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Redes de Longa Distância

Redes X25 e Frame Relay


Aula 04

Prof. Anderson Barbosa


anderson.barbosa@ifpa.br
Introdução
Foi a pioneira, no uso da técnica de comutação de
pacotes com conexão.

Imbatível nos quesitos de garantia de entrega de


pacotes e segurança das informações que circulam
pela rede.

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Origem
Em 1976 o X.25 foi recomendado como o protocolo
padrão desejado pelo Comitê Consultivo
Internacional para Telegrafia e Telefonia - CCITT.

Obs: Atualmente denominado de União de


Telecomunicação Internacional (ITU).

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Redes X25
É considerado uma das poucas implementações
reais do modelo de referencia OSI.

Foi a primeira rede WAN comercial baseada em


comutação de pacotes a ser implantada em nível
mundial.

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Características
O X.25 utiliza um serviço orientado a conexão que
assegura que os pacotes sejam transmitidos na sua
ordem original.

◦ Sequenciação de pacotes (entrega ordenada dos


pacotes da origem ao destino).
◦ Controle de fluxo/controle de erro (na camada de
enlace e de rede)
◦ Comutação/concentração de pacotes

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Importante lembrar!

Possui alto delay proporcionado pela


redundância nos controles e correção de
erros nas camadas de enlace e de rede.

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Itens da topologia
Data Terminal Equipment - (DTE)
◦Equipamento Terminal de Dados
◦São os sistemas de comunicação fim-a-fim (Terminais, Pc ou servidores)

Data Communications Equipment - (DCE)


◦Equipamento Terminal de Circuito de Dados
◦Ex.: Modens, Roteadores

Rede de Comutação de Pacotes (PSE)


◦são os comutadores de pacotes que compõem a infraestrutura básica do
provedor do serviço

Packet Assembler/Disassembler – (PAD)


◦Montador de Pacotes que fica entre um DTE e DCE

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Topologia X25

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Níveis de Camadas do X25

Trabalha em três níveis baseados nas três primeiras


camadas (rede, enlace e física), do sistema aberto
de interconexão (OSI).

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Nível Físico

-É semelhante à Camada Física (physical layer) no


modelo OSI.

-Protocolos : X21 e V24

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Nível de Enlace
- Responsável para a comunicação segura entre o
DTE e o DCE.

Semelhante à Camada de Enlace de Dados (Data


Link Layer) no modelo OSI.

Protocolo utilizado para trabalhar no nível de


link: LAP-B
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Nível de Rede
- Protocolo de transferência de dados na rede de
comutação de pacotes.

Semelhante à Camada de Rede (Network Layer) no


modelo OSI.

Protocolo : X25

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Atuação do X.25

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Equivalências entre OSI e X.25

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Comunicação Síncrona para
Assíncrona

O PAD é uma espécie de gateway que transforma


os pacotes síncronos vindo da rede em
comunicação assíncrona.

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Utilização da Rede X.25

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Estabelecimento de Chamada
(Call Setup)

Quando o DTE-A comunicando-se com um DTE-B,


tem que estabelecer uma conexão construindo um
pacote de PEDIDO de CHAMADA (Call Request),
passando-o para seu DCE.

Semelhante ao processo do protocolo TCP ( Handshake de


três vias )

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Estabelecimento de Chamada

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UTILIZAÇÃO DO X.25

Como rede de acesso a servidores centralizados


(acesso a empresas de cartão de crédito, aplicações
bancárias, acesso a banco de dados) a partir de
terminais assíncronos dedicados ou discados X.25.

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Utilização do X.25

É usado para montar redes corporativas de dados a


baixa velocidade para aplicações de mensagens
curtas como entrada de pedidos, consultas rápidas
a Banco de Dados, etc.

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Utilização do X.25
Usado em cartão de crédito

Transferência de fluxos de dados assíncronos como


aqueles produzidos por terminais simples como
leitores de cartão de crédito.

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Utilização do X.25

No Brasil cada operadora possui a sua rede X.25.

Embratel chama a sua rede X.25 de RENPAC (Rede Nacional


de Pacotes).

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TEF Discado
TEF – Transferência Eletrônica de Fundos

Realiza transações com tempo médio de 30


segundos, haja vista que a conexão com o servidor
remoto (host) utiliza a placa de fax-modem do
computador do caixa para uma conexão discada.

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TEF Discado

Para que a conexão seja estável é necessário utilizar somente placas


recomendadas para esta aplicação

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Analise de uso
Um estabelecimento comercial que recebe 50
cartões de crédito/dia de segunda a sábado.

Em mês o estabelecimento recebeu aprox. 1.300


cartões. Para cada cartão se gasta ao menos um
pulso telefônico.

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Custo mensal
- 1.300 pulsos telefônicos, cada um ao custo de R$0,13.
- Custo da assinatura da linha telefônica (aproximadamente
R$35).

Ao final de um mês este estabelecimento gastou R$204


somente com conta telefônica para um ponto de TEF.

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TEF Dedicado
Realiza transações entre 2 e 4 segundos,
mantendo a conexão ativa em tempo
integral,

O software de automação, da mesma forma,


precisa ser certificado para o TEF dedicado.

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Acessos TEF dedicado

Pequenas, médias e grandes empresas

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Análise de uso
Infraestrutura :
- Servidor específico para TEF
- Roteador, conforme número de pdv’s
- Linha dedicada X.25.

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Custo mensal do TEF dedicado
- Contrato de manutenção do servidor
- Contrato de manutenção do roteador
- Licença de uso do software de TEF dedicado,
- Custo da linha dedicada X.25

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CARACTERÍSTICAS DO X.25
- Alto delay (chega a 200ms)
- Baixo jitter
- Não transparente a protocolos
- Baixa velocidade de transmissão (de 1.200 bps até
128 Kbps, normalmente) para circuitos individuais
- Circuito virtual comutado
- Full-duplex
- Banda garantida

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Vantagens
- Segurança dos dados
- Circuito virtual comutado, full-duplex
- Multiplexação do acesso físico no ponto central da rede
corporativa
- Otimização de custos no ponto central da rede corporativa
(através da utilização de uma única interface serial posso
atender vários circuitos lógicos virtuais)

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Desvantagens
- Baixa velocidade
- Tráfego apenas de dados de curta mensagem
- Custo por circuito contratado e por tamanho de
mensagem
- Alto delay proporcionado pela redundância de
detecção e correção de erros

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DETALHES DE PROJETOS DE REDES
CORPORATIVAS WAN X.25
- Verificar a forma de pagamento do X.25 (custo
mensal fixo ou custo pelo tráfego de bytes)

- Lembrar que a aplicação só é possível para tráfego


de dados (preferencialmente mensagens de curta
duração)

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Frame Relay

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Frame Relay
O protocolo Frame Relay é resultado da combinação das
funcionalidades de multiplexação estatística e
compartilhamento de portas do X.25, com as características
de alta velocidade e baixo atraso (delay) dos circuitos TDM
(Time Division Multiplexing).

Ele organiza as informações em frames, ou seja, em pacotes


de dados com endereço de destino definido, ao invés de
coloca-los em slots fixos de tempo, como é o caso do TDM.

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Frame Relay

Este procedimento permite ao protocolo


implementar as características de multiplexação
estatística e de compartilhamento de portas.

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Multiplexação Estatística

Multiplexação estatística é o modelo predominante


de transporte de pacotes na internet. Ele difere da
multiplexação por divisão temporal (TDM) e da
multiplexação por divisão de frequência (FDM).
Também difere radicalmente da comutação por
circuitos pura e simples.

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Multiplexação Estatística

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Compartilhamento de Portas
Isto é possível pois o mesmo não utiliza o
processamento da camada de rede (layer 3) do
X.25.
Considerando o modelo OSI para protocolos, o
Frame Relay elimina todo o processamento da
camada de rede (layer 3) do X.25. Apenas algumas
funcionalidades básicas da camada de enlace de
dados (layer 2) são implementadas, tais como a
verificação de frames válidos, porém sem a
solicitação de retransmissão em caso de erro.

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A eliminação dessas funcionalidades simplifica o
protocolo, permite altas taxas de processamento
de frames e, consequentemente, um atraso (delay)
menor que o do X.25.

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Para permitir a eliminação de tais funcionalidades
da rede Frame Relay, os equipamentos de usuários
devem garantir a transmissão de informações fim-
a-fim sem erros.

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Comparativo
TDM X.25 Frame
Relay
Multiplexação em Tempo sim não não

Multiplexação Estatística não sim sim


(Circuito Virtual)
Compartilha portas não sim sim

Alta velocidade (por $) sim não sim

Atraso (delay) muito alto baixo


baixo

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Circuitos Virtuais
(Virtual Circuits)
A tecnologia Frame Relay é baseada no uso de Circuitos
Virtuais (VC's). Um VC é um circuito de dados virtual
bidirecional configurado entre 2 portas quaisquer da rede,
que funciona como um circuito dedicado.

Existem 2 tipos de VC's


◦ Permanent Virtual Circuit (PVC)
◦ Switched Virtual Circuit (SVC)

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Permanent Virtual Circuit
(PVC)
O PVC foi primeiro tipo de circuito virtual
padronizado para o Frame Relay a ser
implementado. Ele é configurado pelo operador na
rede através do sistema de Gerência de Rede,
como sendo uma conexão permanente entre 2
pontos.

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Permanent Virtual Circuit
(PVC)

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PVC

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PVC
Seu encaminhamento através dos equipamentos da rede
pode ser alterado ao longo do tempo devido à falhas ou
reconfigurações de rotas, porém as portas de cada
extremidade são mantidas fixas e de acordo com a
configuração inicial.

Requer um planejamento criterioso levando em


consideração o padrão de tráfego e o uso de banda
disponível

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Switched Virtual Circuit (SVC)
O SVC também foi padronizado para o Frame Relay
desde o princípio, mas só foi implementado mais
recentemente, quando surgiram novas demandas
de mercado.

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Switched Virtual Circuit (SVC)

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Switched Virtual Circuit (SVC)
Ele é disponibilizado na rede de forma automática,
sem intervenção do operador, como um circuito
virtual sob demanda, para atender, entre outras, as
aplicações de Voz que estabelecem novas conexões
a cada chamada.

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Switched Virtual Circuit (SVC)

O estabelecimento de uma chamada usando o protocolo de


sinalização do SVC (ITU-T Q.933) é comparável ao uso
normal de telefone, onde a aplicação de usuário especifica
um número de destinatário para completar a chamada, e o
SVC é estabelecido entre as portas de origem e destino.

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Switched Virtual Circuit (SVC)

O estabelecimento de SVC's na rede é mais complexo que


os PVC's, embora seja transparente para o usuário final. A
conexões devem ser estabelecidas de forma dinâmica na
rede, atendendo as solicitações de destino e banda das
diversas aplicações de usuários.

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CIR - Committed Information
Rate

Refere-se a taxa de transmissão que é garantida


pela tecnologia Frame Relay. Portanto, quando uma
operadora de serviço de telecomunicações
determina um valor de CIR para um acesso Frame
Relay, isto significa que esta banda é garantida.

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Estrutura do Frame

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AS APLICAÇÕES TÍPICAS DA
TECNOLOGIA FRAME RELAY
-Interligação de Redes LAN
-Voz sobre Frame Relay (VoFR)
-Interação Frame Relay – ATM
-Interação com outros protocolos

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Interligação de Redes LAN

Uma interligação de redes LAN de vários escritórios


compondo uma rede WAN, é uma aplicação típica
para o uso da tecnologia Frame Relay.

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Tráfego do Frame Relay
O tráfego usual das redes de dados é normalmente de 2
tipos: interativo (comando - resposta), ou seja, solicitação
de usuários e aplicações clientes e respostas de aplicações
servidoras.

Por rajadas (bursty), quando grandes quantidades de dados


são transferidas de forma não contínua.

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O Frame Relay, através de roteadores ou equipamentos de
acesso instalados nos escritórios, permite utilizar uma porta
única em cada escritório para compor redes do tipo malha
(meshed) onde a comunicação de um escritório com todos
os outros é possível sem a complexidade do uso de
múltiplas portas e múltiplos circuitos dedicados.

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Rede Mesh – Frame Relay

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Voz sobre Frame Relay (VoFR)
O Frame Relay também possui facilidades para o transporte
de Voz, fax e sinais de modens analógicos atendendo os
requisitos de atraso (delay) específicos para esse tipo de
aplicação.

Deve-se entretanto levar em consideração a qualidade do


serviço prestado pela rede multisserviços de terceiros para
que o resultado nas aplicações de Voz, fax e modem possam
ainda atender os requisitos aplicáveis aos serviços
convencionais.

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Voz sobre Frame Relay (VoFR)

Topologia VoFR
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Características Técnicas do
Frame-Relay
Médio delay (em torno de 50 ms) e Baixo jitter
Não transparente a protocolos
Média velocidade de transmissão (de 64 Kbps a 2 Mbps)
para circuitos
Individuais
Circuito virtual permanente (na prática o mais utilizado)
Full-duplex
Banda garantida pela CIR
Suporte ao QoS (nos roteadores das pontas)

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Vantagens
Segurança dos dados
Circuito virtual permanente, full-duplex
Multiplexação do acesso físico no ponto central da rede
corporativa
Otimização de custos no ponto central da rede corporativa
(através da utilização de uma única interface serial posso
atender vários circuitos virtuais permanentes)
Qualidade e confiabilidade
Baixo Delay

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Desvantagens
-Limitação à velocidade de 2 Mbps por circuito
-Complexidade, caso a rede possua uma quantidade
grande de sites remotos
-Não suporta QoS nativo no backbone

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Futuro do Frame Relay
A rede WAN Frame Relay surgiu nos anos 90 do
século passado e, apesar do seu rápido
crescimento, atualmente diminui o seu parque
instalado devido o crescimento das redes MPLS

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Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. TANENBAUM, Andrew S., Redes de Computadores, 4ª Ed. São Paulo:
Campus, 2003.
2. KUROSE, F.J. and ROSS W.K , Redes de computadores e a Internet. 3ª Ed.
São Paulo: Pearson Education / Makron Books, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. DANTAS, Mario. Tecnologias de redes de Comunicação e Computadores.
Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003.
2. L.L. Peterson & B. S. Davie, Redes de Computadores: Uma Abordagem de
Sistemas. Ed. Campus, 2004.

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