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Prof.

Anderson Silva
 Métodos de Transmissão
 Interfaces de comunicação de dados
 Protocolos de linha
 Protocolo X.25
 Compreender os principais protocolos de linha, em especial o protocolo X.25.

 Apresentar as interfaces padrão de comunicação de dados utilizadas nas redes X.25.


 Diretamente associados ao tipo de meio que será utilizado na construção de um circuito de
dados.
 Até recentemente não era possível integrar os meios de comunicação e um circuito de dados
ou de voz possuía a mesma característica em toda a sua extensão.
 A evolução tecnológica permitiu que tecnologias de transmissão de dados fossem integradas
reduzindo custos e otimizando o uso.
 A primeira grande evolução foi a multiplexação que permite o transporte de vários circuitos
num único meio.
 Os principais métodos de transmissão de dados estão divididos em três grupos:
 Transmissão por fio metálico
 Transmissão por fibra óptica
 Transmissão sem fio
 Equipamentos usados em um enlace de comunicação de dados:

 Equipamento Terminal de Dados (ETD)


 originam e recebem o sinal

 Equipamento de Comunicação de Dados (ECD)


 tratam o sinal de forma que o mesmo possa ser transmitido (através do processo de modulação) e recuperado
na recepção (demodulação).
 Interfaces para Transmissão Digital Não-Balanceada
 RS-232 (V.24)

 Interfaces para Transmissão Digital Balanceada


 RS-422 / RS-485
 V.35
 RJ-45 (RDIS)
 A interface mecânica é padronizada pela ISO que define o padrão DB 25 também conhecido
por EIA RS-232C ou V.24.

 Padrão para troca serial de dados binários entre um ETD e um ECD sendo comumente usada
nas portas seriais.

 Cada circuito da interface é definido por


função, direção e características
elétricas.
 Pode ser síncrona ou assíncrona.

 Tensões de saída:
 5…15V (Space/0) (RS232C) 5...25(RS232D)
 -5…-15V (Mark/1) (RS232C) -5…-25V (RS232D)

 Tensões de entrada:
 > 3V (Space/0) (RS232C)
 < -3V (Mark/1) (RS232C)

 Taxas de transmissão menores que 48Kbps.


 EIA/TIA 232-E
 DB25p

 EIA/TIA 574
 DB9

 EIA/TIA 561
 RJ45
Mecanismo para ligar duas máquinas diretamente,
simulando a existência de modems
 GND - Signal Ground
 Terra de referência para os outros sinais.

 DCD - Data Carrier Detect


 Informa ao DTE que há portadora na linha, ou seja o circuito de dados está montado.

 DSR - Data Set Ready


 O DCE indica ao DTE que está ligado.

 DTR - Data Terminal Ready


 O DTE informa ao DCE que está ativo, quando ele é desativado o DCE derruba a ligação em linhas
discadas
 RTS - Request to Send
 o DTE informa ao DCE que está pronto a transmitir dados.
 CTS - Clear to Send
 O DCE informa ao DTE que está pronto para receber dados, é uma resposta ao DTR.

 TD (TxD) - Transmit Data Line


 Dados enviados pelo DTE para transmissão no circuito, o CTS deve estar ativo.

 RD (RxD) - Receive Data Line


 Dados recebidos pelo circuito.

 RI - Ring Indicator
 Em linhas discadas o DCE informa ao DTE que há uma ligação solicitando atendimento automático, o
DCE inicia os procedimentos de ativação do terminal.
 Usada em WAN

 Síncrona

 Conector de 34 pinos (M34)

 Taxas de 48kbps a 6Mbps

 É a interface mais utilizada em roteadores e gateways.

 Interface balanceada (circuito duplo) para dados e clock.


 Criado pela IBM para conectar as controladoras terminais remotas e o mainframe IBM.

 Opera na forma half-duplex, permitindo códigos EBCDIC, ASCII.

 Objetivo de permitir a transmissão síncrona entre computador e periféricos remotamente


localizados
 Utilizado em ligações ponto a ponto ou multiponto, com ligações dedicadas ou comutadas

 Variações
 BSC-1: usada para transferência de arquivos
 BSC-3: conexões remotas on-line
 Protocolo Orientado a bit
 Especificado pela ISO e usado no nível de enlace (nível 2) do protocolo X.25.
 Principais campos:
 FLAG
 delimita o início e o fim do quadro ou frame: 01111110
 ENDEREÇO
 contém o endereço o qual será encaminhada a mensagem
 CONTROLE
 indica se o quadro é de informação, supervisão ou de gerência.
 CONTROLE DE QUADRO
 contém o controle para detecção de erros.
 TEXTO
 bloco ou mensagem transmitida (dados)
 Transparente a dados
 ou seja transmite qualquer dado que lhe é enviado, característica do protocolo orientado a bit.

 Para evitar que uma sequência de bits seja interpretada com FLAG, a cada 5 bits “1” um bit
“0” é inserido evitando-se formar uma sequência idêntica ao FLAG.
 Protocolo Orientado a bit
 Análogo ao protocolo HDLC, operando na configuração half ou full-duplex como parte da
arquitetura SNA.
 Principais campos:
 FLAG
 delimita o início e o fim do quadro ou frame: 01111110
 ENDEREÇO
 contém o endereço o qual será encaminhada a mensagem
 CONTROLE
 indica se o quadro é de informação, supervisão ou de gerência.
 CONTROLE DE QUADRO
 contém o controle para detecção de erros.
 TEXTO
 bloco ou mensagem transmitida (dados)
Alguns comandos de controle:

 RR (Receive ready)
 confirma a recepção de quadros

 RNR (Receive not ready)


 indica que não pode receber mais quadros por falta de armazenamento.

 TEST
 solicita uma resposta de teste.
 Protocolo de comunicação WAN destinado a promover a conectividade entre dispositivos
sobre redes analógicas.
 Desenhado para operar com eficiência, independentemente dos sistemas conectados à rede.
 Tipicamente usado em redes de comutação de pacotes (PSNs) de provedores de serviços de
telecomunicações.
 Protocolo confiável e orientado à conexão1, pouco utilizado atualmente, destinado
inicialmente às redes com alta taxa de erro.
 Velocidades de 9,6kbps a 2Mbps.

1 - A origem manda uma mensagem ao destino pedindo a conexão antes de enviar os pacotes, garantindo assim a entrega dos dados na ordem
correta, sem perdas ou duplicações.
 Na década de 70 as redes de computadores se proliferavam havendo a necessidade de
interligá-las.
 Como as redes possuíam interfaces não padronizadas, era difícil a interligação das mesmas.

 Padronizado em 1976 pelo CCITT (atual ITU) como um protocolo para redes de comutação de
pacotes.

 Atua nos níveis 1 (físico), 2 (enlace) e 3 (redes) do Modelo de Referência OSI.


 A camada física especifica a interface física, elétrica e de procedimentos entre o host e a rede.
 O padrão da camada de enlace de dados possui muitas variações, projetadas para lidar com
transmissão de erros entre o equipamento do usuário e a rede pública.
 O protocolo da camada de rede é responsável pelo roteamento de pacotes, lidando com
endereçamento, controle de fluxo, confirmação de entrega, interrupções, etc.
 Acesso remoto para consulta de base de dados

 Validação de cheques e cartões de crédito junto às instituições competentes

 Controle de estoques

 Transferência de arquivos

 Correio eletrônico
X.25

comutadas por pacotes


orientadas a conexão

Exige que uma conexão (virtual) fim-a-fim seja estabelecida


antes do início da transmissão dos dados.

Os pacotes são individualmente conduzidos através dos diversos nós


compartilhados da rede, a fim de otimizar-se a largura de banda e minimizar a latência.
 Redes comutadas por pacotes (packet switching network)

Imagem: http://www.tcpipguide.com/free/diagrams/funpacketswitching.png
 DTE (data terminal equipment)
 Terminais, computadores pessoais, hosts em redes, instalados no lado do usuário.

 DCE (data circuit-terminating equipment)


 Dispositivos como modems e switchs, que provém interface entre os DTE e os PSE. Ficam,
geralmente, nas instalações do provedor do serviço

 PSE (packet-switching exchange)


 Dispositivos de comutação (switchs) que compõem a nuvem da concessionária.
 Dispositivo comumente encontrado nas redes de pacotes X.25.

 Usados quando um dispositivo DTE opera apenas no modo caractere, o que não o permitiria
se conectar em uma rede X.25 que somente opera com pacotes.

 Fica situado entre um dispositivo de DTE e um dispositivo de DCE.


 Tem três funções:
 buffering: armazena os dados até que o equipamento possa transmitir;
 assembly: agrupa os dados de saída em pacotes e os encaminha ao DCE, inclusive colocando o
cabeçalho (header);
 disassembly: desmonta os pacotes encaminhados ao DTE, inclusive removendo o cabeçalho
(header).
 Os dados armazenados no buffer são enviados ou recebidos pelo DTE.
 Monta os dados de transmissão em pacotes e os remete ao dispositivo DCE, incluindo a
adição do cabeçalho de X.25.
 Desmonta os pacotes recebidos antes de remeter os dados ao DTE, removendo o cabeçalho
de X.25.
 É uma conexão lógica, criada para garantir uma comunicação confiável entre dois dispositivos
de rede.

 Um circuito virtual denota a existência de uma via lógica, bidirecional, entre dois DTE’s em
uma rede.

 Múltiplos circuitos virtuais podem ser multiplexados em um único circuito físico.


 Cada circuito virtual é representado por um número de 12 bits
 4 bits identificam o Logical Channel Group Number (LCGN)
 8 bits identificam o Logical Channel Number (LCN)

 Portanto:
 poderemos obter até 4096 canais lógicos em cada conexão física
 os LCGN podem assumir valores de 0 a 15
 os LCN poderão assumir valores de 0 a 255
 quando a ligação física não é multiplexada, haverá apenas 1 ligação lógica, a qual será atribuído o
identificador 1
 PVC (permanent virtual circuit)

 São conexões virtuais permanentemente estabelecidos entre dois DTE’s, destinadas à fluxos de dados
constantes. Neste caso, a sessão entre os dispositivos permanece sempre ativa.

 SVC (switched virtual circuit)

 São conexões virtuais estabelecidas sob demanda entre dois DTE’s, destinadas à fluxos de dados
esporádicos. A sessões entre os dispositivos deverão ser iniciadas, gerenciadas e encerradas todas as
vezes em que estes precisarem se comunicar.
 Protocolo de camada de rede do X.25.
 Administra as trocas de pacote entre dispositivos DTE através dos circuitos virtuais do X.25.
 Também pode operar na camada de controle lógico (LLC2 – Logical Link Control) nas LANs e em
redes digitais de serviços integrados (RDSI).
 Modos de operação do PLP
 CALL SETUP
 usado para estabelecer SVC’s entre os DTE’s;
 DATA TRANSFER
 usado para transferência de dados entre dois DTE’s em um canal virtual;
 IDLE
 usado quando um canal virtual é estabelecido entre os DTE’s, porém não há transferência de dados;
 CALL CLEARING
 usado para encerramento das sessões de comunicação entre DTE’s, e fechamento do SVC;
 RESTARTING
 usado para sincronizar a transmissão entre um DTE e um DCE conectado localmente.
 Camada de enlace de dados do modelo OSI que administra a comunicação e fluxo de pacote
entre o DTE e os dispositivos de DCE.

 Protocolo orientado ao bit, que assegura que os frames sejam ordenados


corretamente e livres de erros.
Tipos de frames LAP-B
 I-frame (information frame)
 sequenciamento, controle de fluxo, detecção/correção de erros;

 S-frame (supervisory frame)


 informações de controle (solicita e suspende transmissões, reporta status, etc.);

 U-frame (unnumbered frame)


 informações de controle sobre a configuração do link e desconexão, notificação de erros.
 Protocolos de camada física utilizado X.25, responsável pelas especificações físicas e elétricas
para uso do meio de transmissão.

 Controla a ativação e desativação do meio físico que conecta o DTE e dispositivos de DCE.

 Suporta conexões ponto a ponto com velocidades de até 19,2kbps e transmissão síncrona,
full-duplex (sobre meio metálico de a 4 fios)
 Muito utilizado hoje para troca de dados dos Pin Pad (máquinas de cartão de crédito).

 No Brasil, as redes X.25 são administradas e operadas por empresas de telefonia, operadoras
de telecomunicações.

 Ainda em uso, o serviço X.25 está perdendo espaço devido aos sistemas de interligação
baseados em MPLS e ADSL.
 COMER, Douglas, E. Redes de Computadores e a Internet. 4a. Ed Bookman, Porto Alegre,
capítulo 5.

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