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TREINAMENTO

SUMÁRIO
• MÓDULO I
• REDES DE ÁREA METROPOLITANA
• BACKHAUL
• ENDEREÇAMENTO IPV4
• WI-FI
• GPON
• PRESTADORAS DE ACESSO A INTERNET
• EQUIPAMENTOS
• MÓDULO II
• DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES
• FIBRA ÓPTICA
• CABEAMENTO
• NO BREAK
• PRÁTICA NOS SITES
SUMÁRIO
• MÓDULO III
• APRESENTAÇÃO DA FERRAMENTA DMVIEW
• UTILIZAÇÃO DO DMVIEW
• USO DO CONSCIUS
• MONITORAMENTO COM O ZABBIX
• TROUBLESSHOTING
• O&M
• MÓDULO IV
• ENDEREÇAMENTO IPV4 – PLANEJAMENTO DE VLAN’S
• PROTOCOLOS DE REDE
• SERVIDORES
• CONCLUSÃO
MÓDULO I
REDE DE AREA
METROPOLITANA
O projeto Cidades Digitais vem aumentando a quantidade de cidades
contempladas, contribuindo para o desenvolvimento das cidades de menor
população, levando a eles tecnologia de primeiro mundo, tendo um maior
controle sobre a rede do município.

Para a transferência de tecnologia local, será ministrado um treinamento para


até 5 (cinco) profissionais, indicados pela prefeitura.

Foco Treinamento:
- Características e princípios do projeto físico e lógico da rede instalada
- Comunicação de dados em redes ópticas e sem fio
- Configuração, manutenção e operação de equipamentos ativos e passivos
- Segurança de rede
- Extração de relatórios
REDE DE AREA
METROPOLITANA
COMO ACESSAR O MUNDO EXTERNO

Baseados na necessidade de tradução do endereçamento de IP Privados


desde a Rede Metropolitana através do roteador ISP ao Mundo Externo,
comumente, utiliza-se um recurso chamado de NAT (Network Address
Translation), capaz de traduzir os endereços da rede privada para a rede
pública e vice-versa, permitindo assim o acesso às informações que não estão
disponíveis na rede interna.

COMO PROTEGER AS INFORMAÇÕES QUE TRAFEGAM NA REDE

A segurança das informações que circulam internamente numa rede é feita


através de um Firewall, um sistema capaz de impedir que indivíduos e sistemas
não autorizados conectem-se a rede, protegendo, desta forma, o conteúdo que
circula na mesma.
REDE DE AREA
METROPOLITANA
COMO IMPEDIR QUE CLIENTES DE ACESSO PÚBLICO TENHAM ACESSO
AO CONTEÚDO PRIVADO

Existem equipamentos que reconhecem a origem e destino das informações da


rede, permitindo ou não que a solicitação seja concluída com sucesso.
No caso da rede do projeto Cidades Digitais esses recursos encontram-se
distribuídos entre os servidores, roteadores e switches que se encontram no
ponto central de distribuição da rede, denominado PEAS

FIGURA 1 – Funcionamento NAT


REDE DE AREA
METROPOLITANA OBJETIVO

É a implantação de uma rede metropolitana, que permita o acesso a internet de


órgãos governamentais, instituições públicas e aos cidadãos de cada município.

A Rede de Área Metropolitana, permite a interconexão de equipamentos de


comunicações em uma área metropolitana.

No projeto Cidades Digitais, é composta por um ponto de distribuição central


chamado PEAS, onde encontram os servidores e roteadores, no caso de
cidades com rede de maior capacidade, possui um anel óptico de 10Gbps,
interligando os secundários chamados de PAG01 e PAG02.

A principal característica da topologia física em Anel é a alta disponibilidade, em


casos de rompimento físico do cabo de FO ou falha no enlace de dados.
REDE DE AREA
METROPOLITANA
A rede esta prepara para se reestabelecer em mais de 7 casos de falhas, falhas
que vão desde um simples defeito em uma placa de rede, até o rompimento do
anel de fibras.

A topologia física escolhida pelo MiniCom para implementação, exige uma


topologia lógica configurada com IP’s privados.
REDE DE AREA
METROPOLITANA
IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE REDE

No Projeto Cidades Digitais a rede é dividida em diversos níveis, tendo como


extremidades os locais de acesso aos usuários finais.

Tipos de Localidades

PEAS (Ponto de Enlace e Acesso Social)


Onde encontram-se os serviços de rede (Firewall, NAT, DHPC, NTP, DNS,
SNMP, etc), além dos roteadores responsáveis pelas ACLS (regras de
segurança)

SGI(Solução Gerenciadora da Infraestrutura)


Onde fica armazenado todos os dados de gerencia da rede através das
soluções Conscius (GPON Furukawa), DmView (Switches/Roteadores
Datacom) e Zabbix (Gerencia Geral de Rede).
REDE DE AREA
METROPOLITANA
PAG (Ponto de Acesso do Governo)
Pontos de distribuição secundários da rede permitindo que está amplie o seu
alcance físico. São ligados ao PEAS com links de 10Gbps com links de 1Gbps
de proteção de falha.

PCG (Ponto de Conexão do Governo)


São as extremidades da rede. Escolas, postos de saúde, secretarias, hospitais,
entre outros. No PEAS e PAGs também possuem PCGs para que possam ter
acesso à rede

PAP (Ponto de Acesso Público)


São equipamentos que disponibilizam internet Wi-Fi para a população,
localizados em pontos estratégicos da cidade.
BACKHAUL
É um conjunto de equipamentos responsáveis pela interconexão da rede com
os backbones.

Na nossa realidade seria o conjunto dos “equipamentos de saída” do município


com os equipamentos da provedora de internet e essa conexão pode se dar por
cabo de fibra ótica, rádio, satélite ou outras tecnologias.

FIGURA 2 – Funcionamento de um BackHaul


BACKHAUL
Como exemplo podemos citar:

• Conectar estações rádio base Wireless aos centros controladores dessas


estações rádio base;

• Conectar DSLAMs ao nó de agregação ATM ou Ethernet mais próximo.

• Conectar o site de uma grande empresa a uma rede Ethernet Metropolitana.

• Conectar um ponto do sistema de ancoragem de cabo submarino (que está


normalmente em um local remoto) com a rede terrestre de telecomunicações
principal do país ao qual o cabo está servindo.
BACKHAUL
As tecnologias BackHaul incluem:

• Transmissão por rádio de microondas ponto-a-ponto (terrestre ou, em alguns


casos, por satélite);

• Tecnologias de acesso por microondas ponto-multiponto, como LMDS, WiFi,


WiMAX, etc., também pode ser usadas para os propósitos de backhauling;

• As várias variantes DSL, como ADSL e SHDSL;

• Interfaces PDH e SDH/SONET, como suas (frações) E1/T1, E3, T3, STM-
1/OC-3, etc.;

• Ethernet.
BACKHAUL
A capacidade do BackHaul pode também ser contratada de terceiros, nesse
caso a escolha da tecnologia é geralmente feita por essa outra operadora de
rede.

BackHaul quer dizer: “rede de acesso ao backbone Internet”. No mundo das


operadoras fixas é a rede ADSL, das celulares a rede 3G e das TV´s a cabo a
rede cable modem.
ENDEREÇAMENTO IPV4
Existem duas versões do protocolo IP:

- IPV4 é a versão atual, que utilizamos na grande maioria das situações.


- IPV6 é a versão atualizada, que prevê um número brutalmente maior de
endereços e deve começar a se popularizar nos próximos anos, quando os
endereços IPV4 começarem a se esgotar.

IPV4, os endereço IP são compostos por 4 blocos de 8 bits (32 bits no total),
que são representados através de números de 0 a 255, como "200.156.23.43"
ou "64.245.32.11".

As faixas de endereços começadas com "10", com "192.168" ou com de


"172.16" até "172.31" são reservadas para uso em redes locais e por isso não
são usados na internet.
ENDEREÇAMENTO IPV4
Os endereços IP incluem duas informações.

O endereço da rede e o endereço do host dentro dela.

Em uma rede doméstica, por exemplo, você poderia utilizar os endereços


"192.168.1.1", "192.168.1.2" e "192.168.1.3", onde o "192.168.1." é o endereço
da rede (e por isso não muda) e o último número (1, 2 e 3) identifica os três
micros que fazem parte dela.

Em uma rede local podemos acessar a internet através de um roteador.

Neste caso, o roteador passa a ser o gateway da rede e utiliza seu endereço IP
válido para encaminhar as requisições feitas pelos micros da rede interna.

Este recurso é chamado de NAT


ENDEREÇAMENTO IPV4

FIGURA 3 - Tabela de Classes Endereços IPV4


ENDEREÇAMENTO IPV4
Endereços de 32 bits permitem cerca de 4 bilhões de endereços diferentes,
quase o suficiente para dar um endereço IP exclusivo para cada habitante do
planeta.
O grande problema é que os endereços são sempre divididos em duas partes,
rede e host.
Nos endereços de classe A, o primeiro octeto se refere à rede e os três octetos
seguintes referem-se ao host.

Temos apenas 126 faixas de endereços classe A disponíveis no mundo, dadas


a governos, instituições e até mesmo algumas empresas privadas, como por
exemplo a IBM.

As faixas de endereços classe A consomem cerca de metade dos endereços IP


disponíveis, representando um gigantesco desperdício, já que nenhuma das
faixas é completamente utilizada.
ENDEREÇAMENTO IPV4
Será que a IBM utiliza todos os 16 milhões de endereços IP a que tem direito?

Certamente não.

Classe B (dois octetos para a rede, dois para o host, garantindo 65 mil
endereços)

Classe C (três octetos para a rede e um para o host, ou seja, apenas 256
endereços).

Desperdício é muito grande.

Parte dos endereços estão reservados para as classes D e E, que jamais foram
implementadas.
ENDEREÇAMENTO IPV4
Mais uma séria limitação do protocolo IPv4 é a falta de uma camada de
segurança.

Camadas de autenticação e encriptação precisam ser adicionadas através de


protocolos implantados sobre o TCP/IP, como no CHAP, SSH e assim por
diante.
ENDEREÇAMENTO IPV4
Em se tratando especificamente do caso do Projeto Cidades Digitais, a rede foi
testada com endereços IPv4.

Nesta área estão sendo utilizados diversos ranges de IPs privados para cada
área de comunicação da rede.

- Para a rede dos servidores utilizamos 192.168.3.X;

- Para gerência geral dos equipamentos 172.17.X.X;

- Para roteamento e comunicação entre os pontos de acesso 10.X.X.X;

- Para acesso aos usuários da rede 10.10X.X.X.

Cada ponto de acesso possui uma rede /24, o que permite a conexão de mais
de 250 dispositivos simultaneamente.
WI-FI
Até alguns anos atrás, somente era possível interconectar computadores por
meio de cabos.

• Este tipo de conexão é bastante popular, mas conta com algumas


limitações, por exemplo:
• Só se pode movimentar o computador até o limite de alcance do cabo;
• Ambientes com muitos computadores podem exigir adaptações na estrutura
do prédio para a passagem dos fios;
• Em uma casa, pode ser necessário fazer furos na parede para que os cabos
alcancem outros cômodos;
• A manipulação constante ou incorreta pode fazer com que o conector do
cabo se danifique.

Felizmente, as redes sem fio (wireless) Wi-Fi surgiram para eliminar estas
limitações.
WI-FI
O QUE É WI-FI?

Wi-Fi é um conjunto de especificações para redes locais sem fio baseada no


padrão IEEE 802.11.

O nome "Wi-Fi" é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, entidade responsável


principalmente pelo licenciamento de produtos baseados na tecnologia.

Com a tecnologia Wi-Fi, é possível implementar redes que conectam


computadores e outros dispositivos compatíveis (smartphones, tablets,
consoles de videogame, impressoras, etc) que estejam próximos
geograficamente.
WI-FI
Estas redes não exigem o uso de cabos, já que efetuam a transmissão de
dados por meio de radiofrequência.

Este esquema oferece várias vantagens, entre elas:

• Permite ao usuário utilizar a rede em qualquer ponto dentro dos limites de


alcance da transmissão;

• Possibilita a inserção rápida de outros computadores e dispositivos na rede;

• Evita que paredes ou estruturas prediais sejam furadas ou adaptadas para


a passagem de fios.

A rede WI-FI nos oferece flexibilidade e se tornou viável a implementação de


redes que fazem uso desta tecnologia.
WI-FI
FUNCIONAMENTO

A tecnologia Wi-Fi é baseada no padrão IEEE 802.11, no entanto, isso não quer
dizer que todo produto que trabalhe com estas especificações seja também Wi-
Fi.

Para que um determinado produto receba um selo com esta marca, é


necessário que ele seja avaliado e certificado pela Wi-Fi Alliance.

Esta é uma maneira de garantir ao usuário que todos os produtos com o selo
Wi-Fi Certified seguem normas de funcionalidade que garantem a
interoperabilidade com outros equipamentos.

Mas não impede que dispositivos que não ostentam o selo não funcionarão com
aparelhos que o tenham.
WI-FI
O padrão 802.11 estabelece normas para a criação e para o uso de redes sem
fio.

A transmissão deste tipo de rede é feita por sinais de radiofrequência, que se


propagam pelo ar e podem cobrir áreas na casa das centenas de metros.

Como existem inúmeros serviços que podem utilizar sinais de rádio, é


necessário que cada um opere de acordo com as exigências estabelecidas pelo
governo de cada país.

Esta é uma maneira de evitar problemas, especialmente interferências.

Há alguns segmentos de frequência que podem ser usados sem necessidade


de aprovação direta de entidades apropriadas de cada governo: as faixas ISM
(Industrial, Scientific and Medical), que podem operar, entre outros, com os
seguintes intervalos: 902 MHz - 928 MHz; 2,4 GHz - 2,485 GHz e 5,15 GHz -
5,825 GHz
WI-FI
SSID (SERVICE SET IDENTIFIER)

Por questões de segurança e pela possibilidade de haver mais de um BSS em


determinado local (por exemplo, duas redes sem fio criadas por empresas
diferentes em uma área de eventos), é importante que cada um receba uma
identificação denominada SSID, um conjunto de caracteres que, após definido,
é inserido no cabeçalho de cada pacote de dados da rede.

Em outras palavras, o SSID nada mais é do que o nome dado a cada rede sem
fio.

FIGURA 4 - Estações (STAs) e Access Point (AP) Wi-Fi


WI-FI
IEEE 802.11

A primeira versão do padrão 802.11 foi lançada em 1997, após 7 anos de


estudos, aproximadamente.

A versão original passou a ser conhecida como 802.11-1997 ou, ainda, como
802.11 legacy.

Por se tratar de uma tecnologia de transmissão por radiofrequência, o IEEE


(Institute of Electrical and Electronic Engineers) determinou que o padrão
operasse no intervalo de frequências entre 2,4 GHz e 2,4835 GHz, uma das já
mencionadas faixas ISM.

Sua taxa de transmissão de dados é de 1 Mb/s ou 2 Mb/s (megabits por


segundo) e é possível usar as técnicas de transmissão Direct Sequence Spread
Spectrum (DSSS) e Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS).
WI-FI
IEEE 802.11b

Em 1999, foi lançada uma atualização do padrão 802.11 que recebeu o nome
802.11b.

A principal característica desta versão é a possibilidade de estabelecer


conexões nas seguintes velocidades de transmissão: 1 Mb/s, 2 Mb/s, 5,5 Mb/s
e 11 Mb/s.

O intervalo de frequências é o mesmo utilizado pelo 802.11 original, mas a


técnica de transmissão se limita ao DSSS, uma vez que o FHSS acaba não
atendendo às normas estabelecidas pela Federal Communications Commission
(FCC) quando operada em transmissões com taxas superiores a 2 Mb/s.

Área de cobertura dessa transmissão pode chegar, teoricamente, a 400 metros


em ambientes abertos e pode atingir uma faixa de 50 em lugares fechados.
WI-FI
IEEE 802.11ª

O padrão 802.11a foi disponibilizado no final do ano de 1999, quase na mesma


época que a versão 802.11b.

Sua principal característica é a possibilidade de operar com taxas de


transmissão de dados no seguintes valores:
6 Mb/s, 9 Mb/s, 12 Mb/s, 18 Mb/s, 24 Mb/s, 36 Mb/s, 48 Mb/s e 54 Mb/s.

O alcance geográfico de sua transmissão é de cerca de 50 metros.

No entanto, a sua frequência de operação é diferente do padrão 802.11 original:


5 GHz, com canais de 20 MHz dentro desta faixa.

Esse padrão utiliza uma Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM).


WI-FI
IEEE 802.11g

O padrão 802.11g foi disponibilizado em 2003 e é tido como o "sucessor


natural" da versão 802.11b, uma vez que é totalmente compatível com este.

Isso significa que um dispositivo que opera com 802.11g pode "conversar" com
outro que trabalha com 802.11b sem qualquer problema, exceto o fato de que a
taxa de transmissão de dados é, obviamente, limitada ao máximo suportado por
este último.

O principal atrativo do padrão 802.11g é poder trabalhar com taxas de


transmissão de até 54 Mb/s.

A técnica de transmissão utilizada nesta versão também é o OFDM, porém,


quando é feita comunicação com um dispositivo 802.11b, a técnica de
transmissão passa a ser o DSSS.
WI-FI
IEEE 802.11n

O desenvolvimento da especificação 802.11n se iniciou em 2004 e foi finalizado


em setembro de 2009.

O 802.11n tem como principal característica o uso de um esquema chamado


Multiple-Input Multiple-Output (MIMO).

Uma das configurações mais comuns neste caso é o uso de APs que utilizam
três antenas (três vias de transmissão) e STAs com a mesma quantidade de
receptores, sendo capaz de fazer transmissões na faixa de 300Mb/s e
teoricamente até 600 Mb/s.

No modo mais simples pode chegar à casa dos 150Mb/s e pode trabalhar com
as faixas de frequência de 2,4 GHz e 5 GHz.
WI-FI
IEEE 802.11ac

O "sucessor" do 802.11n é o padrão 802.11ac, cujas especificações foram


desenvolvidas quase que totalmente entre os anos de 2011 e 2013, com a
aprovação final de suas características pelo IEEE aconteceu entre 2014 e 2015.

A principal vantagem do 802.11ac está em sua velocidade, estimada em até


433 Mb/s no modo mais simples.

Mas, teoricamente, é possível fazer a rede superar a casa dos 6 Gb/s em um


modo mais avançado que utiliza múltiplas vias de transmissão – máximo oito.

Utiliza técnica de transmissão UM-MIMO (Multi-User MIMO) que permite


transmissão e recepção de sinal de vários terminais.
WI-FI
SEGURANÇA: WEP, WPA, WPA2 E WPS

Quando se tem uma rede cabeada, adicionar computadores é uma tarefa


árdua.

Nas rede Wi-Fi, isso já não acontece, mas temos que ter precauções em
questão de segurança, para que nenhum computador de maneira não
autorizada conecte em sua rede.

Para evitar esses problemas, as redes sem fio devem contar com esquemas de
segurança, sendo um deles o Wired Equivalent Privacy (WEP).

O WEP existe desde o padrão 802.11 original e consiste em um mecanismo de


autenticação que funciona, basicamente, de forma aberta ou restrita por uso de
chaves.
WI-FI
Na forma aberta, a rede aceita qualquer dispositivo que solicita conexão,
portanto, há apenas um processo de autorização.

Na forma restrita, é necessário que cada dispositivo solicitante forneça uma


chave (combinação de caracteres, como uma senha) pré-estabelecida,
trabalhando com chaves de 64 bits e de 128 bits.

A utilização do WEP, no entanto, não é recomendada por causa de suas


potenciais falhas de segurança.

Acontece que o WEP faz uso de vetores de inicialização que, com a aplicação
de algumas técnicas, fazem com que a chave seja facilmente quebrada.
WI-FI
Diante deste problema, a Wi-Fi Alliance aprovou e disponibilizou em 2003 outra
solução: o Wired Protected Access (WPA).

Tal como o WEP, o WPA também se baseia na autenticação e cifragem dos


dados da rede, mas o faz de maneira muito mais segura e confiável.

Sua base está em um protocolo chamado Temporal Key Integrity Protocol


(TKIP), que ficou conhecido também como WEP2.

Nele, uma chave de 128 bits é utilizada pelos dispositivos da rede e combinada
com o MAC Address (um código hexadecimal existente em cada dispositivo de
rede) de cada estação.
WI-FI
Apesar de o WPA ser bem mais seguro que o WEP, a Wi-Fi Alliance buscou um
esquema de segurança ainda mais confiável sendo criado o WPA2.

Este utiliza um padrão de criptografia denominado Advanced Encryption


Standard (AES) que é muito seguro e eficiente, mas tem a desvantagem de
exigir bastante processamento.

É necessário considerar também que equipamentos mais antigos podem não


ser compatíveis com o WPA2, portanto, sua utilização deve ser testada antes
da implementação definitiva.
WI-FI
A partir de 2007, começou a aparecer no mercado dispositivos wireless que
utilizam Wi-Fi Protected Setup (WPS), um recurso desenvolvido pela Wi-Fi
Alliance que torna muito mais fácil a criação de redes Wi-Fi protegidas por
WPA2.

Com o WPS é possível fazer, por exemplo, com que uma sequência numérica
chamada PIN (Personal Identification Number) seja atribuída a um roteador ou
equipamento semelhante.

Bastando o usuário conhecer e informar este número em uma conexão para


fazer com que seu dispositivo ingresse na rede.

No final de 2011, tornou-se pública a informação de que o WPS não é seguro e,


desde então, sua desativação em dispositivos compatíveis passou a ser
recomendada.
WI-FI
DICAS DE SEGURANÇA

Vimos que a rede Wi-Fi possui muitas vantagens, mas umas de suas
desvantagens estão alguns problemas de segurança.

Dicas importantes:
- habilite a encriptação de sua rede, preferencialmente com WPA ou, se
possível, com WPA2

- ao habilitar o WPA ou o WPA2, use uma passphrase - isto é, uma sequência


que servirá como uma espécie de senha - com pelo menos 20 caracteres.

- altere o SSID, isto é, o nome da rede, para uma denominação de sua


preferência.
WI-FI
- também pode ser importante desativar o broadcast do SSID, impedindo que
dispositivos externos enxerguem a rede e tentem utilizá-la.

- mude a senha padrão do roteador ou do access point.

- sempre que possível, habilite as opções de firewall;

- diminua a intensidade do sinal, caso sua rede tenha a finalidade de servir a


uma área pequena

Mas lembrando que no manual, o fabricante fornece todas as orientações


necessárias para alterar configurações e informa também o endereço IP da
interface do aparelho.
GPON
Definição: tipo de rede PON TDM/TDMA que disponibiliza uma serie de serviços
ao usuário.

Como exemplos podemos mencionar:

• Serviços de telefonia;

• Serviços de largura de banda.

• Serviços TV - IP.

• Serviços triplo play (telefone + internet + TV-IP).


GPON
A tecnologia GPON gerência de maneira adequada a largura de banda
disponibilizada desde a OLT aos terminais ONUs.

para evitar colisões e receber em velocidade assimétrica pelo mesmo canal


físico.

As premissas de funcionamento são:

• 2,48 Gbps downstream e 1,24 Gbps upstream;

• ʎ de downstream = 1490nm / ʎ de upstream = 1310nm;

• RF Vídeo overlay  ʎ de 1550nm ;


GPON
• Capacidade em cada rede PON de atender até 128 ONUs.;

• A media mais utilizada por PON é de até dois níveis de splitters, no caso do
Cidade Digital até 32 ONUs;

• Para garantir a estabilidade dos serviços até 20Km desde o PEAS ou PAG
será necessário dimensionar contando com um orçamento de atenuação
inferior a 28dB no ratio 1:32.

FIGURA 5 - Services PROVIDER GPON


GPON
TIPOS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO POR CANAIS
Canal Downstream

Os dados são transmitidos pela OLT Point to Multipoint por cada trecho óptico.
O trafego utiliza o método Broadcast para transmitir a todas as ONUs cuja
autenticação com a OLT será através de um ID e um password única de aceso
AES a porta PON da OLT.
Portanto, a ONU só processará o tráfego que for encaminhado a ela
diretamente.

Canal Upstream

As ONUs transmitem utilizando a técnica TDMA através do canal digital cujas


janelas de 1490nm e 1310nm evitando colisões, permitem a combinação de
diferentes dados transmitidos sentido OLT utilizando um mesmo protocolo e
meio físico.
GPON
MÉTODO DE ENCAPSULAMENTO GPON (GEM)

O método para encapsular os dados do usuário nas redes GPON é o protocolo


conhecido como GEM (Generalized Encapsulaption Method) baseado no GFP
(Generic Framing Procedure) – ITU-T G.7041, cujo transporte síncrono é
realizado em tramas periódicas de 125µs.

Trata-se de um método simples que permite integrar vários protocolos


(Ethernet, TDM, ATM, etc.) com balanceamento de carga otimizando assim a
largura de banda utilizado ao máximo desempenho.

Utiliza QoS (Quality of Service) e OAM (Operation Administration &


Maintenance) para gerenciar a banda larga de maneira adequada, integrando
todas as soluções IP Point to Point.
GPON
Os sinais transmitidos pelo cliente estão formadas por unidades de dados de
protocolo (PDU), como por exemplo Ethernet ou MAC.

Portanto, o GFP permite adaptar o trafego de sinais desde o cliente passando a


um nível superior a uma rede de transporte.

O GFP utiliza uma variação conhecida como HEC para o sistema de


transmissão assíncrono ATM (Asynchronous Transfer Mode). Criando 2 tipos de
frames: GFP client frame e GFP control frame.

A conexão lógica para cada porta PON cujo protocolo GEM associará o fluxo de
trafego único para cada conexão do usuário.
A GTC (GPON Transmission Convergence layer) representa uma conexão
lógica associado ao trafego encaminhado desde a OLT para cada cliente, numa
porta GEM.
GPON
A OLT assigna 12-bit a cada porta lógica GPON identificada num cabeçalho do
GEM frame associado a cada conexão lógica ou porta GEM – ID.

FIGURA 6 - Encapsulamento GPON (GEM)


GPON
PORTAS T-CONU

Os T-CONUs representam um grupo de conexões lógicas, gerenciadas através


da ONU com o OMCC (Management and Control Channel), assim é possível
realizar uma distribuição na largura de banda reservado ao upstream.

Conforme a TR-157 da Broadband Forum cada T-CONU representa uma classe


de trafego, sendo padrão 4 T-CONU em cada ONU:

• Fixed BW

• Assured BW

• Non assured BW

• Best Effort
GPON
OMCI (ONU MANAGEMENT CONTROL INTERFACE)

Protocolo de gerenciamento entre a OLT e as ONUs, que permite um único


endereço IP possa gerenciar a OLT, e através de OMCI todas as ONUs na
mesma rede PON conectada em arvore com a OLT.

Reduz a carga do Sistema de Gerenciamento.

Requer protocolo próprio da tecnologia.

Não integra com sistema VoIP na ONU.

Permite configuração 0: a instalação poderá ser plug & play.


GPON
PRESTADORAS DE ACESSO A INTERNET

Empresa Prestadora de Acesso a Internet ou também conhecida por ISP


(Internet Service Provider) é uma empresa que fornece principalmente serviços
de acesso a internet, agregando a ele outros serviços relacionados, tais como:
“e-mails”,
“hospedagem de sites”,
“blogs”,
entre outros os serviços envolvendo dados.

Geralmente, um ISP cobra uma taxa mensal ao consumidor que tem acesso à
Internet embora a velocidade de transferência dos dados varie largamente.

O termo formal para velocidade de Internet é largura de banda.


GPON
A velocidade de ligação à Internet pode ser dividida em duas categorias:

Dial-up
Requer utilização de linhas telefônicas, e habitualmente têm ligações de 56
Kbps ou menores e 64 a 128 Kbps através da tecnologia RDSI.

Banda larga
Podem ser sem fio, cable modem, DSL, fibra óptica, ligação por satélite ou
Ethernet. A velocidade vária de acordo com o tipo de ligação.

FIGURA 7 - Exemplo de ISP


GPON
TRÁFEGO TCO/IP ENTRE PCG – PEAS – ISP

No PEAS há uma interconexão com a operadora que fornecerá o link de


Internet para o Município conforme tenha sido solicitado, cuja solução demanda
uma rede /30.

Teremos 2 IP’s que serão configurados entre os equipamentos da Operadora e


o servidor.

Dentro da rede existe uma “rota padrão” que direciona todas solicitações de
acesso ao Mundo Externo para o Servidor/Firewall, onde também se encontra o
NAT, que traduz os endereços privados para públicos.

Quando um usuário acessar a internet, a informação passará pela OLT da


localidade, que fica encarregada de transportar as informações até os
roteadores que ficam no PEAS, a informação será direcionada para a “rota
padrão” que encaminhará nada o NAT e terá acesso ao Mundo Externo.
GPON
TRÁFEGO TCP/IP ENTRE PAP – PEAS – ISP

Os equipamentos WiFi outdoor que serão utilizados são o


RouterboardMikrotikBasebox2, da empresa Mikrotik

FIGURA 8 - Equipamento de Acesso Público Wi-Fi


GPON
A premissa essencial do WiFi no PAP é fornecer acesso público a Internet,
distribuindo IP’s privados aos usuários e permitindo acesso ao Mundo Externo.

As redes de conexão ao roteador do PAP e aos clientes conectados a este,


serão divulgadas pela Área 1 da rede através do protocolo OSPF, até chegar ao
Backbone (NAT).

O OSPF nativo no roteador Wi-Fi encaminha a informação até os roteadores


centrais da rede que encaminha a informação para o NAT, direto por router
default, que traduz o endereçamento para o Mundo Externo e encaminha para
o router da Operadora.
GPON

FIGURA 9 - Saída tráfego do PAP à internet


EQUIPAMENTOS
Para o funcionamento dessa infraestrutura de Rede Metropolitana, será
necessário diversos equipamentos entre eles Switchs, Servidores, Racks,
Cabos de Fibra Ópticas, Conectores, Roteadores, Ponto de Acesso sem Fio,
etc...

Os equipamentos utilizados estão distribuídos da seguinte forma.


EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS PEAS/SGI

• 01 servidor com sistema operacional Xen – DmView, Conscius;


• 02 servidores com sistema operacional Linux Debian – DNS – DHCP – NAT;
• 01 Rack 42U;
• 01 Patch Panel 24 Portas;
• 02 Switch Core Layer 3 (roteadores redundantes);
• 01 CPE Mikrotik;
• 01 Switch Layer 2;
• 01 OLT GPON;
• 01 Nobreak 6KVA.
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS PAG

• 01 Rack 12U;
• 01 Patch Panel 24 Portas;
• 01 CPE Mikrotik;
• 01 Switch Layer2;
• 01 OLT GPON;
• 01 Nobreak 1KVA.

EQUIPAMENTOS PCG

• 01 Rack 4Us;
• ONU GPON;
• 01 Switch Layer 2.
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS PAP

• 01 Shelter externo;
• 01 ONU GPON;
• 01 RouterboardMikrotikBasebox 2 RB912UAG-2HPnD-OUT.
MÓDULO II
DESCRIÇÃO DOS
COMPONENTES
Breve descritivo do equipamento que pode ser encontrado na rede do projeto
Cidades Digitais.

Equipamento de rede

Switches:
• Switch DM4100 - RTB: definido como roteador principal da rede, o RTB
possui as rotas e regras necessária para fazer o encaminhamento e
filtragem das informações da rede. Este equipamento possui 28 portas SFP
que necessitam de módulos GBIC ópticos ou elétricos para a realização de
suas conexões.

• Switch DM4100 – SWL2: é o roteador de backup da rede, sendo configurado


para assumir as funções do RTB caso este apresente algum defeito. Possui
as mesmas configurações lógicas do RTB, este equipamento possui 24
portas elétricas sendo que 4 delas formam combos com 4 portas SFP,
podendo ser utilizada de forma óptica ou elétrica.
DESCRIÇÃO DOS

COMPONENTES
Switch L2 DLINK: é um switch com a simples função de distribuição dos
pontos de rede que estarão disponíveis em cada ponto de acesso. Este
equipamento não é gerenciável.

Servidores:
• Servidor com Sistema Linux Debian: para dar serviços de Firewall, NAT,
DHCP

• Servidor com Sistema Linux Debian: para dar serviços de DNS, SNTP e com
o serviço de gerenciamento ZABBIX.

• Servidor com Sistema Operacional Xen: emulando 2 outros servidores:


• Um servidor CentOS fornecendo os serviços de gerenciamento dos Switches Datacom;
• Um servidor Ubuntu com o sistema de gerência dos equipamentos de GPON na
Furukawa, o Conscius.
DESCRIÇÃO DOS
COMPONENTES Roteadores:
• Roteador de provimento de Internet: equipamento fornecido pela provedora
de Internet para dar saída ao Mundo Externo, conectamos o Servidor NAT
ao roteador da Operadora fornecedora do link de Internet, através do RTB e
SWL2, deste modo a rede corporativa da Cidade Digital contará com saída
para Internet.

• CPE Mikrotik: este roteador tem como função a distribuição e gerência local
das conexões aos usuários da rede. Ele é conectado ao Switch L2 DLINK
onde os clientes são conectados.

• AP Mikrotik: roteador Wi-Fi de distribuição de acesso público, permitindo que


os cidadãos tenham acesso gratuito à Internet.
DESCRIÇÃO DOS
COMPONENTES OLTs:
• OLT LightDrive 2500: equipamento responsável pela distribuição dos pontos
de acesso através da tecnologia GPON, tem a capacidade de prover até 64
pontos de acesso por cada porta PON disponível.

ONUs:
• ONU LightDrive 5800: realiza o transporte das informações enviadas pelas
OLTs, este equipamento se apresenta nas versões L2, que trabalham como
bridge de transporte das informações que são distribuídas pela AP dos PAPs
e L3, que funcionam também como roteadores, sendo capazes de processar
e realizar a distribuição das informações da rede para os PCGs.
FIBRA ÓPTICA
HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ÓPTICA

As primeiras etapas práticas para o emprego da luz em comunicações foram


realizadas a partir de 1790, quando surgiram os heliógrafos e os semáforos.

O heliógrafo era um instrumento usado para transmissão de mensagens


telegráficas por meio das reflexões dos raios de sol em um espelho.

Ficou comprovado que transmissões de luz à céu aberto eram inaceitáveis


devido a baixa confiabilidade apresentada.

O sinal luminoso na atmosfera terrestre fica submetido a uma atenuação pelos


componentes atmosféricos e submetido a espalhamento pelas partículas
também presentes no ar, por exemplo, o vapor d’água, o ozônio etc.
FIBRA ÓPTICA
A FIBRA ÓPTICA

A fibra óptica é um pedaço de vidro ou de materiais poliméricos com


capacidade de transmitir luz.

Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis, dependendo da aplicação,


indo desde diâmetros ínfimos, da ordem de micrômetros (mais finos que um fio
de cabelo) até vários milímetros.

Em geral as fibras monomodo são utilizadas para grandes distâncias, já as


fibras multimodo são utilizadas para distâncias curtas pelo seu custo inferior a
fibra monomodo, e por utilizarem fontes de emissão de luz mais baratas, como
o LED.
FIBRA ÓPTICA
Os cabos de fibras ópticas podem ser basicamente de dois tipos

FIGURA 10 - Tipos de Cabo Óptico


FIBRA ÓPTICA
FUNCIONAMENTO

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente


do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa
extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe
percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas.

A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo (filamento de vidro) e o


revestimento (material eletricamente isolante).

No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente dita.


FIBRA ÓPTICA
As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas
eletromagnéticas, temos como exemplo a luz, uma vez que é transparente e
pode ser agrupada em cabos.

Estas fibras são feitas de plástico e/ou de vidro.

O vidro é mais utilizado porque absorve menos as ondas eletromagnéticas.

As ondas eletromagnéticas mais utilizadas são as correspondentes à gama da


luz.

O meio de transmissão por fibra óptica é chamado de "guiado", porque as


ondas eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita ondas
omnidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado
de "não-guiado".
FIBRA ÓPTICA
A luz transmitida pela fibra óptica proporciona o alcance de taxas de
transmissão (velocidades) elevadíssimas, da ordem de 109 à 1010 bits por
segundo (cerca de 40Gbps), com baixa taxa de atenuação por quilômetro.

Mas a velocidade de transmissão total possível ainda não foi alcançada pelas
tecnologias existentes.

Como a luz se propaga no interior de um meio físico, sofrendo ainda o


fenômeno de reflexão, ela não consegue alcançar a velocidade de propagação
no vácuo, que é de 300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída
consideravelmente.

Cabos de fibra óptica são utilizados, por exemplo para atravessar oceanos e
conectar dois continentes separados.

É preciso instalar um cabo com milhares de quilômetros de extensão sob o mar,


atravessando fossas e montanhas submarinas.
FIBRA ÓPTICA
Nos anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo de fibra óptica
intercontinental desse tipo, instalado em 1988, e tinha capacidade para 40.000
conversas telefônicas simultâneas, usando tecnologia digital.

Desde então, a capacidade dos cabos aumentou.

Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico atualmente, têm capacidade


para mais de 200 milhões de circuitos telefônicos.

Para transmitir dados pela fibra óptica, são necessário equipamentos especiais,
que contém um componente fotoemissor, que pode ser um diodo emissor de luz
(LED) ou um diodo laser.

O fotoemissor converte sinais elétricos em pulsos de luz que representam os


valores digitais binários (0 e 1).
FIBRA ÓPTICA
FIBRA MONOMODO

• Permite o uso de apenas um sinal de luz pela fibra.

• Dimensões menores que os outros tipos de fibras.

• Maior banda passante por ter menor dispersão.

• Geralmente é usado laser como fonte de geração de sinal.


FIBRA ÓPTICA
FIBRA MULTIMODO

• Permite o uso de fontes luminosas de baixa ocorrência tais como LEDs


(mais baratas).

• Diâmetros grandes facilitam o acoplamento de fontes luminosas e requerem


pouca precisão nos conectores.

• Muito usado para curtas distâncias pelo preço e facilidade de implementação


pois a longa distância tem muita perda.
FIBRA ÓPTICA
VANTAGENS

• Dimensões Reduzidas;

• Largura de banda;

• Capacidade para transportar grandes quantidades de informação (Dezenas


de milhares de conversações num par de Fibra);

• Atenuação muito baixa, que permite grandes espaçamentos entre


repetidores, com distância entre repetidores superiores a algumas centenas
de quilômetros;

• Condutividade elétrica nula (Imunidade às interferências eletromagnéticas);


FIBRA ÓPTICA
• Matéria-prima muito abundante;

• Imunidade a interferências/ruídos;

• Sigilo;

• Leveza;

• Alta faixa de temperatura;

• Sem risco de fogo ou centelhamento;

• Excelente relação Custo X Benefício.


FIBRA ÓPTICA

FIGURA 11 - Isolação Óptica


FIBRA ÓPTICA
DESVANTAGENS

• Custo ainda elevado de manutenção;

• Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamento;

• Dificuldade de conexões das fibras ópticas;

• Acopladores tipo T com perdas muito grandes;

• Impossibilidade de alimentação remota de repetidores;

• Falta de padronização dos componentes ópticos;

Custo de ativos e interfaces ópticas;


Mão de obra e equipamentos apropriados;
Sensível a umidade;
FIBRA ÓPTICA
• Custo de ativos e interfaces ópticas;

• Mão de obra e equipamentos apropriados;

• Sensível a umidade;

• Sensível ao tracionamento excessivo;

• Sensível ao raio de curvatura.


FIBRA ÓPTICA
APLICAÇÕES

Uma característica importante que torna a fibra óptica indispensável em muitas


aplicações é o fato de não ser suscetível à interferência eletromagnética, pela
razão de que não transmite pulsos elétricos, como ocorre com outros meios de
transmissão que empregam os fios metálicos, como o cobre.

Podemos encontrar aplicações do uso de fibra óptica na medicina (endoscopias


por exemplo) como também em telecomunicações (principalmente internet) em
substituição aos fios de cobre.

Ou em locais onde existam muitos motores elétricos atuando e gerando


interferência, o que impossibilita o uso de cabeamento de cobre.
FIBRA ÓPTICA
PROBLEMAS DE TRANSMISSÃO DA FIBRA ÓPTICA

Atenuação
A atenuação ou perda de transmissão pode ser definida como a diminuição da
intensidade de energia de um sinal ao propagar-se através de um meio de
transmissão.

A fórmula mais usual para o cálculo da atenuação é a seguinte:


Perda = Pe – Os

Onde:
Pe – é a potencia de entrada
Ps – é a potencia de saída
FIBRA ÓPTICA
Nas fibras ópticas, a atenuação varia de acordo com o comprimento de onda da
luz utilizada.

Essa atenuação é a soma de várias perdas ligadas ao material que é


empregado na fabricação das fibras e a estrutura do guia de onda.

Os mecanismos que provocam atenuação são:

• Absorção

• Espalhamento

• Deformações mecânicas

• Dispersão
FIBRA ÓPTICA
ABSORÇÃO MATERIAL

Mecanismo de perda relacionado com a composição material e processo de


fabricação da fibra óptica

Dissipação de energia sob a forma de calor.

A absorção é causada por três mecanismos diferentes:


• Absorção extrínseca devido a impurezas;
• Absorção intrínseca pelos átomos constituintes do material da fibra;
• Absorção devido a defeitos da estrutura atômica;

Imperfeições no material:
falta de moléculas, densidade não uniforme de átomos (mecanismos em geral
desprezáveis).
FIBRA ÓPTICA
ABSORÇÃOMATERIAL EXTRÍNSECA

Principal fator: presença de íons OH residuais;

Harmônicos de absorção 720 nm, 950 nm, 1390 nm;

Usando técnicas modernas de fabricação é possível anular estes picos (“dry


fiber”).

FIGURA 12 – Aspecto de Absorção de Íon OH


FIBRA ÓPTICA
ABSORÇÃO MATERIAL INTRÍNSECA

Limite inferior da absorção da fibra óptica;

Absorção UV: ressonância electrónica na região do ultra-violeta;

Absorção IR: ressonância atômica na região do infra-vermelho.

FIGURA 13 – Aspecto de Absorção de UV e IR


FIBRA ÓPTICA
ABSORÇÃO DO ÍON OH(-)

A contaminação por íons hidroxila (OH - ), causada por água dissolvida no vidro
(também chamada de atenuação por pico de água, Water Peak Atenuation ,
WPA), que, por sua relevância nas tecnologias pioneiras de fibra óptica,
definiram intervalos de frequências onde essa atenuação era mínima, as
chamadas janelas ópticas ou janelas de transmissão.

As janelas ópticas são as regiões onde não há picos de atenuação devido ao


íon OH.
FIBRA ÓPTICA
ESPALHAMENTO

É causado por partículas indissolvidas, rusticidade de acabamento e perdas


intrínsecas do material.

O Refletômetro Óptico de Domínio no Tempo (OTDR) mede esta luz refletida e


a exibe como medida da atenuação.

FIGURA 14 - Exemplo espalhamento


FIBRA ÓPTICA
DEFORMAÇÕES MECÂNICAS

As deformações mecânicas são causadas por curvaturas que se tornam


obstáculos para a luz.

Normalmente estas curvaturas são denominadas de:


• Macrocurvaturas: são perdas localizadas de luz por irradiação, ou seja, os
modos de alta ordem não apresentam condições de reflexão total devido a
curvaturas de raio finito da fibra óptica;
• Microcurvaturas: aparecem quando a fibra é submetida a pressão
transversal de maneira a comprimi-las contra uma superfície levemente
rugosa.

FIGURA 15 - Macrocurvaturas e Microcurvaturas


FIBRA ÓPTICA
CARACTERÍSTICAS DO GUIA DE ONDA

Na prática, a potência numa fibra óptica não está totalmente presa ao núcleo.

Parte da potência pode viajar pela casca da fibra óptica, de forma que passa a
sofrer com as atenuações do material do qual a casca é composta (maiores que
as do núcleo), o que pode diminuir a capacidade de transmissão da fibra.
FIBRA ÓPTICA
DISPERSÃO

É um fenômeno resultante da diferença de velocidades de propagação que


causa o “espalhamento” de um sinal no tempo, o que limita a taxa de
transmissão através das fibras e colabora com sua atenuação.

Tipos de Dispersão
• Dispersão Modal

• Dispersão Material

• Dispersão do Guia de Onda


FIBRA ÓPTICA
DISPERSÃO MODAL OU INTERMODAL

É provocada basicamente pelos vários caminhos possíveis de propagação que


a luz pode ter no núcleo.

Ocorre somente nas fibras do tipo multimodo.

FIGURA 16 – GUIA E ONDA


FIBRA ÓPTICA
DISPERSÃO MATERIAL

A dispersão material caracteriza-se pelos diferentes atrasos causados pelos


vários índices de refração, que variam não-linearmente de acordo com os
comprimentos de onda, causando a diferença de velocidades que caracteriza a
dispersão.

DISPERSÃO DE GUIA DE ONDA


Este tipo de dispersão resulta da dependência do número V característico do
guia de onda em relação a cada comprimento de onda da luz transmitida.

Sabe-se que o atraso de um modo varia não-linearmente com o número V.


FIBRA ÓPTICA
INSTALAÇÃO DE CABOS ÓPTICOS

Cabos ópticos requerem cuidados especiais para instalação pois as fibras são
materiais frágeis e quebradiços.

Cuidados a se observar na instalação


• O cabo não deve sofrer curvaturas acentuadas;
• O cabo não deve ser tracionado pelas fibras ou elementos adjacentes;
• Não se deve exceder a máxima tensão de puxamento especificada para o
cabo;
• O cabo deve ser limpo e lubrificado para o lançamento;
• O cabo não deve sofrer impactos .
FIBRA ÓPTICA

FIGURA 17 - Cabo Aéreo e Cabo Subterrâneo


FIBRA ÓPTICA
EMENDAS ÓPTICAS

Existem dois tipos básicos de emendas ópticas, que são:

Emenda por fusão:


onde é utilizada uma máquina de fusão que alinha as fibras e aplica um arco
voltaico que eleva a temperatura nas faces das fibras, provocando o
derretimento das mesmas e a sua soldagem.

Emenda mecânica:
que é baseada no alinhamento das fibras através de estruturas metálicas e o
seu travamento para que estas não se movam.

No interior destas estruturas existem líquidos casadores para diminuir as


perdas.
FIBRA ÓPTICA
Emenda Mecânica - utilizada no Brasil para reparos emergenciais.

Emenda por Fusão - tipo mais importante e mais utilizada atualmente.


Requer utilização de equipamentos como:
clivadores e máquina de fusão.

FIGURA 18 - Máquina de emenda mecânica FIGURA 19 - Máquina de emenda por Fusão


FIBRA ÓPTICA
Exemplos de Emendas
Emenda BOA – atenuação <= 0.00dB

FIGURA 20 - Emenda 1

Emenda RUIM – atenuação >= 1.00dB

FIGURA 21 - Emenda 2

BOLHAS – atenuação >= 2.00dB (má clivagem, sujeira)

FIGURA 22 - Emenda 3
FIBRA ÓPTICA
Emenda por Conectorização:

No qual são aplicados conectores ópticos nas fibras envolvidas a emenda.

Processo utilizado em casos emergenciais onde não há possibilidade e tempo


para limpeza e preparação do cabo ou caixa de emenda.

Utiliza-se conectores pré-polidos (PRE-POLISH)


CABEAMENTO
Os equipamentos utilizados no “Cidades digitais” são interligados através de
cabo Par Trançado (UTP e STP) e Fibra Óptica.

FIBRA ÓPTICA

Fibra Óptica transmite informação por raios de luz, tendo algumas vantagens
sobre os condutores de cobre, sendo as principais:

• Maior alcance;

• Maior velocidade;

• Imunidade a interferências eletromagnéticas.


CABEAMENTO
O custo do metro de fibra não é elevado comparado com os cabos
convencionais, mas o que encarece são seu conectores e mão de obra.

Os cabos de Fibra Óptica são usados quando é necessário atingir distâncias


maiores, para operar com taxas de transmissão mais altas, em ambientes com
muita interferência eletromagnética e quanto é necessária proteção contra
descargas atmosféricas.

FIGURA 23 - Fibra Óptica


CABEAMENTO
A maioria dos cabos de fibra óptica usados em redes têm fibras com espessura
de 50 ou 62,5 microns e os cabos monomodo têm fibras de 8 ou 10 microns
(1 mícron equivale a 1 milésimo do milímetro).

O núcleo é revestido por uma camada também de vidro, chamada casca.

O vidro usado na construção do núcleo tem um elevadíssimo grau de pureza,


que é medida em partes por bilhão.

Um revestimento de acrilato, uma espécie de plástico, forma a camada mais


externa do cabo.

Vários desses cabos elementares são reunidos formando cabos múltiplos.

Os cabos óticos usados em redes de computadores têm até 48 pares de fibras.


Cabos usados em telefonia possuem até 280 pares de fibras.
CABEAMENTO
CONECTORES E POLIMENTOS

Existem diversos tipos de conectores para fibra óptica, no caso do projeto


“Cidades Digitais” estão sendo utilizados 2 deles. Conectores LC e Conectores
SC.

FIGURA 24 - Conectores
CABEAMENTO
Quanto ao polimento das fibras dos conectores encontramos normalmente duas
formas, PC e APC.

FIGURA 25 – Conectores macho e fêmea

os conectores com polimento PC geram uma conexão perpendicular entre as


fibra já o polimento APC conectam-se na diagonal.
CABEAMENTO
O polimento PC (Physical Contact) é utilizado tanto em fibras monomodo (SM)
quanto multimodo (MM) e normalmente são apresentados em conectores na
cor azul, já o APC (A Physical Contact) é utilizado exclusivamente em fibras
monomodo e são apresentados em conectores na cor verde.

Os conectores SP/PC e LC/PC normalmente são utilizados nas conexões


diretas a equipamentos sendo que as conexões LC são mais comuns em
módulos GBIC porém existem equipamentos e GBICs com conexão para fibras
APC.
Os conectores SC/APC e LC/APC são utilizados com mais frequência em DIOs,
porém, assim como os conectores com polimento PC, também podem ser
encontrados em equipamentos e GBICs.

FIGURA 26 – Conectores SC/PC e LC/PC FIGURA 27 – Conectores LC/APC e SC/APC


CABEAMENTO
PAR TRANÇADO

O cabeamento por par trançado é um tipo de cabo que possui pares de fios
entrelaçados um ao redor do outro para cancelar as interferências
eletromagnéticas de fontes externas e interferências entre cabos vizinhos.

A taxa de giro é parte da especificação de certo tipo de cabo.

Quanto maior o número de giros, mais o ruído é cancelado.

A matéria-prima fundamental utilizada para a fabricação destes cabos é o


cobre, por oferecer ótima condutividade e baixo custo.

Um acidente com descarga elétrica em qualquer ponto da rede pode


comprometer toda a rede local .
CABEAMENTO
TIPOS DE CABOS PAR TRABÇADO

Unshielded Twisted Pair - UTP ou Par Trançado sem Blindagem

É o mais usado atualmente tanto em redes domésticas devido ao fácil


manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100 Mbps.

É o mais barato para distâncias de até 100 metros.

Sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa
de PVC.

Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado
próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos e também não
podem ficar em ambientes com umidade.
CABEAMENTO
Shielded Twisted Pair - STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem)

É semelhante ao UTP.

A diferença é que possui uma blindagem feita com a malha metálica em cada
par.

É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética acentuada.

Por causa de sua blindagem especial em cada par acaba possuindo um custo
mais elevado.

Caso o ambiente possua umidade, grande interferência eletromagnética,


distâncias acima de 100 metros ou exposto diretamente ao sol ainda é
aconselhável o uso de cabos de fibra óptica.
CABEAMENTO
Screened Twisted Pair – ScTP

também referenciado como FTP (Foil Twisted Pair), os cabos são cobertos pelo
mesmo composto do UTP categoria 5 Plenum, para este tipo de cabo, no
entanto, uma película de metal é enrolada sobre o conjunto de pares trançados,
melhorando a resposta ao EMI, embora exija maiores cuidados quanto ao
aterramento para garantir eficácia frente às interferências.
CABEAMENTO
CATEGORIAS

• Categoria do cabo 1 (CAT1)


Consiste em um cabo blindado com dois pares trançados compostos por fios 26
AWG.
São utilizados por equipamentos de telecomunicação e rádio. Foi usado nas
primeiras redes Token-ring mas não é aconselhável para uma rede par
trançado. (não é mais recomendado pela TIA/EIA.

• Categoria do cabo 2 (CAT2)


É formado por pares de fios blindados (para voz) e pares de fios não blindados
(para dados).

Também foi projetado para antigas redes token ring E ARCnet chegando a
velocidade de ,mais ou menos, 4 Mbps. (não é mais recomendado pela
TIA/EIA).
CABEAMENTO
• Categoria do cabo 3 (CAT3)
É um cabo não blindado usado para dados de até 10Mbits com a capacidade
de banda de até 16 MHz.

Foi muito usado nas redes Ethernet criadas nos anos noventa (10BASET).

Ele ainda pode ser usado para VOIP, rede de telefonia e redes de comunicação
10BASET e 100BASET4. (CAT3 é recomendado pela norma TIA/EIA-568-B).

• Categoria do cabo 4 (CAT4)


É um cabo par trançado não blindado (UTP) que pode ser utilizado para
transmitir dados a uma frequência de até 20 MHz e dados a 20 Mbps.

Usado em redes com taxa de transmissão de até 20Mbps como token ring,
10BASET e 100BASET4. (Não é mais utilizado pois foi substituído pelos cabos
CAT5 e CAT5e)
CABEAMENTO
• Categoria do cabo 5 (CAT5)
Usado em redes fast ethernet em frequências de até 100 MHz com uma taxa de
100 Mbps. (não é mais recomendado pela TIA/EIA).

• Categoria do cabo 5e (CAT5e)


É uma melhoria da categoria 5.

Pode ser usado para frequências até 125 MHz em redes 1000BASE-Tgigabit
ethernet.

Ela foi criada com a nova revisão da norma EIA/TIA-568-B. (é recomendado


pela norma EIA/TIA-568-B).
CABEAMENTO
• Categoria do cabo 6 (CAT6)
Possui bitola 24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em
redes gigabit ethernet a velocidade de 1Gbps. (é recomendado pela norma
EIA/TIA-568-B).

• Categoria: CAT 6a:


É uma melhoria dos cabos CAT6.

Os cabos dessa categoria suportam até 500 MHz e podem ter até 55 metros no
caso da rede ser de 10Gbps, caso contrario podem ter até 100 metros.

Para que os cabos CAT 6a sofressem menos interferências os pares de fios são
separados uns dos outros, o que aumentou o seu tamanho e os tornou menos
flexíveis.

Essa categoria de cabos tem os seus conectores específicos que ajudam à


evitar interferências.
CABEAMENTO
• Categoria 7 (CAT7)
Está sendo criada para permitir a criação de redes de 40Gbps em cabos de
50m usando fio de cobre.

Esta norma baseia-se na Classe F que ainda não é reconhecida pela TIA/EIA.

• Categoria 7a (CAT7a)
Está sendo criada para permitir a criação de redes de 100Gbps em cabos de
15m usando fio de cobre.

Esta norma baseia-se na Classe Fa que ainda não é reconhecida pela TIA/EIA.
CABEAMENTO
CORES E CONECTORES

Para os cabos de Par Trançado utilizam-se conectores RJ-45 macho e fêmea.

Para a montagem dos mesmos é necessário verificar as cores dos fios dos
cabos

FIGURA 28 – Padrão de cores RJ-45


CABEAMENTO
No RJ-45 fêmea cada fabricante monta o conector de uma forma diferente e o
padrão de cores vem impresso no conector identificando a montagem do
mesmo.

FIGURA 29 – RJ-45 fêmea


CABEAMENTO
Um cabo cujas duas pontas usam a mesma montagem é denominado Direto, e
serve para ligar estações de trabalho e roteadores a switches ou hubs.

Um cabo em que cada ponta é usado uma das montagens é denominado


Crossover, e serve para ligar equipamentos do mesmo tipo entre si.
NO BREAK
Fonte de alimentação ininterrupta, também conhecida pelo acrônimo UPS ou
no-break, é um sistema de alimentação secundário de energia elétrica que
entra em ação, alimentando os dispositivos a ele ligados, quando há interrupção
no fornecimento de energia primária.

No Brasil estes são definidos através da norma NBR 15014 da ABNT.

Empregado em aparelhos eletrônicos, como computadores e switches.

Sua alimentação é provida por uma bateria ou um banco de baterias externas,


que fica sendo carregada enquanto a rede elétrica está funcionando
corretamente tendo uma autonomia entre 10 a 15 minutos dependendo da
quantidade de equipamentos utilizados e do modelo, tempo suficiente, no
entanto para salvar os dados ou aguardar o início da operação de gerador.
NO BREAK
Existem dois tipos de "no-breaks", o "on-line" e o "off-line".

Nos equipamentos "on line" sempre existe dupla conversão de energia.


No primeiro estágio o retificador opera como conversor de tensão C.A. da rede
elétrica em tensão C.C. e no segundo estágio o inversor converte tensão
contínua C.C. em alternada C.A. para a saída.
Deste modo a tensão de saída fornecida para a carga possui
amplitude/freqüência/forma totalmente independentes da entrada.

Nos equipamentos “off line” o inversor também assume apenas quando existe
uma falha elétrica.
A única diferença é que o inversor fica ligado continuamente e um circuito de
monitoramento que se encarrega de monitorar a tensão e usa a energia do
inversor em caso de queda de tensão.
A ideia é somar uma proteção UPS do equipamento e um estabilizador.
PRÁTICA NOS SITES
A presença de um técnico na prefeitura será obrigatória, e deverá ter
conhecimento absoluto da Infraestrutura implantada.

Portanto, segue abaixo o descritivo básico dos elementos da Rede cujos


equipamentos estarão à disposição para realizar as práticas in site.

Equipamentos:

• PEAS
• SGI
• PAG
• PCG
• PAP
PRÁTICA NOS SITES
PEAS

Os técnicos poderão conhecer e testar as instalações dos equipamentos de


comunicações e elétricos, assim como a parte de bastidor e cabeamento
utilizado para as conexões.

Interpretação dos leds no chassis dos roteadores e switches para diagnostico


de falhas que não tenham sido detectadas via remota.

Verificação das configurações dos servidores de serviços.

Instalação do cabeamento (UTP e cordões ópticos) entre os Switches, OLT,


patch-panel e outros elementos do Rack, seguindo a infraestrutura existente,
para avaliar possíveis rompimentos que interfiram na conectividade entre os
nós.
PRÁTICA NOS SITES
SGI

Serão realizados acessos remotos ao servidor do SGI para que se tenha


acesso às ferramentas de gerenciamento da rede (Zabbix, DmView e
Conscius), onde poderão ser verificados os alarmes gerados na simulação de
falhas na infraestrutura da Rede Metropolitana implantada.

Nos Servidores Linux Debian, que fornecem os serviços de DNS e DHCP, além
de funcionar como NAT na Rede, será possível realizar comprovações de
configurações no S.O que permitem ver o funcionamento dos serviços ativos no
momento.

Para isso será executado uma série de comandos próprios do Sistema GNU
que facilitarão a interpretação do estado / processo / serviços ativos no Server.
PRÁTICA NOS SITES
PAG
Uma OLT para o atendimento dos pontos de distribuição secundários com um
roteador CPE interligado a um switch L2 para atendimento dos clientes da
localidade.

Cada SW deverá ter um range de IP´s Classe C para distribuição na rede de


área local, e um default-gateway para os destinos desconhecidos.

Os técnicos realizarão os testes similares de funcionamento das instalações de


redes e elétrica nos sites, assim como no PEAS – SGI.

Deverão dispor do material ferramental apropriado para avaliar e testar a


conectividade entre os nós, além da interpretação dos indicadores luminosos
dos elementos da infraestrutura em cada site, que possam mostrar alguma
falha do equipamento.
PRÁTICA NOS SITES
PCG

Com uma ONU L3 e um switch L2, é distribuído na localidade uma rede com
range de IP´s Classe C que permite acesso a rede local e ao Mundo Externo.
Nestas localidades podemos realizar testes de funcionamento e acesso à rede.

PAP

O Ponto de Acesso Público por AP WiFi estará ligado via F.O. a porta
configurada da OLT do PAG/PEAS mais próximo.

Portanto, será necessário interpretar via remota a configuração do AP, além dos
indicadores do equipamento que estará em cada local especificado pelo Projeto
da Cidade.
MÓDULO III
DMVIEW
DmView é o Sistema Integrado de Gerência de Rede e de Elemento
desenvolvido para supervisionar e configurar os equipamentos Datacom,
disponibilizando funções para gerência de supervisão, falhas, configuração,
desempenho, inventário e segurança.

O sistema pode ser integrado a outras plataformas de gerência ou pode operar


de forma independente.

O sistema disponibiliza o acesso às suas funcionalidades através de uma


Interface Gráfica amigável e fácil de ser utilizada.

Ele permite o acesso simultâneo de múltiplos usuários em estações de gerência


distintas, possibilitando que operadores diferentes possam gerenciar a mesma
rede de equipamentos Datacom.
DMVIEW
PRINCIPAIS FUNCIONÁLIDADES

• Visualização e monitoração dos equipamentos gerenciados, suas interfaces


e CPUs, permitindo identificação do estado operacional e alarmes ativos;

• Recepção e tratamento dos eventos gerados pelos equipamentos, com


notificação automática da ocorrência de falhas e opção para executar
ação específica quando determinado evento é recebido;

• Execução de ações de diagnóstico e visualização de parâmetros e


contadores de desempenho;

• Completa configuração dos equipamentos Datacom, inclusive com


cadastro de dados de identificação e localidade;
• Backup programável e rotação do armazenamento da configuração dos
elementos gerenciados;
DMVIEW
PRINCIPAIS FUNCIONÁLIDADES

• Ferramentas para localização de equipamentos e suas interfaces, incluindo


localização por estado operacional, localidade, cliente atendido, etc;

• Visualização dos equipamentos Datacom através de mapas topológicos,


com facilidade para criação de localidades e de links;

• Ferramentas para provisionamento de circuitos ponto a ponto entre


diferentes elementos, permitindo a criação, alteração e localização de
circuitos existentes na rede;

• Logs de auditoria para ações de usuários;


DMVIEW
PRINCIPAIS FUNCIONÁLIDADES

• Suporte a servidores redundantes operando em cluster para alta


disponibilidade automática;

• Suporte a diferentes sistemas operacionais (Microsoft Windows, Sun Solaris


e CentOS) em bases de dados Oracle.
DMVIEW
CONFIGURAÇÃO DE FIREWALL

• TCP 1099, 5557 (JMX)

• TCP 1521 (Oracle Listener)

• UDP 162 (SNMP Traps)

• UDP 161 (SNMP GET/SET)

• TCP 80, 8443, 8080 (HTTP / HTTPS)

• TCP 5554 (Protocolo Datacom)

• TCP 22, 23 (SSH / Telnet)


DMVIEW
CONFIGURAÇÃO DE FIREWALL

• TCP 20 (FTP)

• UDP 69 (TFTP)

• ICMP (PING)

• TCP 61616 (JMS)

• TCP 3221 (Junoscript) – Deve ser liberada apenas se o DmView for


gerenciar equipamentos Juniper.

• TCP 443 (HTTPS) – Usada pelo poller metro.


DMVIEW
BANCO DE DADOS

O DmView suporta a utilização de três bancos de dados

Oracle Standard/Enterprise 11g,

• Gratuito
• Linux e Windows
• Limite de 4gb de banco de dados
• Limite de um processador na máquina (ou seja, se o servidor possui dois
processadores um dos processadores será ignorado pelo banco)
• Máximo de 1GB de memória RAM (mesmo que o servidor tenha mais
memória, o excedente será ignorado).
DMVIEW
BANCO DE DADOS

Oracle 10 Express Edition (XE)

• Gratuito
• Linux e Windows
• Limite de 11Gb de banco de dados
• Limite de um processador na máquina (ou seja, se o servidor possui dois
processadores um dos processadores será ignorado pelo banco)
• Máximo de 1GB de memória RAM (mesmo que o servidor tenha mais
memória, o excedente será ignorado).
DMVIEW
BANCO DE DADOS

Oracle 11 Express.

• Alto volume de dados


• Licenciado
• Linux e Windows
• Limite de 4 processador na máquina
• Não possui limite de memória
CONSCIUS
O Sistema de Gerência Conscius Lite da Furukawa tem por objetivo atender
soluções de redes GPON LightDrive de variados tamanhos e que demandem
funcionalidades como obtenção de informações de status e inventário, alarmes,
provisionamentos de serviços PON, bayface, relatórios e troubleshooting, além
de disponibilizar diferentes níveis de gerência.

As funcionalidades como controles de acesso, administração, inventário e


gerência de falhas são disponibilizadas pelo sistema, que é responsável por
prover segurança à comunicação com os equipamentos e gerenciar estes itens
através do protocolo SNMP.
ZABBIX
O Zabbix é um software que monitora vários parâmetros da rede, dos
servidores e da saúde dos serviços.

Utiliza-se de um mecanismo flexível de notificação que permite configurar


alertas por e-mail para praticamente qualquer evento.

As notificações permitem que se reaja rapidamente à problemas no ambiente.

O Zabbix oferece excelentes recursos de relatórios e visualização de dados


armazenados. Isso faz com que o Zabbix seja a ferramenta ideal para
planejamento de capacidade.
ZABBIX
Os relatórios e estatísticas do Zabbix, e seus parâmetros de configuração,
estão acessíveis através de interface web.

O uso de uma interface web garante que você possa avaliar o estado de sua
rede e a saúde de seus servidores a partir de qualquer local.

Quando corretamente configurado o Zabbix pode desempenhar papel


importante na infraestrutura de monitoramento de TI.

Estas características se aplicam tanto a pequenas organizações com poucos


servidores quanto para grandes empresas, com milhares de servidores.
TROUBLESHOOTING
Em uma visão de um “mundo ideal” a rede metropolitana irá operar
continuamente sem nenhum tipo de problema, porém no mundo real é de
conhecimento de todos isso é impossível.

Cedo ou tarde haverá algum tipo de desafio a enfrentar para identificar e isolar
a causa de um problema de mal funcionamento na rede e resolver o problema
no melhor tempo possível.

Por isso é muito importante para todo engenheiro/técnico de redes conhecer


algumas técnicas e comandos específicos para ajudar nessa tarefa.
TROUBLESHOOTING
Alguns comandos básicos, mas extremamente úteis, para serem utilizados
sempre que for realizar o troubleshooting em uma rede operando com
roteadores e/ou switches.

Os comandos são:
• Ping
• Traceroute
• Telnet e SSH
• Show interfaces
• Show ip interface
• Show ip route
• Show running-config
• Show startup-config
TROUBLESHOOTING
COMANDO PING

O ping opera na camada de rede e utiliza os serviços do protocolo ICMP. Esse


é o primeiro comando que será utilizado em um processo de troubleshooting.

Com o ping poderá ser feito um teste com um host remoto enviando
mensagens de “echo request” e recebendo de volta as mensagens de “echo
reply”. É importante ter em mente que o fato do host remoto estar ativo não
significa que ele está funcionando corretamente, por isso o ping deve ser
utilizado logo no início da sua investigação.
TROUBLESHOOTING
COMANDO TRACEROUTE

O comando traceroute mostra o caminho fim-a-fim que o pacote segue até o


seu destino final. Similar ao ping, ele utiliza o protocolo ICMP.

Esse comando é muito útil para identificar gargalos na rede, abaixo segue um
exemplo de seu uso.
TROUBLESHOOTING
COMANDO TELNET E SSH

Utilize o comando telnet e SSH para testar o funcionamento até a camada de


aplicação entre o host de origem e do destino.

Claro que para utilizar esse comando nos switches, devemos antes ter
configurado os equipamentos para aceitarem conexões telnet.

A utilização é bem simples, basta digitar telnet e o endereço ip de destino.

Se tudo estiver ok, será aberto a seção de telnet e você poderá acessar o
equipamento remoto.
TROUBLESHOOTING
COMANDO SHOW INTERFACES STATUS

O comando show interfaces status mostra todas as interfaces disponíveis em


um roteador ou switch.

Podemos também utilizar esse comando para exibir os detalhes de uma


interface específica, bastando adicionar o nome da interface logo em seguida
do comando.

Esse comando é extremamente útil pois pode revelar problemas da camada 1 e


2.
Além do mais também exibe detalhes como endereço MAC, endereço IP,
método de encapsulamento e estatísticas de erros, entre outros.
TROUBLESHOOTING
COMANDO SHOW IP

O comando show ip vai lhe mostrar detalhes da configuração da camada 3 nas


interfaces.

Com esse comando você poderá ver o endereço IP e a máscara configurada


em uma interface, e outras informações básicas.
TROUBLESHOOTING
COMANDO SHOW IP ROUTE

Utilize o comando show ip route para investigar detalhes das rotas configuradas
no seu roteador.

É necessário entender que o roteador só consegue enviar pacotes para rotas


listadas em sua tabela de rotas.

É possível que uma rota tenha sido removida da tabela de roteamento por isso
é muito importante utilizar o comando “show running-config” em conjunto com o
“show ip route” para verificar possíveis inconsistências.
TROUBLESHOOTING
COMANDO SHOW RUNNING-CONFIG E SHOW STARTUP-CONFIG

Utilize o show running-config para exibir a configuração completa em operação


no seu equipamento.

Estudando a configuração do dispositivo você pode identificar a causa do


problema.

Já o comando show startup-config irá mostrar a configuração que será


carregada no próximo reload do equipamento.

Com a utilização de alguns desses comandos já é possível eliminar algumas


etapas na investigação e resolução dos possíveis problemas que estão
ocorrendo.
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE)
A prática de O&M é comum em todo tipo de sistema, seja na área de
networking, TI, monitoramento, eletricidade, etc.

Equipes com esta designação tem como objetivo manter o sistema em


funcionamento, operando e corrigindo eventuais problemas que possam
acontecer.

No caso do projeto Cidades Digitais, a partir da entrega do Termo de


Recebimento da Solução uma equipe será alocada para a execução da
Operação Assistida durante o período de 6 meses, prorrogável por até 6 meses.
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE)
Esta equipe será responsável pela manutenção, monitoramento e operação da
rede e seus equipamentos e será formada por profissionais de três níveis:

N1 – Operador de Rede

N2 – Técnico de Campo

N3 – Especialista em Networking.

A equipe de O&M estará disponível no horário comercial durante o prazo de


alocação da mesma.
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE)
Durante o período de manutenção assistida, mensalmente, esta equipe estará
realizando o diagnóstico da rede, observando e disponibilizando as seguintes
funcionalidades:

• Monitoramento dos tráfegos de entrada e saída;


• Monitoramento de falhas;
• Funcionamento dos PAPs;
• Monitoramento dos switches, OLTs e roteadores;
• Monitoramento dos No-Breaks;
• Monitoramento dos servidores;
• Monitoramento da rede óptica; e
• Monitoramento do link de internet.
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE) N1 (OPERADOR DE REDE)

O profissional de O&M de nível 1 (N1) tem como função o monitoramento da


rede, ficando alocado no Centro de Gerência do Cidades Digitais.

No caso da detecção de falhas, este estará realizando, remotamente, a


manutenção do sistema, verificando e redefinindo os parâmetros necessários
para regularizar os possíveis problemas.

Caso seja verificado que não é possível realizar a correção remotamente, este
estará acionando o profissional de nível 2 (N2) que se deslocará para o local
onde a falha foi detectada para realizar a manutenção;
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE) N2 (TÉCNICO DE CAMPO)

O profissional de nível 2 (N2) tem como função realizar as manutenções em


campo quando um possível problema acontecer e não puder ser solucionado
remotamente pelo operador de rede (N1).

No atendimento destes problemas, o técnico de campo se deslocará para o


local onde o evento foi detectado para identificar a causa do mesmo e então
realizar a manutenção nos equipamentos ou cabeamentos que estejam
causando tal problema e juntamente com o operador de rede (N1) garantir que
o sistema retorne ao seu funcionamento total.

Caso não seja possível solucionar o problema, os profissionais de nível 1 e 2


estarão acionando o nível 3 (N3) para que este intervenha e auxilie na
normalização do sistema.
O&M (OPERATION &
MAINTENANCE)
N3 (ESPECIALISTA EM NETWORKING)

O profissional de nível 3 (N3) tem como função intervir em casos que o


operador de redes e o técnico de campo apresentem dificuldades em resolver.

São profissionais de nível avançado com conhecimentos detalhados de cada


equipamento e de suas funções.

Os especialistas em networking são profissionais que foram treinados


diretamente pelos fabricantes dos equipamentos e com vasta experiencia na
área, o que garante que serão capazes de dar o suporte necessário para os
níveis 1 e 2 na solução de qualquer problema que seja identificado.

Este suporte será realizado via telefone e acesso remoto e em casos extremos
os mesmos poderão se deslocar para a localidade.
MÓDULO IV
ENDEREÇAMENTO IPV4 –
PLANEJAMENTO VLAN’S
A rede foi testada com endereços IPv4 para a configuração dos equipamentos
de comunicações e os servidores de gerenciamento.

Serão definidos para cada ponto de acesso existente (PEAS/PAG/PCG/PAP)


um range de IP´s classe C (10.x.y.0/24), permitindo mais de 250 clientes por
localidade.
ENDEREÇAMENTO IPV4 –
PLANEJAMENTO VLAN’SENDEREÇAMENTO IPV4 PRIVADO

Seguindo a convenção acordada entre as empresas integradoras e o MiniCom,


teremos a disposição para cada localidade um total de 253 hosts validos.

Segue abaixo o exemplo que elaboramos para o atendimento das localidades


previstas pelo projeto:
ENDEREÇAMENTO IPV4 –
PLANEJAMENTO VLAN’S

QUADRO 1 – Tabela de IP’s


ENDEREÇAMENTO IPV4 –
PLANEJAMENTO VLAN’S
PLANEJAMENTO DE VLAN’S

QUADRO 2 – Tabela de VLAN’S


PROTOCOLOS DE REDE
Redundância VRRP

Com a utilização de roteadores de distribuição redundantes foi verificada a


necessidade do uso de um protocolo que fosse capaz de simular a estabilidade
do ambiente mesmo se um dos roteadores apresentasse falhas.

Pra isso utilizamos o VRRP (Virtual Router Redundancy Protocol – Protocolo de


Redundância de Roteador Virtual).

Para que uma rede L2 entre em contato com o universo L3, é necessária a
configuração de um gateway para esta rede e este gateway é o responsável por
fazer a comunicação entre as redes.
PROTOCOLO DE REDE
Como muitos equipamentos não são capazes de trabalhar com protocolos de
roteamento é necessária a definição de um gateway único e quando esta
comunicação é estabelecida tanto o IP quanto o MAC são importantes.

O VRRP permite que dois ou mais equipamentos criem uma interface virtual
compartilhando tanto o endereço IP quanto o endereço MAC e, por isso, caso
aconteça uma falha no equipamento principal, o equipamento secundário é
capaz de assumir estas informações de forma transparente tornando
instantânea o roteamento das informações.

Os pontos da rede que estabeleceram a comunicação com este gateway não


percebem a mudança e continuam se comunicando como se nada tivesse
acontecido.

Na rede Cidades Digitais utilizamos 2 grupos com esta facilidade, um para a


gerência geral da rede (VLAN 2000) e outro para a comunicação entre os
servidores (VLAN 4002).
PROTOCOLO DE REDE
Roteamento OSPF

Os equipamentos foram configurados com os protocolos OSPFv2 e BGP na


conexão de backhaul da Operadora de cada Cidade.

O Protocolo OSPF permitirá dividir a Intranet ou Sistema Autônomo (AS) em


unidades hierárquicas de menor tamanho.

O enlace entre as áreas e Backbone será pelo equipamento de comunicações


CA que funcionará como ABR (AreaBorderRouter), na divisa entre os sistemas
autônomos.
PROTOCOLO DE REDE
O roteamento hierárquico será possível graças ao OSPF em múltiplas áreas,
cujo algoritmo SPF calculará, em caso de falhas, as atualizações do roteamento
interno de maneira eficiente.

O Protocolo BGP permitira a comunicação entre os Sistemas Autônomos (AS)


através de TCP, sabendo a informação de cada equipamento vizinho.

Para garantir um melhor funcionamento dos PCGs, nestes pontos, o OSPF é


configurado em modo broadcast, permitindo que os equipamentos definam
múltiplos caminhos de saída, então, caso um dos roteadores apresente falhas,
automaticamente os PCGs começam a encaminhar suas informações para a
rota secundária.
SERVIDORES
O projeto apresenta um parque de servidores formados por 3 equipamentos:

- Servidor NAT

O Servidor NAT é embarcado com o Sistema Operacional Linux Debian 7 (64


bits) provendo os serviços:

• IPTABLES (Firewall / NAT)

• QUAGGA (roteamento OSPF)

DHCP
SERVIDORES
- Servidor DNS

O Servidor DNS é embarcado com o Sistema Operacional Linux Debian 7 (64


bits) provendo os serviços:

•DNS
• RADIUS
• ZABBIX (Monitoramento)
SERVIDORES
- Servidor SGI

O Servidor SGI é embarcado com o Sistema Operacional XEN SERVER (64


bits) e virtualiza 2 outros servidores:

• DmView (servidor de monitoramento Datacom) – Gráfico

• Conscius (servidor de monitoramento Furukawa)


SERVIDORES
DHCP
é um protocolo de serviço TCP/IP que visa oferecer configuração dinâmica de
terminais e equipamentos, com concessão de endereços IP de host e outros
parâmetros de configuração para clientes de rede.

O DHCP utiliza um modelo cliente-servidor, sendo que o servidor faz gestão


centralizada (servidor central) dos endereços IP que são usados na rede.

O cliente consiste em um dispositivo de rede que tenha a capacidade de


adquirir as configurações do TCP/IP de um servidor DHCP.

Esse cliente tenta encontrar um ou mais servidores DHCP que ofereçam os


padrões desejados para que o seu computador possa ser configurado de forma
automática.

O pacote enviado pelo servidor DHCP contém especificações do endereço IP,


máscara, gateway e servidores DNS.
SERVIDORES
Funciona da seguinte forma:

FIGURA 30 – Envio e recebimento de pacotes


SERVIDORES
CONFIGURAÇÃO DE REDE

Os servidores do projeto possuem 3 interfaces de rede gigabit ethernet, sendo


uma de reserva e duas configuradas com o sistema bond que permite que as
interfaces de rede funcionem como backup uma da outra, possibilitando assim
uma maior estabilidade e segurança da rede.

Tomando como exemplo as configurações do servidor NAT, temos o seguinte


cenário:

As interfaces eth0 e eth2 trabalhando em paralelo e provendo, ao mesmo


tempo, acessos à VLAN 4001 (saída pública de internet) e VLAN 4002 (saída
privada para rede interna).
SERVIDORES
DNS

O DNS (Domain Name System - Sistema de Nomes de Domínios) é um sistema


de gerenciamento de nomes hierárquico e distribuído operando segundo duas
definições:

• Examinar e atualizar seu banco de dados.


• Resolver nomes de domínios em endereços de rede (IP).

O servidor DNS traduz nomes para os endereços IP e endereços IP para


nomes respectivos, e permitindo a localização de hosts em um domínio
determinado. O servidor DNS secundário é uma espécie de cópia de segurança
do servidor DNS primário.
SERVIDORES
Existem 13 servidores DNS raiz no mundo todo e sem eles a Internet não
funcionaria. Destes, dez estão localizados nos Estados Unidos da América, um
na Ásia e dois na Europa. Para Aumentar a base instalada destes servidores,
foram criadas réplicas localizadas por todo o mundo, inclusive no Brasil desde
2003.

Ou seja, os servidores de diretórios responsáveis por prover informações como


nomes e endereços das máquinas são normalmente chamados servidores de
nomes. Na Internet, os serviços de nomes usado é o DNS, que apresenta uma
arquitetura cliente/servidor, podendo envolver vários servidores DNS na
resposta a uma consulta.
SERVIDORES
Quando um cliente precisa procurar um nome usado em um programa, ele
consulta os servidores DNS para resolver o nome. Cada mensagem de
consulta que o cliente envia contém três informações, que especificam uma
pergunta para o servidor responder:

• Um nome de domínio DNS específico, declarado como nome de domínio


totalmente qualificado (FQDN)

• Um tipo de consulta específica, que pode especificar um tipo de registro de


recurso ou um tipo especializado de operação de consulta.

• Uma classe específica para o nome de domínio DNS.


Para servidores DNS do Windows, isso deve ser especificado como a classe
Internet (IN).
SERVIDORES
Em geral, o processo de consulta DNS ocorre em duas partes:

• Uma consulta de nome começa em um computador cliente e é passada para


um resolvedor, o serviço de cliente DNS, para resolução.

• Quando a consulta não pode ser resolvida localmente, os servidores DNS


podem ser consultados para resolver o nome, conforme necessário.
SERVIDORES
NAT

NAT (network address translation) é um protocolo que faz a tradução dos


endereços Ip e portas TCP da rede local para a Internet.

Ou seja, o pacote enviado ou a ser recebido de sua estação de trabalho na sua


rede local, vai até o servidor onde é trocado pelo ip do mesmo substitui o ip da
rede local validando assim o envio do pacote na internet, no retorno do pacote a
mesma coisa, o pacote chega e o ip do servidor é trocado pelo Ip da estação
que fez a requisição do pacote.
SERVIDORES
Para configurar as regras de NAT utilizaremos a solução IPTABLES que oferece
o SO Linux.

Poderemos criar regras de firewall e NAT no modulo NETFILTER com


IPTABLES, permitindo o roteamento interno realizado pelo kernel do servidor.

Portanto, o Servidor Linux será configurado com IPTABLES para funcionar


como NAT na Rede Metropolitana, traduzindo os endereços privados dos
clientes conectados a cada PCG para dar acesso a Internet.

Assim, teremos 2 interfaces configuradas:

• IP Público (fornecida pelo ISP).

• IP Privado dentro da Rede Metropolitana.


CONCLUSÃO
O projeto Cidades Digitais vem aumentando a quantidade de cidades
contempladas, contribuindo para o desenvolvimento das cidades de menor
população, levando a eles tecnologia de primeiro mundo, tendo um maior
controle sobre a rede do município.

O treinamento teve foco sobre as principais características e ferramentas que


estão sendo utilizadas na Rede Cidades Digitais e conhecimentos teóricos
sobre Redes.

Este projeto Cidades Digitais é em parceria com o Ministério das comunicações


visando o crescimento.

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