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IT Essentials: PC Hardware and Software V4.0(1) - Português

1.0 Introdução
Tecnologia da Informação (TI) consiste na concepção, desenvolvimento,
implementação, apoio e gestão das aplicações de hardware e software do
computador. Um profissional de TI possui conhecimentos sobre os sistemas
computacionais e sistemas operativos. Este capítulo efetuará uma revisão das
certificações TI e dos componentes de um sistema computacional básico.

Após completar este capítulo, terá atingido os seguintes objetivos:

 Explicar as certificações da indústria TI.


 Descrever um sistema computacional.
 Identificar os nomes, finalidades e características das caixas e fontes de
alimentação.
 Identificar os nomes, finalidades e características dos componentes
internos.
 Identificar os nomes, finalidades e características das portas e dos
cabos.
 Identificar os nomes, finalidades e características dos dispositivos de
entrada.
 Identificar os nomes, finalidades e características dos dispositivos de
saída.
 Explicar os recursos do sistema e as respectivas finalidades.

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1.1 Explicar as certificações da indústria TI


Este curso abordará os computadores pessoais e portáteis. Abordará, ainda, os
dispositivos eletrônicos, tais como os assistentes digitais pessoais e os
telemóveis.

A formação e a experiência qualificarão um técnico para que este possa efetuar


a manutenção de computadores e de dispositivos eletrônicos pessoais. Obterá
as competências técnicas especializadas necessárias para instalar, efetuar a
manutenção e reparar computadores. A obtenção de uma certificação de
indústria normalizada proporcionar-lhe-á confiança e aumentará as suas
oportunidades em TI.

Este curso centra-se nas seguintes certificações normalizadas de indústria:

 CompTIA A+
 "European Certification of Informatics Professional (EUCIP) TI
Administrator Certification" (Módulos 1- 3)

Após completar esta secção, deverá ter atingido estes objetivos:

 Identificar o ensino e as certificações.


 Descrever a Certificação A+.
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 Descrever a Certificação EUCIP.

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1.1.1 Identificar o ensino e as certificações


Tecnologia de Informação (TI) é um termo que envolve a relação entre o
hardware, o software, as redes e a assistência técnica fornecida aos
utilizadores. IT Essentials: PC Hardware and Software abrange a informação
necessária para que um técnico possa ser bem sucedido nas TI. Este curso
abrange os seguintes tópicos:

 Computadores pessoais
 Medidas de segurança do laboratório
 Resolução de problemas
 Sistemas operativos
 Computadores portáteis
 Impressoras e scanners
 Redes
 Segurança
 Competências de comunicação

O curso IT Essentials aborda duas certificações da indústria, cujas


competências se baseiam em hardware e software: CompTIA+ e EUCIP. Este
curso consiste, apenas, numa introdução ao mundo das TI. Um técnico pode
continuar a estudar, obtendo as seguintes certificações:

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 CCNA – Cisco Certified Networking Associate


 CCNP – Cisco Certified Networking Professional
 CCIE – Cisco Certified Internetworking Expert
 CISSP – Certified Information Systems Security Professional
 MCP – Microsoft Certified Professional
 MCSA – Microsoft Certified Systems Administrator
 MCSE – Microsoft Certified Systems Engineer
 Network+ – CompTIA Network Certification
 Linux+ – CompTIA Linux Certification

As certificações de TI podem ser utilizadas como créditos para os graus


acadêmicos de níveis médio e superior em áreas como a informática e as
telecomunicações.

1.1.2 Descrever a certificação A+


A Associação da Indústria da Tecnologia da Computação - "Computing
Tecnology Industry Association" (CompTIA) desenvolveu o programa de
Certificação A+. A certificação CompTIA A+, de acordo com a figura 1, significa
que um candidato é um técnico qualificado de hardware e software para PC. As
certificações CompTIA são conhecidas, na comunidade TI, como uma das
melhores formas de entrar no campo da tecnologia de informação e construir
uma carreira sólida.

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Um candidato a uma Certificação A+ tem que passar em dois exames. O


primeiro exame é o CompTIA A+ Essentials. O segundo exame avançado
depende do tipo de certificação desejada. Cada exame avançado dá acesso a
competências especializadas numa das seguintes áreas:

 Técnico TI
 Técnico de Apoio Remoto
 Técnico com Certificação "Depot"
 Exame CompTIA A+ – Essentials

Todos os candidatos à certificação têm de passar no Exame A+ Noções


Básicas (220-601). O exame engloba as capacidades básicas necessárias para
instalar, fazer o upgrade, reparar, configurar, resolver problemas, otimizar,
diagnosticar e manter os sistemas operativos e o hardware básico do
computador pessoal.

Exame CompTIA A+ – Técnico TI


O exame CompTIA A+ (220-602) avalia o técnico de serviço no exterior. Os
técnicos de exterior trabalham em ambientes técnicos corporativos ou de
campo.

Exame CompTIA – Técnico de Assistência Remota


O exame CompTIA A+ (220-603) avalia os técnicos de assistência remota,
responsáveis pela assistência ao cliente, sem que toquem fisicamente no
computador do cliente. Um técnico remoto trabalha, muitas vezes, num
ambiente de call center onde os técnicos resolvem problemas do sistema
operativo e questões de conectividade via telefone ou Internet.

Um técnico remoto é também conhecido como técnico de assistência, técnico


de call-center, técnico especialista ou representante técnico.

Exame CompTIA A+ – Técnico com certificação "Depot"


O exame CompTIA A+ (220-604) avalia o técnico "Depot". O técnico "Depot"
tem uma interação limitada com o cliente e trabalha, principalmente, numa
oficina ou laboratório. Um técnico "Depot" é também conhecido como técnico
de bancada.

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1.1.3 Descrever a certificação EUCIP


O programa EUCIP IT Administrator oferece uma certificação reconhecida de
competências em TI. A certificação abrange os padrões determinados pelo
Conselho Europeu das Associações dos Profissionais da Informática - "Council
of European Professional Informatics Societies" (CEPIS). A EUCIP IT
Administrator Certification é composta por cinco módulos e um exame para
cada módulo. Este curso prepará-lo-á para os Módulos 1-3.

Módulo 1: Hardware de Computadores


O módulo Hardware de Computadores pretende que o candidato conheça a
composição básica de um computador pessoal e as funções dos componentes.
O candidato deverá ser capaz de diagnosticar e reparar, eficazmente,
problemas relacionados com o hardware. O candidato deverá ser capaz de
aconselhar os clientes sobre a compra de hardware adequado.

Módulo 2: Sistemas Operativos


O módulo Sistemas Operativos pretende que o candidato se familiarize com os
procedimentos de instalação e atualização dos sistemas operativos e
aplicações mais comuns. O candidato deverá saber utilizar as ferramentas do
sistema na resolução de problemas e reparação de sistemas operativos.

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Módulo 3: Rede de Área Local - "Local Area Network" e Serviços de Rede


- "Network Services"
O módulo Rede de Área Local - "Local Area Network" e Serviços de Rede -
"Network Services" pretende que o candidato se familiarize com o
procedimento de instalação, utilização e gestão de redes de área local. O
candidato deverá ser capaz de adicionar e remover utilizadores e recursos
partilhados. O candidato deverá saber utilizar as ferramentas do sistema na
resolução de problemas e reparação de redes.

Módulo 4: Expert Network Use


Este módulo não se enquadra no curso IT Essentials, embora alguns dos
tópicos sejam abordados. O módulo "Expert Network Use" pretende que o
candidato conheça a comunicação LAN.

Módulo 5: Segurança TI
Este módulo não se enquadra no curso IT Essentials, embora alguns dos
tópicos sejam abordados. O módulo Segurança TI pretende que o candidato se
familiarize com os métodos e funcionalidades de segurança disponíveis para
um computador autônomo ou de rede.

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1.2 Descrever um sistema computacional


Um sistema computacional é constituído por componentes de hardware e
software. O hardware representa o equipamento físico, como a caixa, unidades
de armazenamento, teclados, monitores, cabos, alto-falantes e impressoras. O
termo software inclui o sistema operativo e os programas. O sistema operativo
fornece instruções de funcionamento ao computador. Estas instruções podem
incluir a identificação, o acesso e o processamento de informações. Os
programas ou aplicações executam funções distintas. Os programas variam
muito, dependendo do tipo de informações pretendidas ou geradas. Por
exemplo, as instruções de verificação de um livro de cheques são muito
diferentes das instruções de simulação de um mundo de realidade virtual na
Internet.

As seções deste capítulo abordam os componentes de hardware encontrados


num sistema computacional.

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1.3 Identificar os nomes, os objetivos e as


características das caixas e das fontes de alimentação
A caixa do computador fornece proteção e suporte aos componentes internos
do computador. Todos os computadores necessitam de uma fonte de
alimentação para converter energia de corrente alterna (AC), a partir da
tomada, em energia de corrente contínua (DC). A dimensão e a forma da caixa
do computador são, normalmente, determinadas pela placa-mãe -
"motherboard" e outros componentes internos.

Poderá selecionar uma grande caixa de computador, para acomodar


componentes adicionais, que possam ser necessários no futuro. Outros
utilizadores poderão selecionar uma caixa mais pequena, que necessite de um
espaço mínimo. Geralmente, a caixa do computador deve ser de grande
duração e de utilização simples, possuindo espaço suficiente para a expansão.

A fonte de alimentação deve fornecer energia suficiente para os componentes


que se encontram, atualmente, instalados e deve permitir que outros
componentes sejam, posteriormente, adicionados. Se escolher uma fonte de
alimentação que forneça energia, apenas, aos componentes atuais, poderá ser
necessário substituir a fonte de alimentação quando outros componentes forem
atualizados.

Após completar esta secção, atingirá estes objetivos:


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 Descrever as caixas.
 Descrever as fontes de alimentação.

1.3.1 Descrever as caixas


Uma caixa de computador contém uma estrutura para apoiar os componentes
internos do computador, funcionando como uma caixa protetora. As caixas de
computador são tipicamente feitas de plástico, aço, e alumínio e estão
disponíveis numa variedade de estilos.

O tamanho e configuração de uma caixa é chamado de formato. Há vários


tipos de caixas, mas os formatos básicos das caixas de computador incluem
desktop e torre. As caixas de desktop podem ser estreitas ou de tamanho
normal, e as caixas de torre podem ser mini ou de tamanho normal, como
mostra a Figura 1.

As caixas de computador são referenciadas de várias formas:

 Chassis do computador
 Armário
 Torre
 Caixa
 Estrutura do computador

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Além da função de proteção e apoio, as caixas têm um ambiente concebido


para manter o arrefecimento dos componentes internos. As ventoinhas da
caixa são utilizadas para fazer circular o ar pela caixa do computador. À
medida que o ar passa por componentes quentes, absorve o calor e sai da
caixa. Este processo evita o sobreaquecimento dos componentes do
computador.

Há vários fatores a ter em consideração na escolha da caixa:

 O tamanho da placa-mãe
 A quantidade de localizações da unidade externa ou interna, conhecidas
como "bays"
 Espaço disponível

Ver lista de características da Figura 2.


ESCOLHER UM GABINETE (CAIXA)
FATOR BASE LÓGICA
Estes são dois dos principais modelos de gabinetes.
Um dos tipos é para PCs de desktop, e o outro tipo é para
computadores com Torre. O tipo de placa-mãe - "motherboard”
Tipo de Modelo escolhida determina o tipo de gabinete que pode ser utilizado. O
tamanho e a forma têm que coincidir de forma exata.
Se um computador tiver muitos componentes, necessitará de mais
Tamanho espaço para o fluxo de ar para manter o arrefecimento do sistema.
As caixas desktop permitem a conservação de espaço em áreas
pequenas porque o monitor pode ser colocado em cima da
unidade. O modelo da caixa desktop pode limitar o número e
Espaço Disponível tamanho dos componentes que podem ser adicionados.
A potência nominal e o tipo de ligação da fonte de alimentação têm
Fonte de que coincidir com o tipo de placa-mãe - "motherboard" escolhida.
Alimentação
Para alguns, não importa o aspecto da caixa, para outros, é
Aparência crucial. Há muitos modelos de caixas para escolher caso seja
pertinente ter uma caixa atrativa.
O que se passa no interior do gabinete pode ser muito importante.
Os LEDs indicadores instalados na parte frontal do gabinete
podem informar se o sistema está recebendo energia, quando o
Apresentação do disco rígido está sendo utilizado, e quando o computador está em
Estado modo de espera ou suspenso.
Todas as caixas têm um respiradouro na fonte de alimentação, e
algumas têm outro respiradouro na parte traseira para ajudar a
extrair e expulsar o ar do sistema. Algumas caixas são concebidas
Respiradouro com mais respiradouros para o caso de o sistema necessitar de
uma forma de dissipar uma quantidade de calor fora do normal.
Esta situação pode ocorrer quando são instalados, na caixa, muito
dispositivos próximos uns dos outros.

Além da proteção ao ambiente, as caixas também ajudam a prevenir danos


causados pela eletricidade estática. Os componentes internos do computador
estão ligados à terra por fixação ao chassis.

NOTA: Deve escolher uma caixa que esteja de acordo com as dimensões
físicas da fonte de alimentação e da placa-mãe.

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1.3.2 Descrever as fontes de alimentação


A fonte de alimentação, indicada na Figura 1, converte energia de corrente
alterna (AC), proveniente de uma tomada de parede, em energia de corrente
contínua (DC), que tem uma menor tensão. Todos os componentes, dentro de
um computador, requerem energia DC.

Conectores
Hoje em dia, a maioria dos conectores é de encaixe único. Os conectores de
encaixe único destinam-se, apenas, a serem inseridos numa única direção.
Cada parte do conector possui um fio colorido, com uma tensão diferente que
passa por ele, de acordo com a Figura 2. Utilizam-se diferentes conectores
para ligar componentes específicos e diversas localizações na placa-mãe:

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 Um conector Molex é um conector de uma só posição, utilizado para


ligar uma unidade óptica ou uma unidade de disco rígido.
 Um conector Berg é um conector de uma só posição, utilizado para ligar
uma unidade de disquetes. Um conector Berg é mais pequeno do que
um conector Molex.
 Utiliza-se um conector com ranhuras de 20 ou de 24 pinos para efetuar
uma ligação à placa-mãe. O conector com ranhuras de 24 pinos possui
duas linhas de 12 pinos cada uma, e o conector com ranhuras de 20
pinos possui duas linhas de 10 pinos cada uma.
 Um conector auxiliar de energia de 4 a 8 pinos possui duas linhas, de
dois a quatro pinos e fornece energia a todas as áreas da placa-mãe.
Um conector auxiliar de energia de 4 a 8 pinos possui a mesma forma
que o conector principal de energia, sendo mais pequeno.
 As fontes de alimentação padrão mais antigas utilizavam dois
conectores denominados por P8 e P9, para efetuar a ligação à placa-
mãe. P8 e P9 eram conectores sem posição pré-definida. Eram
instalados na parte posterior, podendo danificar a placa-mãe ou a fonte
de alimentação. A instalação exigia que os conectores fossem
alinhados, conjuntamente com os fios pretos, na parte central.
NOTA: Se tiver dificuldade em inserir um conector, experimente uma forma
diferente ou certifique-se de que os pinos não estão torcidos ou de que não há
objetos estranhos nas proximidades. Lembre-se de que, se for complicado ligar
qualquer tipo de cabo ou qualquer outra peça, é porque algo está errado. Os

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cabos, os conectores e os componentes são concebidos para se adaptarem,


comodamente, uns aos outros. Nunca force um componente ou um conector.
Os conectores que se encontram incorretamente ligados, danificarão a ficha e
o conector. Demore o tempo que for necessário e confirme se está a
manusear, corretamente, o hardware.

Eletricidade e a Lei de Ohm


Estas são as quatro unidades básicas de eletricidade:

 Tensão (V)
 Corrente (I)
 Potência (P)
 Resistência (R)

Um técnico informático deve conhecer os termos eletrônicos, tais como tensão,


corrente, potência e resistência:

 A tensão é a medida da força necessária para lançar eletricidade através


de um circuito.
 A tensão é medida em volts (V). A fonte de alimentação de um
computador produz, normalmente, diferentes níveis de tensão.
 A corrente é a medida da quantidade de eletricidade que passam por um
circuito.
 A corrente é medida em amperes ou amps (A). As fontes de alimentação
de um computador distribuem diferentes amperagens para cada tensão
de saída.
 A potência é a medida da pressão necessária para lançar eletricidade
através de um circuito, designado de tensão, multiplicada pelo número
de eletricidade que passam por esse circuito, designado de corrente. A
medição é denominada por watts (W). As fontes de alimentação de um
computador são medidas em watts.
 A resistência é a oposição ao fluxo da corrente num circuito. A
resistência é medida em ohms. Uma resistência mais baixa permite mais
corrente e, consequentemente, mais potência, para fluir através de um
circuito. Um bom fusível possuirá uma resistência baixa ou uma medição
de quase 0 ohms.

Existe uma equação básica que expressa como três destes termos se
relacionam entre si. Determina que a tensão é igual à corrente multiplicada pela
resistência. Esta afirmação é conhecida por Lei de Ohm.

V = IR

Num sistema elétrico, a potência (P) é igual à tensão multiplicada pela corrente.

P = VI

Num circuito elétrico, o aumento da corrente ou da tensão, resultará num


aumento da potência.

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Como exemplo de como isto funciona, imagine um circuito simples que possui
uma lâmpada de 9 V ligada a uma bateria de 9 V. A saída de potência da
lâmpada é de 100 W. Utilizando a equação acima mencionada, podemos
calcular, em amps, a intensidade de corrente elétrica que seria necessária para
obter 100 W a partir desta lâmpada de 9 V.

Para resolver esta equação, sabemos a seguinte informação:

 P = 100 W
 V=9V
 I = 100 W/9 V = 11.11 A

O que acontece se utilizarmos uma bateria de 12 V e uma lâmpada de 12 V


para obter 100 W de potência?

100 W / 12 V = 8.33 amps

Este sistema produz a mesma potência, mas com menos corrente.

Normalmente, os computadores utilizam fontes de alimentação de 200 W a 500


W. No entanto, alguns computadores podem necessitar de fontes de
alimentação de 500 W a 800 W. Na construção de um computador, selecione
uma fonte de alimentação com uma potência, em watts, suficiente para
fornecer energia a todos os componentes. Obtenha informações sobre a
potência em watts para os componentes, a partir da documentação do
fabricante. Ao tomar uma decisão sobre uma fonte de alimentação, certifique-
se de que escolhe uma fonte de alimentação que possua potência mais do que
suficiente para os componentes atuais.

ATENÇÃO: Não abra uma fonte de alimentação. Os condensadores


eletrônicos localizados dentro da fonte de alimentação, de acordo com a
Figura 3, podem suportar uma carga por períodos alargados de tempo.

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1.4 Identificar os nomes, os objetivos e as características dos


componentes internos
Esta secção aborda os nomes, a finalidade e as características dos
componentes internos de um computador.

Após completar esta secção, deverá ter atingido estes objetivos:

 Identificar os nomes, a finalidade e as características das placas-mãe -


"motherboards".
 Explicar os nomes, a finalidades e as características das CPUs.
 Identificar os nomes, a finalidade e as características dos sistemas de
arrefecimento.
 Identificar os nomes, a finalidade e as características da ROM e da
RAM.
 Identificar os nomes, a finalidade e as características das placas
adaptadoras.
 Identificar os nomes, a finalidade e as características das unidades de
armazenamento.
 Identificar os nomes, a finalidade e as características dos cabos
internos.

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1.4.1 Identificar os nomes, os objetivos e as características das


placas-mãe
A placa-mãe é a placa de circuito impresso principal e contém os barramentos
ou percursos elétricos encontrados num computador. Estes bus permitem que
os dados viajem entre os vários componentes que compõem um computador.
Na Figura 1 encontram-se representadas várias placas-mãe. A placa-mãe é,
também, conhecida como placa de sistema, backplane ou placa principal.

A placa-mãe aloja a Unidade Central de Processamento - "Central Processing


Unit" (CPU), a RAM, os slots de expansão, a montagem do
dissipador/ventoinha, o chip BIOS, o chip set, e os fios incorporados que
interconectam os componentes da placa-mãe. Na placa-mãe encontram-se,
também, localizados sockets, conectores internos e externos e várias portas.

O tipo das placas-mãe relaciona-se com o tamanho e a forma da placa.


Descreve, também, o formato físico dos diferentes componentes e dispositivos
da placa-mãe. De acordo com a Figura 2, existem vários tipos de placas-mãe.

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O chip set representa um importante conjunto de componentes da placa-mãe.


O chip set é constituído por vários circuitos integrados, ligados à motherboard,
que controlam a forma como o hardware de sistema interage com a CPU e a
placa-mãe. A CPU é instalada num slot ou socket, na placa-mãe. O socket da
placa-mãe determina o tipo de CPU que pode ser instalada.

O chip set da placa-mãe permite que a CPU comunique e interaja com os


outros componentes do computador e a troca de dados com a memória de
sistema, ou RAM, unidades de disco rígido, placas de vídeo e outros
dispositivos de saída. O chip set determina a quantidade de memória que pode
ser adicionada a uma placa-mãe. O chip set determina, também, o tipo de
conectores da motherboard.

A maioria dos chip sets encontra-se dividida em dois componentes distintos,


designados por Northbridge e Southbridge. A função de cada um dos
componentes varia de fabricante para fabricante, mas, normalmente, o
Northbridge controla o acesso à RAM, à placa de vídeo e a velocidade a que a
CPU consegue comunicar com elas. A placa de vídeo é, por vezes, integrada
no Northbridge. O Southbridge, na maioria dos casos, permite que a CPU
comunique com as unidades de disco rígido, a placa de som, as portas USB e
outras portas E/S (entrada e saída).

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1.4.2 Explicar os nomes, a finalidade e as características das


CPUs
A unidade central de processamento - "central processing unit" (CPU) é
considerada o cérebro do computador. É, por vezes, referida como o
processador. A maioria dos cálculos ocorre na CPU. Em termos de cálculo de
energia, a CPU é o elemento mais importante de um sistema computacional.
As CPUs existem em diferentes formatos e cada estilo requer a existência de
um slot ou socket específico na placa-mãe - "motherboard". Nos fabricantes
comuns de CPU incluem-se a Intel e AMD.

O slot ou socket da CPU é o conector que estabelece a ligação entre a placa-


mãe e o próprio processador. A maioria dos sockets e processadores CPU
utilizados atualmente é construída à volta da arquitetura "pin grid array" (PGA),
na qual os pinos da parte inferior do processador são inseridos no socket,
normalmente com inserção sem uso de força - "zero insertion force" (ZIF). ZIF
refere-se à quantidade de força necessária para instalar uma CPU no socket ou
slot da placa-mãe. Os processadores baseados em slots possuem a forma de
um cartucho e são montados num slot que se assemelha a um slot de
expansão. A Figura 1 apresenta as características comuns do socket de CPU.

A CPU executa um programa que consiste numa sequência de instruções


armazenadas. Cada modelo de processador possui um conjunto de instruções,
que executa. A CPU executa o programa através do processamento de cada
um dos dados, como é ordenado pelo programa e pelo conjunto de instruções.
Enquanto a CPU executa um dos passos do programa, as restantes instruções

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e os dados são armazenados num local próximo, numa memória especial,


designada por cache. Existem duas arquiteturas CPU principais, relacionadas
com os conjuntos de instruções:

Computador de Conjunto Reduzido de Instruções - "Reduced Instruction


Set Computer" (RISC) – As arquiteturas utilizam um conjunto, relativamente
pequeno, de instruções e os chips RISC são desenvolvidos para executar,
muito rapidamente, essas instruções.
Computador de Conjunto de Comandos Complexos - "Complex
Instruction Set Computer" (CISC) – As arquiteturas utilizam um vasto
conjunto de instruções, resultando em poucos passos por operação.
Algumas CPUs incorporam hiperprocessamento - "hyperthreading" para
melhorar o comportamento da CPU. Com o hiperprocessamento, a CPU tem
várias unidades de código que são executadas simultaneamente em cada
"pipeline". Para um sistema operativo, uma única CPU com
hiperprocessamento aparenta serem duas CPUs.

A potência de uma CPU é calculada pela velocidade e pela quantidade de


dados que esta consegue processar. A velocidade de uma CPU é classificada
em ciclos por segundo. A velocidade das CPUs actuais é medida em milhões
de ciclos por segundo, ao que chamamos de megahertz (MHz), ou mil milhões
de ciclos por segundo, ao que chamamos gigahertz (GHz). A quantidade de
dados que uma CPU consegue processar ao mesmo tempo depende do
tamanho do bus de dados do processador. É também conhecido como bus da
CPU ou "front side bus" (FSB). Quanto maior for a largura do bus de dados,
maior é a capacidade do processador. Os processadores actuais possuem um
bus de dados de 32 bit ou 64 bit.

Overclocking é uma técnica utilizada para fazer com que o processador


funcione a uma velocidade maior do que a velocidade correspondente às
características originais. Overlocking não é uma forma segura de melhorar o
desempenho do computador e pode resultar na danificação da CPU.

MMX é um conjunto de instruções multimédia incorporadas em processadores


Intel. Os microprocessadores activados para MMX conseguem controlar muitas
operações multimédia comuns que são, normalmente, controladas por uma
placa de som ou de vídeo separada. No entanto, apenas o software
especialmente desenvolvido para utilizar instruções MMX pode tirar partido do
conjunto de instruções MMX.

A mais recente tecnologia de processadores deu origem a que os fabricantes


de CPU descobrissem várias formas de incorporar mais do que um núcleo CPU
num único chip. Muitas CPUs são capazes de processar, simultaneamente,
várias instruções:

CPU com Núcleo Único – Um núcleo dentro de um único chip de CPU que
controla toda a capacidade de processamento. Um fabricante de placa-mãe
pode fornecer sockets para mais do que um único processador, fornecendo
recursos para a construção de um computador potente, com vários
processadores.

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CPU com Núcleo Duplo – Dois núcleos dentro de um único chip de CPU no
qual os dois núcleos conseguem processar informação ao mesmo tempo.

1.4.3 Identificar os nomes, a finalidade e as características dos


sistemas de arrefecimento
Os componentes eletrônicos geram calor. O calor é originado pelo fluxo da
corrente dos componentes. Os componentes do computador têm um melhor
desempenho quando são mantidos frios. Se o calor não for removido, o
computador pode tornar-se lento. Se for gerado demasiado calor, podem
danificar-se os componentes do computador.

O aumento do fluxo de ar da caixa do computador permite a remoção de mais


calor. Uma ventoinha para a caixa, de acordo com a Figura 1, é instalada
numa caixa de computador para tornar mais eficaz o processo de
arrefecimento.

Além das ventoinhas para a caixa, um dissipador elimina o calor do núcleo da CPU. Uma
ventoinha no topo do dissipador, de acordo com a Figura 2, retira o calor da CPU.

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Existem outros componentes que são, também, susceptíveis a danos causados pelo calor e
que são, por vezes, equipados com ventoinhas. As placas gráficas também produzem uma
grande quantidade de calor. As ventoinhas destinam-se a arrefecer a unidade de
processamento gráfico - "graphics-processing unit" (GPU), como apresenta a Figura 3.

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Os computadores com CPUs e GPUs extremamente rápidas podem utilizar um


sistema de arrefecimento por água. É colocada uma placa metálica sobre o
processador e a água é bombeada por cima para remover o calor gerado pela
CPU. A água é introduzida num radiador para ser arrefecida pelo ar e, de
seguida, volta a circular.

1.4.4 Identificar os nomes, os objetivos e as características das


ROM e RAM

ROM
Os chips "Read-only memory" (ROM) estão localizados na placa-mãe -
"motherboard". Os chips ROM contêm instruções que podem ser diretamente
acedidas pelo CPU. As instruções básicas de arranque do computador e do
sistema operativo encontram-se armazenadas na ROM. Os chips ROM
mantêm os respectivos conteúdos, mesmo quando o computador se encontra
desligado. Os conteúdos não podem ser apagados ou alterados de forma
normal. Na Figura 1 encontram-se representados os diferentes tipos de ROM.

NOTA: A ROM é, por vezes, designada por firmware. Isto é um pouco


enganador, pois firmware é, na realidade, o software que se encontra
armazenado num chip ROM.

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Tipos de ROM
Chips de memória apenas de leitura - "read-only memory chips". A
ROM informação é gravada num chip ROM, quando esta é produzida. Não se pode
apagar nem regravar um chip ROM, sendo este obsoleto.
Memória apenas de leitura (ROM), programável. A informação é gravada
PROM num chip PROM, depois de ter sido produzido. Não se pode apagar nem
regravar um chip PROM.
Memória apenas de leitura (ROM) programável e que pode ser apagada. A
EPROM informação é gravada num chip EPROM, depois de ter sido produzida. Pode
apagar-se um chip EPROM, quando este é exposto à luz UV. Requer-se
equipamento especial.
Memória apenas de leitura (ROM) programável e que pode ser eletricamente
EEPROM apagada. A informação é gravada num chip EEPROM, depois de ter sido
produzida. Os chips EEPROM são, também, designados de ROMs Flash.
Pode apagar-se e regravar um chip EEPROM sem ter que remover o chip do
computador.

RAM
A "Random Access Memory" (RAM) é a área de armazenamento temporário
para dados e programas a que a CPU obtém acesso. A RAM é memória volátil,
ou seja, os respectivos conteúdos são apagados quando o computador é
desligado. Quanto maior for a quantidade de RAM existente num computador,
maior será a sua capacidade de armazenamento e processamento para
programas e ficheiros de grande dimensão, aumentando também a
performance do sistema. Na Figura 2 encontram-se representados os
diferentes tipos de RAM.

Tipos de RAM
A RAM dinâmica - "Dynamic RAM" (DRAM) é um chip de memória utilizado
DRAM como memória principal. A DRAM deve ser, constantemente, atualizada com
impulsos elétricos, de maneira a manter os dados armazenados dentro do
chip.
A RAM estática - "Static RAM" (SRAM) é um chip de memória utilizado como
SRAM memória cache. A SRAM é, muito mais rápida, que a DRAM e não precisa de
ser atualizada tantas vezes.
A "Fast Page Mode DRAM" (FPM DRAM) é a memória que suporta a
paginação. A paginação permite um acesso mais rápido aos dados, do que
Memória uma DRAM convencional. A maioria dos sistemas Pentium e sistemas 486,
FPM datados de 1995 e de anteriormente, usam a memória FPM.
A "Extended Data Out RAM" (EDO RAM) é a memória que se sobrepõe aos
acessos consecutivos de dados. Esta acelera o tempo de acesso para obter
Memória os dados a partir da memória, porque o CPU não tem de esperar que um
EDO ciclo de acesso de dados termine, antes de outro começar.
A DRAM síncrona - "Synchronous DRAM" (SDRAM) é a DRAM que opera
SDRAM em sincronização com o bus de memória. O barramento de memória é o
caminho de dados entre o CPU e a memória principal.
A "Double Data Rate SDRAM" (DDR SDRAM) é a memória que transfere o
DDR dobro de dados, tão rápido quando a SDRAM. A DDR SDRAM aumenta o
SDRAM desempenho, ao transferir o dobro de dados por ciclo.
A "Double data Rate 2 SDRAM" (DDR2 SDRAM) é mais rápida do que a
DDR2 memória DDR SDRAM. A DDR2 SDRAM melhora o desempenho, ao reduzir
SDRAM o ruído e as interferências entre sinais, em detrimento da DDR SDRAM.
A "RAMBus DRAM" (RDRAM) é um chip de memória que foi desenvolvido
RDRAM para comunicar a altos níveis de velocidade. Normalmente, não se utilizam
os chips RDRAM.

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IT Essentials: PC Hardware and Software V4.0(1) - Português

Módulos de Memória
Nos computadores mais antigos a RAM encontrava-se instalada na placa-mãe
- "motherboard" através de chips individuais. Os chips de memória individuais,
designados por chips "Dual Inline Package" (DIP), eram difíceis de instalar e
soltavam-se, frequentemente, na placa-mãe - "motherboard". De modo a
resolver este problema, os designers soldaram os chips de memória numa
placa de circuito especial designada por módulo de memória. Na Figura 3
encontram-se representados os diferentes tipos de módulos de memória.
NOTA: Os módulos de memória podem ser de um lado - "single-sided" ou de
lado duplo - "double-sided". Os módulos de memória de um lado - "single-
sided" contêm RAM em, apenas, um lado do módulo. Os módulos de memória
de lado duplo - double-sided" contêm RAM nos dois lados do módulo.

Módulos de Memória
DIP O "Dual Inline Package" (DIP) é um chip individual de memória. O Dip tem
linhas duplas de pinos, utilizadas para ligá-lo à placa-mãe - "motherboard".
Módulo de Memória em Linha Simples - "Single Inline Memory Module"
SIMM (SIMM) é um pequeno circuito integrado que suporta inúmeros chips de
memória. Os SIMMs Tem configurações de 30 a 72 pinos.
Módulo de Memória em Linha Dupla - "Dual Inline Memory Module" (DIMM) é
DIMM um circuito integrado que suporta os chips SDRAM, DDR SDRAM, E DDR2
SDRAM. Existem DIMMs SDRAM com 168 pinos, DIMMs DDR com 184 pinos
e DIMMs DDRZ com 240 pinos.
Módulo de Memória em Linha RAMBus - "RAM Bus Inline Memory Module"
RIMM (RIMM) é um circuito integrado que suporta os chips RDRAM. Um RIMM típico
tem uma configuração de 184 pinos.

Cache
A SRAM é utilizada como memória cache para armazenamento de dados
utilizados com mais frequência. A SRAM fornece, ao processador, um acesso
mais rápido aos dados do que se fossem recolhidos de DRAM ou memória
principal, que é mais lenta. Na Figura 4 encontram-se representados os três
tipos de memória cache.

Memória Cache
L1 O cache L1 é um cache interno, que é integrado dentro do CPU.
L2 O cache L2 é um cache externo, que é inicialmente montado na placa-mãe -
"motherboard", perto do CPU. Hoje em dia, o cache L2 é integrado dentro do CPU.
L3 Utiliza-se o cache L3 em algumas estações de trabalho de ponta e em CPUs de
servidor.

Verificação de Erros
Os erros da memória ocorrem quando os dados não são armazenados
corretamente nos chips da RAM. O computador utiliza diferentes métodos de
detecção e correção de erros na memória. Na Figura 5 encontram-se
representados três métodos diferentes de verificação de erros da memória.

Erros de Memória
Sem paridade - "Non-parity": A memória sem paridade - "non-parity memory" não
verifica se existem erros de memória.
Paridade - "Parity": A memória com paridade - "parity memory" contém oito
bits para os dados e um bit para a verificação de erros.
O bit para a verificação de erros é denominado de bit
de paridade - "parity bit".

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IT Essentials: PC Hardware and Software V4.0(1) - Português

ECC: A memória de Código de Correcção de Erros - "Error


Correction Code" (ECC) pode detectar múltiplos erros
de bit na memória, e corrigir cada erro de bit na
memória.

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