aos meus pais, Vicente Guilundo e
Natália Matsimbe Guilundo, meu filho Vágner Guilundo e minha esposa Ivánia Bila que todo
momento estiveram presente nesta jornada académica.
xii

Agradecimentos

A Universidade Pedagógica e a todos docentes da Escola Superior Técnica, em particular do


Departamento de Informática, por ter dado espaço para minha prática da pesquisa, aos técnicos
do Centro de Informática da UP e a direcção em geral pelo acompanhamento e ensiname ntos
nesta longa e dura caminhada.
Aos meus irmãos Gildo Chilundo, Adérito Chilundo e Sipson Guilundo com as suas respectivas
esposas Everilde, Brígida e Tibúrcia, pelo apoio moral, financeiro e espiritual para que eu pudesse
chegar no fim nessa longa e dura caminhada.
A Direcção dos Serviços Sociais por ter concedido a bolsa de estudos para conclusão do meu
curso.
Também vai um agradecimento especial ao meu supervisor, não só por ter aceitado o meu pedido
de supervisionar o meu trabalho mas também pela paciência, disponibilidade, ensinamentos e
encorajamento contínuo durante a pesquisa.
Ao Prof. Doutor Félix Singo e Mestre Célio Sengo pelas observações dadas ao longo da
realização do trabalho.
Aos meus colegas da turma INF2014, em espacial a Cidália Mutane, Lurdes Zavale, Lecténia
Mouzinho, Paulo Jones, pelas dicas e colaborações preciosas.
Ao meu amigo Borge Bila, que incansavelmente me apoiou e deu-me forças para não recuar,
alimentando a esperança.
Como não posso contemplar todos aqui, os meus agradecimentos para todos que directa ou
indirectamente, contribuíram para a realização deste trabalho e no meu sucesso académico.
xiii

Resumo
Com o esgotamento de IPv4 o uso do NAT já não é mais solução, dai que que surge a
necessidade da migração. A função dos endereços de rede é de permitir para que haja a
comunicação dentro da rede, entre os utilizadores e dispositivos, assim sendo, tendo a rede UPNet
com maior número de dispositivos e com vários serviços por ele suportado encontra
insuficiências de endereços razão pela qual o problema de partida para a realização deste trabalho
é a procura das estratégias da migração da rede UPNet de protocolo de Internet versão quatro
(IPv4) para protocolo de Internet versão seis (IPv6).
O objectivo geral deste trabalho é analisar as estratégias de migração da UPNet -
Lhanguene de Protocolo de Internet versão quatro (IPv4) à versão seis (IPv6).
Para a materialização da pesquisa foi usada a abordagem qualitativa para avaliação da
UPNet antes e depois da migração, a abordagem quantitativa para a análise de dados e recorrido
a pesquisa bibliográfica onde focalizou-se nas obras da área de redes, que debruçam sobre
protocolos de comunicação. Visitou-se também os documentos que abordam a migração de IPv4-
IPv6, relatório anual do CIUP, monografias já defendidas na área de Informática com
informações relacionadas ao com o tema em pesquisa, normas de publicação de trabalhos
científicos e por fim fez-se a simulação da rede UPNet com IPv6 dai que obtivemos os resultados
a destacar:
• Um desenho e uma demonstração da gama de endereços da nova rede UPNet com IPv6.
• Um desenho das estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6, demonstrando as
principais estratégias.

Palavras-Chave: Redes, Internet, IP (Internet Protocol), IPv4, IPv6.


xiv

Abstract
With the depletion of IPv4, the use of NAT is no longer a solution, hence the need for
migration. The function of the network addresses is to allow communication within the network,
between users and devices, therefore, having the UPNet network with the largest number of
devices and with several services supported by it has address deficiencies, which is why the
starting problem for the accomplishment of this work is the search of strategies of the migratio n
of the UPNet network from Internet protocol version four (IPv4) to Internet protocol version six
(IPv6).
The general objective of this work is to analyze UPNet - Lhanguene 's migratio n
strategies from Internet Protocol version four (IPv4) to version six (IPv6).
For the materialization of the research was used the qualitative approach for evaluatio n
of UPNet before and after the migration, the quantitative approach to the data analysis and the
bibliographical research where focused on the works of the area of networks, which deal with
communication protocols . It also visited the documents that address the migration of IPv4-IPv6,
annual report of the CIUP, monographs already defended in the area of Informatics with
information related to the subject in research, norms of publication of scientific works and finally
the simulation of the UPNet network with IPv6, we obtained the following results:
• A design and demonstration of the range of addresses of the new UPNet network with
IPv6.
• A design of the UPnet migration strategies from IPv4 to IPv6, demonstrating the main
strategies

Keywords: Networks, Internet, IP (Internet Protocol), IPv4, IPv6.


15

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

A Internet é uma rede que interconecta milhões de computadores no mundo inteiro, onde
para que haja a comunicação na rede, cada dispositivo necessita de um endereço único, o chamado
Protocolo de Internet (IP), com função principal a interligação dos dispositivos na rede.
No início da década de 90 ficou evidente que o IP atingirá um estado crítico. Se nada fosse
feito, a quantidade de endereços disponíveis se extinguiria rapidamente. Houve então o surgime nto
de soluções relativamente fáceis tais como CIDR (Classless Inter-Domain Routing) e o NAT
(Network Address Translation), esta auxiliou preventivamente no problema do esgotamento do
espaço de endereçamento do IPv4, mas ele apresentou várias incompatibilidades com vários
protocolos dai que surgiu o IPv6.
Sendo a rede corporativa de Internet da Universidade Pedagógica (UPNet), uma rede de
computadores que usa o endereçamento IPv4 para a transferência de dados, partilha de informação
e acesso a Internet, a rede dá suporte a todos serviços Offline e Online da instituição. Neste âmbito,
surge o presente trabalho que tem como tema “Estudo da migração da UPNet de IPv4 a IPv6:
estudo de caso do Centro de Informática da Universidade Pedagógica - Campus de Lhanguene”.
O presente trabalho surge da necessidade de solucionar o problema de insuficiência de
endereços IPs, na rede de Internet da Universidade Pedagógica (UPNet).
O objectivo geral deste trabalho é analisar estratégias de migração da UPNet - Lhangue ne
de Protocolo de Internet versão quatro (IPv4) a versão seis (IPv6).
Para o alcance do objectivo acima referido, a pesquisa foi feita através das abordagens
qualitativa assim como através de pesquisas bibliográficas em materiais específicos de área de
redes, livros que abordam protocolos de comunicação, também em documentos que abordam a
migração de IPv4 - IPv6, relatório anual do CIUP, monografias já defendidas na área de
Informática com informações relacionadas ao tema do presente trabalho.

1.1 Problema de Pesquisa


GIL (2008) diz que o primeiro procedimento adoptado numa pesquisa bibliográfica, como
em qualquer outro tipo de pesquisa, consiste na formulação do problema que se deseja investigar.
A UPNet é uma infra-estrutura física da rede corporativa de dados, vídeo e voz da Universidade
Pedagógica, que é gerida por endereços IP, vem para responder a disponibilidade e consistênc ia
16

dos serviços informáticos oferecidos, reduzindo custos, e gerando maior produtividade nos
estudantes, nos gestores até aos docentes e pesquisadores (SINGO et al., 2014).
A mesma rede UPNet funciona e dá suporte a vários serviços da rede, dentre os quais: serviços
de Internet, Vídeo-conferências, VOIP, SIGEUP, Inscrição Online, Sinalética Digital, E-mail
corporativo e e-Learning usando o IPv4.
Contudo, o tempo vem passando e a instituição vem cada vês mais crescendo, registando
o incremento do número dos utilizadores e dispositivos conectados na rede UPNet.
Havendo a necessidade de resposta a insuficiência dos endereços IP na rede UPNet,
garantindo a qualidade de serviços desejada e proporcionar o apoio nas estratégias de
implementação de politicas da informática e desenvolvimento na educação e pesquisa, a UPNet
deve migrar IPv4 para IPv6.
Assim, a questão de partida para a realização deste trabalho é: Quais são as estratégias da
migração da rede UPNet de protocolo de Internet versão quatro (IPv4) para protocolo de Internet
versão seis (IPv6)?

1.2 Justificativa
O Centro de Informática da Universidade Pedagógica, desde que concebeu a rede
corporativa de Internet (UPNet), tem o suporte do Protocolo de Internet da versão quatro, onde
segundo JAMHOUR (2008:8), alerta do esgotamento do primeiro bloco de endereços IPv4 os
quais pertenciam a própria IANA. Como no geral, a quantidade de alocações vem crescendo a
cada ano, deve-se esperar que o esgotamento do bloco IANA aconteça muito em breve (as últimas
estimativas eram de 2011). Quando o bloco IANA estiver totalmente exaurido, não haverá
possibilidade de novas alocações para as autoridades de registo regionais. Isto significa que a
IANA não terá mais a possibilidade de suprir as necessidades de crescimentos de áreas emergentes
representadas pelo LACNIC (América Latina) e AfriNIC (África).
Sendo que na rede jamais podem-se encontrar dois dispositivos com os mesmos endereços
IP operando, o papel fundamental dos endereços é distinguir entre quaisquer equipamentos de uma
mesma rede, como uma forma de garantir também a segurança de informação (MADEIROS,
2010).
O objectivo do autor ao trazer esse tema é contribuir para a melhoria de qualidade de
serviços informáticos e responder à futura demanda das necessidades dos utilizadores e no ponto
de vista de migração da versão IPv4 para versão IPv6. Após a migração espera-se que haja um
17

maior benefício no melhoramento do desempenho. Isso vai trazer a abrangência de todos serviços
fornecidos pela UP, não só, que a instituição esteja já doptada de todas ferramentas e que responda
com exactidão às necessidades previamente estabelecidas na concepção da UPNet.
O presente trabalho contribui no processo apoio as estratégias de implementação de
politicas da informática e desenvolvimento na educação e pesquisa e extensão, visto que com o
uso das TICs emergindo no acesso a internet leva por este meio pesquisadores nacionais assim
como internacionais a partilha de saber.
Com a presente abordagem, este tema visa contribuir na carreira como pesquisador e como
estudante de Informática, trazendo um contributo para a casa que lhe acolheu durante a formação
académica. Por outro lado durante a formação, o autor foi percebendo a necessidade de pesquisar
um assunto de interesse institucional e como uma marca de não só se limitar em se formar, mas
sim, na contribuição do crescimento da instituição.
É de salientar que o uso de IPv6 é um mecanismo de fácil adaptação para os técnicos e os
usuários da UPNet, ajudando assim a responder as necessidades diárias das solicitações feitas ao
CIUP do acesso a UPNet, pelos estudantes, Docentes e CTA.

1.3 Objectivos
1.3.1 Objectivo Geral
O objectivo geral do trabalho é estudar as estratégias de migração da UPNet - Lhanguene de
Protocolo de Internet versão quatro (IPv4) a versão seis (IPv6).

1.3.2 Objectivos Específicos


Os objectivos específicos do trabalho são:
➢ Fazer o levantamento da situação actual da rede UPNet na versão do IPv4 sob ponto de
vista de Hardware, Software, Segurança, Gestão e QoS;
➢ Identificar as características técnicas do protocolo de Internet IPv6;
➢ Restruturar a rede UPNet com IPv6;
➢ Simular virtualmente a rede UPNet com IPv6;
➢ Desenhar as principais estratégias de migração de UPNet em IPv4 para IPv6.

1.4 Questões de Pesquisa


As questões de pesquisa levantadas para este trabalho são:
18

➢ Qual é a situação actual da rede UPNet?


➢ Quais as características técnicas do protocolo de Internet IPv6?
➢ Que tipo de estrutura deverá ter a nova rede UPNet com IPv6?
➢ Que simulador permite criar topologias com variadas infra-estruturas de redes e que
permite comunicação de dados?
➢ Quais são as principais da estratégias da migração de UPNet de IPv4 para IPv6?

1.5 Hipóteses
Segundo os objectivos específicos da pesquisa, definimos as seguintes hipóteses:
➢ A UPNet usa actualmente o Protocolo de Internet IPv4 para dar suporte aos serviços, visto
que o protocolo não tem maior número de endereços e encontra-se em esgotamento.
➢ Das várias características, o IPv6 tem a capacidade de endereçamento, suporte para tráfego
com a garantia de qualidade de serviços, maior número de endereços disponíveis.
➢ A nova rede da UPNet com IPv6 tem uma estrutura de Rede Convencional com
sustentação técnica e padronização dos protocolos, meios de comunicação remodeladas
ou redefinidas dando origem a novos serviços.
➢ O simulador que permite criar topologias com variadas infra-estruturas de redes e
comunicação de dados é o Cisco Packet-Trace.
➢ As estratégias de migração de IPv4 para IPv6 na rede UPNet são uma pilha dúpla,
tunelamento e tradução.
19

CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo aborda os diferentes conceitos associados ao tema e à recolha de informação de


várias obras e artigos científicos para fundamentação do problema do estudo.

2.1 Redes de Computadores


Uma rede de computadores é o conjunto de ligações de dois ou mais computadores para
permitir a partilha de recursos e troca de informações entre as máquinas (FERNANDES, 2016,
p.1).
Segundo MORAIS et al., (2012, p.13) diz que rede de computadores consiste nas ligações
entre dois ou mais computadores e dispositivos completamente acoplados através de recursos de
comunicação, geograficamente distribuídos, permitindo a troca de dados entre estas unidades
através de um sistema de comunicação e optimizando recursos de hardware e software.
O autor entende que rede de computadores é formada por dois ou mais computadores
interligados, tornando-os capazes de se comunicar, e usam protocolos comuns, sendo esses
protocolos um conjunto de regras e códigos em comum concordando assim com (MORAIS et al.,
2012).

2.2 Internet
PAMPLONA (2014) defende que Internet é uma organização livre, nenhum grupo a
controla ou a mantém economicamente. Pelo contrário, muitas organizações privadas,
universidades e agências governamentais sustentam ou controlam parte dela. Todos trabalham
juntos, numa aliança organizada, livre e democrática.
A Internet é um grande conjunto de redes de computadores interligado pelo mundo inteiro;
de forma integrada viabilizando a conectividade independente do tipo de máquina que seja
utilizada. Para manter essa multi-compatibilidade usa-se um conjunto de protocolos e serviços em
comum, podendo assim, os usuários conectados a ele usufruir de serviços de informação de alcance
mundial.

2.3 Histórico e arquitectura da rede TCP/IP


Durante o desenvolvimento das arquitecturas que seriam padronizadas para as redes, como
TCP/IP, foi desenvolvido também um modelo chamado OSI pela ISO, o modelo OSI segundo
20

alguns pesquisadores como o “Tenenbaum” não se pode clamar de arquitectura, pois ele não
especifica os serviços e protocolos exactos que devem ser usados em cada camada (OMAR, 2017).
No modelo OSI (Open Systems Interconnection) é um conjunto de protocolos abertos
(normas que podem ser adoptadas livremente) para o fabrico de equipamentos e desenvolvime nto
de software, destinados a funcionar em rede. Este modelo subdivide-se, no processo global da
comunicação de dados entre computadores, em sete níveis ou camadas. Cada uma das quais tem
funções específicas.
OSI é um conjunto de protocolos, e sim de um modelo para o desenvolvimento de uma arquitectura
de rede flexível, robusta e de operação conjunta, facilitando a interconexão de sistemas distintos, tudo
partindo da divisão das camadas tem como uma das vantagem decompor as comunicações de rede em
partes menores e mais simples, facilitando a sua análise. A arquitectura ganhou o nome de
arquitectura da rede TCP/IP partindo do modelo de referência OSI como ilustra a baixo.
Modelo OSI Modelo TCP/IP

4
• Aplicação
Camadas de
Aplicativos • Transporte
3

2
• Internet
Camadas de Fluxos
1
• Acesso à rede
de Dados

Figura 1: Descrição das arquitecturas OSI e TCP/IP


Fonte: Adaptada segundo comparação dos modelos OSI e TCP (2018)

Seria difícil falar do modelo TCP/IP sem mencionar o modelo de referência OSI, porém, no que
concerne ao modelo OSI (criado em 1970 e formalizado em 1983), este é um modelo de referência
da ISO que tinha como principal objectivo ser um modelo standard para protocolos de
comunicação entre os mais diversos sistemas. Para garantir a comunicação end-to-end e a
percepção do modelo OSI, MACAMO (2018:9) explica, as seguintes camadas e suas funções:
1) – Física: A camada física é a mais baixa da hierarquia e nela é determinado como serão
realizadas as transferências de bits através de um canal de comunicação.
21

2) - Enlace de Dados: Nesta camada é onde há detecção/Correcção de erros, fragmentação


dos dados em quadros, ocorrem também algum controle de fluxo.
3) – Rede: É nesta camada onde há controlo a operação da sub-rede, há também roteamento e
controle de congestionamento.
4) – Transporte: Nesta camada se estabelece a comunicação ponto-a-ponto e
estabelecimento/encerramento de conexão.
5) - Sessão: é a camada onde existe o estabelecimento de sessão entre máquinas diferentes e
provê serviços aperfeiçoados tais como login remoto e transferência de arquivos.
6) – Apresentação: Se relaciona com a sintaxe/semântica dos dados, codificação dos dados:
computadores diferentes podem ter codificações diferentes e criptografia.
7) – Aplicação: A camada 7 é a mais próxima do usuário, porque mostra todos os aplicativos
e que têm acesso à rede. Temos como exemplo um usuário acesa a internet, ele utiliza um
browser, que usará o protocolo de aplicação chamado HTTP que posteriormente “fará
contacto com o servidor para buscar a página desejada”.
OMAR (2017:11) demostra que a arquitectura do modelo TCP/IP é constituída por quatro
camadas, em comparação com o modelo de referência OSI que é constituído por sete camadas,
conforme ilustra a figura 1. Actualmente usa-se a arquitectura TCP/IP, onde encontram-se as
quatro camadas, sendo cada uma responsável pela execução de tarefas distintas, para garantir a
integridade e entrega dos dados transferidos pelo Protocolo, a saber:
1) Camada de acesso a Rede: é também chamada de interface da rede, estabelece a base
do modelo TCP/IP, agrupando as camadas Física e de Enlace do padrão OSI. Desta forma, suas
funções de formatação e endereçamento dos dados para o meio de transmissão, com base em
endereços de hardware (físico), e verificação de erros dos dados entregues no destino.
2) Camada de Rede (Internet): Esta camada está relacionada à camada de rede do modelo
OSI e tem a finalidade de fornecer e tratar endereços lógicos de origem e destino, independentes
de hardware, possibilitando a compatibilidade na comunicação entre diferentes plataformas, que
não se encontram conectadas localmente e com a função de endereçamento lógico efectuado pelo
Internet Protocol (IP).
3) Camada de Transporte: Função de transporte incluindo os mecanismos necessários
que garantem a entrega sequencial de dados, sem erros e sem falhas.
22

4) Camada de Aplicação: Esta camada faz a comunicação entre os programas e os


protocolos de transporte no TCP/IP.
Arquitectura TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é um conjunto de
padrões e protocolos de comunicação de dados utilizados na interconexão e endereçamento de
computadores e redes onde cada computador deve ter um módulo de software TCP/IP em seu
sistema operativo e aplicativos para se comunicar com outros dispositivos e redes TCP/IP. (TCP
& COLOMBO, 2015).
TCP (Transmission Control Protocol): é o protocolo responsável pelo controle de
qualidade da comunicação entre a origem (transmissor) e o destino final (receptor).
IP (Internet Protocol) realiza o endereçamento nas redes de forma que os dados cheguem
a seu destino.
2.4 Protocolo
FERNANDES (2016:3) diz que Protocolo é uma convenção que controla e possibilita uma
conexão, comunicação, transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De maneira
simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe, semântica e
sincronização da comunicação.
Protocolo é um conjunto de regras que definem o modo como se dará a comunicação entre
as partes envolvidas, que pode ser por hardware ou software (NIPASSA, 2011).
O autor concordando com Nipassa, salienta que um protocolo em uma rede de
computadores é um conjunto de regras e convenções que definem a comunicação dos dispositivos
em uma rede.

2.5 Protocolo da Internet Versão Quatro (IPv4)


Segundo NETO (2011), o IPv4 foi desenvolvido originalmente para o uso académico e
com o aumento do uso da Internet, e principalmente com uso comercial foi necessário que se
desenvolvessem mecanismos de segurança que garantisse m a confidencialidade e autenticidade
das comunicações, onde temos o exemplo da implementação do IPSec que propicia a criptografia
dos dados trafegados na rede, mas esbarra na limitação de seu uso com NAT. Encontramos
algumas características de IPv4 que identificam o protocolo desde a sua implementação, as
seguintes:
23

a) Sem conexão – A conexão não é estabelecida antes do envio dos pacotes de dados, onde
os pacotes IP são enviados sem notificar a sua chegada para host final. A entrega de pacotes
sem conexão pode resultar na chegada dos pacotes do destino fora de sequência.
b) Serviço de melhor esforço - O IP conseguiria funcionar com grande eficiência na camada
da rede, se incluísse um cabeçalho de confiabilidade no protocolo da camada 3, as
comunicações que não requerem conexão ou confiabilidade seriam sobrecarregadas com o
consumo de largura de banda e o atraso produzido por este cabeçalho.
c) Independente do meio físico – O IPv4 opera independentemente do meio físico que
transporta os dados nas camadas inferiores da pilha de protocolo. Qualquer pacote IP
individual pode ser passado electricamente por cabo como os sinais ópticos nas fibras ou
sem fio como sinais de rádio.

2.5.1 Formato do Cabeçalho do IPv4


Um pacote IPv4 é composto por um cabeçalho e um campo de dados que contém os dados
provenientes da camada superior (transporte). A estrutura de um pacote IPv4, incluindo cabeçalho
e campo de dados, é mostrada na tabela 1.
A tabela 1 ilustra o cabeçalho de Protocolo de Internet versão quatro e os campos que o
compõem.

Tabela 1: Cabeçalho de IPv4

Fonte: http://jkolb.com.br/protocolo-ip-IPv4-e-IPv6 (Capturado aos 15-06-2018)


24

Como esta ilustrada na tabela 1, OMAR (2018) diz que o cabeçalho IPv4 é composto por 12
campos fixos, que podem ou não conter opções responsáveis por fazer com que o tamanho, varie
de 20 a 60 Bytes. Estes campos são destinados a transmitir informações sobre:
• Versão – Possui um valor binário de 4 bits que identifica a versão do pacote IP, em pacotes
IPv4;
• Tamanho do cabeçalho da Internet (IHL) – Possui um valor binário de 4 bits que indica o
número de palavras de 32 bits no cabeçalho. O valor do IHL varia devido aos campos ()
Opções e de Padding. O valor mínimo desse campo é 5 (isto é, 5×32 = 160 bits = 20 bytes) e
o valor máximo é 15 (isto é, 15×32 = 480 bits = 60 bytes);
• Serviço diferenciado (DS) - Anteriormente chamava-se de campo Tipo de Serviço (ToS), o
campo DS é um campo de 8 bits usado para determinar a prioridade de cada pacote. Os
primeiros 6 bits identificam o valor do ponto de códigos de serviços diferenciados que é usado
por um mecanismo de qualidade de serviço (QoS).
• Comprimento Total - Conhecido como o comprimento do pacote, esse campo de 16 bits
define o tamanho total do pacote (fragmento), incluindo cabeçalho e dados, em bytes. O
pacote de comprimento mínimo é 20 bytes (cabeçalho de 20 bytes + dados de 0 bytes) e o
máximo é 65.535 bytes;
• Identificação - Neste campo encontram-se 16 bits, identifica exclusivamente o segmento
de um pacote de IP original;
• Flags - Esse campo de 3 bits identifica como o pacote é fragmentado. É usado com os
campos de deslocamento de fragmento e identificação para ajudar a reconstruir o
fragmento dentro do pacote original;
• Deslocamento de fragmento - Esse campo é de 13 bits, identifica a ordem na qual o
fragmento do pacote deve ser colocado na reconstrução do pacote original desfragmentado;
• Time-to-live (TTL) - Possui um valor binário de 8 bits que é usado para limitar a vida de
um pacote. Ele é especificado em segundos mas é geralmente conhecido como a contagem
de saltos. O remetente do pacote define o valor inicial do Time-to-live (TTL) e diminui em
um de cada vez que o pacote for processado por um roteador, ou por salto.
• Protocolo - o valor binário de 8 bits indica o tipo de payload de dados que o pacote está
carregando, que permite que a camada de rede passe os dados para o protocolo apropriado
das camadas superiores.
25

• Checksum do cabeçalho - O campo de 16 bits é usado para verificar erros do cabeçalho


IP. O checksum do cabeçalho é recalculado e comparado ao valor no campo checksum. Se
os valores não coincidem, o pacote é descartado;
• Endereço IP origem - Contém um valor binário de 32 bits que representa o endereço IP
origem do pacote;
• Endereço IP origem - Contém um valor binário de 32 bits que representa o endereço IP
destino do pacote;
• Padding - É um campo que contém bit 0 que estendem o cabeçalho para torná-lo múltip lo
de 32 bits. Assim, o campo Padding somente é usado quando o campo opções, que é
variável, não é múltiplo de 32 bits.

2.5.2 Endereçamento do Protocolo de Internet versão quatro


Dentro de uma rede TCP/IP, cada computador recebe um endereço IP único que o identifica
na rede.
O endereço IPv4 é um número de 32 bits com 4 conjuntos de 8 bits (4x8=32). A estes
conjuntos de 4 bits dá-se o nome de octeto. Exemplo de IPV4 é: 192.168.0.2
Para as redes do IPv4 foram definidas 5 classes a saber: A, B, C, D, E, classes de
endereços, de modo a permitir uma maior gama de endereços. Vamos concentrar-nos nas
primeiras três classes sendo as mais usadas.
As redes foram divididas em classes e cada uma delas tem a sua máscara padrão, como a
Classe A com máscara /8, Classe B com máscara /16 e Classe C com máscara /24.
Classe A: com máscara /8 onde apenas o primeiro octeto identifica a rede e os últimos três
octetos identificam os hosts; isto quer dizer que poderíamos ter no máximo 254 (o 0 e o 255 não
contam) redes e 256x256x254. Assim encontramos mais de 16 milhões de endereços, e muitas das
grandes empresas de tecnologias mundiais conhecidas até hoje, basearam-se nessa vantagem.
Classe B: os dois primeiros octetos identificam a rede e os outros dois identificam os hosts;
neste caso, podemos ter mais redes, mas menos hosts em cada rede.
Classe C: os três primeiros octetos identificam as redes possíveis e apenas o último octeto
identifica os hosts; aqui, podemos ter muito menos hosts em cada rede (254), mas muitas redes.
A tabela que se segue demonstra o formato de um endereço IPv4 de 32 bits divididos em
quatro octetos exemplificando as três classes onde encontramos os endereços de rede e endereços
de hosts.
26

Tabela 2 : Formato de endereço IPv4

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Endere%C3%A7o_IP#/media/File:Mascara.JPG (Capturado aos 13-


06-2018)

2.5.3 Tipos de Endereços IPv4


Os tipos de endereço IPv4 que encontramos são os seguintes:
- Endereços da Rede: Os endereços da rede identificam a própria rede e não uma interface da rede
específica. É representado por todos os bits de host com o valor zero e é o primeiro IP de uma rede
ou Sub-rede.
- Endereços de Host: Os endereços de host identificam uma interface da rede específica ou um
host dentro de uma rede. Os endereços de host vão do primeiro IP após o endereço da rede
(endereços da rede+1) ao penúltimo IP (endereço de broadcast – 1), ou seja, é o número anterior
ao endereço de broadcast.
- Endereços de Broadcast: Os endereços de broadcast são especiais e reservados para se enviar
a todas as máquinas na rede específica, representado por todos os bits de host com o valor 1 (um).
- Endereços Experimentais: Os endereços no bloco 240.0.0.0 a 255.255.255.254 são listados
como reservados para uso futuro (RFC 3330,2002). Actualmente, esses endereços podem ser
usados apenas para fins de pesquisa ou de experimentação, mas não podem ser usados em uma
rede IPv4.
- Endereços Unicast: As comunicações unicast são usadas para a comunicação máquina- a-
máquina. Os endereços unicast identificam de forma unívoca a interface de uma máquina. Um
pacote enviado para um endereço unicast é apenas recebido pela interface que tem associado tal
endereço.
27

- Endereços Multicast: Um endereço multicast identifica um grupo de interfaces, podendo cada


interface pertencer a outros grupos. Os pacotes enviados para esses endereços são entregues a todas
as interfaces que fazem parte do “grupo”.

2.5.4 Esgotamento e Medidas IPv4


Conforme as análises feitas nas politicas que existiam para a rede Internet e uma
observação devido ao rápido crescimento que a rede apresentava, foi previsto que esse crescimento
em pouco tempo, em épocas próximas os endereços IPv4 apresentariam dificuldades e não seriam
suficientes para endereçamento mundial que crescia. Uma das causas dessa insuficiência era o
desperdício de endereços no início das redes.
Existem três (3) medidas tomadas para se conter a disponibilização dos endereços IPv4 nas
redes, a saber:
a) CIDR (Classless Inter-Domain Routing)
Durante o princípio de alocação de endereços às empresas, foi feita através de classes que
tinham suas máscaras de tamanho padrão e achou-se um desperdício de endereços, em
publicação feita em 09/1993 a CIDR que permitia ter máscaras da rede variável em qualquer
classe para o tamanho da rede que acha desejável (OMAR, 2017).
As Máscara padrão de IP das classes mais usadas em IPv4 são:
• Máscaras da Classe A 255.0.0.0 ou seja máscara /8 → Mais de 16.000.000 de endereços.
• Máscaras de Classe B 255.255.0.0 ou seja máscara /16 → Mais de 65.000 endereços.
• Máscaras de Classe C 255.255.255.0 ou seja máscara /24 → 254 endereços.
b) DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol)
O DHCP é um protocolo do serviço TCP/IP que permite atribuir um IP e outras configurações
a computadores em uma rede.
c) NAT (Network Address Translation)
NAT é uma função de roteador na qual endereços IP (e possivelmente números de porta) de
datagramas IP são substituídos no limite de uma rede privada; NAT é um método que permite que
hosts em redes privadas se comuniquem com hosts na Internet; o NAT é executado em roteadores
que conectam redes privadas à Internet pública, para substituir o par de porta de endereço IP de
um pacote IP por outro par de porta de endereço IP (GOMES et al., 2012).
Existem três tipos de NAT:
28

• NAT Estático – É o mapeamento um-para-um de um endereço IP privado para um


endereço IP público. O NAT estático é útil quando um dispositivo da rede dentro de uma
rede privada precisa ser acessível pela Internet.
• NAT Dinâmico – O NAT dinâmico pode ser definido como mapeamento de um endereço
IP privado para um endereço IP público a partir de um grupo de endereços IP públicos
chamados de NAT pool. Dynamic NAT estabelece um mapeamento um-para-um entre um
endereço IP privado para um endereço IP público. O mapeamento público para privado
pode variar com base no endereço IP público disponível na pool do NAT.
• NAT sobrecarga (PAT) – Este tipo de NAT mais conhecido por PAT (Port Address
Translator) é outro tipo de NAT dinâmico, que pode mapear vários endereços IP privados
para um único endereço IP público usando uma tecnologia conhecida como Port Address
Translation.
Na figura 2 podemos verificar o princípio do funcionamento do NAT entre a Internet e os nossos
computadores.

Figura 2: Demonstração do NAT


Fonte: Adaptada segundo o funcionamento do NAT (2018)

A Internet desde a sua criação não era para serviços comerciais como destacamos
actualmente, se não apenas para comunicações militares, porém, com o tempo abrangia vários
ramos tais como científicos, culturais, comerciais e mais usando o protocolo de internet IPv4,
entretanto, com o desenvolvimento e a necessidade dos serviços de internet o IPv4 encontra-se
esgotado devido ao número de endereços que se dispõem e a necessidade nos últimos dias é
incontornável.
29

2.6 Protocolo de Internet Versão Seis (IPv6)


O IPv6 (Internet Protocol Version 6) é a solução dos vários problemas do IPv4 desde o número
limitado de endereços disponíveis e segurança. Várias são as melhorias em relação ao IPv4 em
áreas tais como a auto configuração de roteamento e da rede.
O protocolo IPv6 tem endereços mais longos que o IPv4, eles têm 16 bytes, ou seja, têm 128
bits maiores em relação aos 32 de IPv4.
O protocolo é escrito só no formato hexadecimal com capacidades de endereçar mais de
3.400.000.000.000.000.000.000.000.000 (cerca de 340 undecilhões) de endereços hosts.
O sistema de numeração hexadecimal é um sistema de base dezasseis, onde a base de número
16 do sistema de numeração utiliza os números de 0 à 9 e as letras de A à F.
Por ser um sistema que tem menor anotações para o endereço IPv6 foi escolhido o
hexadecimal. Exemplo de caso seria necessário representar um endereço IPv6 em binário com 128
bits, o endereço ficaria:
11000000.10101000.00000000.00000000.00000000.00000000.00000000.00000000.
00000000.00000000.00000000.00000000.00000000.00000000.00000000.00000001
Ou seria em decimal: 192.168.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.0.1, onde em hexadecimal ficaria :
C0A8.0000.0000.0000.0000.0000.0000.0001, na sua forma abreviada hexadecimal IPv6 fica:
C0A8::1.
O IPv6 não tem máscara da rede, pois a máscara da sub-rede de um tamanho de 128 bits seria
complicado, somente existem os prefixos da rede /64, /32, /127.
Para tornar o endereço IPV6 mais curto e agradável existem regras de abreviação na
anotação de endereços, tais como:
1ª Regra – Omitir os zeros a esquerda do endereço
Em cada um dos quartetos podemos omitir os zeros a esquerda. Exemplo:
Endereço: 2001:0DB8:CAFE:0000:0000:0000:0000:0001/64 - Aplicando a 1ª regra o endereço
fica: 2001:DB8:CAFÉ:0:0:1/64.
2ª Regra – Omitir as sequências de zeros
Podemos omitir uma sequência de quartetos de zeros representado por (::) dois pontos
dúplos. Exemplo:
Endereço: 2001:0DB8:CAFÉ:0000:0000:0000:0000:0001/64 - Aplicando 2ª regra o endereço
fica: 2001:0DB8;CAFE::0001/64.
30

Sendo assim, pode-se aplicar as duas regras, tornando o endereço IPv6 mais simples, assim
teremos: 2001:DB8:CAFE::1/64.
Mais informações sobre algumas designações:
• RFC 1380 - IESG Deliberations on Routing and Addressing
• RFC 1918 - Address Allocation for Private Internets
• RFC 2131 - Dynamic Host Configuration Protocol
• RFC 2775 - Internet Transparency
• RFC 2993 - Architectural Implications of NAT
• RFC 3022 - Traditional IP Network Address Translator (Traditional NAT)
• RFC 3027 - Protocol Complications with the IP Network Address Translator
• RFC 4632 - Classless Inter-domain Routing (CIDR): The Internet Address Assignment and
Aggregation Plan.

2.6.1 Cabeçalho de Extensão do Protocolo IPv6


VUMO (2018) diz que actualmente, encontramos 6 tipos de cabeçalhos de extensão que
são:
a) Hop-by-hop options: Permite incluir campos adicionais com informações que serão analisadas
pelos roteadores ao longo do caminho do pacote.
b) Destination options: Permite incluir campos adicionais que são interpretados pelo destino final,
sendo ignorados pelos roteadores ao longo do caminho.
c) Fragmentation: Inclui os campos de fragmentação que foram removidos do IPv4.
d) Authentication (AH + ESP): Inclui campos para autenticação dos pacotes IPv6. Corresponde
ao protocolo AH do IPsec.
e) Encrypted security payload: Inclui campos para criptografia do pacote IPv6.
f) Routing: inclui campos que permitem definir de forma total ou parcial a sequência de roteadores
que o pacote deverá percorrer para chegar ao seu destino.

2.6.2 Formato do Cabeçalho de IPv6


O IPv6 permite criar cabeçalhos de tamanho variável, de acordo com as necessidades
específicas do pacote que está sendo enviado. Essa melhoria foi impleme ntada pela introdução de
cabeçalhos opcionais especializados e denominados cabeçalhos de expansão (extension headers).
31

Além disso, alguns campos pouco usados do IPv4 foram eliminados, como ilustra a figura abaixo
que representa o cabeçalho de IPv6.

Tabela 3: Cabeçalho de IPv6

Version Traffic Class Flow Label


Playload Length Next Header Hop Limit

Source Address
Destination Adrress
Fonte: Adaptada segundo o cabeçalho IPv4 depois da remoção de alguns campos (2018)

Algumas mudanças foram realizadas no formato do cabeçalho base do IPv6 de modo a


torná-lo mais simples. A tabela a seguir ilustra identificação desses campos.
Visto que foram removidos espaços no cabeçalho IPv4 e outros acrescentados no cabeçalho
IPv6, a tabela que se segue demonstra a comparação dos dois cabeçalhos.

Tabela 4: Cabeçalho IPv4 - Remoção de campos para o IPv6

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Comparativo-entre-cabecalho-de-IPv4-e-
IPv6-Fonte-CISCO-NetCad-2014-Conforme_fig1_313557660 (Capturado aos 20-08-2018)
32

VUMO (2018) afirma que o número de campos de IPv4 foi reduzido para apenas oito em IPv6 e
o tamanho foi fixado em 40 Bytes. Além disso, ele ficou mais flexível e eficiente com a adição de
cabeçalhos de extensão que não precisam ser processados por roteadores intermediários. Os
campos do cabeçalho IPv6 são:
− Version (4 bits) - Indica a versão do protocolo.
− Trafic Class (8 bits) - Utilizado na priorização de tráfego no IPv6.
− Flow Label (20 bits) - Usado para a Qualidade de Serviço em fluxos de dados.
− Payload Length (16 bits) - Tamanho (em bytes) da área de dados do pacote. Guarda certa
similaridade ao Total Length Field do IPv4, mas se diferencia desse por tratar apenas da
área de dados.
− Next Header (8 bits) - Especifica o protocolo encapsulado na área de dados ou,
opcionalmente, um cabeçalho de extensão do IPv6.
− Hop Limit (8 bits) - Número máximo de nós que um pacote pode passar até ser descartado.
− Source Address (128 bits) - Endereço de origem.
− Destination Address (128 bits) - Endereço de destino.

2.6.3 Endereçamento IPv6


O protocolo IPv6 apresenta como principal característica e justificativa maior para o seu
desenvolvimento, o aumento no espaço para endereçamento. Por isso, é importante conhecer as
diferenças entre os endereços IPv4 e IPv6, saber reconhecer a sintaxe dos endereços IPv6 e
conhecer os tipos de endereços IPv6 existentes e suas principais características.
O IPv6 possui um espaço para endereçamento de 128 bits, sendo possível obter
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços (2128). Este valor representa
aproximadamente 79 octilhões (7,9×1028) de vezes que a quantidade de endereços IPv4
representa, também, mais de 56 octilhões (5,6×1028) de endereços por ser humano na terra,
considerando-se a população estimada em 6 bilhões de habitantes.
O IPv6 é representado por 8 campos de endereços de 16 bits (em forma hexadecimal), separados
por dois pontos:
• 2001:0DB8:0000:CAFE:0000:0000:087C:140b
• 2001:DB8:0:CAFE::087C:140b
• Prefixos
33

– Como o CIDR (IPv4)


– Exemplo: 2001:db8:12::/48
URL: - http://[2001:DB8:CAFE::20]:8080
- http://[2001:DB8:CAFE::20]/index.html

2.6.4 Estrutura do Endereçamento do IPv6


Um dos principais motivos da criação de um novo protocolo IP deu-se devido ao esgotamento
dos endereçamentos IPv4. Com isso, foi revista toda a estrutura dos endereços no IPv6 que agora
possuem 128 bits de endereçamentos, contra os 32 bits do seu antecedor, o IPv4. Isso representa
algo em torno de 3,4x1038 de endereços IP’s, enquanto o IPv4 disponibiliza algo em torno de 4,3
bilhões de endereços IP’s. Para se ter uma ideia, actualmente existem aproximadamente 7,4 bilhões
de pessoas no mundo, isso daria algo em torno de 4,5x1028 de endereços IPv6 por pessoa no
mundo (COELHO & GOMES, 2016).
A autoconfiguração faz uso das funcionalidades dos endereçamentos unicast link local
FE:80::/64 para as comunicações iniciais entre os elementos do mesmo enlace.

2.6.5 Tipos de Endereços IPv6


Segundo a RFC 2374, uma mesma interface, que utiliza o protocolo IPv6, pode utilizar mais
de um endereço, diferentemente do IPv4, onde tal característica só era possível em roteadores.
Essa característica é importante porque na versão 6 algumas aplicações, servem em geral para o
controlo.
Segundo VUMO (2018) no IPv6 existem 3 tipos de endereços:
✓ Unicast;
✓ Anycast;
✓ Multicast.
Outra característica marcante do IPv6 é que não existem mais os endereços broadcast, que
endereçavam todos os hosts de um mesmo domínio de colisão, isto é, um pacote com endereço de
destino do tipo broadcast era enviado para todos os hosts do seu domínio de colisão.

2.6.5.1 Unicast
Os endereços de unicast são responsáveis por endereçar um host de maneira única na rede.
Identificam apenas uma interface, onde um pacote destinado a um endereço unicast é enviado
34

directamente para interface associada a esse endereço. Por outro lado os endereços unicast são
associados a uma única interface de um computador ou roteador. Foram definidos pela RFC 2374
vários tipos de endereços de unicast que são:
Agregatable Global Unicast Address, Loopback Address, Unspecified Address, NSAP
Address, IPX Address, Site-local Unicast Address, Link-local Unicast Address e IPv4- compatible
IPv6 Address. A descrição de cada endereço é a seguinte:
a) Agregatable Global Unicast Address
Este tipo de endereço unicast é equivalente ao endereço global unicast usado em IPv4.
Sendo assim é o endereço que será usado globalmente na Internet. Essa estrutura de endereços
globais permite uma agregação de prefixos de roteamento que limitam o número de entradas nas
tabelas de rotas. A estrutura deste tipo de endereço é dividida em 4 níveis, o primeiro é o FP
– Format Prefix, que indica justamente que se trata de um endereço do tipo Global Unicast
(VUMO, 2018).
O segundo campo é chamado Global Routing Prefix, e é destinado a identificação dos ISP´s
– Internet Service Provider. O terceiro campo Subnet ID também foi apresentado anteriorme nte
como sendo o campo Site ID da estrutura de hierarquização do endereço IPv6, o último nível é
o Interface ID (OMAR, 2017).
b) Loopback Address
Este tipo de endereço, como o próprio nome já diz, é o endereço da própria interface. Porém, ele
só pode ser usado quando um nó envia um pacote para ele mesmo. No IPv4 este tipo de endereço
era geralmente o 127.0.0.1, em IPv6 é indicado por: 0:0:0:0:0:0:0:1 ou simplesmente: ::1
(CILENTO, 2017).
Este endereço não pode ser associado a nenhuma interface física, nem como endereço de
fonte, nem como endereço de destino, mas pode ser imaginado como sendo de uma interface
virtual, a interface loopback. Um pacote IPv6 com endereço destino do
tipo loopback address também não deve deixar o próprio host, sendo que esse endereço nunca será
repassado por um roteador IPv6 (VUMO, 2018).
c) Unspecified Address
Este tipo de endereço indica exactamente a falta de um endereço. Ele nunca deverá ser
utilizado como um endereço válido para nenhum host. A sua utilidade é para que estações que
ainda não foram inicializadas, sejam identificadas com endereços deste tipo, ou seja, hosts que
35

ainda não tenham aprendido seus próprios endereços globais, utilizem tais endereços para se
autoconfigurar. Além disso, esse tipo de endereço não deve ser utilizado como endereço de destino
ou em cabeçalho de roteamento de pacotes IPv6. Seu formato é o seguinte: 0:0:0:0:0:0:0:0 ou
simplesmente: :: (CILENTO, 2017).
d) Site Local Unicast Address
O endereço do tipo Site Local é similar aos endereços privados usados em IPv4, como as
redes 10.0.0.0 /8, 172.16.0.0/16 e 198.168.0.0/16. Estes endereços podem ser usados para uma
comunicação restrita dentro de um domínio específico.
Este tipo de endereço é identificado pelo prefixo FEC0::/10 ou 1111111011 em binário. Ele pode
ser definido para uso interno numa organização através da concatenação do campo de SLA (16
bits) com a identificação da interface (64 bits). Este tipo de endereçamento pode ser considerado
como privado, visto que ele está restrito a um domínio sem ligação à Internet. Desta forma, ele
não pode ser anunciado externamente por roteadores (MADEIROS, 2010).
e) Link Local Unicast Address
Este tipo de endereço é automaticamente configurado em qualquer host IPv6 através da
conjugação do seu prefixo FE80::/10 ou 1111111010 em binário. Estes endereços são utilizados
nos processos de configuração dinâmica automática (autoconfiguração) e no processo de
descoberta de elementos na hierarquia de roteamento (VUMO, 2018).
f) IPv4-compatible IPv6 Address
PAMPLONA (2014) Circunda que este tipo de endereço é usado em IPv6 como um
mecanismo de transição entre IPv6 e IPv4. É utilizado como endereços de destino e origem
em tunnel (encapsulamento de um protocolo sobre outro) IPv6 sobre IPv4. É representado por um
endereço IPv6 cujos últimos 32 bits são um endereço IPv4. Desta forma, anexando-se um prefixo
nulo (96 bits de zeros) a um endereço IPv4 (32 bits), obtém-se o seguinte formato:
0:0:0:0:0:0:192.168.30.1 ou no seu formato abreviado ::192.168.30.1

2.6.5.2 Anycast
O anycast é um endereço compartilhado por mais de um elemento da rede. Os endereços
anycast tiram proveito do facto das rotas IP sempre utilizarem o caminho mais curto. Desta forma,
um pacote para um endereço anycast será sempre enviado para o elemento da rede que esteja mais
próximo da origem (JAMHOUR, 2008).
36

2.6.5.3 Multicast
Os endereços de multicast podem estar associados a interfaces de múltiplos computadores
ou roteadores. Exemplos de endereços multicast são aqueles que representam roteadores ou
servidores DHCP, isto é, um roteador além do endereço multicast, também responde a um
endereço multicast que é comum a todos os roteadores. O mesmo raciocínio se aplica a servidores
DHCP e muitos outros serviços que precisam ser localizados automaticamente (HEIDRICH,
2011).
VUMO (2018) diz que nos endereços multicast encontramos faixa de endereçamento com
maior espaço de endereçamento, onde visa a criação facilitada de classes de endereçamento. Tais
classes, mais apropriadamente denominadas de faixas de endereçamento, são registadas junto à
IETF, apresentados na lista a seguir as principais faixas e os respectivos prefixos IPv6:
1- 0000::/8 Reservado
2- 0000::/96 Endereços IPv6 compatíveis com IPv4
3- ::FFFF:0:0/96 Endereços IPv4 mapeados em IPv6
4- 0200::/8 NSAP (não usado)
5- 0400::/8 IPX (não usado)
6- 2000::/3 Endereços roteáveis na Internet (prefixos 2xxx e 3xxx)
7- FE80::/10 Endereços da rede local (automáticos, estáticos ou stateless)
8- FEC0::/19 Endereços do site local
9- FF00::/8 Multicast

Dentro dos endereços Multicast já reservados, podemos identificar alguns endereços


especiais utilizados para funções específicas (todos de lifetime permanente):
• FF01::1 – Indica todas as interfaces de escopo local, isto é, somente as interfaces de um
mesmo host.
• FF02::1 – Indica todas as interfaces de um escopo de enlace local, isto é, todos os hosts de
um mesmo domínio de colisão.
• FF01::2 – Indica todos os roteadores dentro de um escopo local, isto é, todas as interfaces
de um mesmo roteador.
• FF02::2 – Indica todos os roteadores dentro de um escopo de enlace local, isto é, todos os
roteadores interligados por um mesmo enlace.
37

• FF05::2 – Indica todos os roteadores dentro de um escopo site local, isto é, todos os
roteadores que possuem um mesmo site ID.
• FF02::1:FFxx:xxxx – Endereço especial chamado de Solicited-Node Multicast Address,
onde xx:xxxx representam os últimos 24 bits do endereço IPv6 Unicast do host.

2.6.6 Segurança do Protocolo IPv6


O protocolo IPv6 não é necessariamente mais seguro que o IPv4, por ser relativamente um
protocolo novo; existe menos vulnerabilidades conhecidas comparado ao IPv4 que é muito mais
antigo e utilizado. Porém, algo que ajuda na segurança dos dados está na obrigatoriedade de todos
os equipamentos que suportam o IPv6 também terem suporte nativo ao protocolo IPsec (IP
Security Protocol), mas não necessariamente ao utilizar o protocolo IPv6, o IPsec estará habilitado
e funcionando automaticamente. O IPsec precisa ser configurado manualmente para funcionar.

2.6.7 Mobilidade IPv6


A RFC 6275 descreve o Mobile IPv6 como um protocolo que possibilita a um host móvel
movimentar-se entre duas redes distintas sem perder a conectividade. Se um host móvel conecta a
uma outra rede, ele irá precisar de um novo endereço IP. O endereço IP móvel aborda o desafio de
movimentar um host de uma rede para outra sem perder a conexão adicionando a interface deste
host um novo endereço IP.

2.7 Tipos de Simuladores


Simuladores são softwares que nos permitem virtualizar vários serviços. Desta forma encontramos
os seguintes simuladores:
a) O Cisco Packet Tracer
O Packet Tracer é um simulador desenvolvido pela Cisco Systems para ser utilizado como
ferramenta no Networking Academy (NetAcad), um programa mundial de treinamento de novos
profissionais na área de redes e comunicação de dados. O NetAcad está difundido por vários países
(SILVA et al., 2017).
b) Graphical Network Simulator-3
O GNS3 é um simulador de redes (ou ambiente de simulação de redes) bastante “real”, que
emula os mais diversos equipamentos activos de uma rede: routers, switchs, PCs, etc.
Considerando por exemplo um router, o GNS3 permite-nos emular o IOS (sistema operativo dos
38

equipamentos Cisco) de um router real e proceder às respectivas configurações. Estas


configurações podem posteriormente ser importadas para um router de uma rede real (SILVA et
al., 2017).
O GNS3 é um aplicativo gratuito sob licença da GNU que provê a interface gráfica que
permite ao usuário construir a topologia da rede que pretende configurar. Ele reúne diversos
emuladores de sistemas operacionais.
O autor destaca o simulador Cisco Packet-Trace para permitir a virtualização por permitir
simular o comportamento de roteadores, computadores, servidores dentre outros dispositivos da
CISCO, mesmo dispositivos usados na rede UPNet. A simulação é fidedigna de um roteador físico
do mesmo modelo.
A configuração de IPv6 pode ser feita na rede LAN da UPNet, uma vez que é da rede LAN
que se tem o total privilégio de administração e não existe restrição de endereços IPv6, pode
também ser feito na rede WAN, nas interfaces loopbacks da UPNet que vão aos ISPs.
39

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA

O capítulo da metodologia fundamenta a organização dos dados, articulando-os com a


fundamentação teórica, resultante da revisão da literatura da temática da investigação. Qualquer
procedimento empírico prevê que sejam tomadas opções metodológicas, para que o investigador,
ou seja, o pesquisador possa utilizar o método científico com rigor e honestidade, e ainda utilizar
os recursos de forma produtiva e eficiente. (MARCONI & LAKATOS, 2003)

3.1 Métodos de Pesquisa


Para o presente trabalho recorreu-se a metodologias qualitativa:
a) Pesquisa Qualitativa
Neste tipo de pesquisa, GIL (1999) considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito
que não pode ser traduzida em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de
significados são básicos no processo de pesquisa qualitativa.
O autor entende o método qualitativo como sendo aquele que leva a perceber a UPNet durante
o processo da migração em termo da qualidade de sinal e de serviços fornecidos.
3.2 Técnicas de Pesquisa
Para a realização do trabalho foram usadas as técnicas de Pesquisa, descritas a baixo:
a) Revisão Bibliográfica
Gil (2002: 50) diz que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Desta forma, a revisão bibliográfica é indispensável para a delimitação do problema em
um projecto de pesquisa e para obter uma ideia precisa sobre o estado actual dos conhecime ntos
sobre um tema, sobre suas lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvime nto
do conhecimento (MARCONI & LAKATOS, 2010).
Foi através desta técnica de pesquisa que o autor definiu o problema de pesquisa, elaborou
o projecto de pesquisa, definiu o objectivo geral e os objectivos específicos do trabalho, questões
de pesquisa, hipóteses, as metodologias e as técnicas de pesquisa. Esta técnica de maneira geral
esteve presente na compilação de todo trabalho concordando com (MARCONI & LAKATOS,
2010).
40

b) Estudo Documental
No estudo documental, o autor fez o estudo dos documentos normativos de publicação de
trabalhos científicos na UP, normas de publicação de trabalhos científicos em geral, normas que
tutelam a UPNet, como mecanismo seguro, que obriga a perceber e respeitar as normas pré-
estabelecidas salvaguardando a integridade dos serviços prestados pela UPNet. Também foram
visitados alguns relatórios anuais do CIUP, com vista a perceber as actividades realizadas pelo
CIUP anualmente onde a UPNet é a base.
c) Inquérito
É um instrumento de recolha de dados composto por questões, o qual foi aplicado ao
pessoal técnico do Centro de Informática da Universidade Pedagógica (CIUP), ao Director do
Centro de Informática da UP, Docentes do Curso de Informática e estudantes do mesmo curso, a
nível do Campus de Lhanguene, focando a implementação da migração de IPv6, com vista a obter
informações do principio de funcionamento da rede UPNet, serviços e acesso ao público, avaliar
as técnicas usadas no IPv4, mecanismos usados para garantir a gestão de IP da UPNet.
d) Simulação
A simulação é uma das mais poderosas ferramentas de análise disponível para projecto e
operação de sistemas. A realização de um estudo de simulação antes da implantação do sistema
real é muito importante porque permite a aceleração do funcionamento do sistema no tempo,
possibilita prever os quase inevitáveis acidentes que ocorrem quando da implantação de um
sistema real além de poupar recursos económicos.
Simuladores são pacotes de software projectados para facilitar a modelagem de sistemas
em determinados ambientes, geralmente tendo então seu escopo de aplicação reduzido á estes
domínios.
O autor simulou a rede UPNet com o protocolo IPv6, após isso, fez a simulação de UPNet
nas estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6 complementando o estudo em causa. A
simulação foi feita na UPNet Campus de Lhanguene onde é o campo de estudo.
3.3 Instrumentos de recolha e análise de dados
Os instrumentos de pesquisa usados para a pesquisa são:
✓ Simulador de rede CISCO-PACKET-TRACER 7.0 e Guiões de Inquéritos.
Cada instrumento de pesquisa acima referido teve as seguintes utilidades descritas abaixo:
41

✓ O Cisco- Packet - Tracer foi usado para simulação da rede UPNet, virtualizando e trazendo
o relatório do resultado das estratégias aplicadas para migração.
✓ Os Guiões de inquéritos foram usados para recolha de informações relativas as dificuldades
e as opiniões em análise sobre a migração da UPNet de IPv4 para IPv6. Os guiões
encontram-se nos apêndices I e II.

3.4 População alvo


Entende-se por universo ou população alvo, o “total de indivíduos que tenham
características semelhantes, definidas para um determinado assunto” GIL (1996). Partindo deste
conceito, o autor entende como sendo a abrangência universal dos integrados na pesquisa .
Contudo, a presente pesquisa teve como população alvo, os técnicos do Centro de Informática da
Universidade Pedagógica (CIUP), o Director do Centro de Informática da UP, Docentes do Curso
de Informática e estudantes do mesmo, a nível do Campus de Lhanguene. Trabalhamos com um
universo de 20 pessoas dentre as quais, 14 homens e 6 mulheres.

3.5 Amostra
É um subconjunto de indivíduos da população, com características semelhantes, para que
o resultado possa ser generalizado MARCONI & LAKATOS (2003). De acordo com as mesmas
autoras, a amostra pode ser probabilística e não probabilística.
Para o presente trabalho usou-se a amostragem probabilística, porque para a definição e
selecção de uma amostra foi necessário definir a população alvo e dispor de uma grelha de
amostragem com a identificação dos membros dessa população. Com isso, se garante com que os
resultados obtidos com o estudo dos sujeitos da amostra possam ser generalizados, com uma
determinada margem de erro, desta feita a população alvo foi usada para amostra.

3.6 Delimitação da pesquisa


O presente trabalho está delimitado em âmbito contextual, temporal e espacial, cuja sua
descrição segue abaixo:
a) Delimitação contextual
Assim como foi referenciado no problema de partida, o presente trabalho surge da
necessidade de contribuir no melhoramento dos serviços da UPNet, a partir de alguns problemas
identificados que poem em causa os serviços da UPNet, e como não é possível resolver todos eles
42

de uma só vez, o presente trabalho focou-se apenas nas estratégias de migração da UPNet no
Campus de Lhanguene.
b) Delimitação temporal
Este trabalho teve o seu início no mês de Outubro de 2017 e o seu término no mês de
Outubro de 2018. Teve durante esse período estudos dos documentos de 1996 a 2018.
c) Delimitação Espacial
A pesquisa teve lugar no Centro de Informática da Universidade Pedagógica- Departamento
Técnico que sita na cidade de Maputo, distrito Municipal KaLhamankulu.
Como o campo de pesquisa referido encontramos o seguinte:
1. Localização geográfica e breve historial do Centro de Informática da Universidade
Pedagógica – Campus de Lhanguene
Segundo a página do CIUP https://www.ciup.up.ac.mz// última actualização 13 de
Setembro de 2018, o Centro de Informática está localizado na cidade de Maputo, distrito Municipa l
KaLhamankulu no Campus de Lhanguene entre as avenidas do Trabalho e de Moçambique (EN1),
bloco G.
O Centro de Informática da Universidade Pedagógica (CIUP) é uma unidade central
técnico - académica virada para a área de serviços, desenvolvimento e utilização de Tecnologias
de Informação e Comunicação (TICs) na Universidade Pedagógica (UP). É um órgão vinculado
directamente ao Gabinete do Reitor, na sede (em Maputo) e ao Gabinete do Director da Delegação,
nos pôlos da UP ao longo do país.
O CIUP foi criado a 30 de Maio de 2007 com a finalidade de participar na definição da
política de Informática da Universidade Pedagógica, bem como, coordenar, supervisionar, dirigir
e avaliar a execução dos projectos e actividades necessárias à implementação das directrizes da
área de TICs consubstanciadas no seu plano estratégico. Constituem principais atribuições do
CIUP, as seguintes:
a. Criar um suporte em tecnologias de Informação e comunicação nas áreas de Ensino,
Pesquisa, Gestão e Administração da Universidade;
b. Proporcionar acesso universal à informação baseada em ICTs a toda a comunidade
Universitária da UP (docentes, CTA e estudantes);
c. Fornecer soluções, baseadas em tecnologias da informação, para o desenvolvimento dos
processos de gestão académica e administrativa da Universidade;
43

d. Coordenar e executar serviços de Informática para a área académica e administrativa da


Instituição;
e. Administrar a rede corporativa de computadores da UP, a UPNet;
f. Administrar os serviços relativos à Internet e Intranet da Instituição;
g. Elaborar, executar e apoiar programas institucionais de treinamento em Informática;
h. Participar do processo de contratação de serviços e de aquisição de recursos
computacionais para as actividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão;
i. Apoiar a área acadêmica quanto ao uso da Informática no processo de
ensino/aprendizagem;
j. Apoiar na estratégia de implementação da política da informática e desenvolvimento na
educação e na pesquisa;

O CIUP é composto por jovens dinâmicos e entusiastas, comprometidos com a utilização


e desenvolvimento dos serviços e soluções tecnológicas consentâneas aos desafios da universidade
e da sociedade contemporânea. Após uma década de existência, atendendo a conjuntura
tecnológica actual e as novas dinâmicas institucionais (a diversificação de ofertas curriculares de
graduação e pós-graduação; modalidades e regimes de ensino; mobilidade docente e discente; etc),
os desafios do CIUP prendem-se com a transformação dos Estudantes, Docentes, Corpo Técnico
Administrativo e Gestores através da oferta de serviços e atendimento de qualidade na rede
corporativa da UP, bem como a visibilidade da produção institucional.
A figura a baixo ilustra o mapa da localização do campo de estudo.

Figura 3: Mapa da localização do Centro de Informática da UP


Fonte: https://www.google.co.mz/maps/place/CIUP+-+Centro+de+Informatica+da+UP (Capturado aos
03–06-2018)
44

Ainda na localização do campo do estudo encontramos o edifício do Centro de Informática da UP


ilustrado na figura a baixo.

Figura 4: CIUP - Centro de Informática da UP


Fonte: Autor
2. Recursos Humanos
Com vista o cumprimento das estratégias, missão e objectivos do centro, o centro têm recursos
humanos e organizados em sectores como ilustra a figura a baixo.

DIRECTOR

CIUP da Delegações

Departamento de Assistência Secrétaria


Departamento de Desenvolvimento
Técnica e Redes de Aplicações e Projectos

Repartição de Repartição Repartição de Repartição de


Manutenção & Helpdesk Redes Aplicações Formação & Projectos

Fonte: Adaptada segundo organograma do CIUP (2018)


Figura 5: Organograma do CIUP
45

O Centro de Informática, gere recursos humanos com vista a garantir o desenvolvimento e


proporcionar um alinhamento entre as políticas dos Recursos Humanos e a estratégia da
Instituição. O CIUP é constituído por 14 (catorze) técnicos de ambos sexos e com graus de
formação de técnico médio a professor doutor, desempenhando as diversas funções a saber:
Helpdesk, técnico de hardware, técnico de rede, analista, programador, design multimédia, Web
design, consultor, pesquisador e administrador de base de dados. Com esse forte empenho de
trabalho em equipa garante a sustentabilidade do Centro e gestão dos serviços oferecidos (SINGO,
2014).

3. Recursos Materiais
Com relação ao material de trabalho utilizado no Centro de Informática da Universidade
Pedagógica encontramos: HDs externos para fazer Backup quando formatar um PC, CD com
sistemas operativos da Windows e Linux, diferentes tipos de chaves, Leptops que ajudam também
no processo de configurações dos serviços e teste dos mesmos, alicates crimpador, testador de
cabos de redes, diferentes tipos de servidores que suportam os serviços fornecidos, exemplo
servidor SIGEUP, servidor onde está configurado e alocado o serviço de gestão de notas dos
estudantes, diferentes tipos de routers e switchs que são responsáveis por criar rotas e ampliação
de rede em cada infra-estrutura, diferentes tipos de antenas usadas para receber sinal e transmitir
para diferentes repartições onde se usa a rede UPNet, possuem racks onde são posados os
servidores, routers, switchs, com vista a garantir a higiene e segurança do equipamento, encontra -
se também gerador de corrente eléctrica e acumuladores de energia eléctrica garantindo desta
forma a sua disponibilidade em caso de corte da corrente eléctrica (SINGO, 2014).
Segundo MACAMO (2018) afirma que das várias unidades que são suportadas pela UPNet
são interligadas usando as tecnologias sem fios com equipamentos Mikrotik, estes equipame ntos
usam o Protocolo de Internet IPv4 e operam na banda de frequência de 5GHZ, implantam o padrão
802.11ª, suportando taxa de transmissão de 6 a 54Mbps.
4. Serviços
Segundo a página https://www.ciup.up.ac.mz// a cessado aos 01 de Maio de 2018, o CIUP
está subdividido em dois departamentos a saber: Departamento de Assistência Técnica e Redes
46

(DATER) e o Departamento de Desenvolvimento de Aplicações e Projectos (DDAP). São


atribuições do Departamento de Assistência Técnica e Redes, as seguintes:
a. Administrar os diferentes segmentos que formam a rede corporativa de computadores da
UP, a UPNet;Instalar, configurar e manter o hardware e o software dos equipamentos e
servidores de rede necessários à operação da rede corporativa;
b. Organizar e controlar as cópias de segurança dos dados corporativos mantidos em
equipamentos administrados pelo CIUP;
c. Elaborar projectos de implantação e/ou expansão de segmentos da rede corporativa nas
diferentes Unidades orgânicas da Universidade;
d. Elaborar projectos de instalação e manutenção de serviços e infra-estrutura de redes de
computadores;
e. Administrar os serviços de Internet na Universidade;
f. Gerenciar o grupo de usuários da Internet na Universidade;
g. Realizar o atendimento aos usuários no que tange aos serviços de Internet.

O Departamento de Desenvolvimento de Aplicações e Projectos (DDAP) tem como finalidade,


coordenar, supervisionar e executar os projectos de desenvolvimento e implantação de sistemas de
informação na instituição. São atribuições específicas do DDAP:
a. Realizar o desenvolvimento de Aplicações e projectos de sistemas, em nível de diagnóstico,
análise, implementação e manutenção;
b. Coordenar, monitorar e avaliar o desenvolvimento dos projetos;
c. Integrar os projetos de desenvolvimento de sistemas, com base em uma visão global das
necessidades de informatização da Instituição;
d. Administrar o banco de dados corporativo;
e. Estabelecer os critérios de integração e acesso às bases de dados;
f. Elaborar e manter a documentação de todos os projectos.
47

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA

PESQUISA

Neste capítulo apresentamos, analisamos e discutimos os resultados da pesquisa segundo a


ordem dos objectivos específicos.

4.1 Levantamento da situação actual da rede UPNet na versão do IPv4


Com relação a UPNet campus de Lhanguene é essencial a sua apresentação de forma detalhada.

4.1.1 Apresentação da UPNet na UP – Campus de Lhanguene


A rede UPNet é a denominação que foi atribuída à rede da UP, cujo objectivo é permitir
que todos os utilizadores estejam ligados numa única rede de computadores. A rede UPNet está
segmentada em todos blocos do campus e que este projecto da segmentação da rede nos blocos
está sendo realizado pelo Centro de Informática da Universidade Pedagógica, uma unidade
orgânica que responde pela informática a nível da UP (MACAMO, 2018).

4.1.2 Levantamento da situação actual da UPNet sob ponto de vista de Hardware


No que diz respeito a hardware como referenciamos nos recursos materiais, a UPNet usa
todos equipamentos adequados para uma infra-estrutura de rede.
Para MACAMO (2018), a UPNet actualmente é suportada por três provedores de Internet
que são MOVITEL, CIUEM, MoRENET, dispondo cada um de seu modem, e está conectado a
um router específico, oferecendo por sua vez endereços IPv4, como ilustra a figura 6, sendo assim,
a rede UPNet ilustrada na figura 6 apresenta as 5 unidades que são campus de Lhanguene, bloco
administrativo da reitoria, ESCOG, FEFD e Centro de Pesquisa da Vila Olímpica, totalmente
separadas. O sinal chega no router, este que é segmentado para switchs Cisco, onde são criadas as
Vlans, e feito o respectivo encaminhamento.
48

Figura 6: Topologia actual da Rede UPNet


Fonte: Macamo (2018)

4.1.3 Software que suporta a UPNet


Como apresentamos anteriormente o sinal é roteado e encaminhado, importa referir que os
equipamentos usados para dar suporte a rede UPNet e os serviços nele patente, os routers, switchs
não precisam de um software para o seu funcionamento. Dos vários serviços que são suportados
pela rede UPNet, vários são os sistemas operativos usados, isto é, dependendo da complexidade
do serviço e da necessidade de segurança do mesmo, os técnicos adequam aos softwares que
permitem a segurança e integridade dos serviços.

4.1.4 Segurança da rede


MACAMO (2018) aponta que a segurança da rede é importante para garantir a protecção
do património de uma empresa, credibilidade, vantagem competitiva, cumprimento das
responsabilidades, continuidade da operação e actividade, pois se uma informação confidenc ia l
for obtida por uma pessoa que esteja ligada a concorrência de um negócio da empresa, esta pode
deixar de exercer suas actividades pela insegurança de informação.
A segurança tem sido o problema que prevalece em quase todas as redes da internet que
dia pôs dia nascem, isto é, sempre existem tentativas de invasão. Este dilema traz sempre um
desafio aos técnicos e ao departamento.
A segurança na rede UPNet é garantida a partir de ferramentas específicas, e que a maior
parte dos equipamentos usados por sua vez permite uma segurança interna, também são usadas
senhas para permitir a privacidade ao acesso.
49

4.1.5 Gestão e roteamento de pacotes da rede UPNet


Durante o inquérito feito aos técnicos do centro de informática sob ponto de vista de
dificuldades de gestão de IP, eles apontam não enfrentar nenhuma dificuldade na gestão de
endereços IPv4 visto que a criação das sub-redes para a rede local ajuda a descongestionar a rede
e a resolver o problema de endereços IP, e que com as politicas usadas na rede que no
melhoramento de largura de banda ajuda nas horas do pico é gerido também através dos roteadores
e switchs na base de Vlans para a distribuição da rede nos blocos como ilustra a figura 6, é usado
o mecanismo de roteamento para gerir o tráfego e encaminhamento de pacotes dentro da rede.

Quando um host envia um pacote para outro host, ele usa a tabela de roteamento para
determinar para onde enviar o pacote. Se o host destino estiver em uma rede remota, o pacote será
encaminhado para o endereço de um dispositivo de gateway. O roteador procura sua tabela de
roteamento para determinar para onde encaminhar pacotes. Sendo assim, o roteador precisa saber
para onde encaminhar o pacote destino na rede usando assim a tabela de roteamento.

O preenchimento das tabelas de encaminhamento pode ser feito de uma forma estática
ou dinâmica, resultando na criação de rotas estáticas, de rotas por defeito e de rotas
dinâmicas. Na rede Wi-Fi UPNet o protocolo é de nível 3 usando a Internet Protocolo
(IP). As tabelas de encaminhamentos dos routers e NASs na rede UPNet foram
configuradas com encaminhamento estático, resultando na criação de rotas estáticas e
rotas por defeito de modo a estabelecer conexões ponto a ponto que permitem a
interligação entre as unidades da UP. (MACAMO, 2018 p.30).

O roteamento de pacotes actua-se ao nível 3 do modelo OSI e usa endereços lógicos para
identificar as redes e os dispositivos das redes, todos os dispositivos da rede que queiram
comunicar entre si têm de ser identificados com único endereço lógico.

4.1.6 Acessso a Rede UPNet


A rede UPNet encontra-se disponível para os estudantes, Docentes, Corpo Técnico
Administrativo (CTA) no Campus de Lhanguene, assim como fora, por outra a UPNet é acessível
para toda comunidade académica da UP. Importa referir que dos serviços suportados pela UPNet
não são todos serviços que são de acesso livre, tanto dentro e acesso fora da rede UPNet, alguns
serviços são exclusivamente para os internos. Exemplo serviços de Wireless para estudantes são
50

permitidos somente os cadastrados para ter acesso a rede Wi-Fi mas temos serviços como página
web é de acesso a todos.

4.1.7 Cenário exemplificado a actual rede da UPNet – Campus Lhanguene


A figura abaixo ilustra o cenário exemplificado a actual da topologia da rede UPNet no Campus de
Lhanguene.

Figura 7: Cenário exemplificado a actual rede da UPNet com IPv4 - Campus de Lhanguene

Fonte: Autor

4.2 Identificação das características técnicas de protocolo de Internet IPv6


MORAIS (2018) apresenta as seguintes características técnicas do IPv6:
− Expansão das capacidades de endereçamento e routing;
− Simplificação do cabeçalho;
− Suporte para cabeçalho de extensão e de opções;
− Suporte para autenticação e privacidade;
− Suporte de auto-configuração;
− Suporte para selecção de rota pelo originador;
− Transição simples e flexível;
− Suporte para tráfego com garantia de qualidade de serviço;
− Mapeamento de endereços e Nomes;
− Encaminhamento;
− Fragmentação/Remontagem;
− Configuração automática de redes.
51

4.3 Redesenho da rede UPNet com IPv6 – Campus Lhanguene


A figura a baixo ilustra o cenário proposto para UPNet na versão IPv6 com vista a garantir
a qualidade de serviços, segurança, mobilidade e acima de tudo melhor gestão na rede.

Figura 8: Cenário proposto para a rede UPNet com IPv6 – Lhanguene


Fonte: Autor

Na proposta, a rede está segmentada a partir de um router principal e um router que dará
suporte apenas aos servidores.
Do router principal para o switch criamos VLANs que dão suporte aos blocos incorporando
o IPv6, usando a técnica de pilha dúpla nos blocos CIUP, FCNM, ESTEC, Bloco E/F, DSS,
Património e Laboratórios.

4.4 Resultado da simulação virtual da rede UPNet com IPv6


Como forma de demostrar o cenário da migração da UPNet de IPv4 para IPv6 primeiro foi
virtualizado uma rede no Cisco Packet Trecer, com routers Cisco 2911 e switchs Cisco 2960 e
será testado fisicamente num dos blocos especificamente no CIUP como está ilustrada na figura 8.

4.5 Desenho das estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6


O desenho de estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6 é dado numa altura em
que o IPv4 encontra-se com insuficiência de endereços IPs. Sendo assim, há obrigação de migrar
porém, devemos partir do princípio verificar as estratégias e requisitos da UPNet no campus de
Lhanguene, lembrando que a UPNet deve acompanhar a evolução das tecnologias.
52

Numa altura que nem todos os dispositivos suportam o IPv6, há necessidade de olhar para
as estratégias que possam ajudar incorporando todos ao uso da UPNet, porque não será vantagem
ter uma gama de endereços se nem todos têm acesso. Por essa forma olhamos para o uso dos dois
protocolos IPv4 e IPv6.
Apesar de num futuro próximo, ser possível ter redes totalmente IPv6, o mais comum será
ter IPv4 e IPv6 na mesma infra-estrutura.

4.5.1 Método de Pilha Dúpla


Pilha dúpla consiste na utilização por parte dos hosts de ambos os protocolos IPs, onde o
equipamento poderá se comportar com o nó de acordo com seu protocolo seja ele IPv4 ou IPv6.
Isso permite com que os hostes e roteadores possam-se comunicar com nós apenas IPv4 ou IPv6.
Contudo, IPv4 comporta-se como um nó IPv4, e nós IPv6 comporta-se como um nó IPv6.
Pilha dúpla é um método para integrar, activamente, o IPv6 e, assim, não são necessários
mecanismos reais de tradução.
A introdução da pilha dúpla em uma rede permite que os hosts terminais e as aplicações
efectuem uma migração baseada do IPv4 para o IPv6. Foi, também, definida uma nova API com
suporte de endereços e de pedidos DNS IPv4 e IPv6. Quando os dois protocolos estão disponíve is,
as aplicações utilizam IPv4 ou IPv6 dependendo da resposta do servidor DNS.
A tabela a baixo ilustra como funciona a técnica de pilha dúpla.

Tabela 5: Técnica da Pilha Dúpla

Fonte: http://IPv6.br/media/noticias/transicao-12.png (Capturado aos 17-05-2018)


53

Algumas características do mecanismo da pilha dúpla que devem receber maior atenção, são:
− O método precisa de pelo menos um endereço para cada pilha;
− Utiliza mecanismos IPv4, como por exemplo DHCP, para adquirir endereços IPv4, e
mecanismos do IPv6 para endereços IPv6. Por fim, temos ainda alguns endereços
reservados, destinados à usos específicos:
2002::/16: prefixo utilizado no mecanismo de transição 6to4;
2001:0000::/32: prefixo utilizado no mecanismo de transição TEREDO;
2001:db8::/32: prefixo utilizado para representar endereços IPv6 em textos e documentações.

4.5.2 Método de Tunelamento


Para PAMPLONA (2014), tunelamento permite que diferentes redes IPv4 comuniquem- se
através de uma rede IPv6, ou vice-versa. Tunelamento é um método que se baseia em encapsular
todo o tráfego IPv6 em pacote IPv4, de forma a permitir uma comunicação entre dois hosts IPv6,
através de uma rede IPv4. Host-a-Host – Permite a hosts dual-stack conversarem entre si através
de uma rede IPv4, utilizando pacotes IPv6 encapsulados em pacote IPv4. Consiste em uma
comunicação directa tipo P2P. As formas de layout de túneis podem ser configuradas, entre eles
são:
a) Tunelamento 6in4
Roteador-a-Roteador – Os gateways dual-stack IPv6/IPv4 e com uma conexão IPv4
entre si são configurados para trocarem pacotes IPv6 de redes IPv6 passando por uma rede IPv4
permitindo a comunicação de dois segmentos de rede IPv6. Redes IPv6 separadas por redes IPv4
necessitam de se comunicar entre elas e precisam de transportar os aspectos dentro de uma rede
IPv4.
b) Tunelamento 6to4
Esta técnica permite a interconexão ponto-a-ponto entre roteadores, sub-redes ou
computadores IPv6 através da rede IPv4, fornecendo um endereço IPv6 único formado a partir de
endereços IPv4 públicos. Este endereçamento 6to4 utiliza o prefixo de endereço global
2002:wwxx:yyzz::/48 onde wwxx:yyzz é o endereço IPv4 público do cliente convertido para
hexadecimal.
c) Tunelamento ISATAP (Intra-Site Automatic Tunnel Addressing Protocol)
Host-a-Roteador - Esta técnica é baseada em túneis IPv6 criados automaticamente dentro da
rede IPv4 e em endereços IPv6 associados aos clientes de acordo com o prefixo especificado no
54

roteador ISATAP e no IPv4 do cliente. É uma técnica de tunelamento que liga hosts a roteadores
o qual não possui um serviço público. Essa técnica é utilizada, por exemplo, quando a organização
já tem uma numeração IPv6 válida e conectada na borda, mas a sua infra-estrutura interna não
suporta IPV6 (PAMPLONA. 2014).
A UPNet actualmente está segmentada em blocos com vista abranger todo campus a saber:
Bloco da ESTEC, bloco do Património/Laboratórios, bloco da DSS, bloco do edifício E/F, bloco
da FCNM, assim como o segmento que dá suporte ao CIUP.

4.5.3 Técnicas usadas para migração da UPNet


Das várias técnicas de migração mencionadas e conhecendo a questão do esgotamento de
IPv4, o departamento mostrou a vontade em ter esta pesquisa. Durante o inquérito os técnicos
apontaram ter conhecimento do esgotamento de endereço IPv4, mas como actualmente as
provedoras de Internet (ISPs) ainda não se pronunciaram de esgotamento de IPv4, nunca o
departamento levou a sério a uma pesquisa visando a migração da UPNet de IPv4 para IPv6 e que
acreditam que cedo ou tarde precisarão de migrar.
Foi obtida a informação através do inquérito dirigido aos técnicos de que eles estão a par
da migração de IPv4 para IPv6 segundo as vantagens e a capacidade que IPv6 tem de endereços.
Durante a configuração dos routers usou-se técnicas acima mencionadas que é Pilha dúpla
e tunelamento. Para PAMPLONA (2014) tunelamento 6to4 é técnica que permite a interconexão
ponto-a-ponto entre roteadores, sub-redes ou computadores IPv6 através da rede IPv4, fornecendo
um endereço IPv6 único formado a partir de endereços IPv4 públicos, nesta altura que ainda as
provedoras usam IPv4, o ideal é tunelamento 6to4.
Dentro das configurações, dois routers foram configurados com roteamento estático a que
dá suporte aos servidores que são router principal e o router dedicado aos servidores e dinâmico
(DHCP) para os restantes routers que dão suporte aos hostes que simplesmente irão necessitar de
navegar na rede sem precisar de ter necessariamente os IP fixos.
55

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES

5.1 Conclusões
Segundo o problema de partida, os objectivos da pesquisa, as questões de pesquisa, as
hipóteses e resultados da pesquisa, tiramos as seguintes conclusões:
- A rede UPNet é uma infra-estrutura de rede que é suportada por provedoras de internet
usando o protocolo IPv4, onde estes endereços são tidos como sendo de fácil uso, fácil cálculos de
endereçamento por se apresentar apenas quatro octetos o que dita simplesmente 32 bits. Sendo
assim, o IPv4 não possui um número maior de endereços, sendo que encontramo-nos numa altura
em que a rede UPNet vai ganhando cada vez mais utilizadores e necessitando por este meio mais
endereços IP. O IPv4 está em esgotamento e como mecanismo de garantir a resposta do
esgotamento, partimos para a migração do mesmo, onde para a sua migração foi possível verificar
que a maior parte dos equipamentos usados pela UPNet, suportam a nova versão do protocolo IPv6
tanto em hardware, software e que comparativamente ao IPv4, o IPv6 tem maior parte capacidade
de endereçamento e suporte a maior tráfego.
- Das características técnicas do IPv6 encontradas durante a realização do trabalho, existem
as mais destacadas que são na maior parte capacidade de endereçamento e suporte de maior
tráfego, por sua vez IPv6 possui um número de endereços quatro vezes maior (128 bits) que o
IPv4, ilustrando desta forma o protocolo ideal para responder a futura procura dos serviços da
UPNet.
- Uma das políticas do redesenho da UPNet com IPv6 é que sustenta técnicas e
padronização dos protocolos, onde uma das soluções do redesenho é a demonstração da separação
das redes e integração dos dispositivos que simplesmente suportam o IPv6. Para simular a rede
virtualmente, o Cisco Packet- Trace foi tido como o simples na aplicação e que respondeu a
natureza da pesquisa.
- As principais estratégias para migração da UPNet de IPv4 para IPv6:
1. Pilha dupla por ele garantir a comunicação de dados de forma separada tanto IPv4 assim
como IPv4 alocados na mesma camada de rede e
2. Tunelamento 6to4 por permitir a inclusão do IP público IPv4 na rede global de IPv6.
Contudo, foi possível comprovar todas as hipóteses deste trabalho, demonstrando que é
possível com que a UPNet funcione com IPv6.
56

5.2 Recomendações
Findo o trabalho, foi possível perceber de alguns factores adversos para com a migração
do IPv4 para IPv6, assim sendo, deixamos as seguintes recomendações:
- O CIUP devia fazer o uso da técnica de pilha dúpla, tunelamento visto que, estas técnicas
permitem a inclusão de todos equipamentos na rede tanto IPv4 assim como equipamentos que
suportam apenas IPv6.
- Considerando a tendência actual da migração e/ou adopcao do IPv6, a ESTEC
Departamento de informática devia dar o mesmo peso do IPv4 ao IPv6 no processo de formação
onde actualmente o IPv6 é tratado de forma superficial.
- O CIUP devia fazer o uso de equipamentos CISCO, no processo de migração porque
apesar de serem relativamente caros, são profissionais e são adequados para a implementação de
IPv6 numa primeira fase.

5.3 Limitações
Durante o processo de colecta de dados por meio de inquérito não foi possível obter todas
as respostas apresentadas no roteiro por se tratar de informações confidenciais da instituição.
As questões apresentadas no inquérito não foram completamente respondidas, por estas
apresentarem uma parte que debruça o IPv6, este que é tido como protocolo de Internet ainda em
pesquisa com pouco conhecimento do mesmo pelos inqueridos. Desta forma não foi possível
apresentar grelha das respostas do inquérito.
57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. GERHARDT, Tatiana Engel e SILVEIRA, Denise Tolfo, Métodos de Pesquisa, 1.ed, UFRGS,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009.
2. GIL, António Carlos, Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed, Editora Atlas; São Paulo,
1999.
3. GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 3ed, ATLAS S.A. São Paulo,
1996.
4. GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ed, ATLAS S.A. São Paulo,
2002.
5. GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed, Editora Atlas; São Paulo,
2008.
6. GOMES, Alexandre José Camilo, TRINDADE, Carlod Botelho, Melhores Práticas de
Migração de Rede IPV4 para IPV6, Inteligências em Telecomunicações, 2012.
7. JAMHOUR, Edgard, IPV6: Internet Protocol – Versão 6 e Mecanismos de Transição, 2008
8. MADEIROS, Aparecida, Lopes, SILVA, Maurício Rabelho. Evolução do Protocolo da
Internet (IP): do IPV4 ao IPV6, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Potiguar (UNP),
Brasil, 2010.
9. MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Fundamentos de metodologia
científica. São Paulo. 5ª Edição. Atlas Editora. 2003.
10. MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Fundamentos de metodologia
científica: Técnicas de pesquisa. 7 ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
11. NETO, Mário Cláudio Fellet. Planejamento Da Implantação De IPV6 Na Rede Corporativa
Da Câmara Dos Deputados, Centro Universitário do Distrito Federal – UDF, Pós-Graduação
Pesquisa e Extensão, Governança de TI no Sector Público. Brasília 2011.
12. PAMPLONA, Edno Gustavo, TOKUNAGA, Ricardo Kiyoshi. Transição IPV4/IPV6:
Técnica De Tunelamento. Universidade Tecnológica Federal Do Paraná, Departamento
Académico De Electrónica, Curso Superior De Tecnologia Em Sistemas De
Telecomunicações, Curitiba 2014.
58

Outros Documentos Consultados:

1. MACAMO, Xadreque. Identificar e implementar um mecanismo de autenticação centralizada na


rede UPNet. Tese de licenciatura em Informática. Escola Superior Técnica. Maputo, Universidade
Pedagógica, Universidade Pedagógica, 2018.
2. NIPASSA, Albertino J. André. Alternativas de segurança de redes Linux, proposta para
implementação de um firewall e um servidor proxy. Tese de licenciatura em Informática. Escola
Superior Técnica. Maputo, Universidade Pedagógica, 2011.
3. OMAR, Jaime Uirindi. Análise, migração e comunicação dos protocolos de Redes IPv4-IPv6.
Tese de licenciatura em Informática. Escola Superior Técnica. Maputo, Universidade Pedagógica
Universidade Pedagógica, 2017.
4. SINGO, Félix, JOVO, I. Cláudia, SAMBO, L. José, PORTUGAL, Yolanda, NHANISSE, Cacilda.
Relatório Anual – 2013, Centro de Informática da Universidade Pedagógica – CIUP, Maputo,
Agosto de 2014.

Páginas de Internet e Correio Electrónico:


1. CILENTO, Oripide - Esgotamento dos blocos IPV4 e o Protocolo IPV6. (2008). [Online].
Disponível: em http://www.ceptro.br/pub/CEPTRO/PalestrasPublicacoes/SET2008-IPV4-
IPV6.pdf- Arquivo capturado em 2 de Setembro de 2017.
2. COELHO, C. G.; GOMES, E. L. B. Migração do IPv4 para o IPv6 (2016). Formas benefícios e
Implantação 1.[online] disponivel: https://docplayer.com.br/59448590-Migracao-do-ipv4-para- o-
ipv6-formas-beneficios-e- implantacao-1.html. Capturado no dia 7 de Abril de 2018.
3. COLOMBO, Silveira. (2015). Conceitos e Histórico do TCP / IP Conceitos e Histórico do TCP
IP. [Online]. Disponível: ftp://ftp.ci.ifes.edu.br/informatica/cristiano/RedesTcpIp/Conceitos- e-
Historico-TCP_IP.pdf. Capturado no dia 20 de Junho 2018.
4. FERNANDES, André - Informática Facilitada para Concursos, Noções de Redes de
Computadores. 2016. [Online]. Disponível: https://3dconcursos.com.br/arquivos/1476991687.98-
arquivo-N.pdf. Capturado no dia 03 de Abril de 2018.
5. HEIDRICH, André - Implementando Um Mecanismo De Transição IPv4-IPv6 Monografia
Curitiba. 2011 [online] disponível: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/396/1 /CT
GESER 1 2011 05.pdf- A cessado em 7 de Setembro de 2017.
59

6. MORAIS, Carlos Tadeu, LIMA, José Valdeni, FRANCO, Sérgio Roberto - Conceitos sobre
Internet e Web, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1 a Edição, 2012.[online] disponíve l:
http://www.ufrgs.br/sead/servicos-ead/publicacoes-1/pdf/Conceitos_Internet_e_Web.pdf.
capturado no dia 29 de Abril de 2018.
7. RFC 6275. Mobility Support in IPv6 (2011) [Online] disponível: http://www.r fc-
editor.org/info/rfc6275. Capturado no dia 03 de Maio de 2018.
8. SILVA, J., SOUSA, M., SOUZA, W., & CABRAL, Y. (2017). Simuladores e Emuladores de Rede
para o Projeto e o de Problemas em Ambientes de Produção Solução. [online] disponíve l:
https://doi.org/10.12721/2237-5112/rtic.v6n2p16-25. Capturado no dia 01 de Maio de 2018.
9. VUMO, Ambrósio. IPv6: Principais mudanças em relação ao IPv4. [online]. Disponível na
Internet via correio electrónico: ambrosiovumo@gmail.com. Mensagem recebida. Agosto, 2018.
60

APÊNDICES
61

APÊNDICE I: INQUÉRITO DIRIGIDO AOS TÉCNICOS DE INFORMÁTICA DA


UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

Este inquérito tem como objectivo, recolher informação para a realização de um trabalho de
Licenciatura em Informática, e foi elaborado no âmbito de pesquisa sobre estudo da migração da
rede corporativa (UPNet) de IPv4 a IPv6 no Centro de Informática da Universidade Pedagógica. Os
dados fornecidos são absolutamente confidenciais e anónimos e serão exclusivamente utilizado s
para fins de investigação científica.

1. Que avaliação faz sob ponto de vista técnico da UPNet usando o protocolo em IPv4?
d) Muito boa ( ) c) Boa ( ) b) Má ( ) a) Muito má ( )
2. Sendo a UPNet usando o IPV4 tem o conhecimento do esgotamento dos endereços IPv4 em
África?
b) Sim ( )
a) Não ( )
3. Senhor Técnico, estás de acordo com a proposta de migração de IPv4 para IPv6?
b) Sim ( )
a) Não ( )
4. Senhor Técnico, que avaliação faz sob ponto de vista técnico da UPNet migrado para IPv6?
d) Muito boa ( ) c) Boa ( ) b) Má ( ) a) Muito má ( )
5. Que mecanismos são usados para garantir a gestão endereços IP da UPNet com IPv4?
R:_________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6. Qual é o funcionamento actual da UPNet sob ponto de vista de:
a) Software?
______________________________________________________________________________
b) Hardware?
______________________________________________________________________________

e) Segurança?

_____________________________________________________________________________
62

f) Gestão de serviços (QoS)?

__________________________________________________________________________

7. Senhor Técnico, será que já pensaram em migrar a UPNet de IPv4 para IPv6? Se sim. Quais
as razões que levaram a não migrar?
R_________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8. Quais são as estratégias de migração da UPNet de IPv4 para IPv6 que sugere?
R:_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Quais são os desafios enfrentados pelo departamento a fim de responder as necessidades dos
serviços por parte de prestação de serviços informáticos a comunidade académica?

R:____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

10. Em caso de migração da UPNet de IPv4 para IPv6 que observação coloca, em torno uso dos
endereços IPv6?

R:____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
63

APÊNDICE II: INQUÉRITO DIRIGIDO AO DIRECTOR DO CENTRO DE


INFORMÁTICA DA UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

Este inquérito tem como objectivo, recolher informação para a realização de um trabalho de
Licenciatura em Informática, e foi elaborado no âmbito de pesquisa sobre estudo da migração
da rede corporativa (UPNet) de IPv4 a IPv6 no Centro de Informática da Universidade
Pedagógica. Os dados fornecidos são absolutamente confidenciais e anónimos e serão
exclusivamente utilizados para fins de investigação científica.

1. Senhor Director do CIUP, gostaria de saber se desde a concepção da UPNet quais são os
problemas têm enfrentado a nível da rede?
R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. O CIUP gera serviços oferecidos pela UPNet, como tem sido o desafio com vista a
satisfação de todos utilizadores da UPNet?

R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.

3. A Universidade Pedagógica anualmente recebe um número maior de novos ingressos, onde


os mesmos após serem matriculados precisam de serviços da Internet, como está sendo
feito para tornar capaz a satisfação das requisições dos estudantes?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________
64

4. Está a favor ou não da migração da UPNet de IPv4 para IPv6? Que observação coloca, em
torno uso dos endereços IPv6 ?

R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________-
_________________.

5. Será que já pensaram em migrar a UPNet de IPv4 para IPv6? Se sim. Quais as razões que
levaram a não migrarem?
R_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6. Quais são as estratégias de migração de UPNet de IPv4 para IPv6?

R:_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
65

APÊNDICE III: ILUSTRAÇÃO DAS CONFIGURAÇÕES

O resultado da simulação é apresentado de forma detalhada, segundo a figura 8 usando o


simulador virtual apresentamos a seguir os passos:
a) Configuração do switch os respectivos VLANs
Switch#vlan database
% Warning: It is recommended to configure VLAN from config mode, as VLAN database mode
is being deprecated. Please consult user documentation for configuring VTP/VLAN in config
mode.

Switch(vlan)#vlan 10
VLAN 10 added:
Name: VLAN0010
Switch(vlan)#vlan 20
VLAN 20 added:
Switch(vlan)#vlan 30
VLAN 30 added:
Name: VLAN0030
Switch(vlan)#vlan 40
Name: VLAN0020
VLAN 40 added:
Name: VLAN0040
Switch(vlan)#vlan 50
VLAN 50 added:
Name: VLAN0050
Switch(vlan)#vlan 60
VLAN 60 added:
Name: VLAN0060
Saímos das Vlans com vista a entrar no modo de configuração

Switch(vlan)#exit
Entramos no modo de configuração
Switch#configure terminal
Mudamos o nome do switch
Switch(config)#hostname S_CENTRAL
Acedemos as interfaces, colocamos eles para serem acedidas e ser alocadas as respectivas Vlans,
para todas as interfaces que foram usadas:
S_CENTRAL(config)#interface fastEthernet 0/1
S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access
S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 10
S_CENTRAL(config-if)#interface fastEthernet 0/2
S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access
S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 20
S_CENTRAL(config-if)#interface fastEthernet 0/3
66

S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access


S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 30
S_CENTRAL(config-if)#interface fastEthernet 0/4
S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access
S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 40
S_CENTRAL(config-if)#interface fastEthernet 0/5
S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access
S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 50
S_CENTRAL(config-if)#interface fastEthernet 0/6
S_CENTRAL(config-if)#switchport mode access
S_CENTRAL(config-if)#switchport access vlan 60
S_CENTRAL(config-if)#exit
Como precisamos indicar ao switch qual é a interface que irá usar para sair (navegar), precisamos
da porta trunk,sendo assim, entramos na interface

S_CENTRAL(config)#interface gigabitEthernet 0/1


S_CENTRAL(config-if)#switchport mode trunk
S_CENTRAL(config-if)#do write
Building configuration...
[OK]
S_CENTRAL(config-if)#

Uma vez feitas as configurações do switch segue-se a configuração do Router

b) Configuração de Router Principal


Habilitamos e entramos no modo de configuração/ privilegiado
Router>enable
Router#configure terminal
Enter configuration commands, one per line. End with CNTL/Z.
Mudamos o nome do router
Router(config)#hostname R_CENTRAL
R_CENTRAL(config)#exit
R_CENTRAL#vlan database
% Warning: It is recommended to configure VLAN from config mode,
as VLAN database mode is being deprecated. Please consult user
documentation for configuring VTP/VLAN in config mode.
R_CENTRAL(vlan)#vlan 10
VLAN 10 added:
Name: VLAN0010
R_CENTRAL(vlan)#vlan 20
VLAN 20 added:
Name: VLAN0020
R_CENTRAL(vlan)#vlan
R_CENTRAL(vlan)#vlan 30
VLAN 30 added:
Name: VLAN0030
67

R_CENTRAL(vlan)#vlan 40
VLAN 40 added:
Name: VLAN0040
R_CENTRAL(vlan)#vlan 50
VLAN 50 added:
Name: VLAN0050
R_CENTRAL(vlan)#vlan 60
VLAN 60 added:
Name: VLAN0060
R_CENTRAL(vlan)#exit
APPLY completed.
Exiting....

Como estamos a trabalhar com IPv6 precisamos de habilitar o IPv6 no dispositivo, e pelo factor
de uso do roteamento dinâmico precisamos habilitar o unicast-routing

R_CENTRAL#configure terminal
Enter configuration commands, one per line. End with CNTL/Z.
R_CENTRAL(config)#IPv6 unicast-routing
R_CENTRAL(config-rtr)#IPv6 router ospf1
Protocolo de roteamento dinâmico ospf
R_CENTRAL(config-rtr)#IPv6 router ospf 6

É uma id que será usada pelo router


R_CENTRAL(config-rtr)#router-id 2.2.2.2
R_CENTRAL(config-rtr)#exit
R_CENTRAL(config)#interface gigabitEthernet 0/0
R_CENTRAL(config-if)#IPv6 enable
R_CENTRAL(config-if)#no shutdown
R_CENTRAL(config-if)#
%LINK-5-CHANGED: Interface GigabitEthernet0/0, changed state to up
%LINEPROTO-5-UPDOWN: Line protocol on Interface GigabitEthernet0/0, changed
state to up
Acedemos as interfaces das Vlans para fixar os endereços IPv6 que serão usados na nossa rede
R_CENTRAL(config-if)#interface gigabitethernet 0/0.10
R_CENTRAL(config-subif)#
%LINK-5-CHANGED: Interface GigabitEthernet0/0.10, changed state to up
%LINEPROTO-5-UPDOWN: Line protocol on Interface GigabitEthernet0/0.10, changed
state to up
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 2002:1::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 10
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-subif)#interface gigabitethernet 0/0.20
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 2002:2::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 20
68

R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0


R_CENTRAL(config-subif)#interface gigabitethernet 0/0.30
R_CENTRAL(config-subif)#
%LINK-5-CHANGED: Interface GigabitEthernet0/0.30, changed state to up
%LINEPROTO-5-UPDOWN: Line protocol on Interface GigabitEthernet0/0.30, changed
state to up
R_CENTRAL(config-subif)#
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 200:3::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 30
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-subif)#interface gigabitethernet 0/0.40
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 2002:4::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 40
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-subif)#interface gigabitethernet 0/0.50
R_CENTRAL(config-subif)# %LINK-5-CHANGED: Interface GigabitEthernet0/0.50,
changed state to up %LINEPROTO-5-UPDOWN: Line protocol on Interface
GigabitEthernet0/0.50, changed state to up
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 2002:5::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 50
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-subif)#interface gigabitethernet 0/0.60
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 address 2002:6::1/64
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 eigrp 1
R_CENTRAL(config-subif)#encapsulation dot1Q 60
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-subif)#exit
R_CENTRAL(config)#do write
R_CENTRAL(config)#interface gigabitEthernet 0/1
R_CENTRAL(config-if)#IPv6 address 2002:10::1/64
R_CENTRAL(config-if)#IPv6 ospf 6 area 0
R_CENTRAL(config-if)#no shutdown
%LINK-5-CHANGED: Interface GigabitEthernet0/1, changed state to up
R_CENTRAL(config-if)#do write
Building configuration...
[OK]

Numa VLAN configurou-se o DHCPv6 onde os IPs serão distribuídos automaticamente, sendo
assim entramos na interface que representa a vlan e configuramos, dentro de DHCPv6 pede-se o
domínio, o IP do servidor DNS o range (pool) de endereços que serão distribuídos.
69

R_CENTRAL(config)#interface gigabitEthernet 0/0.10


R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 dhcp server dhcpv6
R_CENTRAL(config-subif)#no shutdown
R_CENTRAL(config-subif)#IPv6 dhcp pool dhcpv6
R_CENTRAL(config-dhcpv6)#prefix-delegation pool dhcpv6 lifetime 1800 600
R_CENTRAL(config-dhcpv6)#dns-server 2001:1::1
R_CENTRAL(config-dhcpv6)#domain-name www.up.ac.mz
R_CENTRAL(config-dhcpv6)#exit
R_CENTRAL(config)#IPv6 local pool dhcpv6 2002:1:AAA::/64 64
R_CENTRAL(config)#do write
Building configuration...
[OK]

O mesmo feito para DHCPv4, na ocasião de ter dispositivos que não suportam o IPv6
configuramos pilha dúpla na VLAN, para tal entramos na interface

R_CENTRAL(config)#interface gigabitEthernet 0/0.10


R_CENTRAL(config-subif)#ip address 172.24.9.254 255.255.255.0
R_CENTRAL(config-subif)#no shutdown
R_CENTRAL(config-subif)#ip dhcp pool dhcpv4
R_CENTRAL(dhcp-config)#network 172.24.9.0 255.255.255.0
R_CENTRAL(dhcp-config)#default-router 172.24.9.254
R_CENTRAL(dhcp-config)#do write
Building configuration...
[OK]
Como mecanismo de garantir a integridade na rede UPNet propõe-se a criação de um segmento
separado que dá suporte aos servidores.
Habilitamos o Router e entramos no modo de configuração, acedemos a interface e fixamos os
endereços tanto para IPv4 e assim como para IPv6.
DATER>enable
DATER#conf t
DATER(config)#interface gigabitEthernet 0/0
DATER(config-if)#ip address 172.24.1.254 255.255.255.0
DATER(config-if)#ipv6 address 2002:9::1/64
DATER(config-if)#no shutdown
DATER(config)#interface gigabitEthernet 0/1
DATER(config-if)#ip address 172.24.5.2 255.255.255.0
DATER(config-if)#no shutdown
Roteamento dinâmico de IPv4
70

DATER(config)#ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 172.24.5.1


Criação de Tunnel
DATER(config-if)#interface tunnel 0
DATER(config-if)#tunnel mode ipv6ip
DATER(config-if)#ipv6 address 2002:10::1/64
DATER(config-if)#tunnel source gigabitEthernet 0/1
DATER(config-if)#tunnel destination 172.24.5.1
DATER(config-if)#exi
DATER(config)#do write
Roteamento dinâmico de IPv6

DATER(config)#ipv6 route ::/0 2002:10::2


As ilustrações do teste da comunicação das redes a pôs a configuração encontram-se no apêndice
IV.
71

APÊNDICE IV: ILUSTRAÇÃO DOS TESTES DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS REDES


A PÔS A CONFIGURAÇÃO
72

APÊNDICE IV: ILUSTRAÇÃO DOS TESTES DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS REDES


A PÔS A CONFIGURAÇÃO (CONT. 1)
73

APÊNDICE IV: ILUSTRAÇÃO DOS TESTES DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS REDES


A PÔS A CONFIGURAÇÃO (CONT. 2)
74

APÊNDICE IV: ILUSTRAÇÃO DOS TESTES DA COMUNICAÇÃO ENTRE AS REDES


A PÔS A CONFIGURAÇÃO (CONT. 3)
75

ANEXO
76

Anexo: Credencial

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