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0441 E-MERCADO
ufcd 0441 – E-mercado
Índice
Introdução.......................................................................................................................................2
Âmbito do manual.....................................................................................................................2
Objetivos......................................................................................................................................2
Conteúdos programáticos......................................................................................................2
Carga horária..............................................................................................................................2
Bibliografia....................................................................................................................................52
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ufcd 0441 – E-mercado
Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
Conteúdos programáticos
Carga horária
50 horas
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Enquadramento
Com o advento do comércio eletrónico, criaram-se novos produtos bem como novos tipos e
formas de transações e negócios.
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O marketing eletrónico fornece valor ao cliente em termos de tempo, lugar, posse e forma.
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Web Site
O número de utilizadores da internet não pára de aumentar e com ele, também, o número
de caixas de correio eletrónico.
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Tal como uma carta, pode ser utilizado para diferentes fins, com a vantagem de
representar menos custos (por exemplo: envelopes, selos de correio, tempo despendido
nestas tarefas pelos funcionários administrativos).
Recorrendo a uma base de dados interna ou através da aquisição de uma base de dados
externa, pode-se utilizar a internet para:
Comunicar com os clientes – fornecendo informações relevantes e, sempre
que possível, promovendo a interação.
Exemplos:
O e-mail permite anunciar o lançamento de um novo produto ou
serviço.
Agradecer as compras dos clientes.
Desejar um feliz Natal aos clientes.
Anunciar a nova localização de uma loja.
Anunciar a presença e a localização do stand em feiras.
Etc.
Receber pedidos de informação/sugestões - este poderá ser um meio
privilegiado para manter um relacionamento próximo com o cliente, fazendo
com que este se sinta seguro, ouvido, apoiado, valorizado e útil, podendo
assim a empresa começar por estabelecer um verdadeiro relacionamento
com o cliente, que vai para além da ótica puramente comercial.
Enviar Newsletters - o envio de boletins eletrónicos é uma forma de manter
os clientes/consumidores permanentemente informados sobre as atividades
da empresa.
Aumentar as vendas
Anunciando promoções.
Enviando diretamente documentação sobre um novo produto ou
serviço que vai vender
Recuperando um antigo cliente, através do envio de uma
informação/oferta relevante para ele.
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Motores de Busca
Web site de pesquisa na Internet que reúne e expõe informação residente em sites, a
partir de palavras-chave definidas pelo utilizador (keywords).
Banner:
Área de imagem, animada ou não, utilizada para atrair um visitante a um determinado site,
através de um link específico.
O banner é mostrado sempre que a página que o contém é aberta e o utilizador, através
de um ‘click’, é direcionado para o site do anunciante.
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Oportunidades
Quais devem então ser as mudanças a considerar no relacionamento online com o cliente,
tendo em conta estas diferenças?
Criar processos de compra no seu site, de forma a que ele possa concluir qualquer
encomenda sem sair do seu lugar, à frente do computador;
Zelar pela privacidade de cada utilizador;
Tentar caracterizar o melhor possível o cliente, de forma a tornar o seu ambiente de
compra cada vez mais personalizado;
A maior parte dos utilizadores web não têm formação informática. Daí a
necessidade de desenvolver um interface leve e fácil, explicar todas as
funcionalidades extensivamente ao cliente e zelar pelo bom funcionamento de todas
elas. Esta tarefa é tão mais complicada quanto o aumento de plataformas com que
o vosso negócio será compatível;
Gerir os destaques, de forma a que as ofertas estejam de acordo com as
preferências do cliente;
Disponibilizar pagamento por cartão de crédito e assumir um compromisso de
segurança, quer numa política bem definida, quer em tecnologia aplicada para o
efeito;
Manter-se atento aos preços, produtos e promoção da concorrência, dado que lhe é
bastante mais fácil controlar a ação da concorrência através de motores de busca.
Juntamente com a distribuição (Placement), estes são os 4 P’s do Marketing Mix
Tradicional23. No entanto, esta variável tem um peso consideravelmente menor na
Internet, visto que um utilizador terá gradualmente maior acesso a produtos a nívl
global e a preços de fabricante Este quarto “P” pode facilmente ser substituído por
Personalização,
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No contexto do negócio eletrónico, existem duas condições de alto nível essenciais para o
sucesso e que é necessário satisfazer de forma o mais completa possível.
Só com os meios necessários é que uma organização pode oferecer valor de forma eficaz e
eficiente e de forma sustentada.
Desta forma, além do aparato tecnológico necessário, é preciso conseguir organizar e gerir
os recursos de modo a conseguir obter não só valor acrescentado para o cliente, mas
também os recursos suficientes que justifiquem o negócio da organização.
Constrangimentos
É habitual dizer-se que a Internet possibilita o mercado global, mas ainda existem
obstáculos a esse contacto, como:
Custos logísticos - a importação de grandes quantidades de produtos para
Portugal acarreta custos alfandegários, custos e seguro de transporte, da mesma
forma que a exportação. Para além disso, existe pouca formação disponível nesta
área em Portugal e os trâmites legais dos INCOTERMS (International Commerce
Terms) não são de fácil referência;
Língua e Cultura - Cada nação tem a sua própria língua e isso, em si, ode ser um
obstáculo comunicacional, mesmo na web. Outra questão prende-se com a
proibição de certos conteúdos em países com regimes políticos que exercem
censura por motivos religiosos ou puramente políticos (Ex. Corpos femininos na
Arábia Saudita);
Pagamentos - A cotação da Moeda varia de país para país, bem como as taxas
alfandegárias e / ou sobre consumo;
Assistência ao Cliente - Dada a distância de determinados públicos, não é
possível fazer qualquer acompanhamento ao cliente;
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Nivelar um site, de forma a que ele possa solucionar estes problemas, implica um
investimento considerável na administração e funcionalidades tecnológicas.
Para além de que todos os dados gerados a partir destas transações têm de ser reduzidos
a uma única unidade standard (unidade de moeda, unidade de medida, unidade de peso),
de forma a serem tratados para futuras ações de WebMarketing.
Tendo em conta tudo isto, fica bem visível que alcançar um mercado global implica um
investimento e custos fixos incomportáveis para a maioria das PME’s. Daí a necessidade
das organizações almejarem públicos mais restritos.
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Identificação do público-alvo
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Implementação
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Avaliação e controlo
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1. Identificação do Público-Alvo
Antes de mais, a empresa deve clarificar se existe uma correspondência entre os alvos de
comunicação que pretende atingir e os utilizadores da Internet, de forma a ser assegurada
a viabilidade de recorrer ao marketing na internet.
É provável que a resposta a esta questão seja positiva e a tendência é para que a
probabilidade aumente, atendendo ao crescimento contínuo do número de utilizadores da
Internet.
A empresa deve também perceber junto dos seus clientes se são ou não utilizadores da
internet.
Caso não sejam, deve-se procurar saber quando tencionam ligar-se à internet; se são
utilizadores, é fundamental saber com que frequência navegam e com que fins, assim
como se preferem ser contactados por carta ou por e-mail.
Para isso, a empresa poderá recorrer por exemplo a pequenos inquéritos ou, de forma mais
informal, recolher a informação através da sua força de vendas (nesta etapa a obtenção
dos contactos de e-mail dos clientes é fundamental).
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A definição da sua estratégia deve começar pela definição dos objetivos, como sejam, por
exemplo:
Criar um novo canal de vendas.
Potenciar a imagem da empresa e/ou produtos/serviços.
Dar a conhecer a empresa e os produtos.
Aumentar a notoriedade da empresa e dos produtos/serviços.
Alargar a área de influência do negócio – no caso de uma empresa que se queira
internacionalizar, uma presença forte na Web é muitas vezes um fator crítico de
sucesso.
Criar valor acrescentado para os clientes/consumidores.
Definidos os objetivos que pretende alcançar com a presença na Web, deve-se identificar e
ordenar por ordem de importância os principais alvos da comunicação (alvos primários e
alvos secundários).
Neste passo, a empresa deverá definir as ações que pretende realizar on-line, como sejam
a construção de um web site, a publicidade em motores de busca (e em que motores
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Para além das ações on-line, a empresa deve também fazer o planeamento das ações off-
line que são fundamentais para servir de suporte à estratégia de Web Marketing da
empresa, tais como:
A construção e ou aquisição de uma base de dados;
Meios de divulgação da presença on-line da empresa: publicidade, ‘flyers’ ou outro
material promocional; etc.
4. Implementação
A grande maioria das PME não dispõe de recursos humanos com tempo, conhecimento e
competências para implementar uma campanha de comunicação de Marketing na Internet.
A empresa poderá por isso identificar e selecionar empresas de Web Marketing, devendo
para isso estruturar um briefing que vá de encontro às suas necessidades.
Nota: é fundamental que no briefing deixe margem para que sejam dadas soluções e
pareceres quanto à adequação da sua estratégia on-line.
Um aspeto importante que deve ser também clarificado junto da empresa que irá
implementar a presença da sua empresa da Internet é a definição da forma como a
atualização dos conteúdos do site será feita e as aplicações para medição da performance
da sua presença on-line.
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Pode ainda solicitar à empresa fornecedora do serviço a construção de uma página Web
que permita, a qualquer momento, avaliar os resultados do site.
5. Avaliação e controlo
A avaliação de uma campanha on-line pode ser tão instantânea e rigorosa quanto as suas
necessidades, existindo para cada caso vários parâmetros de avaliação.
Se para tarefas que muitas vezes são realizadas pelas próprias empresas podem ser criados
indicadores de performance, como é o caso dos e-mails, onde devem ser criados
indicadores como taxas de resposta (número de e-mails enviados/número de respostas ou
pedidos de feedback), na maior parte dos casos a sua avaliação e controlo pode requerer
competências que muitas vezes as PME não encontram internamente.
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A Internet permite um nível de avaliação e controlo que outros meios não permitem com
tamanha exatidão, pelo que este é um dos parâmetros fundamentais que deve definir
claramente com a empresa que lhe está a preparar a campanha on-line da empresa.
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A Internet facilita precisamente a sua recolha, quer a nível de fontes secundárias, quer em
termos de fontes primárias.
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Várias empresas dão acesso a dados de carácter mais restrito, através da extranet, a
parceiros comerciais, intermediários e clientes, de modo a facilitar o negócio destes.
Mas de que modo podem as empresas obter a informação de que necessitam para suportar
as suas decisões? Para além das alternativas clássicas, existe um conjunto de outras:
A Internet pode ser utilizada para recolher informações sobre os clientes que visitam o
nosso site.
Para que tal seja possível, é necessário que o utilizador se registe, por isso em muitos sites
só é possível aceder a determinados serviços após efetuar o registo.
Este permitirá à empresa abrir uma ficha, que incluirá informações do utilizador, tais como
e-mail, morada, características e comportamento em termos de navegação e compra.
Esta ficha pode também incluir registos de todos os contactos que o cliente teve com a
empresa, problemas específicos e questões que tenha colocado e outras informações como
seja o estado da sua conta referente ao programa de fidelização.
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Toda a informação obtida através destas fontes é grátis e está disponível online.
Existe também informação com origem privada colocada em páginas web. Os sites de
muitas empresas contém informação diversa sobre a missão, produtos, serviços, parceiros
e atividades em curso.
Outra boa fonte de informação são os sites das grandes empresas de pesquisa de
marketing, como a Cyberdialogue (www.cyberdialogue.com), a Forrester Research
(www.forrester.com) ou a Marktest (www.marktest.pt) a nível nacional, que colocam online
amostras de estatísticas e estudos de forma a que os utilizadores se interessem pela
aquisição dos relatórios completos.
Neste âmbito de informação de origem privada, há ainda empresas que colocam online
estudos realizados para clientes de elevada notoriedade, com objetivo de conquistarem
novos clientes.
Outra fonte de informação secundária são as bases de dados comerciais online, as quais
contém informação publicada que pode ser acedida através da Internet.
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Contudo a Internet facilita a recolha de dados, permitindo por exemplo, que com facilidade
sejam efetuados painéis online.
Vejamos então com um pouco mais de detalhe as diferentes técnicas que podem ser
utilizadas.
1.Experiências online
Assim, para além da medida do número de clicks sobre o banner, deve procurar saber-se
se este teve algum efeito sobre quem o viu, embora não tenha feito um click sobre ele.
Assim pode enviar-se um questionário a uma amostra de visitantes do site, para que estes
possam responder de modo a tirarmos conclusões sobre a questão.
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A pesquisa através de focus group é uma metodologia qualitativa que procura recolher
informação detalhada recorrendo a um pequeno grupo de participantes.
Outra desvantagem está relacionada com o facto de não vermos as pessoas, o que pode
levar a que a suas identidades sejam falsas ou estejam a ser falsas na sua participação,
dado que não é possível observar as suas expressões.
3. Observação online
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Existem mesmo empresas que, por uma pequena quantia, observam os newsgroups e os
chats e informam as empresas quando estão a circular rumores negativos ou positivos
sobre estas.
Passando esta técnica para a economia digital, recorrendo ao e-mail é possível enviar um
primeiro conjunto de questões a especialistas da área de Internet.
Após a receção das respostas envia-se um resumo das respostas a esses mesmos
especialistas, bem como um novo conjunto de questões.
5. Inquéritos online
As empresas podem simplesmente enviar o questionário por e-mail à sua base de dados ou
em alternativa adquirir uma base de dados externa a uma qualquer das empresas que
comercializam este serviços.
Após o envio do questionário, a empresa pode ainda, e sem custos, enviar um e-mail a
recordar a todos os que ainda não responderam.
7. Sondagens na web
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Nas sondagens na web, as empresas colocam online perguntas fechadas, que os clientes
podem responder. É também possível aceder ao ponto de situação em termos de
respostas.
Os exemplos são inúmeros e quase não há portal ou site que não tenha uma ou mais
sondagens online.
Vantagens:
Alcance global:
Aplicabilidade em mercados B2C e B2B:
Flexibilidade
Economia de tempo
Inovações tecnológicas
Facilidade de recolha de dados
Baixo custo de aplicação e administração
Simples obtenção de grandes amostras:
Controlo da ordem de perguntas respondidas:
Preenchimento obrigatório de perguntas:
Desvantagens:
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A Internet pode ser utilizada pelas empresas para influenciar o comportamento de compra
dos consumidores, na medida em que é um meio que permite fornecer a informação que
se deseja sobre a empresa e os seus bens e serviços.
Ao contrário das compras offline, as compras na Internet requerem por parte dos
consumidores disposição e interesse para aceitarem e adotarem a tecnologia.
Os compradores são constituídos por pessoas singulares e por empresas que compram
produtos no mercado.
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Uma Web Exchange B2B é uma plataforma em que muitas empresas compram e vendem
produtos entre si.
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Os motores de busca são o primeiro local de pesquisa de novos vendedores, sendo que os
diretórios industriais online são responsáveis por 21% das primeiras pesquisas.
Todo e qualquer país pode melhorar o seu nível de desenvolvimento económico pelo
aumento da eficiência na produção, distribuição e venda de bens ou serviços. Para países
com economias emergentes, a tecnologia desempenha um papel especial que permite a
abertura a mercados novos e globais.
Num estudo conduzido pela União Internacional das Telecomunicações, os inquiridos norte-
americanos e europeus consideraram a privacidade (31%), a censura (24%), as
dificuldades com a navegação online (17%) e as taxas (9%) como os maiores obstáculos
ao crescimento contínuo do comércio eletrónico.
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O processo de troca na Internet diz respeito ao ato de obter um objeto que se deseja
mediante a oferta de algo em troca. Este processo ocorre no âmbito de um contexto
tecnológico e sociocultural que o condiciona.
No que respeita à tecnologia, a taxa de penetração da banda larga para acesso à Internet
assume uma grande importância na medida em que influencia as próprias conceção e
organização da informação constante nos sites.
Na Coreia do Sul, por exemplo, devido à significativa disseminação da banda larga (cabo,
ADSL), muitos clientes de clubes de vídeo têm acesso aos filmes que alugam pela Internet,
sem terem portanto necessidade de se deslocarem ao clube propriamente dito.
As tendências socioculturais também têm um efeito importante nas trocas online. Por um
lado, o excesso de informação sobrecarrega os consumidores, abrindo oportunidade para o
desenvolvimento de portais (horizontais e verticais), motores de busca, metamediários,
shopping agents e agentes inteligentes.
Por outro lado, as fronteiras entre casa e emprego estão a dissolver-se, graças à crescente
mobilidade associada a computadores portáteis, telemóveis e PDA.
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A faixa etária entre os 15 e 24 anos, por exemplo, lidera em Portugal, seguida dos
utilizadores entre os 25 e 34 anos. Depois, surgem os internautas entre os 35 e 44 anos,
mais de 44 anos e, finalmente, entre os 4 e 14 anos.
Apenas 28% dos inquiridos preferem anúncios que contenham mensagens baseadas em
factos.
As campanhas que considerem mais do que um meio de comunicação têm 50% mais
probabilidades de obter resposta por parte deste segmento de mercado. Embora esteja
mais tempo online, este grupo não deixa de consumir meios tradicionais, como a televisão
e a imprensa.
Quarenta e três por cento dos estudantes universitários dedicam mais de dez horas por
semana a «surfar» na Internet, 17% a ver televisão, 6% a ouvir rádio e 1% a ler revistas e
jornais.
Quando online, os estudantes fazem downloads (62%) e uploads (51%) de fotos, lêem
artigos (47%), vêem vídeos (47%), lêem blogs (34%), criam e ouvem podcasts (25%) e
participam em bulletin boards online, grupos de discussão ou salas de conversação (24%).
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Os recursos de que o consumidor dispõe para a troca online também são muito
importantes, nomeadamente os associados a dinheiro, tempo, energia e psicologia.
As trocas efetuadas via Internet não utilizam dinheiro ou cheques, mas antes várias formas
de dinheiro digital, com sejam os cartões de débito (ex.: MBNet) ou crédito (Visa,
Mastercard, Dinners, American Express), cheques eletrónicos, através de uma terceira
entidade, como o PayPal, e cartões inteligentes.
As pessoas estão cada vez mais tempo online, à custa inclusivamente do horário nobre da
televisão.
Um dos resultados desta situação surge no abandono dos carrinhos de compra online
devido à desistência dos consumidores em concluir uma compra cujo processo iniciaram.
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Por trás desta situação estão razões de ordem técnica assim como a procura de informação
comparativa.
Mas existem outras razões. Surge em grande destaque o facto de a página demorar
demasiado tempo a carregar (48%), bem como o facto de o site ser confuso e o utilizador
não encontrar o produto (45%).
Ainda em muitos casos, surge a indisponibilidade do produto em stock (32%). Vinte por
cento dos inquiridos referem que, para fazer a ordem de encomenda, tiveram de contactar
o serviço de apoio ao cliente. Casos há em que o produto demorou demasiado tempo a ser
entregue (15%). Finalmente, ainda merece destaque o facto de 10% dos inquiridos
mencionarem a devolução do produto.
As salas de conversação são utilizadas regularmente por 23% dos inquiridos e as chamadas
telefónicas via Internet apresentam um significativo potencial de crescimento.
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O preço é o fator mais importante na motivação das visitas às farmácias online, pois dois
terços dos inquiridos afirmam que poupam dinheiro na compra de medicamentos na
Internet.
Quarenta e cinco por cento dos inquiridos indicam como finalidade da sua visita a
comparação de preços e dois terços afirmam que as farmácias online competem
efetivamente com as farmácias tradicionais.
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Neste caso particular, muitos consumidores necessitam ainda de sentir o produto tangível,
nomeadamente na secção de frescos, antes da sua compra.
Por outro lado, como se provou no caso do Pingo Doce Online versus Continente Online,
quando a necessidade de compra ocorre frequentemente, em menos quantidades de cada
vez e existem lojas físicas alternativas próximas, o consumidor prefere a compra offline à
compra online.
Em Portugal
Os dados seguintes têm como fonte um recente estudo levado a cabo pela marktest.
Se há uns anos atrás era nos locais de trabalho que se verificava o maior acesso à internet,
hoje a proliferação de acessos domésticos alterou completamente os hábitos, tornando o
fim do dia um dos momentos de pico de utilização da internet.
Por outro lado a entrada em jogo de equipamentos mais portáteis, mais potentes e mais
eficazes – os tablet e os smartphones – contribuiu ainda mais para potenciar as mudanças
ocorridas.
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Mas agora, para além do mail, a grande maioria utiliza também outras formas,
designadamente as redes sociais (85% colocam posts), o instant messaging (84%, 2 ou +
vezes/ semana), o voip (72%) e o sms/net (54%, com menor frequência).
Tal como a comunicação, a pesquisa é uma função essencial para os utilizadores: todos
recorrem a algum motor de busca com uma frequência diária.
Neste caso, mais no tempo diurno para o uso profissional e ao serão para o uso pessoal.
Para além dos motores de busca, a pesquisa incide sobre mapas/percursos (97%),
produtos /preços (95%), medicina/saúde (92%), trabalho (89%), moradas/telefones
(89%), viagens (89%), escola (82%).
Mas o digital é também uma fonte de informação noticiosa hoje em dia incontornável. A
procura de notícias é feita principalmente em sites de jornais/revistas (94%) ou em portais
agregadores de notícias (87%).
A procura das edições eletrónicas de jornais é praticada também pela maioria dos
inquiridos, seja em e-paper (65%) seja em apps (54%).
Quanto aos conteúdos mais procurados, eles são a meteorologia (93%), a cultura (92%), a
música (89%), as tecnologias (84%), as figuras/famosos (78%), a economia (73%), a
política (71%) e o desporto (71%).
A procura de informação é mais acentuada nos grupos etários acima dos 25 anos e nas
classes A/B e C1 (quadros médios e superiores). Para estes, esta ação é diária e tem lugar
principalmente ao final da tarde e à noite.
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Uma das áreas onde se verificam maiores alterações é no comércio eletrónico, que teve um
enorme incremento. Cerca de 79% afirmam fazer compras ou vendas on-line. Eram cerca
de 15% em 2011.
(De registar que a participação em leilões é significativamente mais referida pelo grupo dos
desempregados).
Fruto dos tempos, a internet é utilizada regularmente pela grande maioria dos inquiridos
para efetuar movimentos bancários.
Em 2011 eram já 80% e em 2007 apenas 25%. A utilização mais comum refere-se a
pagamentos e transações (79%), sendo as simples consultas uma prática também bastante
frequente (66%).
Este comportamento é mais acentuado entre os homens, com mais de 25 anos, da classe
A/B e residentes na Grande Lisboa.
Cerca de 79% dos indivíduos inquiridos fazem compras on-line; e eram 15% em 2011. São
principalmente homens, dos 15 aos 44 anos e das classes A/B e C1. No entanto, apenas
pouco mais de metade (59%) afirmam fazê-lo mais do que esporadicamente
(frequentemente ou de vez em quando).
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ufcd 0441 – E-mercado
No que se refere aos dispositivos digitais utilizados, o mais comum é o computador portátil,
seguindo-se o mobile (tablet ou smartphone) e por fim o computador fixo.
Assim, o equipamento digital mais comum utilizado no acesso à Internet é o laptop (76%
durante a semana e 72% ao fim de semana). Tem um uso principalmente pessoal.
O mobile é já a principal alternativa em hardware (61% nos dias de semana e 58% ao fim
de semana). O tipo de dispositivo mais comum é o smartphone e em segundo plano o
tablet (numa relação de utilização de 2 para 1, respetivamente).
A maior parte refere a sua preferência pelo browsing em laptop; seja pelo hábito, seja pela
ainda maior difusão ou seja apenas porque gostam. Os indivíduos que manifestam a sua
preferência pelas apps, ligados naturalmente ao uso de mobile, têm um perfil mais
masculino, entre os 15 e os 44 anos e das classes A/B e C1.
O double screen também já é uma realidade em Portugal. Mais de metade dos internautas
– 58% - navegam na Internet enquanto vêm Televisão. (Este procedimento não surgiu nas
fases anteriores do estudo (2007 e 2011).
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Este comportamento é mais acentuado entre as mulheres, nos grupos etários dos 15 aos
34 anos e na classe A/B. A grande maioria dos que praticam esta ação paralela utilizam um
laptop, mas mais de metade recorrem ao mobile.
Apenas cerca de metade (51%) dos utilizadores de Internet que vêm Televisão e navegam
na Internet em simultâneo procuram conteúdos relacionados com o programa a que
assistem; os restantes dedicam-se a atividades relacionadas com lazer.
A procura incide também sobre as emissões on-line de Rádio (72%, 42% com download) e
de Televisão (52%, sendo apenas 3% em 2011).
Este é um comportamento que, embora não regular, é mais acentuado entre os homens
dos 15 e os 34 anos; e bastante mais reduzido na Grande Lisboa. Jogar on-line é uma
prática para cerca de dois terços dos internautas (50% através de apps, e eram 19% em
2011).
Outras áreas de lazer com procura na internet prendem-se com interesses pessoais,
hobbies, turismo/ viagens, bricolage, cozinha, blogues, procura de amigos, etc.
A grande maioria dos internautas (88%) acede a uma rede social, via apps (66%) e/ou
uma via dita mais convencional (86%). A frequência do acesso é igualmente intensa: 60%
fazem-no diariamente ou quase todos os dias. Eram também cerca de
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A quase totalidade dos utilizadores diários das redes sociais privilegia o Facebook (99%). O
Youtube obtém também uma posição de elevado destaque (79%).
Não surpreendentemente o Linkedin é mais procurado por pessoas das classes A/B entre
os 25 e 34 anos.
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Perfil de internautas
Equipamentos digitais
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Comunicação: frequência
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Informação: frequência
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Lazer: frequência
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Bibliografia
Rita, Paulo e Oliveira, Cristina, O Marketing no negócio eletrónico , Ed. SPI – Sociedade
Portuguesa de Inovação, 2006
Documentos eletrónicos
“Um dia das nossas vidas na internet” – Estudo de hábitos digitais dos portugueses, Nova
expressão/ Marktest
http://www.novaexpressao.pt/userfiles/file/UM%20DIA%20DAS%20NOSSAS
%20VIDAS%20NA%20INTERNET%20-%20Vers%C3%83%C2%A3o
%20integral.pdf
Sites consultados
Marktest
http://www.marktest.com/
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