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SEBENTA

OFrameRelayéumaeficientetecnologiadecomunicaçãodedadosusadaparatransmitirdemaneirarápidaebarata a
informação digital através de uma rede de dados, dividindo essas informações em frames (quadros) a um ou muitos
destinos deumoumuitosend- points.
Em 2006, a internet baseada em Tecnologia ATM e IP nativo começam, lentamente, a impelir o desuso do frame
relay. Tambémo advento do VPNe de outros serviços de acesso dedicados como o Cable Modeme o DSL, aceleram
atendência desubstituição doframerelay.

É um protocolo WANde alta performance que opera nas camadas física e de ligação de dados do modelo OSI. Esta
tecnologia utiliza comutação por pacotes para promover a interface com outras redes através de roteadores,
compartilhando dinamicamente os meios de transmissão e a largura de banda disponíveis, de forma mais eficiente e
flexível.

OFrameRelayébaseadonousodeCircuitosVirtuais (VC's).UmVCéumcircuitodedadosvirtual bidireccionalentre 2


portas quaisquer da rede, que funciona como se fosse um circuito dedicado. Existem 2 tipos de Circuitos Virtuais: o
PermanentVirtualCircuit(PVC) eoSwitchedVirtualCircuit(SVC).

Outra característica interessante do Frame Relay é o CIR (Commited information rate), que disponibiliza débitos de
nx64Kbps,circuitos virtuais comutados oupermanentes epossibilidade degarantia deumdébito mínimo.

➢ RedeDigital de Serviços Integrados

A Rede Digital com Integração de Serviços, RDIS, (em inglês ISDN, Integrated Services Digital Network), é uma rede
baseada em transmissão e comutação digitais, sendo caracterizada pela integração do acesso dos utilizadores aos
diversos serviços e redes atualmente existentes através de interfaces normalizadas fisicamente suportadas numa
única linha digital.

Para garantir a compatibilidade com as redes de telecomunicações já existentes e simultaneamente, dar ao sistema
uma grande facilidade de expansão, que permita a fácil inserção de novos serviços, a implementação da RDIS deve
obedecer aumconjunto deprincípios básicos, definidos narecomendaçãoI.120, dequese destacam osseguintes:
- possibilidade deimplementaçãodeumalarga gamadeserviços devoz, dados,texto eimagens, quepermitam
a adaptação contínua da rede às necessidades dos utilizadores
- definição de um conjunto limitado de interfaces e de esquemas básicos de ligação, que facilitem a sua
normalização e diminuam os riscos de incompatibilidade de comunicação entre utilizadores
- suporte de vários modos de transferência de informação, tais como comutação de circuitos, comutação de
pacotes e não comutado (alugado), de modoa permitir aos utilizadores a opção pela tecnologia mais eficiente
para cada aplicação
- compatibilidade com o ritmo de comutação básico de 64 kbit/s das centrais digitais atuais, de modo a poder
utilizar a infraestrutura de comutação e transmissão digital das redes públicas existentes
- existência de "inteligência" para proporcionar serviços avançados, tal como se prevê que venham a surgir no
futuro próximo
- utilização de umaarquitetura de protocolos de acordo com o modelo de referência OSI, para flexibilizar a sua
implementaçãoe compatibilizar o sistema com o modelo adotado pela indústria informática

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- flexibilidade para adaptação às redes nacionais, de modoa ter emconta os vários


níveis de desenvolvimento tecnológico em diferentes países.

Por razões fundamentalmente de ordem económica, a evolução das redes de telecomunicações atuais para RDIS
deverá ser efetuada por etapas, tendo por base as infraestruturas de comutação e transmissão das redes existentes.
Sãodefinidos osseguintes princípios básicos deevoluçãodasredes públicas atuais paraRDIS:
-ainfraestrutura básicadeinício deimplementaçãodaRDISéa rede digitalintegrada (RDI), a qual servirá como
suporte de transmissão e de comutação de circuitos
- a RDIS interatuará com as redes dedicadas já existentes (redes de dados, telex, etc.), utilizando as respetivas
infraestruturas de comutação e transmissão
- emfases subsequentes a RDIS irá incorporando progressivamente as funções das redes dedicadas, até à sua
integração total.

Partindo da RDI, a RDIS assenta em recomendações já estabelecidas referentes aos níveis inferiores, nos seguintes
domínios:
- Transmissão digital: recomendações G.701 a G.956.
- Sinalização: Q.701 a Q.741
- Comunicação de pacotes: X.25, X.75.

Interfaces deacesso do utilizador

Em RDIS são definidas apenas duas interfaces diferentes de acesso dos utilizadores à rede, a interface básica e a
interface de ritmo primário.
A interface básica é constituída por dois canais de 64 kbit/s, designados canais B e por um canal de 16 kbit/s,
designado canalD. Esta interface é vulgarmente designada por S0 ou por 2B+Ddevido àsua estrutura de canais.
A interface primária é constituída por 30 canais B de 64 kbit/s e por um canal D de 64 kbit/s na versão europeia,
sendo habitualmente designada por interface S2 ou 30B + D.

4.2.3. Noções sobre Tecnologia ATM

A tecnologia Asynchronous Transfer Mode – ATM foi desenvolvida devido às tendências na área de redes. O
parâmetro mais relevante é o grande número de serviços emergentes de comunicação com diferentes, algumas
vezes desconhecidas, necessidades e características. Dois outros fatores que estão relacionados com o
desenvolvimentodatecnologia ATMsão:
–Arápida evolução das tecnologias de semicondutores e componentes óticos;
–Evoluçãodasideiasdeconceçãodesistemasdecomunicaçãoquetransfere paraaperiferia daredeasfunções
complexasde transporte dainformação, ex. definição derotas.

Com o passar dos anos, diante do surgimento de novas tecnologias de alta performance em redes (principalmente
Fast Ethernet e Gigabit Ethernet) e o uso cada vez maior de aplicações baseadas emIP, a visão geral da tecnologia

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ATMpassou por várias fases.


Nos últimos anos a opinião dos técnicos e engenheiros mudousobre a tecnologia:
– De mais uma planificação para empresas de telefones à inevitável utilização futura em todos os tipos de
telecomunicações;
–Deumacomplexa tecnologia a ser substituída pelaGigabit Ethernet a umapromissora perspetiva deser parte
importante naligação entre redes locais (LAN).

Atecnologia ATMintroduz conceitos inteiramente novos: Célula e Circuitos Virtuais.

➢ Célula

As Unidades de Informação(frames e packets) que circulam pelas redes possuem duas características básicas:
– Tamanho variável para adaptar eficientemente a quantidade de dados a ser transmitida;
– Tamanho máximo muitogrande, tipicamente maior que 1k.

Aprincipal dificuldade emtratar packets e frames está nofacto do tamanho ser variável.
Aideia detrabalhar comUI de tamanhos fixos, chamadas de “células” é atraente pois os equipamentos usados para
juntar ou partilhar fluxos de informação, chamados multiplexadores, possuem uma eletrónica capaz de manipular
células com facilidade e rapidez.

Qual otamanho da célula?


Este foi umdos principais temas de discussão emmeados dos anos 80, particularmente pela International Telegraph
and Telephone Consultative Committee – CCITT.
Cada célula deve conter duas partes:
–Umcabeçalho (cell header) que caracterize a origem, o destino e demais parâmetros relevantes
–Umasegunda parte contendo os dados propriamente dito (payload).
Foram sugeridos dois tamanhos:
–Os europeus propuseram 4+32 bytes ;
–Os americanos 5+64 bytes de header e payloadrespectivamente.

Sem uma explicação tecnicamente razoável, foi escolhido um tamanho intermédio: 5+48 bytes, o que nos leva a
famosa célula de 53 bytes, número primo e sem nenhuma relação com a estrutura de registos das CPUs, que foi
definida em1988.
Umacaracterística do ATMé ouso decélulas de comprimentofixo ao invés depacotes de tamanhovariável utilizado
pela tecnologia Ethernet.
Acélula ATMé composta de 53 bytes, sendo 5 destinados ao cabeçalho(header) e 48 aos dados (payload).

Célula – Vantagens e desvantagens

Vantagem: maior facilidade de tratamento dado por hardwares baseados em switches, quando comparado frames
de tamanhos variáveis.

Desvantagem: na maior quantidade de cabeçalhos provocando um enorme overhead no meio de transmissão

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chamado de “cell tax”. Em conexões de alta velocidade isto é pouco relevante, ao contrário de circuitos mais lentos
como56-64kb/s.

➢ Circuitos Virtuais (Virtual Circuits – VC)

Circuitos Virtuais - significa caminhos contínuos onde circulam os diversos fluxos de dados. Quando umdestes fluxos
existem numVC, umaconexão está emfuncionamento. Emredes do tipo Ethernet e Token Ring este conceito não é
utilizado.

Vantagens:
•As características do VCsão definidas antes doseuestabelecimento;
•Pode ser atribuído ao VC umalargura de banda fixa ou pelo menos ummínimo;
•Autilização de VCs para fluxo de dados optimizam a utilização de buffers.
• VCs simplificam o processo de construção de switches rápidos. VCs são criados para conexão entre switches
e assim as células dofluxo entre eles são identificadas por números. Oprocesso de identificação realizado pelo
equipamentofica assim facilitado baseando-se nestes números que caracterizam cada VC.
Oconceito de VCé umadas principais diferenças entre as tecnologias ATMe Ethernet.
Os VCs podem ser definidos dinamicamente, Switched Virtual Circuits – SVCs, ou definidos pelo administrador de
rede e ficando com uma ligação permanente,Permanent Virtual Circuits – PVCs.
Uma rede ATM é fundamentalmente orientada a conexão. Isto significa que uma conexão virtual deve ser
necessariamente estabelecida através da rede ATM antes de qualquer transferência de dados. A tecnologia ATM
oferece dois tipos de conexão de transporte que se completam:
–Virtual Channels – VC- É umacesso unidireccional feito da concatenação de umasequênciade elementos da
conexão.
–Virtual Path – VP - Consiste numgrupo destes canais. Sendo assim, para cada VP existem vários VCs.

➢ Camadas ATM

•OmodeloOpenSystemsInterconnection –OSIémuitousadoparamodelaramaioriadossistemasdecomunicação.
A tecnologia ATM também é modelada com a mesma arquitetura hierárquica, entretanto somente as camadas mais
baixas são utilizadas. Assim como no modelo OSI/ISO, a tecnologia ATM também é estruturada em camadas, que
substituem algumas ou uma parte das camadas da pilha original de protocolos. Esta estruturação do sistema ATM é
dividida em3camadas:

o Camada Física - Que consiste no transporte físico usado para transferência de células de um nó
para outro. Esta camada é muito flexível no sentido de que pode trabalhar com várias categorias
detransportefísico.

o Camada ATM- que possibilita encaminhamento das células ATM.

o Camada de Adaptação ATM - Cuida dos diferentes tipos de tráfego. Existem diferentes tipo de
Camada de Adaptação para diferentes tipos de tráfego devido às diferentes características de
transmissão de umtráfego específico.

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➢ Protocolos de Interfaces de Rede

Quandoumarede ATMéprojetada, vários tipos deconexõessão previstas entre umoumaissubsistemas ATM.Estes


subsistemas constituintes de uma rede ATM são interconexões que envolvem redes locais, redes particulares ou
ainda, redes públicas. Estas conexões envolvendo dois ou mais dispositivos ATM definem interfaces/protocolos que
são devários tipos:
Uma rede ATM consiste numconjunto de switches ATMinterligados por ligações ATMponto a ponto.
Os interfaces UNI e NNI podem, ambos, serem subdivididas em particular ou pública. Um interface UNI
particular/pública interliga umhost a umswitch de umarede particular/pública, respetivamente. Omesmose aplica
ao interface NNI: particular/pública se a conexão for entre switches de uma mesma rede organizacional
particular/pública, respectivamente.

➢ Conclusão – ATM

• ATM é um padrão de rede de baixo nível, ou seja, definido ao nível das camadas mais próximas do meio físico de
transmissão;
•Baseia-se numa tecnologia de desenvolvimento recente e define uma estrutura de camadas próprias, diferente do
modeloOSI;
• Trata-se de uma tecnologia de transmissão baseada em células. As células são semelhantes a pacotes (packets),
mas com um tamanho reduzido e fixo – enquanto os pacotes X.25 ou Frame–Relay têm um tamanho que varia em
funçãodaquantidade dedadostransmitida,as células ATMtêmsempreomesmotamanho;
•Opadrão ATMé aplicável a redes de qualquer dimensão(LANs, MANse WANs);
• Estas redes são montadas, portanto, comelevadas larguras de banda (bandwidth) e altas taxas de transmissão;
• Com estas taxas de transmissão, as redes ATM possibilitam a transmissão, em simultâneo, de uma gama
diversificada de serviços telemáticos, incluindo dados, voz e vídeo (podendoser emtemporeal)

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